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Diante da alta transmissibilidade da Covid-19 pela variante Ômicron e de novos recordes de casos da doença registrados no Brasil, é importante que os cuidados para se proteger do vírus acompanhem o risco e sejam redobrados. Por isso, por ter se mostrado ineficiente, especialistas não mais indicam o uso de máscara de pano para a proteção do vírus. No entanto, reforçam que as outras medidas ensinadas anteriormente, o distanciamento e o uso de álcool 70% ou em gel, seguem valendo.  

O chefe da Triagem de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e médico infectologista do grupo Oncoclínicas, Filipe Prohaska, recomenda o uso de máscaras mais eficazes para a proteção neste novo pico da doença.

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“A variante Ômicron tem uma capacidade de disseminação muito maior quando comparada com as anteriores, e a máscara de pano tem se mostrado insuficiente para garantir a proteção. Com isso, a recomendação tem sido máscaras cirúrgicas com pelo menos três camadas, ou máscaras do tipo PFF2, conhecidas como N95, que conseguem garantir uma vedação e uma filtração melhor do ar”, orienta.

Segundo o especialista, as melhores máscaras são as do tipo PFF2, apesar do maior custo para aquisição.

“Ela tem uma grande dificuldade por ter um custo mais elevado, mas você pode utilizá-la mais de uma vez por dias consecutivos. Inicialmente, o uso dela era restrito ao ambiente hospitalar, mas hoje já é comercializada”, informa.  

Em uma pesquisa feita pela reportagem do LeiaJá, em 15 farmácias do Recife, das que tinham a máscara do tipo pff2 disponível em estoque, o preço variava entre R$ 4,99 a R$ 9,00. 

Um estudo feito pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, após testar 227 modelos de máscaras, a PFF2 é a que mais protege. Ela filtra até 98% das partículas no ar, enquanto as de tecido variam entre 15 e 70%. O modelo da PFF2 que não se prende atrás da orelha consegue ter uma vedação melhor, mas não significa que o modelo que prende atrás não sirva de nada. 

Vale lembrar que a transmissão do vírus ocorre pelas partículas expelidas da boca e nariz de quem está infectado e podem ficar suspensas no ar por horas. O risco aumenta em locais fechados e, por isso, o uso de uma máscara eficaz se faz tão importante para a proteção.  

Prohaska explica como a reutilização da PFF2 pode ser feita.

“Você pode utilizá-las por mais de uma vez. O indicado é usar algum tipo de proteção, pode ser plástico ou papel, mas que ela tenha um grau de arejamento, não fique totalmente fechada. Desta forma, aumenta a sua vida útil. Dependendo da marca, você pode usar ela por até sete dias de forma consecutiva. Há pessoas que têm feito o esquema de rodízio, utilizado duas ou três máscaras em dias alternados para ela durar por mais tempo, mas no final das contas a regra dos sete dias para a troca de cada uma delas não muda muito”, detalha.

O infectologista pontua ainda, que o uso de duas máscaras, uma sobreposta a outra, sendo uma de pano e uma cirúrgica não traz tantos benefícios como antes.

Face shield

Segundo Filipe Prohaska, uma quantidade pequena de pessoas não pode utilizar máscara por alguns problemas de saúde específicos, como deficiência respiratória, e alérgicos, por exemplo. Para essas pessoas, é recomendável o uso da face shield (proteção para o rosto) e um distanciamento maior que o recomendado.

“São raros os casos e nesse ponto a discussão é que deve-se manter um distanciamento maior e usar a face shield para garantir algum grau de proteção aos respingos e gotículas. Mas lembrando que a face shield não é superior à máscara e só deve ser utilizada nessas situações em que há a impossibilidade absoluta do uso de máscaras, sejam elas cirúrgicas ou PFF2”, salienta.

O governo da Itália fechou um acordo com as farmácias para limitar o preço das máscaras PFF2, as mais seguras contra o novo coronavírus, a 75 centavos de euro, valor equivalente hoje a R$ 4,8.

O pacto será assinado pelo escritório do coordenador das ações antipandemia do governo, Francesco Figliuolo, e pelas federações que representam as farmácias italianas.

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A gestão do premiê Mario Draghi decidiu tabelar o preço das máscaras PFF2 após estender a obrigatoriedade de seu uso para teatros, casas de shows, cinemas, eventos esportivos e meios de transporte públicos, como ônibus e metrôs, e de longa distância, como trens de alta velocidade, navios e aviões.

O objetivo é conter a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus, que vem provocando recordes seguidos de casos de Covid na Itália.

A média móvel de contágios no país chegou em 97.226 no último domingo (2), maior número desde o início da pandemia, enquanto a de mortes está em 148, cifra mais alta desde 24 de maio.

Contudo, os óbitos estão crescendo em ritmo muito mais lento que os casos devido ao fato de a Itália ter quase 80% de sua população com o primeiro ciclo de vacinação concluído, o que faz com que os contágios provocados pela Ômicron sejam em sua maioria assintomáticos ou com sintomas leves. 

Da Ansa

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Ao mesmo tempo que variantes do novo coronavírus se espalham e que a vacinação contra a covid-19 engatinha, a necessidade das máscaras como uma das formas de reduzir a transmissão da doença é hoje uma certeza. O projeto alternativo “PFF2 Para Todos Belém” surgiu inspirado em várias outras iniciativas que fomentam a distribuição de máscaras e a conscientização da população, juntamente com o compartilhamento de informações seguras.

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Estudos feitos por cientistas ao redor do mundo e por estudantes da USP (Universidade de São Paulo) apontam que as máscaras de tipo N95/PFF2 apresentaram a maior eficiência de filtração de partículas, 98%, e fator de qualidade, enquanto máscaras de algodão tiveram a pior performance, com eficiência variando de 20 a 60%.

Embora, no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mantenha a indicação de máscaras de tecido, limpas e secas, para a população em geral, enquanto as máscaras cirúrgicas e as N95, PFF2 e equivalentes devem ser usadas "pelos profissionais que prestam assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19 nos serviços de saúde”, o ideal seria a produção em massa de máscaras PFF2/N95 e a sua distribuição gratuita à população. Enquanto isso não acontece, projetos como o "PFF Para Todos" ajudam a encontrar máscaras PFF2 a preço acessível em todo o país.

Os participantes do projeto, na cidade de Belém, buscam doações para ajudar na distribuição das máscaras. “A arrecadação das máscaras é feita por doações via pix que é pff2paratodosbelem@gmail.com. Nós postamos o pix nas redes sociais e as pessoas fazem doações em dinheiro e nós arrecadamos um montante e marcamos o dia das distribuições em pontos estratégicos de Belém. Junto com folhetos informativos nas nossas redes sociais, nós temos uma planilha de prestação de contas e as pessoas podem ver quando as máscaras foram doadas, quais os valores arrecadados, o que saiu e o que entrou novamente no nosso montante”, informa Nanda Silva, estudante, uma das responsáveis pela disctribuição das máscaras.

Em entrevista para o portal Leia Já, Nanda falou sobre como tem sido a experiência e como a iniciativa tem sido recebida pela população. “A experiência de participar do projeto tem sido muito gratificante. Poder contribuir ajudar outras pessoas contribuir para nossa cidade para que as pessoas se protejam para que a gente minimize os danos da pandemia e possa salvar vidas através de pequenas iniciativas. A iniciativa tem sido bem recebida pela população que nós abordamos muitas pessoas agradecem levam a informação para os familiares. É claro que ainda encontramos algumas pessoas sem máscaras na rua ou que são mais resistentes em aceitar, mas no geral a maioria das pessoas aceita bem e se interessa pelo assunto. Nesse sentido nós entendemos sim a importância de incentivar o uso da pff2 e que o papel de conscientização é fundamental”, destaca.

Helem Ferreira Ribeiro, biomédica e professora de Imunologia Clínica da UNAMA - Universidade da Amazônia, fala sobre a importância da popularização desse tipo de máscara. “É uma proteção adicional recomendada para situações onde o distanciamento social não é possível, como o transporte público em horários de pico, mas também podem ser utilizadas pela população geral. Se todas as pessoas utilizassem PFF2, os índices de contaminação diminuiriam. A distribuição delas deveria ser obrigatória pelos empregadores para todos os funcionários”, afirmou a biomédica.

Helem também falou sobre o modo de uso desse tipo de máscara e ressaltou a importância de sempre ter uma reserva na bolsa. “Máscaras PFF2 podem ser utilizadas por aproximadamente 8 horas, e podem sim ser reutilizadas. Para colocar, devemos ajustar a parte da frente cobrindo o nariz e a boca e prender as tiras elásticas atrás da cabeça, além de ajustar ao redor do nariz. Para retirar, puxar as tiras elásticas e não segurar a máscara pela parte da frente."

A reutilização pode ser feita de forma simples: as máscaras devem ficar penduradas em local arejado e à sombra por pelo menos 24 horas, e não devem ser limpas com água, álcool ou qualquer outra substância. "Elas podem ser utilizadas por até duas semanas nesse esquema de rodízio, o ideal é ter pelo menos três e ir revezando ao longo da semana. É possível encontrar máscaras PFF2 a partir de 3 reais”, enfatiza a professora Helem Ribeiro.

Por Maria Rita Araújo.

 

 

O respeito às regras sanitárias para garantir a saúde dos manifestantes contra o coronavírus foi uma preocupação da organização do protesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, no Recife. Na manhã deste sábado (29), após a concentração na Praça do Derby, o ato seguiu em fila pelas ruas do Centro.

Na capital pernambucana, a organização montou uma comissão de biossegurança formada por 150 voluntários, que distribuiu máscaras de proteção tipo PFF2, álcool 70% e orientou os manifestantes a manter distanciamento, o que não foi totalmente obedecido.

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"A ideia era fazer um ato simbólico, mas a população também mostra que tá querendo ir para as ruas. A orientação era para ser menos gente", comentou o diretor do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Paulo Mansan, que se mostrou surpreso com a adesão ao ato.

A Polícia Militar chegou a impedir que os carros de som acompanhassem a passeata, mas milhares de pessoas caminham em direção à Avenida Conde da Boa Vista pela destituição do do presidente Jair Bolsonaro e do seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB).

Diante das mais de 459 mil vítimas fatais da Covid-19 no Brasil - segundo o Conass - o protesto cobra por agilidade na vacinação, testagem em massa e auxílio emergencial mínimo de R$ 600.

Um estudo do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) confirmou que a PFF2 é a máscara que mais protege contra o vírus da Covid-19. Após testar 227 modelos, foi constatado que ela filtra até 98% das partículas no ar, enquanto as de tecido variam entre 15% e 70%.

A transmissão do vírus ocorre pelas partículas expelidas da boca e nariz de um infectado, que podem ficar suspensas no ar por horas. O risco aumenta em locais fechados e sem ventilação, por isso o uso da máscara é fundamental para a evitar a Covid-19.

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Defendida por cientistas, até a grande campeã do Big Brother Brasil 21, a advogada e maquiadora Juliette Freire, reforçou o uso da PFF2 após a morte de uma das administradoras do seu grupo do WhatsApp, vítima da pandemia. Com quase 30 milhões de seguidores, as buscas pelo modelo dispararam após o apelo da paraibana.

“Vamos avaliar o fornecimento da máscara PFF2 para as professoras e professores?”, sugere uma seguidora do perfil no Instagram @qualmascara, que orienta sobre o uso do item de proteção.

Geralmente a PFF2 é encontrada em lojas de Equipamento de Proteção Individual (EPI), armazéns e lojas de construção, mas também podem ser adquiridas em farmácias.

"Comecei a usar há cerca de quatro a cinco semanas, porque descobri que elas eram acessíveis, reutilizáveis e com uma eficácia fundamental, já que as ciúrgicas chegam a cerca de 60%", relatou o agente de aeroporto, Fábio Lindoso, que possui sete máscaras do modelo, uma para cada dia da semana.

Pode usar mais de uma vez

Comercializada com preço a partir de R$ 3,00, o ideal é optar pelo modelo sem válvulas, sem costura e que não se prende com elásticos na orelha. Também é importante checar os selos do Inmetro, a validade do lote e o número do Certificado de Autorização.

“Já comprei umas na shope, sai em conta até. Vou comprar mais pra usar em hospital ou em lugares que tenha bastante gente. São as melhoras e dá pra reutilizar”, comentou outra seguidora.

Apesar de trazer certo desconforto e deixar o nariz escorrendo - natural do uso prolongado -, a máscara é ajustável e tem boa durabilidade, podendo ser reaproveitada. Em regra, dá para usá-la o dia todo, caso não esteja úmida. Por isso, também é importante sempre secar.

Suor não atrapalha sua capacidade de filtragem. Após uma atividade física, por exemplo, basta colocar a PFF2 para secar em um local arejado e sem incidência direta de luz solar por, pelo menos, três dias. Ela pode ser usada mais de uma vez, entretanto não pode ser lavada ou molhada com álcool.

Algumas marcas validadas com o Certificado de Autorização e listadas pela página PFF para Todos, são: Alliance, Airsafety/Maskface, Alltec, Barone, Biosafety, BLS, Camper, Carbografite, Delta Plus, Descarpack, Drager, Ecoar, Ekomascaras, Grazia, GVS, KSN, Ledan, Libus, Lubeka, MFQ, Moldex, Plastcor, Protecface, Tayco, Ville, Vonder, 3M.

Cuidado na hora de retirar a PFF2

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Movimentos de divulgação sobre as máscaras PFF2 (da sigla Peça Semifacial Filtrante), também conhecidas como N95, vêm ganhando força nas redes sociais. Divulgadores científicos abordam a importância do uso do modelo em situações de risco de exposição ao vírus, não só por profissionais de saúde. Agora têm surgido páginas que se dedicam a tirar dúvidas, explicar como reconhecer uma máscara verdadeira e até indicar onde comprá-la sem cair nos preços abusivos que já estão sendo praticados na internet.

Desde dezembro, a antropóloga e doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Beatriz Klimeck, de 24 anos, é uma das administradoras do perfil "Qual Máscara?" no Twitter e no Instagram, que contabilizavam 23,4 mil e 91,8 mil seguidores, respectivamente, na última semana.

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"Na época das eleições, comecei a explicar porque tinha parado de usar máscara de tecido e começado a usar a PFF2. Começou no meu perfil pessoal, mas resolvi separar e fazer um perfil. O foco é no Instagram, onde a gente consegue passar as imagens, deixar um link para baixar para que as pessoas possam compartilhar no grupo do WhatsApp", conta ela.

A atuação como pesquisadora ajuda a separar informações científicas das fake news e a fazer uma tradução dos conteúdos científicos para o público leigo. "Também faço mestrado em Divulgação Científica. Assim, a gente aprende o que é informação de qualidade. Temos o presidente da República (Jair Bolsonaro) falando que máscara faz mal, vamos atrás de cientistas, traduzimos manuais em inglês. Nas duas últimas semanas, ganhamos mais de 50 mil seguidores no Instagram."

Ela e o companheiro, o mestrando em Comunicação Ralph Rocha, chegam a se dedicar seis horas por dia respondendo perguntas das pessoas que estão em busca do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Pouco antes do carnaval, o empresário Bruno Carvalho, de 30 anos, começou a ver posts no Twitter sobre máscaras PFF2. Conversou com a usuária e assim começou o "PFF para Todos", um site que explica como usar o EPI e mostra pontos de venda online e em lojas físicas, separados por Estado. No Twitter, a página já tem mais de 9 mil seguidores. A iniciativa também tem um perfil que divulga máscaras em promoção, marcas disponíveis no mercado brasileiro e orientações para usar o produto. O "Estoque PFF" tem 25,1 mil seguidores.

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"Tivemos a ideia de colocar as informações em um site na terça de carnaval. A gente viu que as pessoas estavam carecendo de informações e começou a explicar como identificar. O que a gente gostaria é que os governantes estivessem comprando e distribuindo para a população."

Carvalho não atua na área de Saúde nem é do ramo de EPIs."Somos do campo do Direito. Hoje, com todos os problemas que estamos tendo com vacinas, o que temos de mais seguro são as máscaras. Vemos muitos divulgadores científicos. A gente se vê como ativista da proteção respiratória."

Segundo o idealizador do site, a varredura em lojas de material de construção e de EPIs, onde o modelo costuma ser vendido, já mostrou a unidade até por R$ 1,70. Uma busca na internet também pode levar a locais que vendem por até R$ 90 a unidade.

O problema é quando o produto não é certificado ou não é uma PFF2 verdadeira. "Não pode ter costura com linha, tem de ser selada, não pode dizer que é lavável, porque não pode ser lavada. O elástico prende atrás da cabeça, não na orelha. A pessoa tem de encontrar o selo do Inmetro, tem de ter o CA (Certificado de Aprovação), que pode ser consultado online. E não precisa estar escrito N95, o termo correto é PFF2", explica Beatriz.

Orientação é não fazer estoque

Desde janeiro, diante do cenário de circulação de novas variantes do novo coronavírus, países europeus, como a Alemanha, passaram a exigir o uso de máscaras profissionais pela população em locais públicos e com grande circulação de pessoas. Segundo especialistas, a PFF2 é mais eficaz para evitar a infecção por aerossóis.

Pós-doutorando na Faculdade de Medicina na Universidade de Vermont (EUA), o físico e membro do Observatório Covid-19 Vitor Mori diz que a máscara PFF2 deve ser usada por pessoas que têm de trabalhar em locais fechados ou que enfrentam o transporte público lotado diariamente, mas que não é necessário nem correto fazer grandes estoques do modelo em casa.

"Tem de tomar cuidado para que não falte para os profissionais de saúde. A máscara PFF2 é a última linha de defesa para quem realmente não pode evitar de ir para locais fechados, para quem tem de pegar o transporte público todos os dias, como atendente da farmácia e caixa do supermercado, que é um trabalhador essencial."

Mori explica que as pessoas podem usar a máscara de tecido para exercícios ao ar livre e com distanciamento social ou para passear com o cachorro. "Mas, neste momento crítico da pandemia, se a pessoa puder ficar em casa, o ideal é ficar o máximo que puder."

Fora da situação da pandemia, essas máscaras seriam descartáveis. No entanto, segundo Mori, elas podem ser reutilizadas enquanto estiverem sem danos. "Se a manta filtrante estiver em bom estado, a máscara sem nenhum rasgo e com o elástico em boas condições, ela pode ser usada novamente."

A recomendação é deixar a máscara em local arejado por, no mínimo, três dias após o uso. Essa máscara não pode ser lavada nem higienizada com álcool. O uso correto é importante para que a máscara realmente proteja a pessoa.

"Depois de ajustar os tirantes elásticos e o clipe nasal, é preciso fazer um teste de verificação de vedação. A pessoa deve cobrir a maior área possível da máscara com as mãos, inspirar e expirar. Não pode ter passagem de ar." Para quem usa barba, a vedação não é garantida. Logo, é necessário remover os pelos faciais.

Infectologista, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi explica que a máscara PFF2 pode ser usada em situações como voos de avião - algumas empresas aéreas não permitem embarque com máscaras de tecido ou com válvulas -, mas diz que seu uso não é necessário para a população em geral.

"Mesmo com as novas variantes, o vírus não mudou de tamanho e a transmissão principal é por gotículas. As máscaras de tecido, no dia a dia, conseguem barrar transmissão do vírus. A máscara N95 é recomendada para quando tem aerossol, como no atendimento de um paciente que está no respirador, na UTI, e quando a gente vai colher o exame do swab nasal."

Ela destaca que a população deve reconhecer a importância da proteção com máscaras e continuar fazendo o uso mesmo com a imunização. "A gente deve sempre usar máscaras. As de algodão, com dupla camada, são suficientes. E mesmo as pessoas vacinadas devem usar máscaras", alerta Raquel.

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