Tópicos | PEC dos mensaleiros

No dia em que o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do mensalão tucano, renunciou ao cargo, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira, 19, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna automática a perda do mandato parlamentar para casos de condenação por improbidade administrativa ou crime contra a administração pública. A chamada "PEC dos Mensaleiros" foi aprovada em setembro passado pelo Senado e agora vai à votação no plenário da Câmara, possivelmente após o Carnaval.

A votação contou apenas com o voto contrário do deputado do PT Sibá Machado (AC) que, orientado pela bancada, argumentou que já foi instituído o voto aberto para cassações de mandato. Para o petista, a PEC 18/2013 do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) é "conjuntural", ou seja, o alvo era os deputados do PT condenados no processo do mensalão. Os demais membros da comissão saíram em defesa da PEC alegando que o episódio envolvendo o processo de cassação de Natan Donadon (sem partido/RO) trouxe constrangimentos para o Parlamento e que, apesar da perda automática, o Congresso Nacional continuará com a última palavra sobre o mandato dos parlamentares.

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Já o relator da PEC na Câmara, Raul Henry (PMDB-PE), destacou que a democracia representativa passa por um processo de questionamento e que a aprovação da proposta ajudaria a melhorar a imagem do Parlamento. "A alteração (na legislação) é necessária", concordou o presidente da Comissão, Sérgio Zveiter (PSD-RJ). Se a PEC for aprovada pelo plenário da Câmara, a perda de mandato passa a ser apenas declarada pela Mesa Diretora da Casa a partir da comunicação da condenação pela Justiça.

O deputado federal Raul Henry (PMDB) afirmou, nesta terça-feira (11), que o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 313/13 está pronto para ser discutido e votado. A emenda, de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), já foi aprovada no Senado e determina a perda do mandato de parlamentares condenados por crimes contra a administração pública ou por improbidade administrativa. A comissão especial que analisa a matéria tem uma reunião marcada para esta quarta-feira (12).  

“Já estou com o relatório da PEC dos Mensaleiros, de autoria do senador Jarbas Vasconcelos, pronto para ser discutido e votado amanhã. Mantenho o texto do Senado, que determina a cassação imediata para condenados por improbidade administrativa ou crimes contra a administração pública”, disse. O parlamentar explicou que se o relatório for aprovado pela comissão a PEC estará apta para ser votada no plenário da Câmara. “Isso livrará o Congresso Nacional, de uma vez por todas, do constrangimento de ter um apenado exercendo mandato parlamentar”, ressaltou.

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O relatório de Henry foi entregue na última sexta-feira (7), no texto o peemedebista destaca que o tema ainda não foi pacificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, em dezembro de 2012 o Supremo havia decidido, por cinco votos a quatro, que a perda do cargo se daria automaticamente após o trânsito em julgado, mas em agosto do ano passado, com sua composição plena, considerou que a perda do mandato não é pena acessória, e sim efeito da condenação, o que levaria o destino do parlamentar condenado a ser definido pelo Congresso.

 

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) cobrou, nesta segunda-feira (13), celeridade da Câmara dos Deputados para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2013. A PEC 18, de autoria do peemedebista, determina a perda automática de mandato para os parlamentares condenados por improbidade administrativa e crimes contra a administração pública. A proposta ficou conhecida como PEC dos Mensaleiros e foi aprovada no Senado em setembro.  

De acordo com o senador, não existe nenhuma justificativa para que a Câmara deixe de votar em plenário a emenda logo nos primeiros dias de fevereiro, quando o Congresso Nacional volta do recesso. “A Câmara criou uma sinuca para ela mesma ao não votar a PEC no ano passado”, argumentou Vasconcelos. A proposta altera o artigo 55 da Constituição Federal.

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A cobrança do senador foi embasada na reunião entre a Mesa Diretora da Câmara e as lideranças partidárias, para definirem a pauta de votação da Casa. “É fundamental, extremamente urgente que a PEC seja colocada como o item primeiro da pauta”, observou o peemedebista.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta terça-feira (8), a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 313/13, do Senado, que determina a perda imediata dos mandatos de parlamentares condenados, em sentença definitiva, por improbidade administrativa ou crime contra a administração pública.

A proposta tramita em conjunto com a PEC 311/13, segundo a qual a perda de mandato será apenas declarada pela Mesa Diretora no caso de parlamentares que tiverem seus direitos políticos suspensos por ações de improbidade e crimes contra a administração pública, ou forem condenados pela Justiça a penas de reclusão superiores a quatro anos. A intenção do autor da proposta, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), é evitar que, por voto secreto, deputados condenados e presos possam continuar com seus mandatos.

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O relator na CCJ, deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), apresentou parecer pela admissibilidade das propostas, que ainda serão analisadas por uma comissão especial quanto ao mérito e votadas em dois turnos pelo Plenário.

*Com informações da Agência Câmara

O Senado aprovou nesta quarta-feira, 11, uma proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê a perda automática de mandato de parlamentares condenados em processos criminais. Chamada de "PEC dos mensaleiros", ela na prática pode impedir que os deputados considerados culpados no julgamento do mensalão sejam absolvido posteriormente por seus pares. A proposta seguirá ainda à Câmara dos Deputados, onde terá longo trâmite e só valerá de fato para os condenados no mensalão se for promulgada antes do fim do processo.

A mudança pode atingir os petistas João Paulo Cunha (SP) e José Genoino (SP), que pediu aposentadoria por invalidez, Valdemar Costa Neto (PR-SP), e Pedro Henry (PP-MT). A perda de mandato mediante apenas uma comunicação da Mesa das Casas ou pelo plenário é um dos pontos que poderá ser rediscutido pelo STF caso sejam aceitos os embargos infringentes. Com a proposta aprovada pelo Senado, porém, a polêmica deixaria de existir e a cassação seria imediata.

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A votação, marcada há duas semanas, veio como uma resposta do Senado à manutenção, pela Câmara, do mandato do deputado federal preso, Natan Donadon (sem partido-RO). Anunciada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) no dia seguinte à decisão dos deputados, a proposta tende a ser uma punição mais eficaz a parlamentares condenados do que o voto aberto, ainda sem acordo entre os senadores - nesta quarta, na CCJ, um pedido de vista adiou a apreciação da matéria para semana que vem.

O texto aprovado em dois turnos numa única sessão determina a perda automática de mandato nos casos em que o Código Penal prevê essa penalidade. Isso vale para três tipos de improbidade administrativa (enriquecimento ilícito, causar lesão ao erário e atentar contra a administração pública) e crimes contra a administração pública punidos com prisão por mais de um ano (corrupção, peculato, tráfico de influência).

A PEC, contudo, não retira totalmente o poder dos plenários da Casa em decidir o futuro político de condenados. Casos de improbidade punidos comumente com multa, como uso indevido de imagem em propaganda do governo, bem como crimes contra a administração com penas de reclusão por menos de um ano, como abuso de poder ou abandono de função, ainda podem ser julgados pelos senadores e deputados.

Além disso, o substitutivo do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que relatou a matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), prevê a perda automática para qualquer condenação com pena de reclusão superior a quatro anos. O Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo julgamento de parlamentares, deve fazer um comunicado oficial, apenas protocolar, em casos de condenações com essas características.

Apesar das conclamações da maioria dos presentes, a aprovação da PEC não foi unânime. O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA) votou contrário nos dois turnos. Alertado por Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que ao perceber o painel de votações, acreditou em uma confusão do senador maranhense, Alberto se justificou: "Devemos ouvir o parlamentar e dar a nossa opinião. Aqui nessa Casa tem Conselho de Ética que deve ser ouvido." Questionado sobre como deveria ser, em sua visão, o procedimento para parlamentares presos, como o deputado Donadon, o senador defendeu que a perda de mandato seja decidida apenas quando o detido ultrapassar a quantidade de faltas permitida.

A Proposta de Emenda à Constituição 18/2013, mais conhecida como “PEC dos Mensaleiros”, de autoria do senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) deve ser apreciada, nesta quarta-feira (17), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta determina a perda automática do mandato de parlamentares após condenação definitiva por improbidade administrativa ou por crimes contra a Administração Pública, em sentença do Supremo Tribunal Federal.

Para o peemedebista, a “sua PEC” como intitula vai ser aprovada pela CCJ. “Ela visa acabar com o conflito que existe entre o Supremo Tribunal e o Congresso, sobretudo através da Câmara dos Deputados, onde quem decidia a cassação dos parlamentares condenados era a Casa, quer seja a Câmara ou o Senado. A minha PEC acaba com isso, os parlamentares enquadrados nesses tipos de crime, perdem o mandato imediatamente, se condenados. Ela é uma medida moralizadora, contra a impunidade. E com certeza vai ser aprovada pela CCJ”, declarou Jarbas. 

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Ainda segundo o senador após a volta do recesso parlamentar, em agosto, a PEC 18 deve ir à votação em plenário.

 

O senador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB) subiu na tribuna do senador nesta segunda-feira (29) e solicitou urgência na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional 18/2013, que possibilita a perda de mandato por improbidade administrativa ou condenado por crime contra a administração pública. A proposta de sua autoria foi batizada como o nome de PEC dos mensaleiros.

“A aprovação dessa PEC se tornou ainda mais premente, em minha opinião, diante do equívoco cometido na semana passada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, ao aprovar uma proposta que dá ao Congresso Nacional o poder de rever decisões do Supremo Tribunal Federal”,  discursou.

Jarbas também criticou ações do governo federal chamando de propostas “autoritárias, pensadas e respaldadas politicamente pelo Governo da Presidente Dilma Rousseff e pelo PT” que colocam em risco o Estado de Direito. Ele citou como exemplo a PEC-37 que retira o poder de investigar do Ministério Público, dentre outras.

“Outro abuso é o Projeto de Lei da Câmara № 14/2013, que pretende impedir o surgimento de candidaturas à Presidência da República de oposição, como a da Ex-Ministra e Ex-Senadora Maria Silva, e, finalmente essa esdrúxula PEC № 33/11 que obteve o aval escandaloso da CCJ da Câmara”, comentou.

A matéria altera o controle de constitucionalidade de normas realizado por tribunais e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Jarbas defendeu que a decisão da Comissão e constituição e justiça da Câmara que aprovou a medida seja reavaliada pelos deputados federais.

“Espero que tenha sido apenas um ato isolado de um grupo de radicais que tomou de assalto a CCJ, em mais uma tentativa torpe, mesquinha e inconstitucional do PT e dos seus aliados em retaliar a Suprema Corte por causa da condenação imposta aos envolvidos no escândalo do Mensalão”, alfinetou o senador.

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