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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou em consulta uma nova regra para o reajuste de planos de saúde individuais e familiares. A expectativa é de que a nova norma, que leva em conta a variação das despesas e a inflação, seja colocada em prática a partir de 2019. Mas, segundo entidades de direito do consumidor, o órgão não divulgou informações suficientes para saber qual será o efeito da mudança.

"Não há como saber se com o novo método reajustes seriam maiores ou menores do que se mantida a regra atual. Daí a importância de que a ANS apresente uma simulação", disse a superintendente do Procon de São Paulo, Maria Feitosa Lacerda. Em reunião na semana passada com a ANS, entidades de defesa do consumidor pediram que a comparação seja apresentada.

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A ANS marcou para o dia 13 audiência pública para discutir o novo formato. "O ideal é que tenhamos isso com antecedência", disse a advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarette.

Em nota, a ANS argumentou que não seria adequado fazer uma simulação que poderá não se efetivar depois. Segundo o órgão, dados usados para o novo cálculo são públicos, auditados e estão disponíveis. Disse ainda que trabalha "para elaborar a melhor metodologia possível".

Hoje, o reajuste é feito a partir de uma média do aumento nos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. O anúncio da mudança é feito pouco após o Tribunal de Contas da União afirmar que a metodologia usada pela ANS para calcular o reajuste contém falhas, é pouco transparente e sem mecanismos para conter abusos.

A ANS agora propõe que o aumento tenha como ponto de partida a variação das despesas de assistência, o quanto operadoras desembolsaram para custear exames, tratamentos e consultas dos clientes. Esse índice (de sigla VDA) teria peso de 80% no cálculo.

Mas, para usá-lo, seria preciso adotar também dois moderadores. Um seria a variação das mensalidades causada pela regra da faixa etária. Além do moderador por faixa etária, a ANS fixou um fator de eficiência, medido pelos gastos com assistência. A agência também incluiu no cálculo a variação de inflação IPCA, retirando do índice as despesas com saúde. A variação do IPCA terá peso de 20%.

"É uma medida importante. Afinal, nem todas as despesas de operadoras estão relacionadas à assistência. Há gastos com pessoal, com administração", afirmou Maria Feitosa.

Questionada, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) afirmou que analisa no momento as propostas. A entidade considera o tema de extrema importância para a sociedade e a sustentabilidade do setor. Já a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) disse que vai avaliar a proposta e participar dos debates.

Migração de clientes

Ao justificar a mudança, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) diz que o novo formato dará maior transparência, trará maior previsibilidade para o reajuste e estimulará a eficiência do setor. O aumento de mensalidades de planos de saúde tem se transformado em uma fonte crescente de insatisfação entre usuários.

Com o aumento do desemprego, um número significativo de pessoas que antes tinha planos empresariais acabou migrando para planos "falso coletivos" ou por adesão. Nesses dois formatos, o poder de barganha é menor e o risco de reajustes abusivos, maior. Em nota, a ANS ainda afirmou que o trabalho para elaborar o novo índice "vai se refletir positivamente em um índice adequado para o reajuste anual dos planos individuais e familiares".

Levantamento feito pelo Observatório da Judicialização da Saúde Suplementar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que 14,7% dos julgamentos em 2.ª instância sobre planos de saúde eram referentes a aumento de mensalidade, entre janeiro e setembro de 2011. Já no mesmo período de 2018, esse porcentual aumentou para 28%.

Professor da USP e coordenador do Observatório, Mário Scheffer diz que ainda não é possível avaliar se a proposta é boa. Alerta também para o fato de que a medida terá efeitos só para uma parcela de usuários de planos. "Há uma questão ainda mais urgente, que é regular os reajustes de planos coletivos, maioria no mercado."

Redução

O agravamento da crise econômica também fez o mercado de saúde suplementar encolher no País. Em dezembro de 2014, o total de usuários era de 50,4 milhões e, em setembro deste ano, de 47,3 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova regra que trata da fiscalização do transporte de animais silvestres no País tem causado polêmica entre o Ibama e organizações ligadas à proteção da fauna. No entendimento do órgão federal, a regulamentação prevista para ser votada hoje pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) pode flexibilizar excessivamente as normas de transporte desses animais. Isso porque a proposta não prevê a necessidade de aval do Ibama, ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), no processo - bastariam as autorizações de órgãos ambientais estaduais.

O risco, para o Ibama, é abrir brechas para o aumento do tráfico de espécies - mercado paralelo que, pelos cálculos do setor, movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano. "Há necessidade de um sistema único que reúna os dados e autorizações referentes a todo o País", declara o órgão, acrescentando que não pretende atuar no lugar dos Estados. O texto da nova regulamentação foi originalmente proposto pelo Ibama, mas passou por várias mudanças no conselho.

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A ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais (Renctas) tem visão diferente. "Não haveria senso ter dois documentos. Um faz a vez do outro, sem contar que o animal tem de ter nota fiscal e guia de trânsito animal do Ministério da Agricultura", diz a entidade.

A Renctas, que faz parte do Conama, declarou ainda que, na Câmara Técnica de Biodiversidade do conselho responsável por avaliar a proposta, "todos (os conselheiros, exceto o Ibama) foram contra, uma vez que haverá um documento chamado Certificado de Origem, no qual pode e deve constar todos os dados, inclusive endereços de origem e destino do animal". A câmara tem conselheiros de Estados, Policia Ambiental de São Paulo, municípios, Instituto Chico Mendes (outro órgão do MMA) e mais três entidades, entre elas a Renctas.

A Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos do Conama, segundo a Renctas, também disse "não haver sustentação legal" para o que o Ibama propõe e "ser desnecessário dois documentos, o certificado citado e a licença para transportar".

Procurado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o Conama não se manifestou até 19 horas de ontem.

Curió

As estimativas dão conta de que, hoje, há cerca de 400 mil criadores de pássaros no País. Mais de 80% desses criadores de pássaros estariam em situação irregular. O comércio ilegal do setor atrai o crime por causa dos valores envolvidos.

Há pássaros usados em concursos de canto que chegam a custar, por exemplo, cerca de R$ 120 mil. Entre as espécies mais traficadas, estão o canário da terra e o curió.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última sexta-feira (31), auditores fiscais do trabalho interditaram mais de 100 caminhões de lixo do Recife, Olinda, Abreu e Lima, Paulista e Jaboatão. A determinação é de que os veículos não circulem mais com os trabalhadores pendurados nos estribos dos caminhões - como sempre ocorreu. Com isso, a dúvida é de que forma irá funcionar a coleta a partir de agora e se essa proibição pode aumentar o tempo necessário para se realizar o serviço nas cidades atingidas pela nova regra.

Segundo a auditora-fiscal do Trabalho, Aline Amoras, foram identificadas situações de risco grave e iminente à vida dos trabalhadores. “Se o caminhão fizer uma frenagem brusca ou houver algum obstáculo na pista do qual o motorista precise se desviar, ou mesmo se o empregado tiver um mal súbito, por exemplo, os coletores podem cair dos estribos e serem atropelados por outros veículos na pista, ou mesmo pelo próprio caminhão de lixo, principalmente nos casos de marcha à ré”.

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Além disso, segundo ela, os trabalhadores podem ser atingidos por objetos estranhos ao longo da via. “Estas situações de risco são agravadas em dias de chuva, onde o caminhão molhado possibilita que os empregados escorreguem com mais facilidade e a visibilidade dos motoristas fica diminuída. Também, são freqüentes as lesões por prensamento ou esmagamento de membros nos mecanismos de compactação de lixo”.

Segundo Ministério do Trabalho, as empresas interditadas deverão tomar as medidas necessárias para realização da coleta de lixo sem a exposição dos trabalhadores a risco iminente de acidentes graves ou fatais. Quem descumprir a Norma poderá pagar multa e responder criminalmente.

Contactada pela nossa reportagem, a Prefeitura do Recife, uma das cidades afetadas, disse que a adequação "está no âmbito das tratativas com as empresas, mas ainda não há nada definido". No entanto, a PCR garante que "não haverá nenhum tipo de impacto negativo na prestação do serviço de coleta para a população".

O LeiaJá tentou contato com a assessoria da Vital Engenharia - empresa responsável pela maior parte limpeza do Recife - mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

Outras intenções

Para Glauber Henrique, diretor do Stealmoaic, sindicato que engloba essa categoria de trabalhadores, a medida do Ministério do Trabalho tem outros motivos. "Ainda estamos analisando, mas isso é uma tentativa de reduzir a quantidade de trabalhadores nas empresas de limpeza. A ideia é mecanizar a coleta para demitir os funcionários. Tentaram isso no Rio Grande do Sul, mas não deu certo", afirmou. "O número de acidentes é muito pequeno. Quase nada", completou.

Fundada em 1883, a International Football Association Board (IFAB) tem como competência a edição e criação das regras que regem o futebol mundial. Todo ano, os membros da associação realizam reuniões para discutir projetos que visam melhorias para o esporte. No encontro deste ano, próxima sexta-feira (3), em Wembley-ING, uma das medidas que deve estar em pauta vem causando muita polêmica no mundo da bola. Segundo a proposta, apenas os capitães, de cada equipe, teriam autorização para questionar a arbitragem em lances considerados graves.

Em entrevista à BBC Sport, o diretor técnico da IFAB, David Elleray, afirmou que a medida dá mais autoridade para os capitães dentro do jogo. "O capitão da equipe deve ser mais do que apenas alguém que carrega um material amarrado ao braço".

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O ex-árbitro da Premier League - Primeira divisão do futebol inglês - acredita que a medida também pode evitar a aglomeração de jogadores ao redor do juiz, afinal, apenas um de cada time poderia questionar um incidente grave. "Se isso parar seis jogadores de cada time de irem falar com o árbitro, haverá mais respeito ao profissional e ao jogo", disse Elleray.

David conta que a discussão já passou por um grupo de jogadores, árbitros e treinadores conceituados. "Fica mais fácil até para a arbitragem explicar uma decisão e deixar que o capitão passe o recado ao time. Como quando eu apitava e dava dicas sobre um atleta próximo de tomar cartão que os companheiros ajudavam a acalmá-lo", completou.

As eleições realizadas a partir de 2016 terão como marca a volta dos candidatos nanicos "padrão Enéas", com cerca de 15 segundos para pedir votos no horário eleitoral. É tempo suficiente para dizer algo em torno de 45 palavras - a quantidade existente neste parágrafo.

A nova regra afeta principalmente os chamados nanicos ideológicos, como PSTU, PCO e PCB, que costumam lançar candidatos e não têm representantes eleitos na Câmara dos Deputados. Por outro lado, os pequenos partidos fisiológicos terão mais tempo de TV para negociar alianças com legendas maiores.

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A mudança se deve a uma reforma na legislação que trata da divisão do tempo de propaganda, e que só não valeu já em 2014 por ter sido feita no final de 2013, menos de um ano antes das eleições.

Os nanicos tinham acesso privilegiado à propaganda eleitoral - desproporcional a seu número de votos - por causa de uma regra na legislação que determinava que um terço do horário eleitoral fosse dividido igualmente entre todos os candidatos a cargos executivos. Os outros dois terços eram rateados de acordo com o tamanho das bancadas dos partidos ou coligações na Câmara dos Deputados.

Com as regras agora introduzidas, apenas 11% do tempo será dividido igualmente entre os candidatos, em vez de 33%, como antes. Os outros 89% serão rateados proporcionalmente ao número de deputados eleitos para a Câmara.

No caso da maioria dos nanicos de extrema esquerda, o número de representantes na Câmara é zero. Em uma eleição como a de São Paulo em 2012, com 12 candidatos, os representantes do PCO, do PCB, do PSTU e do PPL teriam 17 segundos para fazer campanha - uma redução de 66% em relação ao obtido há dois anos.

É tempo similar ao que tinha o presidenciável Enéas Carneiro (Prona) na disputa de 1989. Na época, ele se celebrizou como o mais caricato dos nanicos por falar de forma rápida na TV e concluir sempre seus discursos, aos gritos, com o bordão "Meu nome é Enéas!".

Além dos candidatos ideológicos, serão prejudicados os "donos" do PRTB e do PSDC, Levy Fidelix e José Maria Eymael, que já se candidataram a presidente três e quatro vezes, respectivamente.

Uma potencial afetada pela nova legislação é Marina Silva, ex-presidenciável pelo PSB. Se deixar o partido e retomar o projeto de fundação da Rede Sustentabilidade, chegará às próximas eleições presidenciais com tempo de TV equivalente ao dos nanicos - a menos que consiga alianças com partidos tradicionais.

Mercado

Na prática, a mudança na legislação fará com que cada deputado eleito passe a valer mais em termos de tempo de TV. Dos 28 partidos que terão representação na Câmara a partir de 2015, 23 terão uma cota maior de propaganda em relação a 2014 - mesmo os que sofreram redução das bancadas.

Graças às novas regras e também ao melhor desempenho na urnas, o PSDB é o que mais ganhará. Na eleição municipal, a cota de sua bancada passará de pouco menos de 2 minutos para quase 3, em cada bloco de 30 minutos - um avanço de 52 segundos.

Já o PT, que encolheu em número de deputados, terá apenas 17 segundos a mais. Como continuará sendo o detentor da maior bancada, porém, terá também o maior tempo: 3 minutos e 39 segundos.

Cálculos feitos pelo Estadão Dados em eleições passadas mostram que é forte a correlação entre tempo de propaganda e sucesso nas urnas - principalmente nas disputas pelas prefeituras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os alunos de autoescolas, que irão tirar carteira de motorista na categoria B, terão que usar um simulador de direção antes das aulas práticas. A obrigatoriedade, prevista em resolução do Conselho Nacional de Trânsito, entrou em vigor hoje (31). De acordo com o conselho, o uso do equipamento vai complementar a formação dos condutores, permitindo sua exposição a situações virtuais sem comprometer a segurança e a integridade do motorista e de seu instrutor. Pela nova regra, após as aulas teóricas, os alunos deverão ter cinco horas de treinamento com o simulador para, só depois, começarem as aulas de direção nas ruas.

Estudos realizados pelo National Center Injury, dos Estados Unidos, indicam que o uso do simulador pode reduzir até à metade o número de acidentes nos primeiros 24 meses de habilitação. No Brasil, o protótipo do modelo ideal de simulador de direção foi desenvolvido a partir de estudos feitos na Universidade Federal de Santa Catarina. Os estudos comprovaram que os caminhoneiros que tiveram aulas com o uso do simulador provocaram menos acidentes após obtenção da carteira do que aqueles que não fizeram uso do equipamento.

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De acordo com o Ministério das Cidades, a maior parte dos acidentes está associada à imprudência ao volante, que engloba desobediência à sinalização, abuso da velocidade e direção sob efeito de álcool. Outra parcela dos acidentes ocorridos no Brasil credita-se à falta de competências para a direção.

"Com o uso do simulador, os pretendentes à obtenção da permissão para dirigir na categoria B poderão passar por simulações que permitam verificar, antes das aulas práticas, se o condutor tem domínio do veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, em condições normais ou adversas e situações imprevistas ou de emergência, conforme as normas gerais de circulação e conduta previstas no Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro", informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O diretor da AutoEscola Brasiliense, rede que conta com 15 unidades no Distrito Federal e em Goiás, Luciano Santos, disse não acreditar que o uso do simulador vá melhorar a formação dos condutores. Para ele, o que falta aos motoristas é "educação no trânsito". Ele também lamenta que a obrigatoriedade vá provocar reajuste nos valores cobrados pelas autoescolas, embora não tenha uma estimativa do percentual de aumento.

"A forma como a formação é feita atualmente é suficiente. Acho que é ilusão pensar que o equipamento vai trazer melhorais em relação ao ensino. O aluno aprende é na prática, no volante, no trânsito. O que o motorista precisa aperfeiçoar é a educação ao dirigir, obedecendo às regras, respeitando limites de velocidade e não fazendo do volante uma arma", ressaltou ele, que vai ter que correr para se adaptar à nova exigência "nos primeiros dias de janeiro" e adquirir os simuladores.

De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito, os Centros de Formação de Condutores somente poderão utilizar simulador de direção previamente certificado e posteriormente homologado pelo Denatran, que será responsável pela fiscalização do cumprimento dos requisitos e exigências definidas.

A partir de agora, qualquer cidadão, inclusive os que não têm conta bancária, poderão receber benefícios de programas sociais, pagar contas, fazer compras ou receber créditos pelo celular. A nova regra, publicada nesta semana no Diário Oficial da União, inclui essa ferramenta no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que dá suporte à movimentação financeira entre agentes econômicos e permite a transferência de recursos, além de processar e liquidar pagamentos.

Com isso, o celular poderá ser usado como se fosse um cartão de banco. “Com um celular na mão, as pessoas poderão fazer toda a movimentação do recebimento do benefício até o débito no comércio local, da mesma maneira que hoje operam quando colocam créditos nos celulares pré-pagos”, explicou o senador Walter Pinheiro (PT-BA), autor do projeto original.

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Segundo o senador, a medida beneficiará a qualquer pessoa, mas será mais vantajosa para as que estão fora do sistema bancário, proporcionando a elas as facilidades do uso do aparelho móvel para pagamentos e movimentações financeiras. “É o caso dos beneficiados pelo programa Bolsa Família e dos aposentados do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], que, muitas vezes, precisam de deslocar até cidades vizinhas para encontrar uma agência bancária”, explicou.

Além disso, aqueles que não têm contas bancárias poderão receber crédito e fazer compras pelo celular. Também será possível movimentar subvenções econômicas, como a destinada a produtores da safra 2011/2012 de cana-de-açúcar e de etanol da Região Nordeste, afetados por condições climáticas adversas.

Para incentivar a formação de mão de obra qualificada e atacar o problema do desemprego reincidente, o governo decidiu condicionar o recebimento do seguro-desemprego à matrícula em cursos de formação, sempre que o trabalhador requisitar o benefício pela terceira vez em um período de dez anos.

De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, o curso deverá ser formação inicial e continuada ou de qualificação profissional, habilitado pelo Ministério da Educação (MEC), com carga horária mínima de 160 horas. A frequência, além da matrícula, também será cobrada.

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Pelo programa costurado com o apoio da Casa Civil, o MEC deverá garantir a recolocação desses trabalhadores que passaram pelo curso de formação, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

As informações sobre as características dos trabalhadores beneficiados deverão ser encaminhadas periodicamente pelo MEC ao Ministério do Trabalho, para subsidiar as atividades de formação destinadas a esse público.

No caso do trabalhador recusar o curso ou infringir algumas das regras previstas pelo governo, o seguro-desemprego poderá ser cancelado. Hoje, têm direito ao seguro os trabalhadores desempregados que tiverem sido demitidos sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 622 a R$ 1.163,76, de acordo com a média salarial dos últimos salários anteriores à demissão.

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