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O cantor, compositor e violonista Tunai foi encontrado morto por sua mulher na manhã deste domingo (26) no Rio de Janeiro, na casa em que moravam no bairro de Santa Teresa. Segundo nota publicada em suas redes sociais, o artista de 69 anos não estava doente e morreu dormindo.

"Acreditamos que foi uma parada cardíaca", diz o texto, que informa que o velório será realizado amanhã, às 12h30, na sala 7 do Memorial do Carmo, no Rio. O corpo de Tunai será cremado às 15h30 e suas cinzas serão levadas para a cidade de Ponte Nova, em Minas Gerais, onde estão outras pessoas de sua família.

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A morte de Tunai foi noticiada, ainda, no perfil no Facebook do também cantor e compositor João Bosco, seu irmão. “É com imensa tristeza que recebemos a notícia do falecimento precoce do grande compositor Tunai, irmão de João Bosco. Descanse em paz. (Equipe JB)”

Trajetória

As composições de Tunai foram cantadas por grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Milton Nascimento, Elis Regina, Ney Matogrosso e Fafá de Belém.

Como o irmão, Tunai nasceu em Ponte Nova (MG) e se formou em engenharia. Em 1977, João Bosco o apresentou ao letrista Sergio Natureza, seu principal parceiro com quem compôs seus principais sucessos como “As aparências enganam”, gravada por Elis Regina, e “Frísson”. Ele também teve canções gravadas por Mílton Nascimento, Ney Matogrosso, Gal Costa, Fafá de Belém, Elba Ramalho, Fagner, Emílio Santiago, Zizi Possi, Beto Guedes, Joanna, Sandra de Sá, Sérgio Mendes, Belchior, Ivete Sangalo, Roupa Nova, Jane Duboc e Simone.

O Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira registra 61 canções compostas por Tunái. Seu primeiro disco “Todos os Tons” foi lançado em 1981. No total, gravou sete LPs, sete gravou CDs, além de dois compactos simples.

Tunai comemorou 40 anos de carreira no ano passado com um show e a gravação de um álbum e um DVD chamados 'Caderno de Lembranças'. Durante a divulgação do trabalho, ele participou em outubro do ano passado do programa Sem Censura, da TV Brasil, e do Tarde Nacional, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

O artista era casado e deixa a esposa Regina, a filha Daniela, o filho André e o neto Fernando, para quem compôs a música "O Menino Fernando".

 

Uma operação da Polícia deixou pelo menos 13 mortos nesta sexta-feira (8) em comunidades de Santa Teresa, bairro do centro do Rio, informaram as autoridades locais.

"Deram entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar 14 baleados, sendo 13 em óbitos e um segue em estado grave no CTI da unidade", informou a Secretaria Municipal de Saúde em nota enviada à AFP.

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A Polícia Militar (PM) havia informado pouco antes, pelo Twitter, que a intervenção havia deixado 12 criminosos baleados nas comunidades do Fallet, Fogueteiro e Coroa, todas no bairro turístico de Santa Teresa.

Desde a madrugada de sexta-feira, os agentes realizavam operações em várias comunidades do centro da cidade, "devido a devido a tiroteios na região provocados por disputa entre grupos criminosos", informou a PM em um comunicado.

No morro do Fallet, os policiais do Batalhão de Choque "foram recebidos a tiros e houve confronto", após o qual "dez criminosos feridos foram encontrados em vias da comunidade e foram socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar".

A operação no vizinho Morro dos Prazeres deixou outros dois suspeitos feridos, segundo o primeiro comunicado da Polícia, que não reportava mortos.

Nas intervenções, os agentes apreenderam três fuzis, 12 pistolas e seis gramadas, além de dois radiocomunicadores.

Um vídeo postado na página do jornal O Dia mostra vários policiais colocando corpos na parte traseira de um carro.

"Não iremos parar. Conte com a #PolíciaMilitar", diz o organismo ao final de um tuíte em que reportou o ocorrido.

- Letal -

As favelas, onde vivem quase um quarto dos seis milhões de moradores do Rio, são frequentemente cenário de tiroteios durante as operações policiais contra o tráfico de drogas ali instalado ou confrontos entre facções criminosas rivais.

Segundo a imprensa, uma guerra entre facções dos morros da Coroa e Fallet pelo controle do tráfico teria se intensificado desde a quarta-feira.

Segundo estado mais rico e o terceiro mais populoso do país, o Rio sofre com uma forte onda de criminalidade que se agravou no apagar das luzes dos Jogos Olímpicos de 2016.

No ano passado, o País registrou um recorde de 63.800 mortes violentas, 30,8 por 100.000 habitantes, mas no Rio, a taxa é de 40,4/100.000, segundo a ONG Fórum de Segurança Pública.

Além da letalidade do crime, organismos de direitos humanos denunciam o uso por vezes desmedido da força por agentes da lei, especialmente nas favelas. Em 2017, 1.127 pessoas morreram em intervenções policiais no estado do Rio, segundo o último informe do organismo. Este mesmo ano, 104 agentes foram assassinados, a maioria fora de serviço.

A criminalidade é, consequentemente, um dos temas que mais preocupam os brasileiros, que elegeram no ano passado candidatos com discursos favoráveis ao combate sem trégua contra a delinquência, caso do presidente Jair Bolsonaro e do governador do Rio, Wilson Witzel.

No mês passado, Bolsonaro publicou um decreto que autoriza a posse de armas e a bancada da segurança no Congresso quer autorizar também o porte em uma estratégia questionada para reduzir a criminalidade.

Um tiroteio nas comunidades do Fallet, Fogueteiro e Coroa, em Santa Teresa, no bairro Catumbi, na região central do Rio de Janeiro, deixou 13 pessoas mortas nesta sexta-feira, 8. A prefeitura confirmou as mortes e informou que uma pessoa ainda permanece internada no Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA).

As mortes teriam ocorrido durante confronto com agentes do Comando de Operações Especiais (COE) que fazem operação nas comunidades de Santa Teresa desde o início da manhã. As vítimas ainda não foram identificadas.

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Desde a madrugada, as equipes policiais atuam nas comunidades devido a tiroteios na região provocados por disputa entre grupos criminosos. A partir de denúncias e informações do Setor de Inteligência, a polícia vasculhou alguns pontos da comunidade do Fallet.

Policiais foram recebidos a tiros e houve confronto. Após cessarem os disparos, dez supostos criminosos foram encontrados em vias da comunidade e foram socorridos para o HMSA. Com eles foram apreendidos dois fuzis, nove pistolas e cinco granadas.

No Morro dos Prazeres, policiais do Bope apreenderam uma pistola calibre 40, uma pistola calibre 9 mm, dois rádios comunicadores e um aparelho telefônico. Houve confronto e dois supostos criminosos foram encontrados feridos, sendo levados ao HMSA. Em outro ponto da comunidade, um fuzil calibre 5,56, uma pistola calibre 40 e uma granada foram apreendidos.

Equipes policiais estão atuando preventivamente para evitar ações de vandalismo nas ruas do bairro Catumbi e adjacências. Pelo twitter, a Polícia Militar informa que faz operação nas comunidades do Fallet, Fogueteiro e Prazeres.

Permanece em estado grave, porém estável, a turista argentina Natália Cappetti, ferida na segnda-feira (27) a bala quando entrou por engano no Morro dos Prazeres, comunidade do bairro de Santa Teresa, quando se dirigia ao Corcovado. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Natália estava acompanhada do marido e de um casal de amigos. Ela passou por cirurgia ontem à noite no Hospital Municipal Souza Aguiar, para onde foi levada.

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A Unidade de Polícia Pacificadora Escondidinho/Prazeres, em Santa Teresa, sofreu ataques de criminosos na noite da sexta-feira (27) e na manhã deste sábado (28), de acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Foram disparados diversos tiros contra a unidade.

Segundo a Polícia Militar, duas equipes policiais foram atacadas em pontos diferentes da localidade e, durante os ataques, um ônibus foi incendiado na Rua Almirante Alexandrino, uma das principais do bairro de Santa Teresa. Posteriormente, outro coletivo foi incendiado no Rio Comprido, bairro vizinho.

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O policiamento na área da UPP foi reforçado com agentes de outras unidades e do Grupamento de Intervenções Táticas das UPPs, e os acessos à comunidade receberam policiamento do Batalhão de Choque e de batalhões vizinhos ao bairro. Mesmo asssim, disparos foram feitos contra a base da UPP na manhã deste sábado. Segundo a polícia, ninguém se feriu.

Tereza Cruz, integrante da diretoria da Associação de Moradores de Santa Teresa, disse que o coletivo de moradores vem tentando obter soluções para a questão da segurança junto à polícia, mas vê com preocupação a persistência do problema. "A gente faz reuniões com a polícia e, além de dizerem que não tem contingente, eles prometem uma série de medidas que não se verificam."

A Associação Sociedade Amigos do Morro dos Prazeres não atendeu aos telefonemas da Agência Brasil.

Ônibus

No início da tarde de hoje, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) divulgou uma nota de repúdio aos ataques a coletivos. Um levantamento da entidade contabiliza que, desde 2014, 135 ônibus foram incendiados, sendo 55 apenas nos últimos 12 meses. "Com isso, o Rio contabiliza uma média de um ônibus queimado por semana. O custo de reposição total dessa frota é estimado em mais de R$ 20 milhões."

A estudante Taís de Souza Santos, de 13 anos, foi ferida na nuca por uma bala perdida na noite desta terça-feira (5), quando estava dentro de casa, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro. Ela está internada em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.

O tiroteio ocorreu por volta das 23 horas durante um confronto entre policiais militares e criminosos, que atacaram os PMs durante um patrulhamento de rotina. Ainda não se sabe se o tiro que atingiu a estudante partiu de armas dos policiais ou dos criminosos. Isso poderá ser definido pela perícia.

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Antes do tiroteio em que Taís acabou ferida, houve outro, durante a tarde, sem vítimas.

Começaram nesta terça-feira, 07, os testes com quatro dos 14 bondes que devem voltar a circular pelo bairro de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro. Nesta fase de testes os veículos vão circular sem passageiros, apenas em um trecho de 900 metros, passando pelos Arcos da Lapa, entre a estação Carioca e a Rua Joaquim Murtinho. O teste deve se estender por dez dias.

A circulação dos bondes foi interrompida em agosto de 2011 devido a um acidente que matou seis pessoas. Até o final de julho eles devem voltar a circular em um primeiro trecho, entre a Carioca e o Largo do Curvelo. As obras estão atrasadas e viraram alvo de críticas dos moradores de Santa Teresa.

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Parado desde 27 de setembro de 2011, quando um acidente matou seis passageiros e feriu 60 pessoas, o bonde de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, voltou a circular nesta quarta-feira (1°), em testes, pelos Arcos da Lapa, no centro da capital fluminense. Ainda não há transporte de passageiros - a retomada desse serviço estava previsto pelo governo estadual para março passado, mas o prazo não foi cumprido. Moradores de Santa Teresa reclamam da demora.

Desde agosto, o bonde é submetido a testes estáticos e dinâmicos na rua Joaquim Murtinho, em Santa Teresa. A partir de hoje, os testes passam a ser realizados no trecho entre o Largo do Curvelo e a Estação Carioca, passando pelos Arcos da Lapa. O traçado total da linha de bondes será de 10,5 km, mas só estará disponível no final de 2015.

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Até agora já foram instalados 3,5 km de trilhos e rede aérea. Catorze bondes serão usados no serviço. Todos têm estrutura de aço reforçado, sistema de tração controlado eletronicamente, freios dinâmico e magnético, GPS, estribos retráteis e quatro câmeras de monitoramento.

Com 26 mil habitantes e 2.500 deles sem ter onde morar, Santa Teresa, na região serrana do Espírito Santo, está com um terço da área urbana embaixo d'’água. Metade da cidade está sem energia elétrica e 120 pessoas estão dormindo em quartos de duas escolas e de uma igreja da cidade, conhecida no Estado por seus queijos e chalés de montanha.

"Hoje (anteontem) foi o pior dia de nossa história. Foi pior do que uma tromba d’'água que nos atingiu em 2000. Só quando a água baixar é que poderemos chegar nas casas para ver se tem vítimas", disse o secretário de Planejamento, Luciano Forrechi.

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O resgate aos moradores de casas submersas está sendo feito por um batalhão da Força Aérea que tem base no município. São 25 homens. "Algumas pessoas não querem sair das casas porque elas têm medo. Estamos indo de barco para ver se conseguimos. Retiramos umas 20 hoje (anteontem)", disse o 1.º tenente Gregório Rocha Venturim. "Mas nossa maior preocupação são as encostas. Muitas casas estão sob risco de deslizamento. E as pessoas se recusam a sair", diz.

No centro da cidade, que também está alagado, moradores relatam brigas entre quem está nas casas e quem tenta passar de carro. As ondas provocadas pelos veículos fazem a água vencer muretas e janelas, invadindo ainda mais as casas isoladas. "O rio está passado em cima da ponte. Aqui, ainda deu para erguer umas coisas, colocar no andar de cima. É algo impressionante, não lembro de nada parecido", disse o marceneiro aposentado Moacir Peroni, de 65 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma suspeita de bomba assustou moradores de parte do bairro de Santa Teresa na manhã desta quinta-feira. Segundo policiais militares, três supostos artefatos explosivos foram encontrados perto do Convento das Carmelitas. O Esquadrão Antibombas da Polícia Civil foi ao local, isolou a área e recolheu os artefatos, que pareciam dinamites. O material será periciado.

No início da tarde de ontem, uma bomba caseira explodiu na escadaria de acesso ao salão principal da Escola Nacional de Botânica Tropical, no Jardim Botânico do Rio. Ninguém ficou ferido e não houve danos ao prédio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo a direção da escola, uma turma de 20 alunos da pós-graduação havia deixado o prédio cerca de uma hora antes da explosão.

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Começaram a circular hoje os micro-ônibus que irão substituir os bondes de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, enquanto o serviço não for restabelecido. As linhas vão atender os moradores da região, que ficaram sem o serviço dos bondes desde o acidente, em agosto, quando seis pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas após o tombamento de um bondinho.

Os micro-ônibus da linha Paula Matos-Castelo devem circular por 18 meses, com a tarifa de R$ 0,60, a exemplo da linha Silvestre-Castelo, que já vem operando desde o mês passado. A medida que criou as linhas de ônibus foi decretada pelo prefeito Eduardo Paes, no Diário Oficial do município, no início de outubro.

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O governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou hoje em Lisboa que com um investimento inicial de R$ 40 milhões, o governo do Estado entregará à população um moderno sistema de bondes em Santa Teresa até 2013. Em nota à imprensa, ele informou que assinou, com o presidente da empresa Carris - que administra os bondes de Lisboa -, José Manuel Silva Rodrigues, um termo de cooperação técnica para a recuperação do sistema de um dos principais cartões-postais da cidade.

O acordo foi firmado duas semanas depois de técnicos de três segmentos da Carris - rede aérea, bondes e via terrestre (trilhos) - analisarem o sistema e coletar informações que ajudaram a direcionar os próximos passos do trabalho com os bondinhos - que, inclusive, já foram administrados pela companhia nos anos 40. O governador destacou as semelhanças da operação de bondes em Lisboa e em Santa Teresa.

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Mais cedo, durante palestra promovida pelo grupo de comunicação EJESA (Empresa Jornalística Econômico S/A), o governador falou a empresários portugueses sobre as oportunidades de investimento que o Estado oferece e ressaltou a política de pacificação como uma grande conquista do Rio. "Hoje temos os menores índices de criminalidade dos últimos 20 anos e que vêm sendo reduzidos, com as Unidades de Polícia Pacificadora. As UPPs estão rompendo a divisão entre os que moram no asfalto e aqueles que vivem nas comunidades carentes. Amanhã, vamos inaugurar mais uma UPP, desta vez em uma comunidade muito querida minha e da minha família, uma tradição para o samba e a cultura do Rio de Janeiro, que é a Mangueira. Então, aquele Rio tão belo, mas dividido pela violência, hoje é cada vez mais um Rio pacífico e de braços abertos para receber quem nos visita a lazer ou a negócios", afirmou.

O segundo e último dia da agenda oficial do governador em Lisboa começou com uma reunião com o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, eleito em junho deste ano. Eles conversaram sobre a situação da economia mundial e os laços históricos, econômicos e culturais entre Brasil e Portugal. Cabral propôs a Passos Coelho a ida de uma delegação de empresários portugueses ao Brasil para que possam firmar parcerias com empresas públicas e privadas brasileiras capazes de investir em Portugal, o que poderá gerar investimentos e ajudar, ao mesmo tempo, a movimentar a economia brasileira e ao país europeu a superar as dificuldades que enfrenta atualmente. O primeiro-ministro confirmou que em breve um grupo de empresários irá ao Brasil e começará a agenda pelo Rio de Janeiro.

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), Cláudio Lopes, instaurou inquérito para apurar a responsabilidade do secretário de Transportes, Júlio Lopes, no acidente com o bondinho de Santa Teresa, no sábado, que matou cinco pessoas e deixou 57 feridas. A decisão, de quarta-feira, teve de ser tomada pelo procurador-geral, autoridade máxima do MP-RJ, porque Júlio Lopes, enquanto secretário e deputado federal eleito em 2008, tem foro privilegiado.

Lopes não compareceu à reunião para a qual foi convocado, na manhã de hoje, na sede da procuradoria-geral. A secretaria não soube informar o motivo. Ele enviou um representante, o subsecretário de Transportes e presidente da Central, empresa vinculada à secretaria que até a última terça-feira administrava os bondes de Santa Teresa, Sebastião Rodrigues. A reunião foi convocada pelo promotor de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital, Carlos Andresano, que esperava ouvir esclarecimentos de Lopes sobre o acidente.

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O promotor é responsável por outro inquérito, o civil, instaurado na segunda-feira para investigar o acidente. O inquérito criminal é conduzido pela 7.ª DP (Santa Teresa). Andresano espera que o Estado proponha um plano de indenizações às vítimas. Caso isso não ocorra, ingressará com uma ação civil pública. "A ausência dele (Lopes) de forma alguma vai enfraquecer o inquérito. Foi dada a ele a oportunidade de prestar esclarecimentos, e ele abriu mão. Mas a investigação continua e apontaremos responsabilidades", disse Andresano.

No dia em que o transporte por bondes no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, completa 115 anos, um protesto reúne moradores, ferroviários, vítimas e parentes do acidente ocorrido no sábado. A manifestação desta manhã lembra a tragédia que deixou cinco mortos e ainda acusa o governo estadual de descaso com a manutenção dos bondinhos, cuja circulação está suspensa por tempo indeterminado.

"Queremos a exoneração imediata do secretário de Transportes, Júlio Lopes", disse a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), Elzbieta Mitkiewicz. Parentes do motorneiro Nelson Correia da Silva, que morreu no acidente, também participaram do protesto. A esposa dele, Dulce, de 52 anos, que chorava muito, passou e foi amparada pelo filho, Nelson Araújo, de 31 anos.

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"Estou aqui para defender a honra do meu pai. Estão usando ele (sic) como bode expiatório para o que aconteceu. Ainda não há sequer um laudo, como ele (Júlio Lopes) pode culpar o meu pai? Agora ele está morto, não pode se defender. Ele amava o trabalho. Era a vida dele", disse Nelson.

A Amast fez o batismo simbólico da Estação Carioca dos bondinhos, no Centro do Rio, como "Estação Motorneiro Nelson Correia da Silva". Uma grande faixa com a foto do maquinista foi exposta com a pergunta: "Você vai deixar que coloquem a culpa nele?"

As dezenas de pessoas, com faixas e balões negros, seguiram pelas ruas do centro aos gritos de "Fora, Júlio Lopes", "Fora, Cabral" e "Não à privatização". Ontem, o interventor dos bondes nomeado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), Rogério Onofre, afirmou que o transporte pode ser privatizado ou municipalizado.

Apenas três dos 14 bondinhos de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, estão em condições de funcionar, segundo a administradora do sistema. Dos sete bondes reformados, só dois funcionam. Dos outros sete que não sofreram modernização, só um funciona. Os demais esperam manutenção. No sábado, um acidente com um dos veículos deixou 5 mortos e 57 feridos. O serviço, que completa 115 anos amanhã, está suspenso por tempo indeterminado.

Anteontem, no entanto, o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, afirmou que a manutenção dos bondes está em dia. Segundo ele, desde 2007, o governo estadual gastou R$ 14 milhões com o sistema de bondes. Neste ano, a secretaria investiu R$ 350 mil com manutenção e assistência técnica preventiva. De acordo com o secretário, como o sistema é antigo, muitas vezes é necessário fabricar peças exclusivas para os bondes, daí a demora com a manutenção.

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O governo informou ontem que nomeará o presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Rogério Onofre, como interventor dos bondes. Ele deve chefiar o sistema, atualmente administrado pela Companhia de Engenharia de Transportes e Logística (Central), vinculada à Secretaria de Transportes. Ontem, pelo terceiro dia seguido após o acidente, o governador Sérgio Cabral (PMDB) não falou sobre o caso.

O Ministério Público convocou o secretário de Transportes para prestar esclarecimentos. Os promotores vão propor um acordo para o pagamento de indenizações às vítimas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Estado do Rio está tentando se eximir da responsabilidade sobre o acidente com o bondinho de Santa Teresa e jogar a culpa pela tragédia no condutor do veículo, Nelson da Silva, de 57 anos. Com 35 de experiência e personagem querido do tradicional bairro do centro do Rio, o motorneiro foi um dos cinco mortos no acidente, que deixou outros 57 feridos - 13 ainda internados em hospitais da cidade.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, voltou a alegar ontem que o bonde havia colidido com um ônibus menos de uma hora antes do acidente. O veículo chegou a ser levado para a oficina, mas, segundo o secretário, Silva continuou conduzindo-o mesmo sem reparos.

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Investigação

O Ministério Público do Rio de Janeiro vem apurando, desde 2004, o suposto estado de abandono e precariedade do sistema de bondes de Santa Teresa, bem tombado a nível estadual. Na época, foi feita uma representação pela Associação dos Moradores de Santa Teresa (Amast) sobre o estado do sistema. No último sábado, o acidente com o bonde, no centro da cidade, matou cinco pessoas e feriu 57.

Em 2008, após vistorias que confirmaram diversos problemas na infraestrutura do trecho, foi movida uma ação civil pública em face do Estado do Rio de Janeiro e da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística para exigir que todos os bondes fossem restaurados, sob pena de multa.

Além disso, o MP requisitou a reforma das estações da Carioca e Curvelo; a substituição de 4.600 metros de fio de contato; a recuperação dos 8 quilômetros de via permanente; a recuperação da oficina de bondes de Santa Teresa; a substituição do gradil sobre os Arcos da Lapa; e a construção do abrigo de bondes.

Desde então, a ação tramita em diferentes instâncias judiciais. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, o Tribunal de Justiça já se manifestou favorável à ação, mas como o governo vem recorrendo constantemente das decisões, ainda não foi dada a sentença final.

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