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Desta segunda-feira (19) até o próximo sábado (24), o Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em trabalho conjunto com o Serviço Social do Comércio (Sesc), em Pernambuco, realiza a Semana da Música 2012. O evento conta com inúmeras ações, tais como palestras, mesas-redondas e oficinas.

Nesta quinta-feira (22), data em que é comemorado oficialmente o Dia da Música, as atividades abordarão as áreas de docência, como a educação musical, performance e música popular.

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De acordo com a UFPE, todas as atividades têm entrada gratuita. Elas serão realizadas no Centro de Artes e Comunicação (CAC), na Reitoria da universidade, Colégio de Aplicação e no Hospital das Clínicas. Também haverá encontros no Sesc de Casa Amarela, que fica na Avenida Professor José dos Anjos, 1190, na Zona Norte do Recife.

Mais informações sobre a semana podem de conseguidas em seu site. A UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Recife.

Zélia Duncan cantando Itamar Assumpção: isso dá repercussão. Com seis canções inéditas e sete reinterpretações de outras menos visitadas do compositor, a cantora contribui mais uma vez - e definitivamente - para tirar dele o rótulo de "maldito" e "difícil" em "Tudo Esclarecido". O álbum estará à venda a partir do dia 27 em três versões (CD normal, digipack e deluxe, com livreto de 40 páginas) e futuramente em vinil.

Nesse papel de, digamos, "popularizar" Itamar Assumpção (1949-2003), não quer dizer que seja um álbum determinado a moldar o gosto ou dar lições sobre ele. "Esse disco é meio como fiz com Eu Me Transformo Em Outras, não segue uma linha de nada, sem vontade de ser didática. Não estou querendo dizer que sou especialista em Itamar", esclarece Zélia. "Fiz o disco porque amo esse cara e me alimentei da música dele a vida inteira. É legal pensar que é simplesmente a continuação de um caminho."

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De volta à gravadora Warner Music, em parceria com o selo Duncan Discos, ela teve a primeira música de trabalho, "Tua Boca", distribuída para as rádios na semana passada, e o CD todo pode ser ouvido a partir desta segunda-feira em streaming no site http://sonora.terra.com.br. Todo gravado ao vivo em estúdio, sem firulas, o álbum teve os arranjos feitos em conjunto com Kassin (que dirigiu a produção), Zélia e os músicos Marcelo Jeneci, Pedro Sá, Stephane Sanjuan, Thiago Silva e Christiaan Oyens.

Fluminense de Niterói, quando morou em Brasília, a cantora sentiu à distância o baque estético da chamada vanguarda paulista. Uma vez assimilada a linguagem, passou a alimentar o desejo de se tornar uma das "pastoras" de Itamar, como foram Suzana Salles, Virgínia Rosa, Vânia Bastos, Vange Milliet, Tetê Espíndola e outras, nas bandas Isca de Polícia e Orquídeas do Brasil.

Sem nunca integrar nenhuma das bandas ("era meu sonho de garota"), ela, no entanto, já dividiu o palco. "No dia em que ele saiu do hospital, teve um show no Sesc Pompeia em que estávamos Cássia Eller, Tetê, Ná Ozzetti, eu e uma galera. Ali, junto com elas, fui vocalista dele por um dia", lembra. "Mas eu me sinto sempre uma cantora dele." A cantora o encontrou em outras ocasiões (o encarte traz foto dos dois juntos) e ganhou dele diversas gravações demo, entre as quais uma feita para ela, a inédita "Zélia Mãe Joana".

Tendo Ney Matogrosso e Martinho da Vila como cantores convidados, o que Zélia sugeriu primeiramente a Kassin era que eles fizessem um disco "delicioso de se ouvir". O resultado é nítido, obtido intuitivamente. "A sombra de Itamar quase o estigmatizou. Ao meu ver é uma sombra linda, profunda, mas ficou um pouco com aquela cara de difícil. Só que o que eu canto de Itamar vejo todo mundo cantando comigo", diz Zélia, que já tinha gravado 11 canções dele em outros discos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TUDO ESCLARECIDO

ZÉLIA DUNCAN

WARNER MUSIC, R$ 27,90

O baile de máscaras transformou a zona norte de São Paulo numa Veneza das profundezas. Centenas de pais e mães com seus filhos e filhas ainda crianças, boa parte deles com os rostos pintados, aguardavam comendo sanduíches de carne louca e hot-dogs na enluarada noite de sábado no Anhembi. Após quase 40 anos de estrada, o Kiss virou uma espécie de Escolinha do Rock, um cenário ideal para a iniciação ao rock’n’roll: os pais não correm o risco de o gênero ser rejeitado pelos filhos, e os professores são tão divertidos que os velhos não se chateiam durante a graduação.

E sabe quais foram as primeiras músicas? "Detroit Rock City", "Shout it Out Loud", "Calling Dr. Love" e "Hell or Hallellujah". Com um repertório e uma performance praticamente imutáveis nas últimas décadas (tocaram apenas três músicas novas, que na verdade são tão arquetípicas que poderiam ser velhas), a veterana banda norte-americana parece didática em seu esforço de mostrar que, sim, o rock pode viver tranquilamente por baixo da maquiagem e dos fogos de artifício.

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O Anhembi não estava lotado, tinha metade da área ocupada por festivos fãs do Kiss (cerca de 25 mil pessoas). O Kiss não enrola, então foi um show curto, de 15 músicas. A área VIP foi abolida, não se sabe se por exigência do grupo, então a proximidade de seus reais admiradores com a banda era bem maior. Paul Stanley saudou o público de São Paulo dizendo que tinham passado antes pela Argentina (vaias estrondosas) e Chile (vaias menos estrondosas), mas que "esta noite, vocês são o público número UM". É isso: o Kiss não mente, toda noite é o melhor público do mundo, e esse público espera exatamente a música que vem a seguir.

É louvável a longevidade do Kiss, sua disposição de fazer o ingresso valer a pena. Ao contrário de outras bandas, não há predominância burguesa no show do Kiss, é principalmente o trabalhador que está ali, gastando seus suados reais. A voz de Paul Stanley não é mais tão potente, os riffs de Thommy Thayer são repetitivos, sem pegada, e os gritos esganiçados de Stanley não chegam mais até o fundo da garganta. O Kiss é hoje tipo um circo Piolim do rock, com sua lona furada, seu leão desdentado, seu palhaço remendado. Por isso mesmo, têm sua graça, sua honestidade.

Cara Pintada - O Anhembi não lotou como em outros shows, mas os fanáticos pelo Kiss revelaram sua devoção - com muitos exibindo o rosto pintado e a língua escancarada, o público sabia quando Gene Simmons "cuspiria" sangue e também quando voaria suspenso pelo cabo. Ao final, não faltou nem a tradicional queima de fogos. Para delírio da galera. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira edição do Festival Agreste in Rock aconteceu na quinta-feira (15), em Caruaru, agreste de Pernambuco. A primeira banda subiu ao palco depois das 21h. O público reclamou o atraso. “Viajei uma hora, cheguei com grande expectativa para ver Nazareth (GBR) e Devotos (PE), mas esse atraso é um desrespeito” disse o funcionário público, Hallyzon Freitas, de Pesqueira.

O evento contou com um público em família, como Wagner e Débora Gilson, que estavam com o filho Matheus, em seu primeiro show de rock internacional. “Está sendo muito legal, gosto quando a família fica junta e adoro esse tipo de música”, contou o garoto de 8 anos. Wagner parabeniza a proposta do festival. “Era para ter mais shows aqui em Caruaru. Ter acesso à cultura é uma ótima iniciativa”, considerou.

A noite de rock contou com a participação do Joanatan Richard & The Bluz (PE) e a banda internacional Nazareth (GBR) que encerraram o show um pouco depois de 1h da manhã.

 A tecnologia de hologramas, que ganhou ainda mais visibilidade após a participação do rapper americano Tupac Shakur (morto em 1996) no show de Snoop Dogg no Festival Coachella desse ano, agora trará de volta aos palcos o astro brasileiro Cazuza.

Segundo a Folha de São Paulo, o projeto é idealizado por Omar Marzagão e George Israel e o holograma é feito pela empresa francesa 4Dmotion. 

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O show homenageia os 55 anos do cantor, que seriam completados no dia 4 de abril de 2013.

Com 90 minutos de duração, 23 canções e o holograma de Cazuza aparecerá durante vinte minutos e irá interagir com uma banda. O espetáculo contará com a participação de antigos parceiros do cantor, como George Israel, Arnaldo Brandão, Leoni, Guto Goffi e Rogério Meanda e direção musical de Nilo Romero. 

Os idealizadores planejam captar R$ 2,5 milhões através de fomento à cultura por isenção fiscal. A turnê fará uma série de shows: dois no Rio, um em São Paulo, um em Belo Horizonte e outro em Brasília. 

Cazuza morreu aos 32 anos, em 1990.

Os 70 anos de Caetano Veloso já foram festejados com um CD tributo, com regravações de 16 músicas suas (por Jorge Drexler, Tulipa Ruiz, Céu, Beck...) E com um site comemorativo, com toda sua discografia (áudios, encarte e letras), desenvolvido por sua gravadora, a Universal. Nesta quarta-feira, a festa será norte-americana. Ou melhor, latina.

Pelo conjunto de sua obra de cinco décadas, Caetano foi escolhido a personalidade do ano da edição 2012 do Grammy Latino, realizada em Las Vegas. O único brasileiro que o antecedeu na honraria (ano passado concedida à pop star colombiana Shakira) foi o amigo Gilberto Gil, isso em 2003.

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O Brasil, que nunca deu muita bola para o Grammy, não vai assistir quando o compositor baiano for o centro de uma gala pré-cerimônia nesta quarta, fechada a câmeras, durante a qual ele será reverenciado - a premiação oficial acontece na quinta-feira. Artistas de diferentes estilos e procedências, como Natalie Cole, Nelly Furtado, Juan Luís Guerra, Juanes e Enrique Bunbury vão cantar seu repertório - as músicas não foram divulgadas, para manter o espírito de surpresa ao homenageado.

Maria Gadú, Seu Jorge e Alexandre Pires formam a turma brasileira, desfalcada de última hora por Ivete Sangalo, que quebrou um osso do pé e desertou. Caetano fechará a festa no centro do palco, com "Não Identificado" - a preferida de seus pais.

Na quinta-feira, o TNT transmite ao vivo, a partir das 23 horas, a cerimônia do Grammy Latino, da qual ele também vai participar. Com o músico cubano Arturo Sandoval, vai de "Odara" e a canção porto-riquenha "Capullito de Aleli", do CD em língua espanhola "Fina Estampa" (1994).

O Grammy Latino tem 13 anos. O Grammy original - mais prestigiosa premiação da indústria da música -, 54. Caetano possui oito gramofones dourados do primeiro tipo e dois do segundo. Nessa edição do Latino, concorre em quatro categorias.

Milton Nascimento, outro septuagenário de 2012, e Toquinho também serão laureados. Com outros artistas da região, receberão da Academia Latina de Gravação o Prêmio à Excelência Musical, em cerimônia nesta quarta também, sem exibição pela TV. As escolhas saem de uma votação entre os integrantes da direção da Academia.

Disputa brasileira - Chico Buarque x Michel Teló; CPM 22 x Ira! e Ultraje a Rigor; Gaby Amarantos x Dominguinhos. São alguns dos embates nas categorias dedicadas ao Brasil pelo Grammy Latino (são 7 categorias, de 40). A de melhor canção é a mais eclética: "Querido Diário", de Chico, concorre com "Ai Se Eu te Pego", "Amor É Pra Quem Ama" (gravada por Lenine), "Ainda Bem" (por Marisa Monte) e "A Doida" (por Seu Jorge). Serão premiados CDs de rock, samba/pagode, MPB, sertanejo e "de raiz" (Gaby, Dominguinhos, Daniela Mercury, Jammil e Oswaldinho do Acordeon estão nessa disputa). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da 2ª Câmara Cível, negou, na sessão desta quinta-feira (8), recursos do cantor Michel Teló e da Editora Musical Panttanal Ltda e manteve o bloqueio dos lucros e receitas da música “Ai se eu te pego”. A decisão foi por unanimidade. 

Os recursos foram movidos por Teló e pela Panttanal contra a decisão do juiz da 3ª Vara Cível de João Pessoa, Miguel de Brito Lyra, que, em março deste ano, determinou o bloqueio judicial do faturamento da música. A Panttanal pertence ao cantor Michel Teló. 

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Márcio Garcia lembrou que, recentemente, o cantor Michel Teló foi condenado a pagar multa de R$ 2 milhões por descumprir decisão judicial de depositar em uma conta no Banco do Brasil o dinheiro arrecadado com a venda da música. 

O valor da multa terá de ser depositado em juízo. “Se ele não pagar a multa, terá os bens bloqueados, inclusive um apartamento de sua propriedade em São Paulo”, disse o advogado, que defende interesses das estudantes paraibanas Maria Eduarda Lucena dos Santos, Marcela Quinho Ramalho e Amanda Borba Cavalcanti de Queiroga.

As três estudantes reivindicam na Justiça a coautoria da música “Ai se eu te pego”, sucesso na voz Teló. Mas o cantor só reconhece como autores os baianos Antônio Digss e Sharon Aciolly e outras três estudantes paraibanas: Amanda Cruz, Aline Medeiros e Karine Assis Vinagre. 

Juntamente com Maria Eduarda, Marcela Ramalho e Amanda Queiroga, Aline Medeiros e Karine Assis Vinagre criaram o refrão “Ai se eu te pego” em 2006, durante uma viagem à Disney, em Orlando, nos Estados Unidos. Amanda Cruz não participou da viagem. 

Quatro noites no Ginásio do Ibirapuera, todas esgotadas - o que dá um público de mais de 40 mil pessoas. Muita gente tentou comprar, mas a reserva de mercado dos clientes Credicard/Citibank/Diners é implacável, então Roberto Carlos não se revelou mais tão acessível a todos os seus súditos.

Nesta quarta, às 21 h, é a primeira noite. A última será no domingo, dia 11. Roberto Carlos, como se sabe, não faz movimentos estrepitosos em sua carreira. É tudo muito lento e calculado. Este final de ano não será diferente. Esta semana, ele lançou um novo disco de apelo noveleiro. Bom, não chega a ser "novo" nem chega a ser um "disco". Trata-se de um EP (Extended Play), com apenas quatro canções: o funk melody inédito "Furdúncio" (Roberto e Erasmo); a música da novela das 9, "Esse Cara Sou Eu"; e duas canções antigas: "A Volta" (que foi tema do personagem Jatobá na novela "América") e "A Mulher Que Eu Amo" (usada na novela "Viver a Vida", tema de Helena, personagem vivida por Taís Araújo).

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"Esse Cara sou Eu", na trilha de "Salve Jorge!", a nova novela global de Gloria Perez, já é uma das canções mais tocadas no País no momento. A novidade é o funk melody "Furdúncio", um mergulho de Roberto no universo que Claudinho e Buchecha tornaram massivo no País. O funk é um ritmo do qual Roberto se aproxima desde 2006, quando fez um convite ao MC Leozinho para participar do seu show anual, e cantou com Leozinho o funk "Se Ela Dança, Eu Danço", na boate do seu cruzeiro Emoções.

A letra de Furdúncio é mais "família" e diz assim: "Onde ela vai eu vou/ Onde ela está/ Eu estou/ E cada dia mais doido por ela eu sou/ Eu sempre imaginei aquilo tudo pra mim/ Mas só acreditei quando ela disse que sim". Lançado no iTunes, o EP com quatro músicas já era o mais vendido da loja virtual na semana passada em compras antecipadas.

O repertório do show desta noite (e das próximas) é uma incógnita: não se sabe se Roberto vai cantar as novidades ou se vai seguir um roteiro mais convencional.

Em 2013, Roberto Carlos fará outra gravação nos mesmos moldes do show de Jerusalém, gravado em Israel e exibido em 2011. O país escolhido foi a Itália, mas a cidade onde acontecerá a apresentação ainda não foi revelada. Em 2011, a performance em Israel substituiu o especial de fim de ano na Globo. Já o Especial de Fim de Ano, que ele grava nos dias 21 e 22 deste mês no Citibank Hall, no Rio, terá o título de "Roberto Carlos - Reflexões", e será dirigido por Jayme Monjardim (que também dirigiu o especial em Jerusalém). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ROBERTO CARLOS

Ginásio do Ibirapuera (Rua Manoel da Nóbrega, 1.361). Tel. (011) 3887-3500. Quarta, 6ª e sáb., 21h30; dom., 19h30. R$ 50/R$ 540.

O pioneiro compositor de música clássica americano Elliott Carter, que ganhou dois prêmios Pulitzer em uma carreira de quase oito décadas, morreu em Nova York, aos 103 anos.

Carter compôs 158 obras, das primeiras Sinfonia No 1 (1942) e Holiday Overture (1944) à criada este ano e intitulada Dialogues II, que estreou no mês passado na Itália, e a ainda inédita Instances.

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Nascido na cidade de Nova York, em dezembro de 1908, Carter começou na música clássica sob influência de seu amigo e mentor Charles Ives e estudou na Universidade de Harvard e no Nadia Boulanger de Paris.

"A grande diversidade e variedade de sua música tem, e continuará tendo, influência em inúmeros compositores e artistas de todo o mundo", afirmou a gravadora Boosey and Hawkes em um comunicado anunciando sua morte.

Foi velado na manhã deste domingo o corpo da cantora Carmélia Alves. Ela morreu na noite deste sábado, aos 89 anos, de câncer. Morava havia dois anos no Retiro dos Artistas, onde seu corpo foi velado. O enterro seria no cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro.

Filha de nordestinos, a carioca cresceu ouvindo os ritmos da região, e, nos anos 50, ganhou o título de Rainha do Baião, na Rádio Nacional, pela interpretação de músicas de compositores como Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e gravações com instrumentistas como o acordeonista paraibano Sivuca, a quem "descobriu" no Recife e trouxe para o Rio de Janeiro.

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Carmélia Alves Curvello começou cantando à Carmen Miranda, sua grande inspiração, nos anos 40. Foi eleita "a melhor crooner do Rio" quando fazia shows no Hotel Copacabana Palace, o palco mais elegante da cidade. Participou dos mais importantes programas das rádios Mayrink Veiga e Nacional, além de filmes, e gravou com os conjuntos de Benedito Lacerda e Severino Araújo.

O baião Sabiá na gaiola (Hervé Cordovil/ Mário Vieira) lhe deu sucesso nacional, e os LPs que viriam (mais de 50, vários por ano) lhe consagraram como uma das intérpretes mais populares do País na época. A "corte do baião" era então formada por Gonzaga, o rei, ela e Claudette Soares, a princesa. Mas Carmélia também cantava sambas, frevos, polcas, chulas e marchas.

Com o marido, o cantor Jimmy Lester, fez seguidas turnês internacionais. Eles foram casados por mais de 50 anos e não tiveram filhos.

A morte de Jimmy, em 1998, fez Carmélia cair em depressão, mas nos anos 2000 ela estaria de volta com Ellen, Violeta Cavalcanti e Carminha Mascarenhas no show Cantoras do rádio - Estão voltando as flores. Carminha, que vivia no Retiro e morreu no início deste ano, foi uma grande companheira de fim da vida.

Era um garoto que amava Wes Montegomery e Larry Carlton, dois jazzistas. Ou seja: seria um milagre se ele se tornasse um ícone do rock, ainda mais no turbulento rock dos anos 1970. Mas Robby Krieger tornou-se guitarrista de uma das bandas lendárias do gênero, The Doors, e referência eterna. Hoje com 66 anos, ele continua excursionando com os Doors - quando não está jogando golfe, uma de suas paixões. E, em ocasiões como esta, em que se lança um show inédito dos Doors em CD e DVD, "Live at the Bowl 68", Krieger se obriga a falar pela enésima vez do passado. Conta que a banda nunca ficou satisfeita com a explicação sobre a morte repentina de Jim Morrison em Paris. "Sabíamos que ele tinha de fato morrido, mas a forma como morreu será sempre um mistério", disse.

O show que está sendo lançado foi gravado em 5 de julho de 1968 em Hollywood, Califórnia. Somente agora, 44 anos depois, é que os fãs poderão conferir o resultado da performance. "The Doors - Live at The Bowl 68" (Eagle/ST2) sai agora no Brasil em DVD (R$ 39) e Blu-Ray (R$ 59). O material só teve seu lançamento viabilizado por causa da tecnologia. Em três músicas, "When the Music’s Over", "The Wasp" (Texas Radio and the Big Beat) e "Hello I Love You", os vocais de Jim Morrison simplesmente eram inaudíveis. Os técnicos usaram os vocais do cantor em outro show, "Absolutely Live", para "restaurar" o som que se ouvia. Com isso, também se tornou possível lançar um CD com o resultado, com três faixas jamais lançadas antes (a Warner tem a primazia do lançamento deste CD no Brasil).

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A coisa mais bacana, entretanto, são as imagens, que ilustram a performance xamânica de Jim Morrison, o transe que acompanhava cada show do grupo, uma das viagens psicodélicas mais marcantes do rock. Era a noite seguinte ao feriado da Independência americana, 5 de julho de 1968, e Jim Morrison, John Densmore, Robby Drieger e Ray Manzarek estavam no pico de suas capacidades criativas. A banda estava lançando seu terceiro álbum, "Waiting for the Sun", e a canção "Hello I Love You" liderava as paradas de sucesso, segundo lembra a gravadora.

O ano de 2012 começou com o relançamento, remasterizado, do disco "LA Woman", uma celebração dos 40 anos do seu lançamento. Foi o álbum póstumo, gravado sob o signo do blues, e que seria lançado enquanto os fãs ainda choravam a morte de Morrison em Paris. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

LIVE AT THE BOWL 68

DVD e Blu-Ray dos Doors. Eagle/ST2 Preços: R$ 39 (DVD) e R$ 59 (Blu-Ray)

Kevin Johansen admira tanto o Brasil que nem dá vontade de fazer piada de argentino com ele. Filho de um americano com uma hermana, ele nasceu no Alasca, mas passou parte da vida em Buenos Aires, onde está radicado. Dessa mistura de idiomas e culturas nasceu "Bi", disco que ele acaba de lançar, em que solta a voz em castelhano, inglês e português, em parceria com artistas brasileiros.

Uma de suas convidadas é Daniela Mercury, com que divide os vocais na faixa "Apocalypso". "Um dia, ela veio fazer um show em Buenos Aires e pediu para falar comigo, dizendo que gostava das minhas canções. Quando ouvi a voz dela, percebi que ela era perfeita para gravar essa música", relembra ele, em uma conversa por telefone. Johansen já teve uma composição gravada pelo Kid Abelha e outras letras por Paulinho Moska, parceiro de longa data.

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Johansen se encontra pelo menos uma vez ao ano com Moska e com o outro amigo, o uruguaio Jorge Drexler, e juntos formam o que chamam de Mercosurf. "Neste disco, não houve participação do Drexler, mas estou pensando em um disco juntos. Com certeza, planejamos uma turnê dos três", adianta ele, que deve se apresentar em São Paulo em novembro.

A versão brasileira de "Bi" vem com 15 faixas, diferentemente do disco argentino, lançado como CD duplo. "Foi uma boa ideia, um exercício para eu sintetizar o que há de preponderante nos dois discos. Estou feliz com desafio", garante. Sem muita divulgação, galgou seu espaço por aqui. "Consegui um público no Brasil no boca a boca. Sempre ouvi que havia um preconceito com a música em espanhol. Mas acho que isso se converteu em curiosidade", defende.

O argentino conta que virou fã de MPB mesmo antes de frequentar o Brasil. "Nos anos 1960, as pessoas escutavam Baden Powell e Maria Bethânia aqui. Nos anos 1980, houve uma moda de música brasileira aqui, com o Caetano e Expresso 2222 (de Gilberto Gil). Somos próximos e nossas músicas se complementam."

A paixão pelos brasucas se estende à família. Seu filho Tom - "como Tom Jobim", explica - se rendeu aos ritmos locais. "Na festa de 5 anos dele, no último dia 3, ele pediu para dançar Ai, se Eu te Pego, com os amigos", diverte-se. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Bi" - Kevin Johansen

Sony Music

Preço: R$ 21,90

O estudante Guilherme Mendonça, de 18 anos, gastou todo o dinheiro da formatura do ensino médio para comprar um ingresso para o show de Lady Gaga e ainda deixou de comemorar o aniversário para ter acessórios vendidos pela turnê da cantora americana. "A música Born This Way é um hino para todos os little monsters (como são chamados os fãs de Gaga). Eu tinha problemas para me aceitar como sou. Gaga e sua música me ajudaram a me aceitar e me tornei um fã inseparável", diz Guilherme, que vai à primeira apresentação da musa pop no País, no dia 9 de novembro no Parque dos Atletas, no Rio.

A estreia de Lady Gaga no Brasil tem mobilizado milhares de fanáticos, que se reúnem e planejam ações a serem executadas antes e durante os shows da turnê "The Born This Way Ball". Haverá mais duas apresentações - no Estádio do Morumbi, em São Paulo, no dia 11, e no estacionamento da Fiergs, em Porto Alegre, no dia 13 de novembro.

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A Avenida Paulista recebeu no sábado à tarde fãs de Lady Gaga para um flash mob em homenagem à cantora e em protesto ao bullying, uma das principais bandeiras políticas da estrela. "É muito legal passar pela rua e topar com gente que está na mesma causa nossa", diz Lorena Morais, de 19 anos. A apresentação aconteceu na frente do Shopping Center 3.

Organizado pelo fã-clube Brazilian Monsters, meninos e meninas, na maioria adolescentes, dançaram as coreografias de "Bad Romance", "Judas", "You And I" e "Born This Way", que, em tradução livre, quer dizer "eu nasci assim". No domingo, eles realizaram o último encontro oficial do fã-clube de São Paulo antes do show de Lady Gaga.

A partir de agora, os fanáticos entram em processo de produção intensiva de figurinos e surpresas para o encontro com Lady Gaga. "Vou inspirado na música Government Hooker e no unicórnio de Born This Way", conta Felipe Visant, de 22 anos, presidente do Brazilian Monsters. De tão fanático, até concursos de cosplay, por se caracterizar como Lady Gaga, Felipe já ganhou. "É engraçado, e muitos fazem disso uma piada, mas, pra mim, é gratificante e honroso."

Os principais fan sites - Lady Gaga Brazil, Brazilian Monsters, RDT Gaga, GagaNews, Gaga Secrets - juntaram-se na missão de encantar Lady Gaga. Cada show terá três surpresas e todos eles terão uma em comum: bandanas na cor verde e amarela e bandeiras do Brasil balançando enquanto ela cantar.

As filas de São Paulo poderão ser formadas a partir das 8 horas. Os primeiros a chegar e que estiverem vestidos a caráter receberão, à tarde, pulseiras para acesso ao Monster Pit, na Pista Premium. Quem não comprou Premium também poderá ter acesso - será distribuída uma quantidade limitada de pulseiras, de acordo com a Tickets For Fun, que vende ingressos para o show. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Show em São Paulo: Estádio do Morumbi, dia 11, às 20h30 (filas a partir das 8h). Ingressos: R$ 95 a R$ 750. http://premier.ticketsforfun.com.br/. Classificação: 12 e 13 anos acompanhados e acima de 14 anos desacompanhados.

A Filarmônica de Minas Gerais fez, na noite de sexta, sua estreia internacional com um concerto no Teatro Colón, de Buenos Aires, dando início a uma turnê que, ao longo desta semana, terá apresentações também em Rosário e Córdoba, além de Montevidéu, no Uruguai. No programa, estavam obras de Carlos Gomes, Dvorak e Tchaikovsky, escolhidas a dedo para mostrar as qualidades de um conjunto que, nascido há apenas quatro anos, tem reivindicado espaço próprio no cenário musical brasileiro - e, agora, latino-americano.

O grupo abriu a noite com a "Protofonia" da ópera "O Guarani", de Carlos Gomes, na qual o maestro Fábio Mechetti trabalhou muito bem o aspecto teatral da partitura, do doce cantabile das cordas à imponência dos metais, com atenção especial às dinâmicas. Em seguida, foi a vez do "Concerto para Violoncelo e Orquestra", de Dvorak, com solos de Antonio Meneses. Em peças como essa, é sempre difícil atingir o equilíbrio entre o instrumento solista e a orquestra, mas o que se viu na sexta foi uma perfeita comunhão entre as duas partes, levando a passagens quase camerísticas no segundo e no terceiro movimentos, resultando em uma interpretação repleta de expressividade.

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Na segunda parte, a "Sinfonia n.º 4" de Tchaikovsky. Mechetti, que regeu todo o concerto sem partitura, prefere andamentos mais solenes, que se prestam bem a esta sinfonia - e revelaram, mais do que desempenhos individuais muito bons (com destaque para as cordas e as madeiras), equilíbrio e coesão entre os naipes, característica especialmente marcante quando se leva em consideração a pouca idade da orquestra.

A filarmônica foi criada em fevereiro de 2008 como uma Oscip (organização social civil de interesse público) - possui liberdade de ação, mas é mantida, por meio de um contrato de gestão, pelo Estado mineiro, que se responsabiliza por cerca de R$ 18,5 milhões do orçamento total de R$ 20 milhões. A princípio, a filarmônica substituiria a Sinfônica de Minas Gerais, aproveitando parte de seus músicos, mas a nova situação de trabalho - extinção de cargos públicos e assinatura de contratos via CLT - não agradou a boa parte deles. A solução, então, foi criar do zero uma nova orquestra que, com salários competitivos, foi capaz de atrair músicos de todo o País, além de jovens artistas de fora. E, para o comando artístico, foi convidado Mechetti, maestro meticuloso, conhecido pela capacidade de formar orquestras e suas sonoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O Festival Rock Cordel teve, no Recife, sua sexta edição com realização do Centro Cultural do Banco do Nordeste, que comemora 60 anos.

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O evento encerra hoje, com shows a partir das 18h na Torre Malakof. A entrada é gratuita.

Confira mais sobre o festival no vídeo.

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A juíza da 37.ª Zona Eleitoral de Cuiabá (MT), Adair Julieta da Silva, proibiu que a coligação do candidato Mauro Mendes (PSB) veicule música em carros de som com referências aos escândalos da Land Rover (aquisição de dez Land Rovers equipadas com tecnologia russa para o monitoramento da fronteira, pela Secretaria Extraordinária da Copa 2014) e do mensalão, processo em julgamento no STF, que ofendem a honra do candidato Lúdio Cabral (PT). A juíza fixou multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Nesta edição do Classificação Livre você confere uma matéria sobre o Fun Festival, evento que reuniu a turma teen em shows de Bruno Porto, Manu Gavassi, Restart e NX Zero, no último fim de semana. A equipe do programa conversou com os integrantes do NZ Zero e você acompanha como foi essa entrevista.

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No quadro Estereofonia deste mês, o Classificação Livre traz a Kalouv, uma banda independente formada há dois anos em Pernambuco. O repertório da Kalouv é composto por música instrumental e o grupo tem se apresentado em festivais de grande expressão local, como o Abril Pro Rock e o Coquetel Molotov.

O programa ainda traz os trailers dos filmes “Procurando Nemo em 3D” e “A Entidade”, que estreiam nas telonas na próxima sexta-feira (12), e a agenda cultural do fim de semana, com programação para a véspera do feriado.

Produzido pela TV LeiaJá, em parceria com o Núcleo de Comunicação Social da UNINASSAU, o Classificação Livre é apresentado por Binho Aguirre e Ingrid Resgala. Você confere um novo programa toda quarta-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

Os Rolling Stones revelarão na quinta-feira uma canção inédita, "Doom And Gloom", uma das duas novas canções do disco "Grrr!", que será lançado no dia 12 de novembro, anunciou nesta quarta-feira a gravadora do grupo britânico, Universal.

"Doom And Gloom", gravada em Paris durante o verão (no hemisfério norte), poderá ser ouvida no rádio a partir de quinta-feira, e também poderá ser adquirida pelo iTunes, indicou a gravadora.

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"Grrr!" é a primeira gravação conjunta do grupo composto por Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood desde o álbum "A Bigger Bang" em 2005, há sete anos.

O novo álbum dos Rolling Stones, que neste ano festeja seu 50º aniversário, reúne as famosas "The Last Time", "(I Can't Get No) Satisfaction", "Get Off Of My Cloud", "Jumping Jack Flash" e "Honky Tonk Women", além das duas novas canções, "Gloom And Doom" e "One Last Shot", que o grupo terminou de gravar em agosto em Paris.

O lançamento mundial do novo disco de suas "Satânicas Majestades" será no dia 12 de novembro, com exceção dos Estados Unidos, onde estará disponível a partir do dia seguinte.

Os Rolling Stones lançaram uma coletânea similar, "Forty Licks", em 2002, quando completaram 40 anos de existência.

Para celebrar o meio século de existência da banda vários eventos estão previstos, como uma exposição fotográfica e o lançamento de um filme, "Crossfire Hurricane", que estreará em outubro, antes de ser exibido pela BBC, mas até o momento não foi mencionada a realização de nenhum show ao vivo.

No entanto, em julho o guitarrista Keith Richards havia afirmado à BBC que "a ideia está no ar e ocorreram alguns ensaios".

A última turnê dos Rolling Stones, o Bigger Bang tour, ocorreu de 2005 a 2007. Mick Jagger tem atualmente 69 anos, Keith Richards 68, o baterista Charlie Watts 71 e o baixista Ron Wood 65.

Em 1968, John Lennon deixou George, Paul e Ringo constrangidos ao lançar o disco "Unfinished Music No. 1: Two Virgins". Na capa, em cima de uma nobre frase encomendada a Paul McCartney, "Quando dois santos se encontram, a experiência nos faz mais humildes. A longa batalha para provar que ele era um santo", John e Yoko se abraçavam, nus. Dentro, gravações experimentais tão subversivas quanto a arte que as envolvia indicavam o início de uma fértil carreira solo. "Two Virgins" chegou às lojas dez dias antes do lançamento do "White Album", e o choque provocado pela capa, não só entre os Beatles, mas no mundo inteiro, é caso de estudo nas enciclopédias do rock.

É também um retrato da multifacetada personalidade de John Winston Lennon, nascido em 1940, em Liverpool, e assassinado em Nova York, em 1980. Ao mesmo tempo em que foi um balde de lama na imagem da banda mais querida do mundo (jogado por um criador cansado de aturar as falsidades inerentes à projeção de uma carreira internacional), o nu de "Two Virgins" pode ser visto por diversos ângulos: uma brilhante tacada de autopromoção, uma pura e inocente declaração de amor, um grito autodestrutivo, um vil surto em sua já deteriorada relação com Paul McCartney, ou apenas um trabalho vanguardista de um dos gênios do século 20. Não há resposta errada, e isto faz de John Lennon o Beatle mais complexo e, no olhar de muitos, o mais interessante.

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Estes vários Johns - o gênio, o beberrão, o misantropo, o romântico inveterado, o mártir, o marido submisso - ganham vida em "As Cartas de John Lennon", coleção completa de sua correspondência que chega às lojas nesta terça-feira, no dia em que John completaria 72 anos. A coleção, concebida por Hunter Davies, o único biógrafo autorizado dos Beatles, é em parte um agrado aos beatlemaníacos, em parte o retrato de uma das personalidades mais cativantes da história do rock. Entre suas pérolas estão as cartas que um apaixonado e carente John trocava com futura esposa, Cynthia, enquanto os Beatles aperfeiçoavam suas canções na zona de baixo-meretrício de Hamburgo; uma perversa troca de farpas com Paul McCartney depois do fim do grupo; e veementes cala-bocas em críticos, ativistas e músicos.

A primeira coisa a vir à tona são as complicadas relações que John tinha com as mulheres. Sem pai, órfão aos 18, John encontrava a salvação - ou a perdição - nos braços de mulheres como Cynthia Powell, seu primeiro grande amor, para qual escrevia, ainda aos 18 anos, cartas de amor adolescente. Uma delas ocupa uma página inteira com a frase I Love You, que tem o mesmo tipo de paixonite de outra carta, escrita anos depois, quando John já se separara de Cynthia e casara-se com Yoko, em que uma série de perguntas de uma revista holandesa, sobre cantores, filmes, cores e hábitos é respondida com a palavra "Yoko", e as respostas de Yoko com a palavra "John". Os desenhos de John e Yoko, e de Cynthia e John também costuram a narrativa do artista apaixonado, pronto para entregar sua autonomia a mulheres fortes.

As brigas com Paul McCartney depois que os Beatles se separaram, em 1970, têm um capítulo próprio. Neste se encontra a carta mais impressionante do livro. John dispara contra Paul e sua mulher, Linda: "Eu espero que vocês percebam a merda que vocês e o restante dos meus amigos 'amáveis e abnegados' jogaram em Yoko e em mim, desde que estamos juntos. Nós dois 'nos elevamos acima disso' algumas boas vezes - e perdoamos vocês dois -, então é o mínimo que podem fazer por nós, seus nobres. Linda - se você não liga para o que eu digo - cale a boca! - deixe Paul escrever - ou algo assim". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CARTAS DE JOHN LENNON

Editora: Planeta do Brasil

Preço médio: R$ 59,90

A Agência Câmara de Notícias divulgou nesta semana que a Câmara dos Deputados está analisando um projeto de lei, do Senado, que reconhece a atividade de compositor como profissão artística. O texto da proposta diz que compositor é autor de obras musicais, com ou sem letra, que sejam expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer uporte, conhecido ou que se invente no futuro, conforme informações da agência.

A autora da proposta é a ex-senadora Rosalba Ciarlini, e ela argumenta que os compositores passam por várias dificuldades. “Os depoimentos dos compositores populares, muitos deles com mais de 70 anos de idade, realçaram as grandes dificuldades que sofrem esses artistas, sobretudo na idade mais avançada, sem terem uma aposentadoria própria para a categoria, sem muita clareza sobre os seus direitos trabalhistas e, sobretudo, ressentindo-se do reconhecimento legal da sua profissão para que possam ter mais tranquilidade”, disse a autora, também segundo informações da agência.

O projeto ainda será examinado em caráter de conclusão. Quem fará a ação são as comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Com informações da Agência Câmara de Notícias

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