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Um assaltante morreu e dois menores foram apreendidos, na noite desta terça-feira (18), em duas ocorrências envolvendo policiais militares, nas zonas leste e sul da capital paulista. Um dos policiais também foi baleado, porém sobreviveu.

Os adolescentes A.B.R, de 16 anos, e F.L.B.N, de 17, foram apreendidos pela Polícia Militar, no fim da noite, no interior de uma favela, próximo a uma passarela, ao lado da Avenida Jacu-Pêssego, no Parque Guarani, região da Vila Jacuí, na zona leste de São Paulo, após balearem o cabo Maurício Esteves da Silva, do 39º Batalhão da Polícia Militar. Um terceiro assaltante estaria afastado da dupla e conseguiu fugir.

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Os menores, em uma moto, armados com uma falsa pistola, atacaram o policial, por volta das 20h30, na Jacu-Pêssego, na tentativa de levar a moto Yamaha da vítima, que estava à paisana. Ao ver que o terceiro bandido portava uma arma de verdade, o cabo resolveu reagir e foi baleado pelo comparsa dos adolescentes. Os dois menores fugiram sem levar o veículo do policial.

Policiais militares foram alertados e encontraram a dupla de adolescentes. Com eles foi apreendida a falsa pistola. O caso foi registrado no 24º Distrito Policial, da Ponte Rasa. O cabo foi levado para o pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, de Itaquera, onde permanecia internado e já fora de perigo.

Aclimação

Em outro caso de reação a assalto, o soldado PM Giudasil Oliveira foi abordado em seu veículo, por volta de 21h, por três homens na Rua Guimarães Passos, na Aclimação, região sul da capital paulista. Ao perceber a aproximação do trio, o policial sacou a arma e esperou pelo momento certo para reagir.

A intenção dos bandidos era levar o carro da vítima. Ao anunciarem o assalto, os criminosos foram surpreendidos pelo policial, que sacou a arma e atirou três vezes contra o bandido que estava armado com um revólver calibre 38. O assaltante morreu no local; os outros dois fugiram. Parte dos dados da ocorrência foi levada para o 8º Distrito Policial, do Brás/Belém, porém o caso seria registrado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiram, por unanimidade, acatar recurso do Ministério Público (MP) e condenar o capitão da PM Dennys Leonardo Nogueira e o soldado Marcos de Oliveira Sales pelo crime de peculato. Com a decisão, Dennys cumprirá a pena de três anos e seis meses de reclusão e um ano de detenção. Já Marcos, três anos de reclusão e seis meses de detenção, ambos em regime aberto.

Eles foram acusados de omitir socorro a Evandro João da Silva, após ele ter sido baleado após um assalto, deixarem os autores fugirem e ainda recolherem para si objetos que foram roubados da vítima. Evandro era coordenador de projetos sociais da ONG AfroReggae.

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Os dois já haviam sido condenados em primeira instância, em dezembro de 2010, pelo crime de prevaricação (retardar ou deixar de praticar ato de ofício para satisfazer interesses pessoais), mas foram absolvidos da acusação de peculato. Na ocasião, Denys foi condenado a um ano de detenção, e Marcos a seis meses de detenção.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os policiais teriam abordado os acusados de praticar o assalto que resultou na morte de Evandro, perguntado se eles escutaram os tiros e se os pertences que estavam no chão seriam deles. Os suspeitos negaram e teriam dito que haviam acabado de brigar e de agredir um homossexual. O crime ocorreu na madrugada de 18 de outubro em 2009, no centro do Rio.

Para o desembargador Antônio José Ferreira Carvalho, relator do processo, ficou clara a conduta ilícita dos policiais. "O que ficou efetivamente comprovado é que os dois apelados apreenderam os dois objetos, deixando de encaminhá-los à autoridade policial, como deveriam, assumindo, ambos, a posse ilícita dos bens, agindo como se fossem proprietários da jaqueta e do par de tênis, dando destino ignorado a tais objetos", ressaltou o magistrado.

Os dois acusados de matar Evandro foram condenados pela 16ª Vara Criminal em maio de 2010. Rui Mário Maurício de Macedo, conhecido como Romarinho, pegou 24 anos de reclusão. Já Reginaldo Martins da Silva foi condenado a 21 anos de cadeia.

Após assembleia da polícia civil, realizada em frente ao Instituto de Criminalística (IC), na Rua Odorico Mendes, em Campo Grande, para tentar chegar a um acordo sobre a greve da categoria, os policiais se encontram em passeata rumo ao Centro de Convenções, local onde está instalada a sede provisória do Governo do Estado.

A passeata ocorre normalmente mesmo após a solicitação feita ao comando da Polícia Militar ontem (31), pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Silvio de Arruda Beltrão, de que a PM disponibilizasse da força policial que fosse necessária para impedir o movimento, caso a passeata ocorresse.

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Segundo a assessoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), após realização de uma reunião entre o presidente do órgão, Claudio Marinho, e o coronel da PM e diretor do DGO (Diretoria Geral de Operações) Cabral, no IC, a passeata deve transcorrer normalmente e sem repressões. "A decisão da continuação da passeata não é feita por mim mas sim por toda a categoria. Ela é pacífica e estamos no nossso direito", disse Marinho.

Ainda segundo o presidente, haverá outra assembleia no Centro de Convenções para discutir a continuação ou não da greve. A categoria está em recesso desde o dia 23 de julho, e reivindica melhorias nas condições de trabalho e valorização financeira - Pernambuco está no vigésimo lugar no ranking nacional de salários.

*Com informações de Tatyane Serejo

Um criminoso procurado pela justiça desde abril deste ano e suspeito de assassinar policiais militares foi capturado, no início da noite de terça-feira, 24, na cidade de Peruíbe, no litoral sul paulista.

Policiais militares da 3ª Companhia do 29º Batalhão do Interior (BPM/I), em posse do endereço de Fabiano Lococco da Silva, de 38 anos, foram até a casa dele, a de nº 355 da Rua 29, na Estância dos Eucaliptos.

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Ao perceber que a casa estava cercada, Silva ainda tentou escapar escalando o muro dos fundos, mas foi dominado pelos policiais e encaminhado para a delegacia central da cidade. Nenhuma arma foi apreendida com o criminoso.

Em depoimento na delegacia, Fabiano, segundo os policiais, teria admitido a participação no assassinato de um policial militar na cidade de São Vicente, também no litoral sul. Detalhes sobre os crimes praticados por Silva não foram informados pela polícia.

Na delegacia de Peruíbe foi registrado boletim de ocorrência de captura de procurado. Silva está recolhido na carceragem da Cadeia Pública, anexa à delegacia, e espera por transferência.

Sete policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na terça-feira, por homicídio e fraude processual e tiveram a prisão preventiva decretada por ter matado a tiros Anderson Matheus da Silva, na Estrada das Palmeiras, no bairro Salgueiro, em São Gonçalo, a 25 km da capital carioca, no último dia 29 de julho de 2011.

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Rio, revelaram que os mesmos agentes já haviam sido denunciados pelo envolvimento no assassinato da Juíza Patrícia Acioli, fato ocorrido em 11 de agosto de 2011.

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Na denúncia da morte de Anderson, o GAECO ressalta que o homicídio foi praticado para assegurar a impunidade dos PMs denunciados e também dos demais envolvidos no crime.

O MP afirma que os PMs eram investigados na condição de autores do homicídio de Diego da Conceição Beliene, no dia 3 de junho de 2011, também no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

"A vítima Anderson era conhecido de uma mulher que teria presenciado as circunstâncias do assassinato de Diego Beliene e prestado declarações na delegacia. A ação dos denunciados teve o objetivo de 'mandar um recado' e assustar a mulher que presenciou o homicídio, além de outras eventuais testemunhas da comunidade", relata texto da denúncia disponibilizado pelo Ministério Público do Rio.

Os sete policiais militares também foram denunciados por fraude processual, pois, segundo o GAECO, desfizeram a cena do crime ao determinar a remoção da vítima já morta, antes da realização da perícia.

Com o objetivo de incriminar a vítima e simular um confronto armado, os PMs teriam apresentado, na delegacia, uma pistola calibre .380, além de munições, um carregador municiado, um tablete e 81 sacolés de maconha como se fossem de propriedade de Anderson. De acordo com o MPRJ, a denúncia foi aceita pelo juiz Fabio Uchôa, que decretou a prisão dos sete PMs.

Três policiais militares foram presos na manhã desta quarta-feira em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Os agentes foram investigados pela Operação Revuca que apurava os detalhes da morte do traficante "Chacau" em dezembro do ano passado.

Durante a operação desencadeada nesta manhã, um veículo Ford Fox também foi apreendido com oito pistolas, um revólver, carregadores, munições, um cassetete e documento. Segundo a polícia, um dos PMs presos era o proprietário do carro que também continha, em seu interior, roupas com vestígios de sangue, duas facas, cinco canivetes, aparelhos celulares e um revólver calibre .45.

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Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia. A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que as armas são legais, mas que serão analisadas para verificar relação com outros homicídios. A Operação Recuva teve início para cumprir três mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em bairros da zona norte e oeste do Rio.

Os policiais e bombeiros militares do Espírito Santo decidiram ontem à tarde, durante assembleia, aceitar as propostas do governo e não entrar em greve. Apesar de a categoria aceitar as propostas apresentadas pelo governo do Estado, uma nova assembleia para decidir sobre uma possível paralisação foi marcada para o próximo dia 28 de março.

Segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo, as propostas do governo do Estado para a categoria são análise da projeção de estrutura das carreiras, com previsão de conclusão no mês de junho de 2012, que resultará em porcentual a ser definido nas tabelas de subsídio e do soldo; revisão do Quadro Organizacional da PM e do Corpo de Bombeiros a ser apresentada no aniversário da instituição no dia 6 de abril; promoção do soldado a cabo com 15 anos de serviço.

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Os policiais concordaram com todos os itens, mas decidiram, em votação, dar um prazo até o dia 28 de março para que o governo do Estado anuncie os índices de reajuste na tabela de subsídios e soldos. A categoria pediu um aumento de 46% no subsídios, dividido em três anos.

Os bombeiros e os policiais civis do Rio de Janeiro farão nesta segunda-feira assembleias para decidir o rumo da paralisação das categorias no Estado.

Às 14h, no Sindicato da Polícia Civil (Sinpol), a reunião vai avaliar a greve deflagrada no último dia 10 de fevereiro e às 18h no Sindsprev, a assembleia geral unificada será realizada entre representantes das polícias civil e militar e bombeiros para decidir os rumos do movimento grevista na Segurança Pública.

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No dia 8 de fevereiro, segundo a polícia, o Sinpol protocolou documento na Secretaria de Segurança e no Palácio Guanabara para que o governo cumpra a Constituição Estadual no que se refere a jornada de trabalho de 40h semanais e ao pagamento do auxílio transporte de R$ 350 mensais.

Na última sexta-feira, primeiro dia da greve, o governador Sérgio Cabral anunciou, através de aditamentos às mensagens aprovadas na Alerj, que o Estado pagaria um vale transporte de R$ 100 por mês a todos policiais civis, militares e bombeiros, além do pagamento de horas excedentes, mediante remuneração adicional.

O Sinpol considera insuficiente o auxílio transporte de R$ 100, mas o pagamento das horas excedentes acima de 160 horas mensais já é um avanço, atendendo antiga reivindicação dos policiais civis.

Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta-feira (10), no auditório do Quartel do Comando Geral, Largo dos Aflitos, o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou que a greve das policiais e bombeiros militares terminou. De acordo com ele, o policiamento na ruas até às 9h era de cerca de 85% do efetivo. Para o Comando Geral, o retorno das atividades deverá ser normalizado gradativamente nos próximos dias.

Representantes das Associação dos Cabos e Soldados (APPM),  Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (APRA) e Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar não confirmam o fim da paralisação e divulgam nova assembléia para hoje (10), à tarde. Segundo eles, permanece o impasse por conta do pagamento da GAP IV (Gratificação de Atividade de Policial). Eles querem que seja realizado no próximo mês de março de 2013, mas o governo que deixar para o segundo semestre -  de acordo com o governador Jaques Wagner o seria a partir de novembro e de forma escalonada. A proposta do governo é o aumento de 6,5% da remuneração retroativo ao mês de janeiro deste ano.

Foragidos - A Polícia Federal continua à procura dos oito líderes envolvidos no motim da PM e com mandato de prisão emitido pela justiça. Os foragidos são o sargento PM Marcos Vinícius, Fábio Brito (diretor jurídico da Aspra), Alessandro Reis (ex-diretor financeiro da Aspra), Edianario Santos (Aspra Feira de Santana). Além dos identificadas como ex-soldado Edianari, soldados Josafá, Augusto Junior e Gilvan.

 

 

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A greve dos policiais militares da Bahia, que já dura 10 dias, tem alimentado debates sobre a legalidade do movimento e revela, para alguns, as falhas na estrutura da política de segurança nacional, e para outros, a necessidade de uma equiparação salarial mais justa. 

O polêmico assunto ganhou espaço entre estudiosos e políticos que voltaram a discutir a regulamentação do direito a greve no serviço público e o pedido de anistia para os 12 PMs.

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De acordo com o consultor das forças de paz da ONU, André Vianna, o movimento deflagrado às vésperas de um dos maiores carnavais do mundo, tem um impacto forte para a economia do Estado e toca em assuntos que vão desde a PEC 300 (Emenda Constitucional que sugere a criação de um piso mínimo para todas as polícias) quanto ao da própria política de segurança pública nacional e os prejuízos institucionais que uma greve desta categoria pode causar.

Para Vianna, a paralisação dos PMs é um assunto delicado, que precisa ser analisado profundamente pois envolve uma série de interesses por trás dela, inclusive pessoais. “Quando a situação chega a esta proporção afronta o próprio sistema”, declarou o consultor.

A greve na Bahia começou no último dia 31 de janeiro, quando cerca de 300 policiais invadiram a Assembleia Legislativa, em Salvador. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários, além da anulação de mandados de prisão contra 12 grevistas.

Para o cientista político do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, Adriano Oliveira, a crise instalada na Bahia não é devido a falência da estrutura nacional de segurança pública, mas sim ao reajuste da gratificação salarial e uma “repartição de salário de modo justo”.

Adriano considera que outros fatores como, por exemplo, cortes de investimentos em segurança pública, tenham de certa forma contribuído para a explosão da greve, mas não considera esse o fator principal. Ele também não vê no movimento grevista uma forte capacidade de articulação.

Já o jurista Wálter Maierovitch, em entrevista a BBC Brasil, avaliou a paralisação, como um problema de política de segurança pública do País e citou como exemplo a demora para se aprovar a PEC 300. "Ninguém toma providências (quanto à atuação dessas associações) porque evidentemente todos sabem que o salário dos policiais é ridículo e, no mundo inteiro, a segurança pública é uma das maiores preocupações dos eleitores", diz.

O presidente da Câmera, Marco Maia (PT-RS), falou sobre a PEC no decorrer da semana e assegurou que a Câmara “não tem como regular os salários pagos a servidores estaduais”. Ele acrescentou ainda que “o tema deve ser tratado pelos estados e não pelo Congresso Nacional”.

Maia, porém, defendeu o aprofundamento do debate sobre a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, mas se disse contra a concessão de anistia a policiais punidos por participar do movimento e praticar conduta inadequada. “Não pode virar moda fazer greve, não ter atitude adequada e, ao mesmo tempo, correr à Brasília em busca de anistia. Estamos numa democracia. Não cabe comportamento inadequado”, declarou.

De acordo com a Constituição, no artigo 142, inciso IV, o militar está proibido de se sindicalizar e fazer greves. Ainda de acordo com a legislação, o servidor público tem assegurado o direito de fazer greve, mas não especifica determinadas regras que devem ser cumpridas pelos grevistas - essa regulamentação precisa ser votada pelo Congresso Nacional.

Na madrugada de hoje (9), policiais grevistas desocuparam a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, após divulgação de escutas telefônicas autorizadas pela justiça mostrando Marcos Prisco, líder da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), conversando com comandantes da PM do Rio de Janeiro pedindo reforços para o movimento na Bahia.

Prisco se entregou e foi preso hoje por volta das 8 da manhã, no décimo dia de greve. Outros 8 mandados de prisão, dos 12  expedidos pela Justiça, serão cumpridos. Os presos vão responder por roubo qualificado com uso de arma de fogo, disparo de arma de fogo em via pública, ameaça e formação de quadrilha.

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A movimentação de rendição começou nesta madrugada, quando cinco manifestantes deixaram o acampamento. As negociações de rendição foram conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Federal (PF) e Exército. Os manifestantes que saíam da AL passavam por revista feita por policiais federais, para confirmar ou não mandado de prisão em seus nomes. Entre 250 e 300 policiais e familiares estavam acampados no Parlamento.

Após a desocupação da Assembléia, homens do Exército e da Polícia Federal fazem uma varredura no prédio do Parlamento.

Denúncia: Escutas telefônicas realizadas pela Secretaria de Segura Pública da Bahia (SSP-BA) registram Marco Prisco em conversas com o objetivo de expansão do movimento para o Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados.

As gravações mostram que o grupo também planejava uma greve conjunta para inviabilizar o Carnaval na Bahia e no Rio, com a possibilidade de chegar a São Paulo. O titular da SSP-BA, Maurício Teles Barbosa, afirmou que há outras gravações em que Prisco com conteúdo semelhante.

Marco Prisco alega que a gravação divulgada estaria incompleta. Prisco negou que estivesse participando de um amplo movimento para a aprovação da PEC 300, que cria um piso nacional para policiais e bombeiros militares. “Todo mundo sabe que sou favorável à PEC 102. Não tenho nada a ver com a articulação”, afirmou. A PEC 102 prevê a criação de uma polícia única no Brasil.

Outra reunião de negociações está marcada para hoje às 17 h, por enquanto a greve segue, mesmo fragilizada com a perda do capital político que era a ocupação. O general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia diz ter esperanças que a greve acabe ainda hoje.

Os ânimos entre os manifestantes e militares em exercício voltaram a esquentar na manhã desta quarta feira (8) na Assembleia Legislativa da Bahia. O impasse que emperra as negociações gira, agora, apenas em torno do pagamento da GAP 4 e 5, que pretende equiparar os salários de policiais e bombeiros em todos os estados do país. O governo diz que só pode começar o pagamento entre novembro de 2012 e 2015, mas os grevistas querem o repasse imediato.

Confira a matéria, na íntegra, aqui.


Os ânimos entre os manifestantes e militares em exercício voltaram a esquentar na manhã desta quarta feira (8) na Assembleia Legislativa da Bahia. O impasse que emperra as negociações gira, agora, apenas em torno do pagamento da GAP 4 e 5, que pretende equiparar os salários de policiais e bombeiros em todos os estados do país. O governo diz que só pode começar o pagamento entre novembro de 2012 e 2015, mas os grevistas querem o repasse imediato.

A anistia dos PMs que cometeram atos de vandalismo é outro impasse. Em paralelo, discursos do governador Jaques Wagner (foto: Wilson Dias/ABr) anteriores aos seus mandatos são usados por grevistas e pela oposição para atacar o petista. O governador afirmou, nesta terça-feira (7), não ter dúvidas de que as ações de vandalismo ocorridas nos últimos dias em várias cidades da Bahia – como interdições de ônibus por homens encapuzados e disparos de tiros em bancos –, são parte da estratégia do movimento nacional para pressionar a votação da Proposta de Emenda Constitucional 300 (PEC 300), em Brasília, que propõe um piso unificado para policiais militares e bombeiros em todo o território nacional, com salários variando entre R$ 3,5 mil a R$ 7 mil.

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A fala de Wagner refere-se a movimentos similares ocorridos nos estados do Ceará, no início deste ano, Maranhão e Rondônia, cujas greves, paralelas aos atos de vandalimos ocorreram no ano passado e tiveram duração de cerca de dez dias. Representantes de associações de militares taxaram como “irresponsável” a declaração de Wagner.

Nesta terça, um discurso de Wagner proferido enquanto deputado pelo PT, no ano de 1992 (e reproduzido no site da revista Veja), virou a nova arma da oposição para vincular o governador à greves passadas da PM. Rapidamente, a transcrição foi disseminada em blogs e twitters por líderes da frente antipetista, como o do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o deputado federal ACM Neto (DEM).

No (antigo) discurso, Wagner manifesta apoio ao movimento encampado por mulheres de PMs por melhores salários e condena a punição imposta a 110 militares, sinalizando uma tendência da oposição na briga pela sucessão municipal: a de usar os dias de terror na campanha eleitoral e, ao mesmo tempo, atribuir aos políticos da base aliada a responsabilidade pelo motim da PM.

Wagner, em pronunciamento, minimizou os efeitos deste discurso, bem como sua atuação na greve de 2001, em parte comandada pelos líderes do movimento atual. “Entrei na greve de 2001 para negociar com o então governador César Borges. Se o PT, na época, apoiou e entendeu como justa a posição, não tenho nenhum constrangimento. Tenho ideias próprias. Mas não sou parte dos que usaram de violência. E não estou preocupado se a greve vai prejudicar o candidato que eu apoiar”, destacou.

Homens do Exército permanecem cercando o entorno da assembleia, que só deve divulgar novidades à imprensa por volta das 17h desta quarta-feira (8).

Os policiais civis Carlos Ferreira Bogo, de 35 anos, e José Maria de Souza, 48, ambos da cidade de Franco da Rocha, região norte da Grande São Paulo, foram baleados, por volta das 20h45 de terça-feira, 7, no momento em que prendiam um suspeito de estelionato dentro de uma das residências da Avenida Brasil, próximo ao número 2.200, no bairro do Rochdale, na zona norte de Osasco, no oeste da região metropolitana. Sem saber que as duas pessoas que invadiam o imóvel eram policiais civis que realizavam uma diligência após trabalho investigativo, vizinhos ligaram para o 190 informado que a casa estava sendo assaltada. Policiais militares foram acionados e, ao chegarem na residência, supostamente trocaram tiros com os dois civis. Ferreira foi baleado na clavícula e no rosto, de raspão; já Souza, foi ferido em uma das pernas. Os dois foram levados para o pronto-socorro do Hospital Municipal Antonio Giglio, no centro de Osasco, e submetidos a cirurgia.

Após 24h de negociações entre representantes das associações da Polícia Militar e do governor Jaques Wagner, com intermediação do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, terminou sem acordo as negociações para o fim da paralisação da categoria, que completa, hoje, oito dias. As negociações estavam ocorrendo na residência episcopal do arcebispo, que fica no bairro da Federação, na capital baiana. 

De acordo com a assessoria de comunicação do Estado (SECOM), a implantação da Gratificação de Atividade Policial (GAP), 4 e 5, maior reivindicação dos policiais, acaba de ser atendida pelo governo. Um cronograma de ascensão na escala da GAP, a partir deste ano, será feito de forma que todo o efetivo da PM seja promovido até 2015. A GAP 5 é a proposta do governo para fechar a negociação com as entidades representativas da Polícia Militar. Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo à janeiro de 2012.

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“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado até 2015", afirmou o governador. “Meu esforço está sendo esse, muito grande, fazendo propostas consistentes para que a gente possa terminar esse movimento", concluiu Wagner.

Segundo a TV Bahia, filial da TV Globo, a reunião resultou em três tipos de avanço. Ficou decidido que os 12 PMs que tiveram a prisão decretada não irão para presídios federais, aqueles que participaram da greve de forma pacífica não serão punidos, e os policiais que cometeram atos de vandalismo durante a paralisação responderão a processos administrativos.

Apesar de reunião que aconteceu ontem (6) à noite, na Bahia, policiais em greve e governo do Estado ainda não chegaram a um acordo e o impasse permanece. A rotina,  é de aulas suspensas em escolas e faculdades da rede pública e privada na capital e no interior e eventos culturais cancelados. Pontos turísticos vazios às 19hh na alta estação, comércio em bairros da periferia  fechado, transporte público suspenso em Feira de Santana e Barreiras. Até o momento 101 mortes registradas na Região Metropolitana da Bahia em uma semana, sendo 53 na segunda maior cidade do Estado (Feira de Santana). Presença na capital das forças armadas nacional.

O Governo do estado ofereceu 6,5% de reajuste para todas as categorias da Polícia Militar na noite deste domingo (5), de acordo com informações da Secretaria de Comunicação Social do Estado (Secom). Proposta não aceita pelos grevistas, até o momento. A liderança do movimento representada pela Associação de Policiais, Bombeiros e seus familiares (ASPRA) disse que não aceita a proposta, já que o reajuste não seria específico para os policiais militares, e sim para todos os servidores estaduais. Líderes das outras associações que representam os policiais militares disseram nesta segunda (6) que se retiraram da negociação por conta da "intransigência do governo".

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Confronto - Nesta segunda feira (6) a ação de desocupação da Assembléia Legislativa da Bahia (AL), foi marcada pelo confronto. Familiares de policiais, inclusive crianças, e PMs em greve que estavam do lado de fora da AL e tentaram se juntar aos acampados se desentenderam com os homens do Batalhão de Choque do Exército por mais de uma vez, 7 pessoas saíram feridas. Gás de pimenta também foi usado para inibir a entrada de manifestantes. Helicópteros, cães e até tanques de guerra reforçaram a segurança.

Na madrugada de ontem, um jovem foi assassinado durante a noite em Salvador no bairro do Costa Azul, 19 anos, trabalhava em um pet shop.
O governo Wagner afirma que os grevistas estão promovendo "banho de sangue" na cidade para amedrontar a população. "É tentativa de guerra psicológica. Parte disso é cometida por ordem dos criminosos que se autointitulam líderes do movimento", afirmou. Em contraponto, Mascos Prisco, liderança da ASPRA lembra a população da greve da PM em 2001, no governo Cezar Borges pelo antigo PFL, que partidos da esquerda como PC do B e PT, juntamente com o próprio Wagner apoiaram integralmente.

Na tarde do domingo (5) policiais, bombeiros e agentes penitenciários do estado do Rio de Janeiro em nota prometeram antecipar a paralisação das categorias, inicialmente prevista para o próximo dia 10, caso "qualquer covardia" seja cometida contra os agentes que participam do movimento grevista na Bahia: "O movimento em prol da DIGNIDADE dos Bombeiros e Policiais do Estado do Rio de Janeiro vem informar que qualquer covardia cometida contra os militares da Bahia e seus familiares, que estão ocupando a Assembleia Legislativa de lá, ocasionará a deflagração da GREVE GERAL no Rio de Janeiro antes do previsto", diz a nota publicada em um blog do movimento SOS PMERJ.

O tenente-coronel Márcio Cunha, chefe da Comunicação do Comando da 6ª Região Militar, descartou, na noite de hoje, a possibilidade de invasão da Assembleia Legislativa por parte dos mais de mil militares que cercam a área desde a manhã de hoje. Estão amotinados, dentro da Casa, cerca de 300 PMs e familiares.

De acordo com Cunha, a ocupação do Exército no local tem fins pacíficos. "O general Gonçalves Dias determinou que fizéssemos essa área de isolamento para que as negociações pelo fim da manifestação ocorram de forma pacífica", afirmou. "Eventuais violências contra nossa tropa, porém, serão respondidas com a intensidade necessária."

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Mil homens do Exército e da Força Nacional cercaram o prédio da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, na tarde desta segunda-feira (6), que está tomado desde o dia 31 de janeiro por policiais grevistas que lutam por reajuste de uma gratificação salarial.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) sugeriu uma mesa de negociação coordenada por uma comissão de parlamentares. Se a mesa de negociação se confirmar nesta terça-feira, Pereira pretende se reunir também com o presidente da Câmara, Marco Maia, para a composição da comissão de deputados.

Os manifestantes e parentes dos PMs grevistas permanecem do lado de fora da Assembleia Legislativa do Estado tentando entregar alimentos aos seus parentes, mas tiveram a entrada proibida pelo Exército para evitar a possibilidade de que armamentos fossem repassados.

O governo do Estado da Bahia mantém um reajuste de 6,5% e diz estar aberto à negociação do pagamento das gratificações do nível 3 para o nível 4, mas os grevistas querem a anistia dos PMs grevistas e que o governo faça a revogação dos 12 mandatos de prisão.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou o movimento dos policiais grevistas da Bahia como "inaceitável".

*Com informações da Agência Estado.

 

O clima de insegurança por conta da greve da Polícia Militar da Bahia, provoca a paralisação da atividades do Theatro XVIII e Anexo, situado no Centro Histórico de Salvador - um dos mais frequentados pelo público local pela qualidade de sua programação que inclui cursos, palestras, exposições e projetos, sugerindo um novo modelo de espaço cultural na cidade.

De acordo coordenação, a  medida visa garantir integridade física de seus funcionários, do público e dos artistas. Desse modo, ficam suspensas todas as atividades, incluindo o Projeto Miúdos e Turma da Ladeira (Anexo) e demais espetáculos programados no palco, até que a situação da cidade volte à normalidade.

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Em entrevista exclusiva ao Leiajá  a escritora, dramaturga e Jornalista  Aninha Franco lamentou o fato e disse que  o centro histórico não precisa de mais problemas. “ Depois de negociar , o Governo deve aprimorar a Polícia Militar que continua violenta, muito violenta, atemorizando os bairros periféricos e centro da cidade.  E deve pagar bem aos policiais, mas punir com rigor suas violências contra a sociedade.  E deve pagar melhor também aos professores. Só assim nós vamos melhorar a democracia e a sociedade", ressaltou.

Brasília - Ao visitar a Bahia hoje (4), no quarto dia da paralisação da Polícia Militar (PM), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, por solicitação do governo do estado, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já reservou vagas em presídios federais para encaminhar, se necessário, policiais que tenham cometido algum tipo de crime durante o movimento grevista. Cardozo se reuniu com o governador da Bahia, Jaques Wagner, e disse que todas as ocorrências criminosas serão tratadas como crimes federais.

"Todos os crimes cometidos nesse período são qualificados como crimes federais e serão tratados como tais. Seremos muito firmes no cumprimento do nosso dever", disse Cardozo em entrevista na Base Aérea de Salvador.

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O ministro viajou à Bahia acompanhado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e da secretária nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki. Cardozo considerou “inaceitável” a forma como os policiais estão conduzindo a greve. "O Estado de Direito não permite o abuso do próprio direito. Isso [a greve], da forma como está sendo tratado, é inaceitável."

Pelo menos 12 mandados de prisão já foram expedidos contra militares grevistas. Hoje, o governador Jaques Wagner descartou a possibilidade de concessão de anistia militar para todos os envolvidos no movimento grevista, uma reivindicação feita pelo conjunto das associações que representam PMs na Bahia.

“Sou um democrata convicto e a única regra que faz a democracia funcionar é o respeito à lei”, disse o governador, que fez questão de ressaltar que não se trata de uma ato de “arrogância ou de intolerância” do governo. “Se alguém depreda ônibus, depreda o carro da polícia, se alguém sai na rua atirando para cima, isso tudo é crime”.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia estima que um terço da Polícia Militar do estado esteja parada. O efetivo conta com 31 mil policiais.

Em declaração de três minutos, transmitida pelas emissoras de rádio e TV da Bahia na noite de hoje (sexta-feira), o governador Jaques Wagner atacou o movimento grevista da Polícia Militar do Estado e tentou tranquilizar a população baiana.

Na fala, o governador reconhece que o Estado passa por "momentos de intranquilidade", mas afirma que não há motivos para apreensão. "Estou tomando todas as providências para garantir a segurança dos cidadãos", afirmou.

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"Agi rapidamente e com rigor para conter um grupo de policiais que, usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, chegou a causar desordem em alguns pontos do Estado", disse Wagner. "Os contingentes da Força Nacional de Segurança, juntamente com as Forças Armadas, já estão nas ruas, para garantir a paz."

O governador afirmou, também, que a sociedade não pode "conviver com um movimento que já foi considerado ilegal pela Justiça" baiana. "Conclamo todos os profissionais da Polícia Militar a retomar seus trabalhos", disse Wagner, antes de listar alguns avanços que, de acordo com ele, seu governo deu à categoria.

"O governo sempre esteve aberto à negociação. Foi com democracia que garantiu conquistas como aumento real de salário, a compra de 3 mil viaturas e a incorporação de mais de 9 mil homens ao efetivo", contou. "Sei que não estamos na situação ideal, mas vou continuar trabalhando para melhorar as condições de trabalho da polícia na Bahia."

No final da mensagem, o governador atacou o movimento grevista. "Não aceito que um pequeno grupo, de forma irresponsável, cometa atos de desordem para assustar a população", disse. "A PM da Bahia não pode permitir se transformar em instrumento de intimidação e desordem."

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