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A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES) suspendeu nesta quarta-feira (12) a sessão por alguns minutos depois do tumulto em torno da votação do requerimento que pede urgência para apreciação do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de distribuição dos royalties do petróleo.

Deputados e senadores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, principais Estados produtores e beneficiados com a regra atual, estão tentando impedir a votação em uma disputa regimental com os parlamentares dos demais Estados. Rio e o Espírito Santo pressionaram a presidente Dilma Rousseff para que vetasse parte das novas regras aprovadas pela Câmara e pelo Senado e que preveem distribuição mais equilibrada das receitas entre todos os Estados. A sessão já foi retomada.

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Foi adiada para quarta-feira (12) a sessão conjunta do Congresso Nacional que iria analisar o pedido de urgência de revisão do veto presidencial à lei que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo. A sessão estava prevista para esta terça-feira (11), mas foi transferida para quarta, às 12 horas, a pedido dos líderes, segundo informações do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O governo está preocupado com a possibilidade de a derrubada do veto poder ocorrer. Mas, apesar das inúmeras conversas e mobilizações das lideranças, o governo sabe que este assunto está acima de questões partidárias. Assessores palacianos lembram que o tema envolve Estados e municípios e que a pressão está sendo muito grande. Por isso mesmo, trabalha tentando convencer a base a não ajudar na derrubada do veto.

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"Não é impossível haver a derrubada, mas é muito difícil", disse na segunda-feira (10) o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, (PMDB-AM). Ele acrescentou ainda que o governo está trabalhando para impedir que isso ocorra. O ideal, para o Planalto, é que nem sequer haja a votação da urgência de revisão do veto, para que não se corra nenhum risco. Se aprovado o pedido de urgência, o veto à lei dos royalties do petróleo passará à frente na fila dos mais de 3 mil vetos que aguardam apreciação do Congresso. A partir de então, Sarney poderá convocar uma nova sessão conjunta para apreciação do tema.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse nesta terça-feira que a instalação das comissões especiais mistas para analisar as Medidas Provisórias 589, 591, 592, 593, 594, 595 e 596 ficará para 2013. Por acordo dos líderes, todas essas MPs serão instaladas depois do recesso parlamentar, que termina no dia 1º de fevereiro.

A MP 589 dispõe sobre o parcelamento de débitos das contribuições previdenciárias de responsabilidade de Estados e municípios com a Fazenda Nacional. A MP 590 amplia o limite de idade das crianças e adolescentes em situação de extrema pobreza que podem ser beneficiadas pelo programa Bolsa Família.

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A MP 591 estabelece que os ativos das concessões de transmissão de energia anteriores ao ano 2000 e que ainda não foram totalmente amortizados podem receber indenização. A MP 592 determina novas regras para a distribuição de royalties do petróleo.

A MP 593 altera o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e amplia a quantidade de beneficiários e ofertantes da Bolsa Formação Estudante. A MP 594 aumenta o valor total dos financiamentos subvencionados pela União para produção e arrendamento mercantil de bens de capital.

A MP 595 traz novas regras para o setor portuário. E a MP 596 abre crédito extraordinário para os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional.

A possibilidade de o Congresso apreciar nesta terça-feira (11), em sessão conjunta da Câmara e do Senado, o pedido de urgência de revisão do veto presidencial à lei que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo foi um dos temas da reunião que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, teve nessa segunda-feira (10) com líderes do governo e dos partidos da base aliada. O tema não foi o único da pauta do encontro, encerrado à noite. Ideli e os líderes trataram ainda da votação do orçamento de 2013, prevista para ocorrer na semana que vem, e da votação da Medida Provisória que estabeleceu as regras para a renovação antecipada das concessões do setor elétrico.

O governo quer votar a MP das elétricas antes do recesso parlamentar, que começa na semana que vem. A ideia é votar a MP das elétricas nesta semana na Câmara e na semana que vem no Senado, para não atrapalhar o cronograma desenhado pelo Palácio do Planalto para a entrada em vigor da redução do preço da energia, já no início do próximo ano.

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A disposição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de colocar em apreciação o pedido de urgência sobre o veto do projeto de lei que fixou uma nova forma de dividir o dinheiro arrecadado com a cobrança de royalties de petróleo, inclusive de campos de exploração já licitados, gera grande preocupação dentro do governo.

A presidente Dilma Rousseff, que está em Paris, pediu para ser informada sobre as discussões. A presidente foi avisada que o assunto é delicado, por colocar de um lado 24 Estados e de outro apenas três, o chamados Estados produtores de petróleo. Integrantes do governo, por sua vez, tentam demonstrar que não estão tão preocupados assim com a discussão do tema pelos parlamentares.

Mas assessores do Planalto admitem que a possibilidade de o veto ser derrubado gera uma apreensão. Por isso mesmo, o governo trabalha para apressar a liberação de emendas. Apesar das inúmeras conversas e mobilizações das lideranças, o governo sabe que este assunto está acima de questões partidárias. Estes mesmos assessores têm lembrado que este tema envolve, além dos Estados, os municípios, e que a pressão está sendo muito grande. Por isso mesmo, o governo trabalha para convencer a base aliada a não ajudar na derrubada do veto.

"Uma coisa é ter 416 assinaturas em um requerimento de urgência. Outra coisa é colocar 330 deputados presentes e dois terços dos senadores", afirmou ao Estado, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, (PMDB-AM). Para ele, não é "impossível" haver a derrubada, mas o parlamentar considera que isso é "muito difícil de ocorrer."

O ideal, para o Planalto, é que sequer haja a votação da urgência de revisão do veto presidencial à lei que muda as regras de distribuição dos royalties, para que não se corra nenhum risco. Mas a hipótese disto acontecer, mesmo reconhecendo que isso não é bom, não está fora do radar do Palácio.

É grande a preocupação no Palácio do Planalto com a disposição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de colocar em apreciação na terça-feira (11), em sessão conjunta da Câmara e do Senado, às 12h30, o pedido de urgência para realização de sessão conjunta do Congresso destinada a examinar o veto presidencial à lei que muda as regras de distribuição dos royalties do petróleo.

A ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, está em intensas negociações com o Congresso, assim como os líderes do governo e dos partidos da base aliada.

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Em Paris, onde se encontra em viagem, a presidente Dilma Rousseff não quer nem ouvir falar nessa possibilidade. Dilma foi avisada, no entanto, que esse é um assunto delicado, envolvendo a disputa de 24 Estados contra três. A questão dos royalties será ponto central da pauta da reunião de líderes com a ministra Ideli, no inicio da noite desta segunda-feira (10). A presidente pediu para ser informada das movimentações em relação à derrubada do veto.

Assessores do Palácio estão preocupados com a possibilidade de a derrubada do veto poder ocorrer. Por isso mesmo, o governo trabalha para apressar a liberação de emendas parlamentares. Mas, apesar das inúmeras conversas e mobilizações das lideranças, o governo sabe que este assunto está acima de questões partidárias. Assessores palacianos lembram que o tema envolve Estados e municípios e que a pressão está sendo muito grande. Por isso mesmo, trabalha tentando convencer a base a não ajudar na derrubada do veto.

"Não é impossível haver a derrubada, mas é muito difícil", disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga, (PMDB-AM). Ele acrescentou ainda que o governo está trabalhando para impedir que isso ocorra. O ideal, para o Planalto, é que nem sequer haja a votação da urgência de revisão do veto, para que não se corra nenhum risco. Se aprovado o pedido de urgência, o veto à lei dos royalties do petróleo passará à frente na fila dos mais de 3 mil vetos que aguardam apreciação do Congresso. A partir de então, Sarney poderá convocar uma nova sessão conjunta para apreciação do tema.

Pressionado pelos parlamentares e pelos governadores de 24 Estados não produtores de petróleo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se comprometeu nesta quarta-feira (5) a colocar em votação, até o dia 22 de dezembro, o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto que altera a distribuição dos royalties do petróleo. O veto garantiu aos Estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, a manutenção das receitas dos poços já licitados.

A derrubada do veto enfrenta resistências do governo que trabalha para impedir sua votação daqui a duas semanas, antes do início do recesso parlamentar. "Evidente que somos contra derrubar o veto feito pela presidente Dilma", afirmou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que foi o relator do projeto dos royalties na Câmara.

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Governistas ligados ao Palácio do Planalto, em especial os petistas, apostam que Sarney irá empurrar a votação do veto, deixando o imbróglio para seu sucessor. A não colocação do veto em votação poderá até ser usada em troca do apoio da presidente à candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado. Sarney deixará o cargo no dia 1º de fevereiro, quando será eleito seu sucessor. A avaliação é que Sarney "não vai arranjar encrenca com a Dilma nem afrontar a presidente" às vésperas deixar o cargo.

Em reunião com parlamentares da base e de oposição, Sarney garantiu que irá cumprir o regimento e aceitar o requerimento com as assinaturas de deputados e senadores para dar urgência à votação do veto. Esse requerimento será apresentado numa sessão do Congresso marcada para a semana que vem. À exceção de parte do PT, parlamentares de todos os partidos estão assinando o documento.

Após a apresentação do requerimento de urgência, o veto pode ser colocado em votação cinco dias úteis depois. Para apresentar o documento, são necessárias as assinaturas de metade mais um do total de deputados e senadores - no mínimo, 257 deputados e 41 senadores. A derrubada do veto permitirá o restabelecimento da incidência dos novos porcentuais para as áreas que já foram licitadas, o que garantiria aos Estados não produtores receberem recursos já no próximo ano.

"Assim como consideramos um direito da presidente Dilma de fazer o veto também é um direito do Congresso analisar o veto", disse o senador Wellington Dias (PT-PI), um dos articuladores do movimento favorável à derrubada do veto presidencial. "O presidente Sarney se comprometeu a pôr o veto em votação ainda este ano", afirmou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), que participou do encontro entre o Sarney e cerca de 40 parlamentares de todos os partidos.

O único representante do Rio no encontro com Sarney foi o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que anunciou que estudará mecanismos para tentar impedir a apreciação do veto. "A derrubada do veto levará à judicialização dessa discussão. Essa questão vai parar no Supremo Tribunal Federal", argumentou. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), tem opinião semelhante a do petista. "Faz parte da democracia, em primeiro lugar", disse Temer, sobre a possibilidade de o Congresso derrubar o veto da presidente Dilma. "Mas, em segundo lugar, eu quero dizer que isso vai causar um neologismo. Vai judicializar a questão, Vai levar essa questão para o Poder Judiciário".

Temer observou ainda que a discussão da regra de distribuição dos royalties diz mais respeito às bancadas dos Estados do que uma posição partidária. "Essa é uma questão de cada Estado. É uma questão muito difícil para o partido tomar um partido, porque estão envolvidos os interesses dos Estados", afirmou.

De forma mais incisiva que seu antecessor, a presidente Dilma Rousseff barrou a alteração na distribuição de royalties do petróleo de áreas já licitadas deixando expresso o entendimento de que a mudança violaria a Constituição. Os 23 vetos parciais ao projeto foram divulgados nesta segunda-feira (3). Além de considerar como "direito adquirido" o atual tratamento especial a Estados e municípios produtores, a presidente afirmou que congelar receitas seria "desvirtuar" a proporcionalidade entre exploração e compensação.

A Medida Provisória anunciada para tratar do direcionamento de recursos para a educação e mudar a distribuição para os novos contratos no modelo de concessão não tinha sido publicada até o início da noite desta segunda. O número de vetos foi bem superior ao anunciado pelos ministros na sexta-feira. A maioria deles, porém, deriva da decisão de barrar o artigo da lei que tratava da distribuição de recursos das áreas já concedidas. Na justificativa desse posicionamento, a presidente afirma a inconstitucionalidade de se alterar as regras sobre os campos já licitados.

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Para a presidente Dilma, as mudanças aprovadas pelo Congresso nesse tema "violam frontalmente" o artigo da Constituição que garante o "direito adquirido" e o "ato jurídico perfeito". Outro argumento usado, é que na expectativa destes recursos, Estados e municípios produtores já utilizaram a receita por meio de antecipações e securitizações.

O tom do governo também foi duro nos outros vetos. Sobre o congelamento das receitas dos produtores em patamares de 2011 a presidente sustenta o veto no conceito de que royalties é compensação. "Ao determinar um teto de receita, os dispositivos desvirtuam tal sistemática constitucional de proporcionalidade entre a exploração e a compensação", diz trecho da mensagem enviada ao Congresso.

A presidente derrubou ainda trecho que procurava excluir os produtores da partilha dos recursos que são destinados a todos os Estados e municípios afirmando que não se pode "obrigar os Estados e Municípios a renunciarem a direito constitucional originário para participar da distribuição do Fundo Especial destinado a todos os entes federados".

As justificativas de Dilma são mais veementes do que as apresentadas por Lula quando vetou a chamada Emenda Ibsen Pinheiro, que dividia os recursos entre todos pelos critérios do fundo participação sem qualquer proteção aos produtores. Lula, em 2010, não falou em inconstitucionalidade. Questionou a clareza da proposta e usou como argumento para o veto que a consequência "poderia ser uma alta litigiosidade entre os diversos atores".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou como "substantivo" o veto de Dilma. Ele destacou que caso os não produtores derrubem o veto da presidente, a disputa no Supremo Tribunal Federal (STF) teria o reforço do Palácio do Planalto. Os representantes dos chamados Estados não produtores estudam como reverter a decisão do governo, se por meio da derrubada do veto ou por alteração na MP que será editada.

Na parte da lei que foi sancionada, ficou elevado de 10% para 15% a alíquota dos royalties que devem ser pagos pelas petroleiras no regime de partilha de produção, que será adotado nos leilões do pré-sal. Foi alterada ainda a distribuição dos recursos neste modelo aumentando a parcela de Estados e municípios não produtores e reduzindo a de quem produz.

A destinação de recursos dos royalties do petróleo para a área da educação foi tema abordado nesta segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff no programa semanal de rádio "Café com a Presidenta". "Eu enviei ao Congresso uma Medida Provisória que destina todos os royalties e as participações especiais arrecadados com as futuras concessões de petróleo e gás para a educação e 50% do Fundo Social, que é integrado pelos recursos do pré-sal", disse Dilma. Segundo a presidente, esse será "o maior investimento que o Brasil vai fazer no presente e no futuro de todos os seus filhos".

A presidente argumentou também que o governo trabalha para construir uma economia mais forte e mais competitiva, e uma sociedade mais justa, com mais oportunidades, com renda maior, emprego melhor, ascensão social e conquista de direitos para todos. "Nenhuma criança brasileira pode ficar de fora", destacou. A nova MP à qual se referiu a presidente deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

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Dilma iniciou o programa falando sobre o programa "Brasil Carinhoso". "A partir deste mês, a renda das famílias com crianças e jovens, de 7 a 15 anos de idade, vai ser complementada para que cada uma das pessoas tenha renda de pelo menos R$ 70 por mês", explicou. Ela lembrou que o programa foi ampliado e passou a pagar também para as famílias com filhos de 7 a 15 anos de idade (antes atendia famílias com crianças entre zero e seis anos). Dilma ressaltou que 42% dos brasileiros que vivem hoje na extrema pobreza têm menos de 15 anos de idade.

De acordo com a presidente, nos seis meses da primeira fase do Brasil Carinhoso foi possível tirar da extrema pobreza mais de 9 milhões de pessoas, contando as crianças até 6 anos e suas famílias. "Com a expansão para as famílias com filhos de 7 a 15 anos, vamos beneficiar, ao todo, 16,4 milhões de pessoas em todo o País", defendeu.

Dilma, entretanto, disse que essa mobilização no combate à pobreza começou com a criação do Bolsa Família, há 9 anos. "Se não fosse o Bolsa Família, ainda teríamos 36 milhões de pessoas na pobreza extrema. Fomos aperfeiçoando e agora temos de continuar e podemos acabar de vez com a miséria no nosso País", disse a presidente.

A decisão da presidente Dilma Rousseff sobre a divisão dos royalties do petróleo vai gerar uma nova batalha no Congresso. O veto à mudança nos critérios sobre as áreas já licitadas e a alteração dos parâmetros por Medida Provisória para os novos campos não atende ao desejo dos Estados e municípios não produtores, que contavam em receber parte dos recursos já em 2013.

Por isso, parlamentares já pensam em estratégias sobre como derrotar o Planalto novamente neste tema. A disputa só não deve afetar o modelo de partilha, o que permite a realização de novos leilões do pré-sal em novembro do ano que vem.

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A estratégia adotada pelo governo para anunciar sua "solução" para o impasse sobre a divisão dos royalties do petróleo foi a mesma do embate do novo Código Florestal. Naquele caso, o governo sofreu duas derrotas no Congresso e acabou buscando uma brecha para impor sua vontade sem submeter ao crivo dos parlamentares. A decisão foi tomada no último dia, o anúncio feito por um conjunto de ministros e a solução foi a edição de uma MP tentando "corrigir" o que o Planalto entende como equívocos do Congresso.

Escalados para anunciar a posição da presidente, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foram unânimes em destacar que o objetivo do veto parcial à proposta de divisão dos royalties é evitar que a questão gere uma guerra nos tribunais. "Não há desapreço pelo Congresso, mas a defesa dos princípios constitucionais que asseguram contratos firmados até esta lei", disse Lobão. "Estamos fazendo o aperfeiçoamento da lei", completou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, divulgou nota nesta sexta-feira (30) agradecendo à presidente Dilma Rousseff pelo veto parcial ao projeto de lei que redistribuiu os royalties e participações especiais do petróleo.

Cabral comemorou o fato de terem sido preservados contratos já assinados, dizendo ser a confirmação de que no Brasil "vigora o Estado democrático de direito". "O anúncio pelo Governo Federal de que foram vetados todos os dispositivos do projeto de lei que implicavam em mudanças de regras de contratos já celebrados é a confirmação de que no Brasil vigora o Estado Democrático de Direito. O Rio de Janeiro agradece à Presidenta Dilma", diz o texto.

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Para o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, considerou "salomônica" a decisão da presidente Dilma sobre royalties, por atender aos porcentuais de distribuição sugeridos pelo Congresso, sem ferir contratos de concessão firmados.

"Foi positivo. Dilma preservou a estrutura dos estados produtores das áreas já concedidas e admitiu uma distribuição maior nas áreas novas, direcionando para uma atividade prioritária, que é a Educação", disse.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse nesta sexta-feira (30) que o veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo que previa a redistribuição igualitária dos royalties do petróleo foi "uma vitória da Constituição e do povo brasileiro". "Venceu a tese, não dos Estados produtores, mas de respeito aos contratos, da segurança jurídica no País", comemorou.

Casagrande prevê que parlamentares de Estados não produtores podem não aceitar a decisão da presidente num primeiro momento, mas que, por se tratar do segundo veto, haverá "um ambiente de diálogo", capaz de impedir a transferência da decisão para o Supremo Tribunal Federal (STF). "Uma parte do Congresso vai tentar mudar (o veto), mas tem um fato novo que vai por um pouco de racionalidade nesse debate, consolidando a tese de que não se pode romper contratos", defendeu, lembrando que também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a distribuição dos royalties entre todos os Estados.

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O governador entende que não houve surpresa na decisão da presidente Dilma Rousseff. "Eu confiava na decisão da presidente Dilma, confiava e tinha expectativa positiva com relação a essa postura. A presidente foi coerente porque ela já tinha manifestado sua opinião, tinha dado pistas e sinais de que iria vetar", alegou. Ele disse que na quinta-feira (29) Dilma deu uma declaração indicando sua posição. "Ninguém pode reclamar da presidente Dilma. Houve coerência e coragem na sua decisão. Isso preserva a Constituição, faz com que haja segurança jurídica no País", reiterou.

Sobre a medida provisória determinando o uso na educação de 100% das receitas dos royalties de novas áreas, o governador capixaba disse que se trata de "uma boa tese". "Vamos ver a aplicabilidade disso, o Congresso terá oportunidade de debater, mas ao primeiro momento vejo com simpatia a decisão da presidente de atender à educação", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff vetou a mudança na divisão dos royalties do petróleo das áreas que já foram licitadas. O veto à lei foi parcial, com a manutenção das novas regras de distribuição dos recursos entre Estados e municípios para o modelo de partilha, que será adotado nos novos campos do pré-sal. Com isso, o governo federal poderá fazer leilões por esse modelo já em 2013. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o primeiro leilão de partilha será feito em novembro do próximo ano.

Será editada ainda uma Medida Provisória para definir que também nas áreas que forem licitadas no futuro pelo regime de concessão a distribuição de royalties seja feita pelos critérios fixados no Congresso, aumentando a parcela de Estados e municípios não produtores.

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O anúncio foi feito em entrevista à imprensa pelos ministros Lobão, Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Aloizio Mercadante (Educação).

A ministra Gleisi afirmou que a decisão da presidente teve como premissa "o respeito à Constituição, aos contratos estabelecidos, à definição de regras claras, para garantir a retomada de licitações do petróleo, seja no modelo de concessão ou partilha, e a garantia da distribuição a todo povo brasileiro". Segundo ela, além do artigo que trata das áreas já licitadas, que teve um veto total, existem outros "quatro ou cinco vetos" em trechos da lei.

O ministro Edison Lobão afirmou que o objetivo foi respeitar os contratos firmados. "Não há desapreço com o Congresso, mas a defesa dos princípios constitucionais que asseguram contratos firmados até esta lei", disse. "Estamos fazendo um aperfeiçoamento da lei", completou. Ele lembrou que um terço das áreas do pré-sal já foi licitado e que, em novembro de 2013, com a nova lei, será possível fazer a primeira licitação no modelo de partilha.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta sexta-feira (30) que todos os royalties de futuras concessões do petróleo serão destinados para a área de educação. O objetivo do governo, segundo ele, é criar uma "poupança a longo prazo do País", para que o Brasil não enverede pelo caminho da "doença holandesa".

"(A presidente Dilma Rousseff) Tomou decisão que, no meu ponto de vista, tem grande significado histórico. Todos os royalties a partir da data das futuras concessões, seja em terra, seja no mar, todos os royalties irão para a educação, isso envolve todas as prefeituras, todos os governos e a União", afirmou o ministro. Segundo o ministro, "não há futuro melhor do que investir na educação".

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De acordo com o ministro, 50% de todo o rendimento do Fundo Social, que receberá parte dos royalties, também será destinado para educação. "Só educação fará o Brasil ser uma nação efetivamente desenvolvida, é um alicerce do desenvolvimento", afirmou. Para Mercadante, os royalties são "uma riqueza que tem de ser investida para preparar o Brasil para quando não a tivermos mais".

A presidente Dilma Rousseff precisou usar até as últimas horas disponíveis para bater o martelo sobre o projeto que trata da redistribuição dos royalties do petróleo. Pressionada por Estados produtores que temem a quebra nas contas, Dilma decidiu vetar parcialmente o projeto de lei aprovado no Congresso, editando uma medida provisória.

Os governadores do Ceará, Cid Gomes, de Santa Catarina, Raimundo Colombo e do Pará, Simão Jatene, defenderam nesta quinta-feira (29) que a presidente Dilma Rousseff não vete nenhum artigo do texto aprovado pelo Congresso Nacional que assegura distribuição dos royalties do petróleo para todos os estados não produtores. Os governadores não acreditam, no entanto, que, mantida a tendência da presidente de vetar parte do texto que muda a distribuição dos contratos atuais, seja possível conseguir no Congresso a derrubada do veto.

"Nunca vi um veto presidencial sequer ser apreciado pelo Congresso, muito menos ser derrubado", conformou-se Cid Gomes, do PSB, ao ser questionado sobre se iria liderar a mobilização com os parlamentares dos 24 estados que se sentiriam prejudicados em caso de veto, para tentar derrubar a medida. "Não gosto de entrar em campanhas quixotescas", afirmou ele, lembrando que apelou de todas as formas, individual ou coletivamente, à presidente, em defesa do interesse da maioria do País, e que a presidente tem em mãos um abaixo-assinado dos governadores pedindo a manutenção do texto aprovado.

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"Todos assinamos o abaixo-assinado encaminhado a ela, pedindo que não vetasse. Estamos esperando que ela nos atenda, porque estará atendendo à maioria do País", disse Raimundo Colombo, do PSD, acrescentando que a presidente deve ter "sensibilidade" para manter o texto, ficando do lado da maioria.

Já o governador Simão Jatene, do PSDB, reiterou que a presidente tem de entender que é preciso distribuir melhor a riqueza, e que o dinheiro não é só dos estados produtores, mas de todo o País. Para o governador, se Dilma vetar o texto, estará indo contra a maioria. Jatene defendeu que, se houver o veto, os governadores se articulem para, em conjunto, verem o que pode ser feito.

A presidente Dilma tem até a sexta-feira (30) para tomar uma decisão sobre o projeto de lei aprovado na Câmara no início do mês, cujo texto aumenta as receitas de Estados e municípios não produtores e reduz os royalties recebidos pela União e Estados produtores. O texto aprovado gerou protestos do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de São Paulo, de onde é extraída a maior parte do petróleo no País. A tendência, segundo informações obtidas no Planalto, é que a presidente Dilma vete parte do texto que muda a distribuição dos contratos atuais, preservando as alterações previstas no projeto para as concessões futuras.

Agora à tarde Dilma marcou uma reunião com vários ministros para tomar a decisão final em relação ao texto. Qualquer anúncio, no entanto, só será feito na sexta-feira (30).

O repasse integral dos royalties para a educação não é contra o interesse dos municípios. Foi o que ressaltou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira (29), em Brasília, justamente perto da decisão do projeto de redistribuição dos royalties do petróleo.

De acordo com informações da Agência Brasil, Mercadante argumentou que não haverá retirada de recursos financeiros dos municípios. “Pelo contrário, não estamos tirando R$ 1 dos municípios. Só queremos que eles vinculem (o dinheiro) à educação. Se analisarmos os municípios que tiveram muitos royalties ao longo dos anos, eles têm calçadas lindas, obras suntuosas, mas que projeto de futuro eles terão no dia em que não houver mais petróleo, que é uma riqueza não renovável?”, indagou o ministro, em depoimento à Agencia Brasil.

Esta sexta-feira (30) é a data final para a presidente Dilma Rousseff decidir se veta ou sanciona o projeto de redistribuição dos royalties do petróleo. “Independentemente da decisão que ela vai tomar em relação ao projeto da Câmara, sobre o veto, um tema que está em aberto, nossa luta para vincular 100% dos recursos do pré-sal, do pós-sal e todos os royalties do petróleo para a educação continua”, finalizou Mercadante, conforme informações da agência.

Com informações da Agência Brasil.

Brasília – Na semana em que sanciona ou veta o projeto que redistribui os royalties do petróleo, a presidenta Dilma Rousseff disse que os recursos oriundos da exploração devem ser usados de forma responsável. “[Com isso] teremos um passaporte para transformar o Brasil em um país muito mais desenvolvido e com mais oportunidades para toda a população”, disse na edição desta terça-feira (27) da coluna semanal Conversa com a Presidenta. O prazo para que Dilma decida sobre o projeto termina na sexta-feira (30).

Dilma também classificou como “imensa riqueza” o petróleo da camada pré-sal. “A exploração do pré-sal vai significar mais encomendas de bens e serviços no Brasil, criando oportunidades de negócio e de emprego para brasileiros e brasileiras”, destacou em resposta a pergunta sobre a produção de petróleo na camada pré-sal feita por uma leitora na coluna desta terça-feira.

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Ao falar sobre a atual produção, a presidenta destacou que o pré-sal já é uma realidade e produz, nas bacias de Santos e de Campos, mais de 200 mil barris por dia, o que significa 10% de toda a produção de petróleo no Brasil. Dilma estima ainda que, até 2016, o pré-sal deverá contribuir com 31% da produção total do país.

Essa produção, de acordo com a presidenta, será alcançada devido ao investimento da Petrobras e de outras empresas instaladas no país, muitas em parceira com a empresa brasileira. “Esses investimentos estão estimados em US$ 93 bilhões, dos quais US$ 69,6 bilhões serão aportados pela Petrobras”, explica.

O projeto que estabelece nova distribuição dos royalties do petróleo foi aprovado pela Câmara no último dia 6 e, ao sem manifestar sobre o tema, a presidenta Dilma Rousseff disse que faria uma análise exaustiva do texto antes de decidir se vetará o texto de forma total ou parcial ou ainda se sancionará o projeto sem mudanças.

O texto aprovado pela Câmara deixou descontentes os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo que são produtores de petróleo. Ontem (26), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, comandou um ato no estado com ampla participação popular pedindo à presidenta Dilma Rousseff que vete o projeto.

Em sua coluna semanal "Café com a presidenta", a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira o uso "responsável" dos recursos dos royalties do petróleo. Dilma tem até o dia 30 deste mês para decidir sobre o projeto que altera as regras de distribuição dos royalties, alvo de contestação de Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, que temem perda de receita.

O governo do Rio organizou nesta segunda-feira (26) uma passeata para cobrar veto da presidente ao texto. Manifestantes que acusavam o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de irregularidades foram agredidos, conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo nesta terça-feira.

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"A exploração do pré-sal vai significar mais encomendas de bens e serviços no Brasil, criando oportunidades de negócio e de emprego para brasileiros e brasileiras. E usando de forma responsável os recursos dos royalties, teremos um passaporte para transformar o Brasil em um país muito mais desenvolvido e com mais oportunidades para toda a população", disse a presidente, ao responder à pergunta de uma engenheira de São Paulo, que questionou sobre a produção de petróleo na camada pré-sal.

Dilma destacou que o "pré-sal tornou-se realidade" e já produz mais de 200 mil barris por dia nas bacias de Santos e de Campos. "Até 2016, o pré-sal deverá contribuir com 31% da produção total do País, graças ao investimento da Petrobras e de outras empresas instaladas no País, muitas em parceira com a empresa brasileira. Estes investimentos estão estimados em US$ 93 bilhões, dos quais US$ 69,6 bilhões serão aportados pela Petrobras", disse a presidente.

De acordo com Dilma, o petróleo do pré-sal é uma "imensa riqueza" que se destaca pelo tamanho e pela qualidade. "O petróleo do pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, tem baixa acidez e baixo teor de enxofre, características valorizadas no mercado", afirmou Dilma.

Na cerimônia de abertura do Museu do Recife, no Forte das Cinco Pontas, na tarde desta segunda-feira (26), o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) defendeu a destinação dos recursos dos Royalties do petróleo para educação, ciências e tecnologia. “Esses recursos são finitos e sempre defendi que eles possam ir para áreas que portam futuro, não se pode permitir que esse dinheiro seja usado como acontece hoje, nos gastos de custeio. É preciso aprender com os países que tiveram muito dinheiro do petróleo e quando acabou, não tiveram futuro”, ressaltou.

O projeto de lei sobre a divisão da verba entre os estados brasileiros foi aprovado neste mês pela câmara federal e a presidenta Dilma (PT) deverá sancioná-lo ou vetá-lo. As discussões giram, principalmente em torno dos estados produtores que não querem dividir a verba federal.

“Acho que a presidenta Dilma tentou de todas as formas não chegar a esse ponto que chegamos. Procuramos ajudar, eu me reuni com alguns governadores como o de Sergipe, Marcelo Deda (PT), o do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e o do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Pactuamos preliminarmente em não mexer nos recursos correntes recebidos pelos estados produtores e que pudéssemos ter um ganho imediato para os estados que não são produtores. Além de bloquear os recursos para o uso especial em educação, ciência e tecnologia. Tudo isso discutimos, mas o que ganhou foi a dinâmica do congresso”, comentou Eduardo.

Ele também falou sobre a aprovação do texto no congresso nacional. “Houve o calor do debate na saída da eleição, faltou um pouquinho de tempo para se construir um grande acordo e entendimento, o que gerou uma situação que não é confortável para a presidente da república. Há um prazo a se cumprir, mas eu não sei o que ela (Dilma) vai fazer sobre esse assunto”, contou o governador.

Ao ser questionado sobre uma possível candidatura de seu partido a presidência da república em 2014, o governador afirmou que esse não era o momento para se discutir eleições. “Fazer uma debate eleitoral agora é encurtar o mandato da presidente Dilma. Nunca vi ninguém estar no governo e apressar o debate eleitoral. A regra que se coloca como lição de casa, é de fazer o debate sobre o processo eleitoral o mais perto das eleições”, afirmou.

De acordo com o governador, o interesse nesse momento está voltado para a solução de problemas relacionados à crise econômica mundial e a diminuição dos repasses de verbas para os estados e municípios. “Não é tempo de ficar debatendo eleição, pois existem coisas muito sérias para se cuidar, não é hora de ficar brincando com essa crise, é preciso construir unidade no Brasil, inclusive com partidos da posição”, reforçou Eduardo ao falar que o barateio da conta de energia elétrica pode estimular o consumo e aumentar a competitividade das empresas brasileiras.

Policiais militares reprimiram manifestantes que protestavam contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) durante o ato "Veta, Dilma", no centro do Rio, convocado pelo governo do Estado. Houve briga entre manifestantes pró e contra Cabral. A confusão começou no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua Evaristo da Veiga, e houve correria até a escada do Theatro Municipal.

PMs usaram cassetetes para dispersar manifestantes anti Cabral. A fotógrafa Katja Schiliró, de 46 anos, chegou a ser conduzida por policiais. Katja havia puxado o boné do capitão Marcelo Alves, em protesto, disse ela, contra a truculência policial. "Foi uma reação. O policial arrancou os óculos de um manifestante e eu protestei. Minha intenção não está certa, mas foi uma truculência tão grande que não aguentei", contou a fotógrafa.

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Acusada de desacato, ela acabou sendo liberada pelo PM, após a intervenção de um deputado estadual do PT, disse Katja. "O que vou fazer com um óculos? Graças a Deus enxergo muito bem. Expliquei que o que ela fez está errado e liberei ela", contou o capitão Alves.

A fotógrafa estava junto a um grupo que protestava contra a demolição, prevista nas obras de reforma do Maracanã para a Copa, do prédio centenário que abrigou o Museu do Índio. O professor de história da rede estadual Douglas Luddens disse que foi agredido por um manifestante pró-Cabral. Durante a correria, um policial gritou para ele: "Vaza daqui." A atriz e dubladora Mônica Bello contou que teve um cartaz rasgado por um manifestante do grupo convocado para a manifestação oficial. Ela disse que, em seguida, arrancou a bandeira do homem que havia rasgado o seu cartaz. "A PM já chegou cercando a gente, com cassetetes, e empurrando."

A ação policial dispersou os manifestantes desse grupo, que gritavam "Fora, Cabral." Nos cartazes: "Injustiça é milícia e corrupção na polícia", "Royalties para quem?", "Cabral, respeite a aldeia Maracanã".

O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, disse nesta segunda-feira (26) que o governador Geraldo Alckmin não pôde participar da passeata "Veta, Dilma", no Rio de Janeiro, porque está indicando, em São Paulo, o novo chefe da Polícia Civil e o novo comandante da Polícia Militar. "Vim manifestar nossa solidariedade ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo. Não se pode mudar a regra do jogo com o jogo em curso", disse ele, que criticou o comportamento do governo federal em relação ao pré-sal.

Segundo Aníbal, "se fez um tal superdimensionamento sobre os recursos do pré-sal, a curtíssimo prazo, como se fosse para amanhã, que outros municípios e Estados também quiseram participar". O secretário disse que cerca de 70 municípios paulistas serão afetados, caso o projeto de lei seja sancionado. Ele não soube avaliar o total das perdas. "Não fizemos esse cálculo ainda." Nós recebemos R$ 380 milhões para os municípios; o Estado, R$ 100 milhões. Num horizonte de quatro, cinco anos, a perda será muito sentida", declarou.

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O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse, durante a passeata, que o planejamento do governo é concentrar 250 mil pessoas na manifestação. "Não tenho ainda como dizer se isso foi alcançado ou não", comentou.

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