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A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou, nesta segunda-feira (10), resultados positivos de seus testes clínicos de fase 2 de um tratamento antiviral contra a Covid-19 desenvolvido em parceria com o laboratório Molecular Partners, também suíço.

Chamado ensovibep, esse tratamento administrado por via intravenosa atingiu seus objetivos primários nos ensaios de fase 2, referentes à redução da carga viral após oito dias para as três doses testadas, informou a Novartis, em um comunicado.

Também atingiu seus objetivos secundários relacionados com hospitalizações e/ou internações em terapia intensiva, ou óbitos, alcançando uma redução dos riscos de 78% para os pacientes que receberam esse tratamento, em comparação com aqueles que receberam um placebo, relata o grupo suíço.

Este estudo de fase 2, denominado Empatia, foi realizado com 407 pacientes ambulatoriais adultos. Esta fase da pesquisa corresponde à etapa intermediária dos estudos clínicos.

Os testes in vitro demonstraram um alto nível de neutralização contra todas as variantes conhecidas, incluindo delta e ômicron, acrescentou o grupo.

Em outubro de 2020, a Novartis se associou ao laboratório de biotecnologia de Zurique Molecular Partners, assinando um acordo para o desenvolvimento de dois tratamentos antivirais potenciais contra a Covid-19, entre eles o MP0420, mais tarde denominado ensovibep.

 Muitos poderão não concordar em meio às polêmicas envolvendo a família Bolsonaro, mas os que defendem o novo governo também somam um grande número. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta quarta-feira (23), a porta-voz do movimento Vem Pra Rua, no Recife, Maria Dulce Sampaio, garantiu que a equipe que compõe o governo do militar foi escolhida de forma isenta. 

Dulce elogiou a iniciativa de diminuir o número de ministérios de 39 para 22. “Apesar de, nas democracias consolidadas o prazo para se fazer qualquer avaliação seja de 100 dias, diante do excelente quadro de ministros, escolhidos com total isenção política, prevalecendo o conhecimento que cada um tem na sua área, vê-se que tudo será feito com mais eficiência”. 

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A dirigente também falou que, em menos de um mês, o governo Bolsonaro fez bastante coisa. “Principalmente no que diz respeito à investigação de programas e exoneração de cargos comissionados. Pelo que estamos constatando, o Estado era um verdadeiro cabide de emprego para os apaniguados petistas. Vários contratos ilícitos foram cancelados inclusive contratos sem licitação como o contrato da Funai de 45 milhões, que foi barrado pela ministra Damares e a locação de carros para o Ibama por 20 vezes acima do valor de mercado”.

Segundo Dulce, tudo será fiscalizado com mais rigor com Bolsonaro no comando do País. “Abriu também a caixa preta dos bancos públicos, BNDES, CEF, Banco do Brasil e começou a investigar os fundos de pensão. A caixa preta do BNDES foi aberta mostrando todo o descalabro do governo petista e o banco além de devolver 100 bilhoes de reais ao governo, vai pagar 6 bilhões por mês até 2022. Haverá monitoramento das ONG’s e revisão nas demarcações de terras indígenas”.

“Na parte econômica, o Ministro Paulo Guedes vem priorizando as reformas,  imprescindíveis para o crescimento da nossa economia. Esses 30 dias de governo, já mostram um resultado bastante positivo. Primeiro tem que se arrumar a casa, e é o que estamos vendo acontecer”, finalizou. 

Em uma entrevista concedida ao LeiaJá, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) também opinou sobre o governo Temer. O petebista disse que o governo tem um problema de origem: nasceu sem um lastro de legitimidade. “Quando um governante chega a essa posição sem voto e depois de um processo traumático como foi o impeachment, é evidente que ele começa com uma carência, uma falta de legitimidade, e isso é algo muito importante para um governante. Ele só se legitima quando tem esse lastro”. 

No entanto, apesar da declaração, Armando Monteiro falou que o Brasil vive um momento tênue de recuperação da economia. “Eu tenho que reconhecer que embora tenha essa deficiência de origem, na gestão da economia, o governo vem obtendo resultados positivos. Eu espero que esse processo se consolide para recuperar os empregos porque o grande drama do país hoje é exatamente o grande número de brasileiros desempregados e, portanto, sem esperança”. 

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Chamado por uma parte dos pernambucanos de “golpista”, por ter votado a favor da reforma trabalhista, o senador se defendeu. “Eu integrei o governo passado, eu lutei contra o impeachment, eu trabalhei contra o impeachment, mas eu não consigo votar contra o país, portanto quando o presidente Temer apresentar projetos, propostas, iniciativas que eu acho que são de interesse do país, mesmo eu tendo sido desde a origem contrário ao governo, eu não sou da base do governo, mas eu voto favoravelmente ao que eu acho que é de interesse do país”, explicou. 

Ele falou que aguarda, a partir do processo eleitoral de outubro, construir um caminho para que o Brasil tenha um governante eleito pela população em condições, portanto, de poder enfrentar os imensos desafios que existem pela frente. “Nós apostamos e desejamos que a recuperação econômica se fortaleça para recuperar os empregos. Vejo como positivo o fato de que o Brasil está com a inflação razoavelmente baixa. Esperamos que as taxas de juros continuem a cair, portanto, eu tenho expectativa que a gente possa ter um ano melhor [2019] com recuperação do emprego“. 

Pauta de manifestações em várias cidades brasileiras e alvo de embates políticos no Congresso Nacional, o Portal LeiaJá traz nesta sexta-feira (1º) – Dia do Trabalhador, os avanços e retrocessos do Projeto de Lei 4.330/04, sobre terceirização e relações de trabalho. Aprovada na Câmara dos Deputados, a norma seguiu para ser avaliada no Senado, mas divide opiniões de pessoas em todo o Brasil.

De autoria do ex-deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), o PL causou nos últimos meses entraves que saíram de Brasília e percorreram as ruas de todo o país com protestos e atos públicos. De um lado, os aliados ao governo garantem ser contra e até ameaçam votar desfavorável no Senado. Já outras alas independentes como alguns membros do PSB e o PMDB de Eduardo Cunha (PMDB) defendem a ideia. 

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Tanto a nível local como nacional, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma das instituições desfavoráveis ao projeto. “Ele terceiriza a atividade fim, amplia o número de terceirizados, precariza a relação de trabalho, acaba com direitos conquistados como férias, FGTS e acaba com concurso público”, descreveu o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. 

Para o dirigente pernambucano nem os advogados conseguem mensurar o tamanho das pessoas que sofrerá com o projeto. “Ele agride os trabalhadores. Reduz muito as condições de trabalho e é um ataque feroz, além de cair a renda dos trabalhadores e dificultar a sociedade como um todo”, pontuou. Veras comparou a proposta com épocas menos desenvolvidas do país. “Gera um impacto na economia como um todo. Aprovar este projeto é retroagir ao Brasil antes Getúlio Vargas. É levar o país a um retrocesso”, criticou.

Diferente do presidente da CUT-PE, o representante da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e conselheiro da comissão de Relações de Trabalho da Conferência Nacional das Indústrias, Érico Furtado, vê o projeto como uma regularização para a terceirização. “Precisa de uma lei que acabe com essas dúvidas que hoje existe. O que é atividade meio? o que é atividade fim? Essas dúvidas existem pela ausência desta legislação e acaba desaguando no judiciário. E a gente vai ficar o resto da vida deixe jeito? Isso gera insegurança”, questionou. 

Furtado fez questão de explicar que o PL não tem poder de mexer na CLT. “Não prejudica em nada, traz mais garantia entre o empregador e o empregado, apesar deste projeto regulamentar as relações entre pessoas jurídicas”, disse, exemplificando a Constituição Federal. “Os direitos dos trabalhadores celetistas estão na Constituição Federal e este substitutivo é um PL e não pode alterar a Constituição Federal e não mexe em nenhum direito, não é uma PEC”, pontuou. 

Na visão política o assunto também traz divergências. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, a proposta não é aceita. “A terceirização institui um regime paralelo de emprego precarizado, que dispersa a organização sindical, inviabilizando acordos e convenções coletivas”, avaliou. O petista também deixou claro que não votará a favor do PL no Senado. “Não há qualquer negociação que possamos abrir relativa à terceirização da atividade-fim das empresas. Ou ela sai do texto do projeto ou nós votaremos contra ele”, prometeu. 

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Já o deputado federal Fernando Filho (PSB) afirmou ter aprovado o Projeto de Lei e citou o artigo 5º que trata da reserva de 4% da empresa que fornece os serviços ou produtos a outras empresas, para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas e previdenciários dos terceirizados. “Há as férias e uma série de questões que estão escritas na lei e que poderão assegurar o direito do trabalhador. Vai aumentar a terceirização? Vai, porque quando você tem algo regulamentado às empresas vão contratar mais e gerar mais empregos”, justificou. 

Fernando Filho também ressaltou a importância de um diálogo mais aberto e detalhado. “Esse debate tem que ser feito de forma clara, mostrando que queremos construir um ambiente que o Brasil seja atrativo, porque hoje as pessoas não mudam de empresa, mudam de país, vão para o Uruguai vão para outros lugares, e a gente vê os países discutindo esses grandes capitais de investimentos que são geradores de empregos e é o que estamos precisando”, defendeu. 

Para o PhD em economista e analista político, Maurício Romão, é difícil separar as vantagens e desvantagens da proposta sem levar em conta as questões políticas.  “Na verdade, a grande discussão tem haver com a atual política. A base aliada está meio revoltada, sem obedecer “aos reis do Palácio”. O PMDB bastante protagônico, e tudo isso prejudica. O processo político está contaminado a avaliação do projeto”, analisou. 

Romão também detalhou os pontos positivos, segundo seus defensores. “O projeto foi apresentando numa perspectiva de melhorar as classes como forma de imprimir maior produtividade ao trabalho, maior agilidade entre relação ao padrão e empregado. (...) Do ponto de vista da classe produtora haveria, segundo eles, mais empregos, porque você teria possibilidade de apelar para a terceirização na medida em que as suas atividades essenciais não sejam o foco da empresa. A classe produtora entende que isso é um avanço porque simplifica as relações”, explicou.

Apesar de pontuar esses aspectos, o economista mostrou as questões negativas. “Por outro lado é uma agressão ao CLT, promove o desemprego, não mantém o empregado, mas também tem a parte da empresa. Neste contexto, minha expectativa é que o projeto avance com discussões de modo que possam aprimorá-los e avançar em pontos que haja divergência, mas que melhorem as relações de trabalho”, anseia Maurício Romão. 

*Com a colaboração de Giselly Santos

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