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Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES) participaram nesta segunda-feira (4) da sessão ordinária do Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu, Uruguai. A sessão, que reuniu parlamentares dos países que compõem o bloco, foi a primeira totalmente presencial desde o início da pandemia, em 2020. No encontro, os parlamentares brasileiros denunciaram o uso político da justiça e criticaram casos recentes de corrupção no governo. 

Durante a sessão, os parlamentares aprovaram uma proposta de declaração sobre o chamado lawfare na região. Essa expressão é usada para definir o uso do sistema jurídico como parte de uma estratégia contra adversários, ou seja, o uso das leis como uma arma política. Para Fabiano Contarato, o lawfare viola os  direitos humanos. 

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 "Entendo que o lawfare viola a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O juiz tem que estar equidistante entre as partes. Quando um juiz pode violar o principio de imparcialidade estamos diante de uma situação muito grave", disse o senador, na sessão plenária. 

Contarato fez um apelo aos colegas para que o Parlasul aprovasse a recomendação aos países integrantes para a adoção de leis contra essa prática. Ele questionou se algum dos colegas gostaria de ser julgado pro um juiz parcial. 

Corrupção

Em sua fala, Humberto Costa citou denúncias sobre a existência de um orçamento secreto, que teria usado emendas parlamentares para contemplar aliados do governo em troca de apoio no Congresso. O senador também falou sobre as denúncias de um esquema irregular de distribuição de verbas do ministério a Educação, que culminaram com a saída do então ministro Milton Ribeiro da pasta. 

"O governo tenta se vender ao povo brasileiro como um governo não corrupto e honesto, mas é, na verdade, a expressão maior da violência, mas também da corrupção que precisa ser enfrentada no nosso país", disse o senador. 

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) fez um apelo para que os países integrantes indiquem observadores internacionais para o processo eleitoral no Brasil. Para ele, a democracia no País segue sob risco. Esses riscos também foram apontados pelo deputado Odair Cunha (PT-MG) que citou manifestações a favor da ditadura e ataques a jornalistas. 

Outras propostas

Os parlamentares também debateram questões de integração regional, como a incorporação da Bolívia como membro pleno do Mercosul. O vice-presidente do Parlasul, deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), assegurou que fará gestões junto ao governo brasileiro para agilizar a incorporação da Bolívia como membro pleno do bloco. 

Foi aprovada uma proposta para a criação de subcomissão da verdade e justiça da Guerra da Tríplice Aliança (conhecida no Brasil como Guerra do Paraguai). Para o deputado Odair Cunha (PT-MG), a criação do colegiado é  fundamental para consolidar a história dos países do Mercosul. A Subcomissão funcionará no âmbito da Comissão permanente de Direitos Humanos e Cidadania do Parlasul. 

Outra proposta aprovada trata da recomendação ao Conselho do Mercado Comum da construção de uma barragem de compensação no rio Paraná na zona fronteiriça entre Paraguai e Argentina. 

Falando sobre integração regional, o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) afirmou que o bloco busca há 30 anos elementos fundamentais, como a livre circulação de bens e pessoas. Ele propôs que o Parlasul discuta soluções para os países do bloco no que diz respeito a insumos para a próxima safra, já que o setor foi afetado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. 

*Da Agência Senado/com informações do Parlasul 

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou nesta semana uma moção de apoio à deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), que tem sofrido ameaças de morte.

A parlamentar denunciou o caso à Organização das Nações Unidas (ONU). "Como deputada eleita, defensora dos direitos humanos e uma mulher negra que se identifica com as lutas contra o racismo, a misoginia e outras formas de intolerância, percebo as ameaças dirigidas a mim como uma ameaça à própria democracia", diz Petrone na representação.

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Segundo a deputada, a violência política contra as mulheres, especialmente mulheres negras, pode impedir que novas lideranças e defensoras de direitos humanos ocupem espaços de poder.

Ao aprovar a moção de repúdio, a comissão do Parlasul expressou “grande preocupação com a segurança da deputada Talíria Petrone, que foi oficialmente notificada de seis de planos para seu assassinato e o mais enérgico repúdio à violência política de gênero e raça contra mulheres parlamentares e candidatas no Brasil”.

“A moção aprovada cobra que o governo brasileiro tome medidas não só em relação à ao meu caso, mas em relação à violência política no Brasil, em especial contra mulheres negras. Chega de ameaça!”, escreveu Petrone em sua página no Twitter.

A violência política de gênero – uma das causas da sub-representação das mulheres no Parlamento e nos espaços de poder e decisão – é tema de uma campanha lançada pela Câmara dos Deputados neste mês.

*Da Agência Câmara de Notícias

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) denunciou em Buenos Aires, na Argentina, onde cumpre missão oficial como membro da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, o que chamou de “escalada do autoritarismo no Brasil”. Para Humberto, o “discurso de ódio” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) contra quem pensa diferente dele já está gerando uma “série de violações de direitos humanos”, principalmente em escolas e universidades.

“Não sabemos o que vai acontecer no Brasil depois da posse de Jair Bolsonaro, um militar que foi deixou o Exército por ter concepções políticas e sociais muito extremas. Agora, temos certeza de que os direitos humanos não serão respeitados. Vivemos um momento político de muito temor por conta de uma pessoa que tem aversão aos direitos humanos”, declarou Humberto, durante reunião nessa quinta-feira (8).

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O petista também lembrou aos colegas parlamentares dos outros países que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou que o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela) não será prioridade.

Humberto pediu ainda o apoio e a solidariedade dos colegas para que fiquem atentos ao desenrolar dos fatos no Brasil, que já registra casos de violência e intolerância contra homossexuais, negros, indígenas e professores e estudantes.

O líder da oposição citou que, durante esta semana, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal de Pernambuco, registrou a distribuição de panfletos apócrifos com ameaças nominais a alunos e professores. Para o senador, a iniciativa foi uma clara tentativa de “criar um clima de terror e intimidação no ambiente universitário”.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa declarou, nesta segunda-feira (14), que os congressistas do Parlamento do Mercosul (Parlasul) vão divulgar uma carta de repúdio ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).

O senador, que está em Montevidéu desde sábado (12) reunido com os demais parlamentares progressistas do grupo, relatou a situação política do Brasil e solicitou aos membros da bancada apoio à presidente "contra o golpe que está em curso no país”.

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Segundo ele, os membros do Parlasul se sensibilizaram com o tema e decidiram divulgar uma carta de repúdio ao movimento golpista em que será declarado apoio integral a Dilma. 

“Estamos vendo no Brasil uma tentativa de impedimento de uma presidenta eleita de forma legítima pelo povo brasileiro e que não cometeu qualquer crime. São setores da oposição que não se conformam com o resultado das urnas e brigam contra a democracia”, afirmou.

O senador ressaltou que o Paraguai, membro do bloco junto com Brasil, Argentina, Venezuela e Uruguai, viveu situação semelhante em junho de 2012, quando o ex-presidente Fernando Lugo foi deposto em um procedimento contestável, realizado pelo Senado daquele país, que durou apenas 30 horas e passou para a História como "golpe paraguaio".

“Lá, o golpe foi ainda pior porque não foi assegurado sequer o amplo direito de defesa do então chefe do Executivo, em razão de que o Paraguai foi suspenso do Mercosul por conta da ruptura da ordem democrática. Só voltou depois que realizou novas eleições. Os congressistas do Parlasul estão acompanhando esses atentados que desrespeitam o voto dos eleitores e prejudicam a integração da região”, acredita. 

Para Humberto, os membros do bloco têm consciência de que houve muito esforço e sacrifício por parte dos países da região para alcançar a democracia. “Não podemos jogar tudo isso fora agora porque alguns descontentes com o processo democrático querem ganhar no tapetão”, disse. 

O líder do PT volta ao Brasil nesta terça-feira (15), direto para Brasília, onde retoma as atividades legislativas no Senado Federal.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, foi convidado a participar das eleições gerais da Argentina, que serão realizadas no próximo domingo (25), na qualidade de observador internacional. O senador viaja ao país vizinho nesta sexta-feira (23) como membro da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (ParlaSul) e será responsável por acompanhar os preparativos para o evento e os resultados, após o encerramento do processo de votação.

Mais de 32 milhões de argentinos vão às urnas em todo o país no domingo para escolher o novo presidente do país, sucessor da presidente Cristina Kirchner, renovar os governos de 11 províncias, parte da Câmara de Deputados e do Senado. Pela primeira vez, eles também irão votar diretamente nos legisladores do ParlaSul. Segundo as pesquisas de intenção de voto, os postulantes com melhor desempenho para assumir a Casa Rosada são o governista Daniel Scioli, apoiado por Cristina Kirchner, e o oposicionista Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires.

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“Será uma experiência muito interessante para conhecer e apreciar plenamente o contexto em que as eleições e as questões relativas à organização eleitoral de uma grande país vizinho, especialmente em seus aspectos logísticos e operacionais, se desenrola”, avalia Humberto.

O brasileiro será integrante da chamada Delegação da Democracia, composta por um representante de cada país do Mercosul e que integra o Programa de Visitantes Internacionais para as Eleições da Argentina. 

Líder do PT no Senado e representante do Congresso Nacional brasileiro no Parlamento do Mercosul (ParlaSul), o senador Humberto Costa desembarcou em Montevidéu, no Uruguai, nesse fim de semana, para reunião plenária do órgão, que acontece nesta segunda-feira (21). Mas, já na noite desse domingo (20), o líder do PT teve um encontro com parlamentares da ala progressista dos países do bloco em que denunciou o "clima de golpismo que está em curso no Brasil".

"A democracia brasileira se encontra, neste momento, sob forte ataque, com ameaça real de um golpe de Estado", alertou Humberto, que recebeu apoio dos congressistas de Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os parlamentares das delegações do Mercosul fizeram uma defesa intransigente dos regimes democráticos no bloco e rechaçaram qualquer tentativa de abreviar mandatos de governantes legitimamente eleitos, como ocorreu no Paraguai há três anos.

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Em junho de 2012, o presidente do país vizinho, Fernando Lugo, que não tinha base parlamentar, foi derrubado pelo Congresso do país, em uma manobra política extremamente controversa, que ficou conhecida como "golpe paraguaio". O país foi afastado do Mercosul e da Unasul por "ruptura da ordem democrática" até realizar novas eleições presidenciais, quando foi readmitido nos dois blocos.

Nesta segunda-feira, a delegação brasileira se reuniu nas primeiras horas da manhã para discutir estratégias de posicionamento sobre o comando das nove comissões temáticas do ParlaSul, cujos titulares serão definidos no encontro de hoje. A partir do meio dia, terá início a XXXIV Sessão Ordinária do Parlamento do Mercosul.

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