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Um estudo divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que o Brasil tem 271 candidaturas de trans e travestis. Apenas duas delas são de prefeituráveis e outras 25 configuram postulações coletivas.

O mapeamento foi feito pela Antra de 28 de setembro até 15 de outubro. O número representa um salto de 195% em relação a 2016, quando foram contabilizadas 89 candidaturas e 8 pessoas eleitas. A Antra afirmou que seguirá coletando dados e atualizando a lista dos postulantes.

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O maior número de candidaturas se concentra na região sudeste (42%), seguida do nordeste (29%), sul (11%), norte e centro-oeste (9% cada). Já quanto aos partidos, a maioria concorre em legendas de esquerda (51%), mas partidos de direita também contemplam trans e travestis (38,5) e de centro (10,5%). 

"Sabemos que esse ainda é um caminho complicado, pois a maioria das candidaturas estão postas pela primeira vez, e sabemos que a política prima sempre por quem tem experiências, isso não quer dizer que a população Trans esteja em desvantagem, não estão! Consideramos que a potencia e as contribuições das pessoas trans para nossa democracia tem um papel fundamental no enfrentamento das desigualdades. Elas sabem o que querem de fato, e por que estão lá. E aqui cabe ressaltar que muitas candidaturas sofrem processos de precarização pelos partidos, o que nos chama bastante atenção nesse sentido", diz a associação em trecho do documento em que destrincha o levantamento.

Nos oito primeiros meses de 2020, 129 pessoas trans foram mortas no Brasil. Esse número, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) representa um aumento de 70% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse número chega a ser maior do que as mortes de transexuais mortas durante todo o ano de 2019, quando foram registrados 124 assassinatos.

A Antra aponta que até o dia 31 de agosto, todas as 129 pessoas trans assassinadas expressavam o gênero feminino, sejam travestis ou mulheres trans. Além disso, a associação revela que os assassinatos das pessoas transexuais apresentam o quarto aumento consecutivo em 2020.

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No primeiro bimestre, o aumento foi de 90%, no segundo 48% e no terceiro 39%, chegando a 70% no número de casos em relação ao período de julho e agosto de 2019.

Os cinco estados com mais mortes de pessoas trans, entre um de janeiro e 31 de agosto de 2020 são: São Paulo (19 casos), Bahia (16), Minas Gerais (16), Ceará (15) e Rio de Janeiro (7). Esses mesmos estados, segundo acompanhamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, são os que figuram entre os que mais assassinam pessoas trans desde 2017, quando os levantamentos foram iniciados.

Uma das razões para isso, segundo a Antra, é a falta de ações do Estado, "que segue ignorando esses índices e não implementou nenhuma medida de proteção junto a população LGBTI+, mesmo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu a LGBTIfobia como uma forma do crime de racismo".

De janeiro a abril, o Brasil contabilizou 64 assassinatos de pessoas transgêneros, quantidade 49% superior à registrada no primeiro quadrimestre de 2019. Conforme ressalta a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que elaborou o levantamento link 1 , todas as vítimas eram travestis ou mulheres transexuais.

O número de casos também supera o de períodos anteriores. Em 2017, 58 homicídios foram notificados e, no ano seguinte, constatou-se um aumento para 63. Quando a contagem fica circunscrita aos meses de março e abril, a variação observada é de 13%, ante 2019.

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Em nota, a Antra disse que os dados "não refletem exatamente a realidade", por serem subnotificados e não serem computados pelo poder público. Apesar disso, acrescenta a associação, confirmam a ameaça que pesa sobre os direitos da população trans.

A entidade supunha que a pandemia da covid-19 pudesse provocar queda nos índices de homicídios de pessoas transgêneros por causa do isolamento social. "Mas, quando vemos que o assassinato de pessoas trans aumentou, temos um cenário onde os fatores sociais se intensificam e têm impactado a vida das pessoas trans, especialmente as travestis e mulheres transexuais trabalhadoras sexuais, que seguem exercendo seu trabalho nas ruas para ter garantida sua subsistência, visto que a maioria não conseguiu acesso as políticas emergenciais do Estado devido à precarização histórica de suas vidas", disse a Antra no comunicado.

 

Ao longo do ano de 2018, em Pernambuco, segundo levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS), 33 vítimas identificadas como LGBT foram assassinadas no Estado. Segundo órgão, em comparação com o ano de 2017, esse número representa uma queda de assassinatos dos LGBTs. Em 2017, foram registrados 57 assassinatos, o que mostra que menos 24 pessoas LGBTs foram vitimadas em Pernambuco.

Não há divisão específica se as vítimas são gays do sexo masculino, lésbicas, bisexuais ou transexuais. A equipe de reportagem do LeiaJá tentou saber junto com a SDS dados de pessoas trans mortas no Estado e registrados oficialmente, mas tal recorte não é feito pela secretaria. "Não temos os dados de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) num recorte tão específico", responde a SDS.

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A Secretaria de Desenvolvimento Social acentua que as "mortes de pessoas LGBT em Pernambuco não quer dizer (necessariamente) que foram mortas por homofobia ou qualquer tipo de preconceito", esclarece.

A última semana do mês de janeiro é voltada para a Visibilidade Trans no Brasil. É a partir do dia 29 deste mês que a comunidade LGBT tenta intensificar as discussões sobre os preconceitos, falta de direitos e a luta diária pela manutenção de suas vidas.

A Secretaria de Defesa Social aponta que desenvolve iniciativas educativas para prevenir a violência contra a população LGBT. "Nessas ações, policiais ministram palestras para alunos de escolas públicas do estado, nas quais fomentam o respeito à diversidade", diz a SDS.

Assassinatos de Trans no Brasil

No país, ao longo do ano de 2018, aconteceu 163 assassinatos de travestis e transexuais, segundo dossiê elaborado pela  Associação Nacional De Travestis e Transexuais Do Brasil (Antra), junto com o Instituto Brasileiro Trans De Educação (Ibte).

Este documento mostra que no Rio de Janeiro foi onde mais se matou trans em 2018, com 16 assassinatos. A Bahia ficou em segundo lugar, com 15 casos. Pernambuco aparece em décimo lugar, com 7 assassinatos de transexuais. 

O nordeste é a região de maior concentração dos assassinatos de pessoas trans no Brasil, com 36,2% dos casos, seguido da Região Sudeste, com 27,6%. Os Jovens são os que mais estão diretamente ligados às diversas formas de violência. O Mapa dos assassinatos aponta que 60,5% das vítimas tinham entre 17 e 29 anos.

A Secretaria de Defesa Social orienta a população vítima de preconceito procurar uma delegacia mais próxima para prestar queixa do fato. A Ouvidoria da SDS também está disponível, diariamente, das 7h às 17h, pelo telefone 0800.0815001, e 24h por dia, pelo portal da secretaria.

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Todo dia 29 de janeiro, dia da Visibilidade Trans, a população LGBTQ+ tenta chamar a atenção da sociedade para os problemas que essa população enfrenta diariamente, tendo os seus direitos negados e suas vidas ceifadas. Há 15 anos que a última semana de janeiro é voltada fortemente para as causas trans, em especial.

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Nesta data, "as lutas são comemoradas junto com as histórias de resistência da população de travestis, mulheres transexuais, homens trans e demais pessoas trans que tem urgência de visibilidade, representatividade e ocupação de espaços que sempre foram negados historicamente para a nossa população", aponta o dossiê elaborado pela Associação Nacional De Travestis e Transexuais Do Brasil (Antra), junto com o Instituto Brasileiro Trans De Educação (Ibte).

O documento traz o levantamento sobre o número de pessoas trans mortas no Brasil que, inclusive, segue na liderança no ranking dos assassinatos de pessoas trans no mundo, sendo o país responsável pelos 41% de todos trans assassinados no planeta.

De acordo com o dossiê, no ano de 2018 ocorreram 163 assassinatos de pessoas trans, sendo 158 travestis e mulheres transexuais, 4 homens trans e 1 pessoa não-binária (pessoas cuja identidade de gênero não é nem inteiramente masculina nem inteiramente feminina).

Separando os assassinatos de pessoas trans por estado, em dados absolutos, no Rio de Janeiro foi onde mais se matou trans em 2018, com 16 assassinatos. A Bahia ficou em segundo lugar, com 15 casos. Pernambuco aparece em décimo lugar, com 7 assassinatos de transexuais.

Acre e Amapá foram os únicos estados que não tiveram nenhum caso notificado. O levantamento é feito de forma quantitativa e a partir de pesquisas dos casos em matérias de jornais e mídias veiculadas na internet. "vale ressaltar que houve um aumento de 30% na subnotificação dos casos pela mídia. O que compromete os resultados e faz parecer que houve uma queda nos assassinatos, quando na verdade houve um aumento na invisibilidade destas mortes", frisa os elaboradores do Dossiê.

O Mapa dos Assassinatos de 2017 contabilizou 179 assassinatos de travestis e transexuais. Em 94% dos casos, os assassinatos foram contra pessoas do gênero feminino.

O nordeste é a região de maior concentração dos assassinatos de pessoas trans no Brasil, com 36,2% dos casos, seguido da Região Sudeste, com 27,6%. Os Jovens são os que mais estão diretamente ligados às diversas formas de violência. O Mapa dos assassinatos aponta que 60,5% das vítimas tinham entre 17 e 29 anos.

Tanto a Antra, quando o IBTE, salientam que, apesar de não haver dados oficiais sobre a população de travestis e transexuais no Brasil, a estimativa das entidades é de que 1,9% da população seja "não-cisgênera", ou seja, que não se identificam com o seu gênero de nascença.

Contexto Social

Em levantamento, a Antra aponta que 90% da população de travestis e transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda, devido à falta de escolaridade e à exclusão familiar. A entidade estima que aos 13 anos de idade, travestis e mulheres transexuais são expulsas de suas casas pelos pais.

São exatamente esses profissionais do sexo que foram massivamente assassinados em 2018. O Mapa dos Assassinatos detectou que 65% dos casos aconteceram contra aquelas que usavam o próprio corpo para sobreviver.

"O que denota o ódio às prostitutas, em um país que ainda não existe uma lei que regulamenta a prostituição que, apesar de não ser crime, sofre um processo de criminalização e é constantemente desqualificada por valores sociais pautados em dogmas religiosos que querem manter o controle dos seus corpos e do que fazemos com eles", salienta os elaboradores do dossiê.

É diante desse contexto catastrófico que o Mães Pela Diversidade se reúnem e tentam chamar a atenção da sociedade. Tudo na tentativa de parar com o extermínio sofrido pela população LGBTQI+, de uma forma em geral.

O levantamento organizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais e o Instituto Brasileiro Trans de Educação trazem apenas um recorte das mortes, que neste caso foram direcionadas contra a vida de Travestis e Trans. O que o Mães Pela Diversidade e tantas outras pessoas que se enquadram nessa comunidade querem é que todas as vidas sejam preservadas, seja de uma pessoa hétero ou não. Eles só pedem por um direito constitucional: viver.

No primeiro semestre de 2018, 86 pessoas trans foram assassinadas no Brasil, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE). São contabilizados ainda até junho: 29 tentativas de assassinato, sete casos de suicídio e 33 casos de violações dos direitos humanos.

De acordo com a Antra, a maioria das vítimas é do gênero feminino, negra e prostituta atuando na rua. Entre os aspectos que norteiam os crimes contra travestis e transexuais estão o fato de ocorrer na calada da noite, a tiro, apedrejamento ou facadas, normalmente precedidos de espancamento, métodos de tortura e pouca possibilidade de legítima defesa. O levantamento da Antra se baseia em reportagens e também por informações colhidas em redes sociais ou com redes afiliadas. 

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A Região Nordeste lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans neste primeiro semestre com 33 ocorrências. Em seguida vem o Sudeste (25 casos), Norte (10) e Centro-Oeste e Sul (9 casos ambos). Isoladamente, Rio de Janeiro foi o estado com mais registros, 11 ao todo. 

O ano de 2017 alcançou o maior índice de homicídios de pessoas trans dos últimos 10 anos. O relatório da Antra contabiliza 179 assassinatos de travestis, mulheres transexuais e homens transeuxais no último ano.

O relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que houve 179 assassinatos de travestis, mulheres transexuais e homens transexuais no Brasil. Tal resultado manteria o Brasil na primeira posição do ranking que contabiliza transfobia. 

O estado que mais registrou tais homicídios foi Minas Gerais (20), seguido da Bahia (17). Pernambuco computou 13 ocorrências. A Antra ainda acredita em uma subnotificação porque em alguns casos não há respeito ao uso do nome social e da identidade de gênero das vítimas. 

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O número de assassinatos dessa população em 2017 representa um aumento de 24% em relação ao ano anterior, quando existiram 144 casos. Em 2015 foram 118 registros, enquanto em 2008 foram 58. O valor de 2017 significa dizer que a cada 48 horas uma pessoa trans é assassinada no país. 

Ainda conforme a Antra, 45% dos assassinatos de LGBT são de pessoas trans. "Estamos falando de crimes de ódio! Ou vamos ignorar o contexto de vulnerabilidade a que estão inseridas as mulheres transexuais e as travestis e que por conta disso estão mais suscetíveis a violência cotidiana, ao transfeminicídio, ao machismo e a marginalidade oriundos da falta de políticas públicas e ações afirmativas que as incluem de fato como cidadãs brasileiras?", escreve o grupo. 

Dados da associação também apontam que a expectativa de vida de uma mulher transexual ou travesti é de 35 anos; 80% dos assassinos não têm ligação com a vítima; 90% dessa população vai para a prostituição; e 95% dos assassinatos trazem requintes de crueldade. 

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