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A Polícia Federal apresentou, nesta quinta-feira (10), o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná. A aeronave é controlada remotamente por pilotos treinados, que ficam em bases em terra, e servirá para o monitoramento de fronteiras e combate ao tráfico de drogas e armas.

O Projeto Vant compreende 14 aeronaves da família Heron, da empresa israelense IAI, adquiridas num negócio de US$ 350 milhões fechado em novembro de 2009. Até agora, 3 unidades foram entregues e apenas uma já está em operação, na área da Tríplice Fronteira. Segundo a PF, o uso deste tipo de equipamento por uma Polícia é inédito, em todo o mundo.

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As aeronaves espiãs possuem um sistema de decolagem e pouco automáticos, autonomia de 37 horas seguidas de voo, capacidade de fotografar objetos com nitidez a até 10 km de altura e cobrir uma área superior a 1000 Km², entre outras funções. Anteriormente, um modelo semelhante já foi usado na Guerra do Líbano de 2006, pelas forças armadas de Israel.

Estiveram presentes no evento de lançamento os Ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, o Govenador do Paraná, Beto Richa, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.

O Ministério da Justiça vai determinar à Polícia Federal que abra um inquérito para investigar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Esporte. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a decisão foi tomada a partir de um pedido do ministro do Esporte, Orlando Silva, citado como beneficiário de um esquema de corrupção pelo policial militar João Dias na revista Veja. Cardozo destacou que Orlando Silva se dispôs a abrir seus sigilos telefônicos e bancários para contribuir com a investigação.

"Obviamente, este gesto nos ajuda na medida em que há uma intenção clara do ministro em uma apuração, que será feita de forma rigorosa e aprofundada pelos órgãos da PF que serão responsáveis pelo caso", afirmou Cardozo. O ministro da Justiça acrescentou que o PM que fez a denúncia será ouvido pela Polícia Federal.

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Pelo menos 11 pessoas foram presas hoje, em Ilhéus, no sul da Bahia, durante a Operação Shutdown, da Polícia Federal. A ação da PF busca a repressão ao jogo ilegal nas cidades da região cacaueira do Estado.

Mais de 125 policiais federais estão cumprindo 25 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, em residências e estabelecimentos comerciais localizados nos municípios de Ilhéus, Itabuna, Floresta Azul e Canavieiras.

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Os investigados pela Operação Shutdown serão indiciados por formação de quadrilha, contrabando ou descaminho e também com base na Lei de Crimes Contra Economia Popular. Somadas, as penas podem chegar a 9 anos de reclusão.

 Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, ocorrida durante a última sexta-feira (6) e sábado (7), no Porto de Suape, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, resultou na maior apreensão de cocaína já vista no Estado de Pernambuco e na Região Nordeste. Foram contabilizados 530 kg da droga, que estavam misturados em meio a uma carga de gesso, distribuída em cinco contêineres.

De acordo com investigações da PF, a carga poderia estar saindo do Porto de Suape nesta segunda-feira (10), tendo como destino inicial a África, para posteriormente ser distribuída na Europa. O entorpecente, armazenado em 30 embalagens menores, estava escondido junto a cerca de 3.500 sacos de gesso em pó. Cada saco pesa, em média, 40 quilos. Um cão farejador identificou a presença da droga. Submetido ao narcoteste, o resultado deu positivo para cocaína.

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Ainda segundo a PF, devido ao elevado grau de pureza, a droga pode ter vindo da Bolívia ou Colômbia.  A carga com os demais sacos de gesso – cerca de 3.470 unidades – está lacrada, sob forte esquema policial, e ainda será vistoriada, podendo elevar a quantidade total apreendida.

Esta foi a trigésima apreensão de drogas, em Pernambuco, realizada pela PF em 2011.

Uma operação para combater fraudes fiscais no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, foi desencadeada nesta quinta-feira (1) pela Polícia Federal, pela Receita Federal e pelo Ministério Público. Segundo a Polícia Federal, foi constatada a existência de um grupo criminoso, com a participação de servidores da Receita, que entrava com mercadorias no país sem pagar os impostos devidos.
 
Integrantes da quadrilha traziam mercadorias do exterior e entravam em contato com funcionários da Receita no aeroporto, que garantiam a entrada dos produtos sem fiscalização e sua liberação imediata. Outra fraude usada pela quadrilha era enviar mercadorias pelo correio, por meio de Miami, com declaração falsa de conteúdo.
 
Trinta e nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. De acordo com a Polícia Federal, o prejuízo estimado pode chegar a R$ 148 milhões por ano. Cerca de 180 policiais e auditores fiscais participam da ação, chamada de Operação Voo Livre.

A operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal desencadeada na manhã desta quarta-feira (17) já levou à prisão de 18 pessoas e desmantelou uma quadrilha suspeita de realizar uma das maiores fraudes tributárias já descobertas no País. O rombo aos cofres públicos é estimado em pelo menos R$ 1 bilhão apenas em impostos federais. Ao todo, o golpe envolvia cerca de 300 empresas, parte delas "laranjas", principalmente do setor de produtos químicos.

Entre os bens confiscados do grupo durante a Operação Alquimia estão uma ilha de 20 mil metros quadrados na costa de Salvador, além de várias aeronaves, lanchas, carros de luxo, imóveis residenciais e parques industriais. A operação é realizada em 17 Estados e no Distrito Federal, com a participação de 650 agentes da PF, além de auditores da Receita Federal.

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Pela manhã, as equipes já haviam executado 18 dos 31 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, além de 129 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 empresas. Também foram cumpridos 42 dos 63 mandados de condução coercitiva (para prestação de depoimento). Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

Segundo o delegado Marcelo Freitas, que coordenou a ação por parte da PF, foi em uma das empresas do grupo no município que tiveram início as investigações, ainda na década de 1990. Em 2009, a polícia e a receita descobriram que o grupo era ramificado em 300 empresas, parte delas com sede no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

"A empresa que encabeça o esquema é uma grande empresa do setor químico, de capital aberto, com sede na Bahia e em São Paulo e filias em todo o País", contou o delegado, sem revelar os nomes das companhias e das pessoas envolvidas na fraude. Mas revelou que uma dessas pessoas, o empresário que seria um dos donos do grupo econômico investigado, é o proprietário da ilha confiscada em Salvador, onde, de acordo com a PF, estavam várias embarcações, aeronaves e carros de luxo.

A operação é realizada simultaneamente em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. A polícia estima que o valor dos bens confiscados nestes Estados chegue a R$ 1 bilhão. A maior parte dos investigados e das empresas, segundo a PF, está na Bahia e em São Paulo.

A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quarta-feira (17) a Operação Alquimia – que recebeu esse nome por investigar irregularidades em empresas ligadas ao ramo químico. De acordo com a Receita, o objetivo é desmontar um esquema que deve ter lesado os cofres da União em aproximadamente R$ 1 bilhão.

Estão sendo cumpridos 31 mandados de prisão e 129 mandados de busca e apreensão em residências e empresas. A Justiça Federal também decretou o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 empresas, incluindo veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais, e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.

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Participam da operação cerca de 90 auditores fiscais da Receita Federal e de 500 policiais federais em 17 estados e no Distrito Federal. Os estados onde ocorre a operação são: Minas Gerais, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí.

De acordo com a Receita, durante as investigações, foram encontrados indícios de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A Receita informou ainda que as investigações começaram quando foram detectados indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo, com a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”.

 

A presidenta Dilma iniciou desde meados de julho a “faxina” em seu governo. Os atores desta “faxina” são a presidenta e a Polícia Federal. Ambos estão dispostos em realizar uma grande “faxina” na República. Contudo, a “faxina” não chegará aos quartos, à cozinha e ao banheiro. A opinião pública reclamará dos “faxineiros”.

Qualquer presidente da República tem dificuldades de realizar “faxinas” por conta do presidencialismo de coalizão e do tamanho do estado brasileiro. Os partidos aliados ao governo desejam cargos, verbas, favores diversos. Os presidentes precisam atender as demandas, caso não, a coalizão é ameaçada.

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FHC e Lula souberam lidar com o Parlamento. Atenderam as bases, mas também impuseram limites. FHC foi audacioso na realização da “faxina”, pois realizou as privatizações. Estas diminuíram o tamanho do estado e a disponibilidade de cargos. As privatizações enfraqueceram o clientelismo e a corrupção.

Lula, no inicio do seu mandato, também mostrou audácia. Incentivou, através do ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, as ações da Polícia Federal no combate à corrupção publica. Porém, no final do seu primeiro mandato, a disposição de Lula para o enfrentamento a corrupção diminuiu.

Ressalto, contudo, que Lula, FHC e Dilma não são os únicos responsáveis para o combate à corrupção. Em um Estado de Direito, as instituições coercitivas precisam ter autonomia em relação ao Poder Executivo. Sem esta autonomia, as instituições perdem funções e razões de existência.

O que adianta para a sociedade uma Polícia Federal sem independência? Faço semelhante pergunta para o Ministério Público e o Poder Judiciário. Portanto, antes dos presidentes, estas instituições devem enfrentar a corrupção pública.

FHC e Lula sabiam que não poderia estender a “faxina” para outras partes. Sugiro que leiam dois fantásticos livros: A arte da política, de FHC; E o Lulismo no poder, de Merval Pereira. Ambas as obras mostram que presidentes da República não têm condições de estender a “faxina” além da sala. Portanto, Dilma recuará em sua faxina, caso não, a estabilidade do seu governo será ameaçada.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal investigue a morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, executada na madrugada desta sexta-feira, em Niterói (RJ). "O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, me procurou e pediu para que nós entrássemos nas investigações. Eu, então, conversei com o governador (do Rio de Janeiro) Sérgio Cabral e determinei à Polícia Federal que entre no caso, já a partir de agora", disse o ministro.

Mais cedo, o STF divulgou uma nota na qual o presidente do tribunal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pede apuração rápida do crime e punição rigorosa dos responsáveis. Peluso afirma que o assassinato da juíza foi um atentado à independência do Judiciário, ao Estado de Direito e à democracia.

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Segurança

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, afirmou nesta sexta que a juíza Patrícia Acioli jamais solicitou segurança policial. O pedido, segundo ele, deve partir dos magistrados. Em 2002, no entanto, por iniciativa própria, o TJ-RJ determinou escolta em tempo integral para a juíza.

"Em 2007, o TJ-RJ chegou à conclusão de que não havia necessidade de continuar com a segurança intensa, com três policiais, e sugeriu a ela que fosse feita por um PM". O presidente do TJ-RJ à época era o desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro. A juíza, segundo Santos, dispensou a escolta, e desde então estava sem segurança.

O desembargador, que assumiu a presidência este ano, informou não ter sido comunicado pela juíza sobre quaisquer ameaças a ela. Santos descreveu Patrícia como uma pessoa muito trabalhadora, extremamente rigorosa e corajosa.

"Enfrentava grupos perigosos que atuavam na região: milícias, bicheiros e quadrilhas de transporte clandestino. Posso afirmar com absoluta certeza que este crime não ficará impune. É uma questão de honra para a magistratura fluminense", disse o presidente do TJ-RJ.

O desembargador afirmou ainda ter recebido uma ligação do secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, informando que todas as forças de segurança do Rio estão à disposição.

O presidente do TJ-RJ anunciou a criação de uma comissão de três juízes que farão um mutirão para julgar os casos de maior periculosidade na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que era comandada pela vítima. "Os responsáveis pelo crime, quando identificados, serão transferidos para presídios federais, de segurança máxima, longe daqui", disse. "Estou exausto, amargurado, mas esses grupos não vão nos intimidar".

 

CRIME

No final da noite de quinta-feira, 11, a juíza Patrícia Acioli, de 47 anos, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), foi morta, com vários tiros, quando se aproximava da entrada do condomínio onde residia, no Timbau, bairro do distrito de Piratininga, em Niterói (RJ). A polícia acredita em emboscada e crime encomendado. A juíza estava sem seguranças quando foi atacada.

Ao volante de um Fiat prata Idea, a vítima foi surpreendida por homens utilizando toucas ninja e ocupando duas motos e dois carros. Foram feitos pelo menos 15 disparos de pistolas calibres 40 e 45 contra a vítima, que morreu no local. A polícia espera contar com eventuais imagens gravadas pelas câmeras de segurança existente na portaria do condomínio.

A juíza, segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que esteve no local do crime, havia recebido várias ameaças de morte Em algumas decisões de Patrícia, está a prisão de policiais militares de São Gonçalo que sequestravam traficantes e, mesmo depois de matá-los, entravam em contato com familiares e comparsas exigindo dinheiro para soltura.

A juíza também decretou a prisão preventiva de policiais militares acusados de forjar confrontos com bandidos, mortos durante a abordagem. O nome da juíza estava em uma "lista negra" feita pelo criminoso Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho", preso no Espírito Santo em janeiro deste ano e chefe da quadrilha de extermínio que agia em São Gonçalo e teria assassinado pelo menos 15 pessoas em três anos.

O Ministério Público Federal no Amapá (MPF-AP) já avalia enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) as denúncias de envolvimento da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) com o esquema de corrupção no Ministério do Turismo. Conforme a Agência Estado revelou com exclusividade, o nome dela aparece em pelo menos quatro depoimentos como destinatária do dinheiro. A deputada nega as acusações.

A decisão de comunicar o caso dela ao STF será discutida nesta sexta-feira pelos responsáveis pelo inquérito no Amapá com a Justiça. A deputada tem foro privilegiado no STF, e somente a PGR, em Brasília, tem prerrogativa para investigá-la na área criminal. Os investigadores avaliaram que, no conjunto de todos os depoimentos prestados, o envolvimento de Fátima Pelaes foi a grande novidade até agora.

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A estratégia do MPF é tentar, diante disso, evitar que todo o inquérito seja remetido ao STF. Se depender do Ministério Público no Amapá, a investigação será desmembrada: as acusações contra a deputada seguirão para a PGR e o STF, e o restante continuará em Macapá para que a denúncia seja feita à Justiça contra os envolvidos nas próximas semanas.

De acordo com os depoimentos presentes no inquérito da polícia obtidos pela reportagem, Fátima Pelaes teria montado um conluio no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para a campanha à sua reeleição no ano passado. A deputada é autora das emendas parlamentares que favoreceram o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), entidade pivô do esquema investigado pela PF. A Operação Voucher, desencadeada pela Polícia Federal na terça-feira, prendeu 35 pessoas, incluindo os quatro investigados que prestaram os depoimentos que comprometem a deputada.

Após uma série de invasões superficiais a sites do governo, o grupo hacker LulzSecBrazil pôs na web um diretório com 8 gigabytes (GB) documentos da Operação Satiagraha. São fotos, áudios, vídeos e relatórios reunidos pela Polícia Federal durante as investigações, em 2008.

"Encontramos os arquivos em servidores abertos", explicou à reportagem o porta-voz do grupo, conhecido como Bile Day. "Não posso revelar a técnica que usamos, mas em geral nos servidores há vários tipos de falhas, como erros nas páginas do site, portas de serviços abertas e senhas fracas", afirmou.

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Os documentos da operação, porém, já haviam sido publicados em partes em outros sites e supostamente estariam em um pen drive do próprio delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PCdoB. "É um vazamento de informação clássico. Não parece sequer invasão de sistema", avaliou Pedro Markun, ativista da web e criador da comunidade online Transparência Hacker.

A operação brasileira ocorreu pouco depois de o grupo hacker estrangeiro AntiSec divulgar 10 GB de dados confidenciais do FBI. A ação foi uma retaliação à prisão pelos federais americanos de Jake Davis, conhecido como Topiary, jovem de 18 anos que cuidava da comunicação do grupo LulzSec no mundo. Segundo Bile Day, o ataque no Brasil foi coordenado com os grupos estrangeiros.

A Satiagraha, deflagrada em julho de 2008 pela Polícia Federal, tinha como alvo o banqueiro Daniel Dantas, por suspeita de crimes financeiros. Foi uma das mais espetaculares operações da PF, sob ordens do delegado Protógenes Queiroz. A ação provocou embate entre o juiz Fausto De Sanctis, que mandou prender Dantas, e o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, que mandou soltar. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça anulou a investigação porque arapongas da Agência Brasileira de Inteligência haviam participado dos trabalhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na era Lula, a Polícia Federal brasileira (PF) conquistou a opinião pública por conta da sua atuação. Funcionários públicos foram detidos. Esquemas de corrupção descobertos. A criminalidade organizada endógena, a qual tem origem no estado, foi enfrentada.

Entretanto, no Brasil, as ações das instituições coercitivas têm limites. E as ações da PF tiveram limites. Em pesquisa realizada em parceria com Jorge Zaverucha, comprovei esta assertiva. Em dado instante, na era Lula, a PF recuou no enfrentamento ao crime organizado endógeno.

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Diversas pesquisas de opinião, inclusive uma realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau em 2009, mostram que a Polícia Federal tem credibilidade e é admirada pela opinião pública. Saliento que Lula utilizou as ações da PF em sua retórica para angariar votos.

Presidentes da República são chefes da Polícia federal. Mas a Polícia Federal tem, supostamente, autonomia em relação ao presidente da República. No caso, o diretor-geral da PF não precisa avisar ao presidente sobre determinada operação ou prisão. Do mesmo modo, suspeito que delegados não precisam informar ao Diretor geral as investigações em andamento.

A PF, portanto, tem autonomia em relação ao presidente da República. E delegados têm parcial autonomia em relação aos diretores. Se assim for, a PF realiza investigações de modo autônomo. Portanto, a prisão de A ou de B não é comunicada previamente ao presidente da República.

As prisões realizadas pela Polícia Federal no ministério do Turismo mostram que Dilma não sabia de nada. Foi pega de surpresa – hipótese palatável. Se assim ocorreu, Dilma, mais uma vez, mostrou para a opinião pública que não tolera corrupção em seu governo. Embora, a intolerância tenha limites. Ou seja: alguns atos por parte de atores importantes serão tolerados.

As operações da PF ofertam atributos mercadológicos para Dilma. Por consequência, a sua imagem junto à opinião pública é construída. “Intolerância com a corrupção”, “Doa a quem doer”, “Não admito corrupção no meu governo”, “A Polícia Federal tem autonomia”, “Enfrentaremos os corruptores”.

As frases sugeridas poderão, aos poucos, ser utilizadas por Dilma. E com isto, conquistar eleitores. Dilma tem um oportunidade única para construir a sua marca junto ao eleitor. Qual seja: utilizar as ações da Polícia Federal como instrumento de marketing e consolidação da sua imagem junto à opinião pública.

Trinta e oito pessoas foram presas hoje, durante a Operação Voucher, da Polícia Federal (PF) no Amapá, em São Paulo e no Distrito Federal. Entre os detidos estão o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, um ex-presidente da Embratur, cujo nome não foi divulgado, além de diretores e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários. Todos os presos de São Paulo e do DF foram transferidos para o Amapá, onde ocorre a investigação.

A operação tem o objetivo de combater o desvio de recursos públicos destinados ao Ministério do Turismo por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Cerca de 200 policiais federais, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, cumpriram os mandados de prisão preventiva, temporária e os mandados de busca e apreensão.

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De acordo com a PF, a operação teve início a partir de investigações realizadas pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários no Amapá, que descobriu fortes indícios de desvios de recursos públicos, além de várias outras ilicitudes na execução de convênio entre o Ibrasi e o ministério.

As principais irregularidades constatadas nesse convênio, de acordo com as investigações, são: falta de condições operacionais da Ibrasi para a execução; não realização de cotações prévias de preços; pagamento antecipado de serviços; fraude nos documentos comprobatórios de despesas; inexistência de fiscalização, entre outros.

 Brasília – A Polícia Federal iniciou na semana passada a primeira fase do projeto piloto para adoção de portões eletrônicos (e-gates) de controle migratório no Brasil. O sistema, conhecido como Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente (Rapid), pretende tornar mais rápido o procedimento de entrada e saída de pessoas pelos aeroportos internacionais brasileiros.

Para o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, os equipamentos permitirão um controle migratório mais efetivo e um desembarque mais rápido. “Não terá a necessidade daquele quase enfrentamento entre viajante e autoridade migratória do país receptor.”

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O sistema é automatizado e permite a verificação de todos os dados de segurança do viajante. De acordo com Barreto, é preciso que os estados consigam aliar tecnologia à segurança. “[O Rapid] vai ver se a pessoa tem algum antecedente criminal no exterior, se é foragido internacional, se o passaporte está válido.”

Após a validação do documento, o passageiro passa para uma cabine na qual é fotografado. A identidade do viajante é confirmada por meio da comparação entre a fotografia armazenada no microprocesssador (chip) do passaporte com a imagem capturada pelo equipamento de segurança. Confirmada a identificação, o passageiro é liberado para prosseguir no embarque ou desembarque.

O projeto é resultado de um acordo de cooperação entre a Polícia Federal e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal. Barreto disse ainda que o Brasil pretende implantar essa nova tecnologia nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

Nessa primeira fase do projeto, apenas brasileiros e portugueses com passaportes diplomáticos ou oficiais com chip instalado poderão passar pelo controle de imigração nos portões eletrônicos. A previsão da Polícia Federal é que, até o fim do ano, os brasileiros que já tiraram o novo passaporte eletrônico (com chip) também possam passar pelos chamados e-gates.

Dois portões de reconhecimento, cedidos pelo governo português, foram instalados no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. A cidade foi escolhida, segundo Barreto, por ter poucos voos internacionais e muitos passageiros com passaportes diplomáticos ou oficiais.

Os e-gates já são usados em Portugal, na Inglaterra e na Austrália. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, a adoção dos portões eletrônicos simplifica ainda mais as relações entre Brasil e Portugal. “Aliamos coisas que são importantes, como modernidade e segurança. É uma tecnologia que provou funcionar bem na União Europeia.”

 

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