Tópicos | Pessoa Trans

A LINUXtips, plataforma de capacitação na área de Tecnologia da Informação, abre inscrições para o novo projeto Chama Trans. Serão ofertadas 3 mil vagas gratuitas para o treinamento completo Linux Expert, destinadas a pessoas trans. Interessados podem se candidatar através do formulário Google.

O treinamento Linux Expert ensina o profissional a instalar e manter uma estação de trabalho Linux, bem como sua configuração. O aluno aprenderá os comandos Linux, o ambiente em modo texto e seu sistema de arquivos, acesso e questões básicas de segurando do Linux. Além da manutenção do sistema, como gerenciamento dos usuários e pacotes, backup, reinicialização do sistema e muito mais.

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Pela primeira vez, São Paulo elegeu duas pessoas trans entre as mais votadas da cidade. Em sexto lugar, Erika Hilton (PSOL), uma mulher trans e preta, recebeu mais de 50.508 votos. Thammy Miranda (PL), homem trans e filho da cantora Gretchen, ficou em nono lugar entre os mais votados com 43.231.

Vale salientar que Erika foi a mulher mais votada nas eleições 2020 da cidade de São Paulo. Através de sua conta no Twitter, a vereadora eleita (2021 a 2024) festejou: "Mulher preta e trans eleita a vereadora mais votada da cidade. Primeira da história".

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Thammy postou um vídeo agradecendo. "Eu sabia que o desafio era grande e um caminho longo para conquistar as pessoas, que querem um representante na câmara municipal com garra e coragem. Hoje eu posso dizer que tudo valeu a pena", disse.

Nos oito primeiros meses de 2020, 129 pessoas trans foram mortas no Brasil. Esse número, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) representa um aumento de 70% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse número chega a ser maior do que as mortes de transexuais mortas durante todo o ano de 2019, quando foram registrados 124 assassinatos.

A Antra aponta que até o dia 31 de agosto, todas as 129 pessoas trans assassinadas expressavam o gênero feminino, sejam travestis ou mulheres trans. Além disso, a associação revela que os assassinatos das pessoas transexuais apresentam o quarto aumento consecutivo em 2020.

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No primeiro bimestre, o aumento foi de 90%, no segundo 48% e no terceiro 39%, chegando a 70% no número de casos em relação ao período de julho e agosto de 2019.

Os cinco estados com mais mortes de pessoas trans, entre um de janeiro e 31 de agosto de 2020 são: São Paulo (19 casos), Bahia (16), Minas Gerais (16), Ceará (15) e Rio de Janeiro (7). Esses mesmos estados, segundo acompanhamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, são os que figuram entre os que mais assassinam pessoas trans desde 2017, quando os levantamentos foram iniciados.

Uma das razões para isso, segundo a Antra, é a falta de ações do Estado, "que segue ignorando esses índices e não implementou nenhuma medida de proteção junto a população LGBTI+, mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu a LGBTIfobia como uma forma do crime de racismo".

Dezenas de pessoas saíram em passeata pela área central do Recife, neste sábado (26), pedindo por mais tolerância, inclusão e menos mortes de pessoas LGBTQ+. Nessa ação, os participantes ostentam a bandeira “Vidas trans importam”, já levantando a discussão que deve se fortalecer na semana da visibilidade trans, programa para ocorrer a partir da próxima terça-feira (29). Com um pequeno trio elétrico, várias bandeiras coloridas se misturavam em um só ideal: o direito à vida.

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"Geralmente, a população LGBTQ+ sofre um processo de angústia muito grande e, quando eles estão assim, a primeira coisa que passa pela cabeça deles é que estão sozinhos. Estar do lado deles, trazer eles para junto e gritar pela vida deles fortalece essa população para enfrentar os desafios da sociedade", aponta Gi Carvalho, coordenadora do Mães Pela Diversidade.

A organização acentua que os seus filhos trans não têm que se transformar para serem aceitos pelo social, "mas a sociedade precisa se transformar para aceitar o meu filho", reforça.

Como primeira mulher trans advogada do Estado de Pernambuco, Robeyoncé Lima, codeputada estadual eleita pelas Juntas, também esteve presente na caminhada. "A gente quando vem pra rua trazer essa discussão, terminamos reavivando o debate sobre a discussão de gênero e sexualidade que a sociedade tenta o tempo todo 'abafar', e isso não é saudável para o convívio social", pontua.

Enquanto parlamentar, Robeyoncé assegura que após assumir o mandato coletivo com as outras quatro codeputadas, no dia 1º de fevereiro, trará mais fortemente a discussão sobre as vidas da comunidade LGBTQ+. "Quando se diz 'cidade insegura para essa população', estamos falando propriamente da morte das pessoas LGBTQ+, o que é uma perda fundamental dessa comunidade, que é o direito à vida. Por isso, será incidente a discussão de cidade segura para a população LGBTQ+".

Reforçando o discurso, a codeputada diz: "A política voltada para essa população será colocada em destaque para conseguir a educação inclusiva e o acesso à saúde para as pessoas LGBTQ+, inclusive no interior do Estado".

Em estado de transição, como faz questão de reforçar Jenifer, coordenadora trans do Ser Coletivo, aponta que as vidas trans importam porque, além de ser um dever da sociedade e do Estado preservarem essa população, “a comunidade trans é resistência. Não podemos 'deitar' para esse governo que está aí e vou ser feliz do jeito que sou”, conclui.

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