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O parque de diversões Mirabilândia, em Olinda, no Grande Recife, encerrou temporariamente suas atividades nesse domingo (28) para dar início a um recesso que deve durar até o final de junho. De acordo com a assessoria do estabelecimento, o recesso de baixa temporada costuma acontecer apenas em fevereiro, mas, este ano, será estendido. A gerência deve aproveitar o pouco movimento entre os meses de março a maio, e retornar após as festas de São João. 

Ainda de acordo com a assessoria, durante os meses de fechamento, o parque receberá “manutenção, implantação e testes de sistemas de monitoramento dos equipamentos e instalação de novas atrações”. As atividades retornam no período das férias escolares. 

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O Mirabilândia esteve em destaque nas redes sociais nos últimos meses, após o acidente da professora Dávine Muniz, de 34 anos, no brinquedo “Wave Swinger”, em setembro do ano passado. Dávine estava a bordo da atração quando foi arremessada para longe e precisou ser imediatamente socorrida, com ferimentos graves, fraturas e quadro de traumatismo cranioencefálico. O incidente repercutiu negativamente e chegou a gerar pedidos de fechamento permanente do parque. 

A última atualização sobre o estado de saúde da professora aconteceu no último dia 14 de janeiro, quando a jovem foi transferida do Hospital São Marcos para o Hospital da Ilha do Leite, ambos na área central do Recife. Segundo apurou o LeiaJá no local, a paciente segue em estado gravíssimo e internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), corre risco iminente de óbito e não responde mais a nenhum estímulo. A família de Dávine realizou um acordo com o parque, o que envolveu não citar mais o Mirabilândia desde o dia da transferência. O estabelecimento segue prestando apoio ao tratamento. 

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Uma aeronave da empresa LATAM precisou retornar ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, na última terça-feira (9), uma hora após ter decolado, com destino a Brasília. Segundo a companhia aérea, o avião teve de passar por uma manutenção corretiva não programada. 

O voo LA3783 havia decolado às 12h26, no horário local, e retornou às 13h39. A Aena, empresa responsável pela gestão do Aeroporto dos Guararapes, informou à reportagem que o pouso aconteceu “sem nenhuma dificuldade e sem nenhum impacto operacional para o aeroporto”.  

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Os passageiros desembarcaram com segurança e entraram em outra aeronave, que partiu às 16h16. A LATAM informou, por meio de nota, que “lamenta os transtornos causados”, e prestou a assistência necessária aos passageiros. A companhia reforçou ainda que as decisões tomadas “visam garantir a segurança de todos”. 

 

Na manhã desta terça-feira (19), por cerca de duas horas, a Linha Centro do metrô do Recife voltou a funcionar com apenas uma via. Novamente, a rede aérea da linha sofreu de um problema técnico, responsável por suspender a operação de uma das vias. O problema aconteceu entre as estações Ipiranga e Mangueira (o trecho contempla as estações Recife, Joana Bezerra, Afogados, Ipiranga e Mangueira). A manutenção foi finalizada por volta das 12h e o serviço foi normalizado às 12h30. 

Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a via dois precisou ser desenergizada para uma manutenção corretiva e o serviço durou cerca de duas horas. O funcionamento em via singela aconteceu entre as estações Recife e Werneck, com intervalos de 25 minutos no tronco da Linha Centro e de 50 minutos nos dois ramais (Jaboatão e Camaragibe). No último dia 7, o mesmo problema aconteceu e atingiu as mesmas estações, provocando lentidão e mudança no desembarque. 

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Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por unanimidade na quinta-feira, 14, negar habeas corpus apresentado em favor do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que pedia o trancamento de uma ação penal contra ele. O processo tramita no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

A ação contra o parlamentar foi movida a partir de denúncias de delação premiada obtidas na Operação Lava Jato.

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Paulinho da Força é acusado de ter solicitado e recebido doações eleitorais da empresa JBS nas Eleições de 2010 e 2012, que não foram contabilizadas nas prestações de contas de campanha. As doações teriam sido usadas para pagamento de propina de agentes públicos, e obtidas por meio de lavagem de dinheiro.

O valor total foi de R$ 1,7 milhão. O deputado é denunciado pelos crimes de falsidade ideológica para fins eleitorais, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa do deputado solicitou a suspensão do processo penal alegando que, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) propôs no Supremo Tribunal Federal (STF) a rescisão do acordo de delação premiada que deu origem à ação penal contra Paulinho da Força, essa também deveria ser suspensa.

Os ministros entenderam que a falta de pronunciamento definitivo do STF sobre a anulação não justifica o trancamento da ação penal, e que o uso de um habeas corpus para suspender uma ação penal é uma medida excepcional, que não se aplica nesse caso.

Paulinho da Força, que é presidente do Solidariedade, voltou à Câmara dos Deputados no início de dezembro, quando assumiu a vaga deixada por Marcelo Lima (SP), que teve seu mandato cassado por infringir a Lei de Fidelidade Partidária, ao deixar o partido e ir para o PROS.

O Estadão entrou em contato com a defesa de Paulinho da Força, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

O Congresso Nacional manteve no período da tarde desta quinta-feira, 14, em sessão conjunta, o veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao dispositivo da lei do novo arcabouço fiscal que trata sobre regras de contingenciamento. O dispositivo vetado retirava da lei do arcabouço a previsão de um contingenciamento de recursos proporcional entre investimentos do governo e despesas discricionárias (não obrigatórias).

De acordo com técnicos, o contingenciamento proporcional entre investimentos e discricionárias poderia tirar a flexibilidade do governo e comprometer despesas básicas de custeio, como água e luz - isso porque é mais fácil contingenciar mais recursos de investimentos do que gastos básicos para o funcionamento da máquina pública. A ideia de "proporção" limitaria o Executivo de contingenciar investimentos.

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O outro trecho vetado por Lula, e que deve ser derrubado, proibia o governo de propor quaisquer novas exceções à meta de resultado primário (a diferença entre receitas e despesas, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida) na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Em tese, a avaliação é que o Executivo poderia usar essa brecha para retirar o PAC dos limites fiscais, o que facilitaria o cumprimento da meta, blindaria obras do governo e reduziria a necessidade do Planalto de negociar com a Câmara e o Senado.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) registrou quedas de energia na manhã desta terça-feira (14), enquanto acontecia da reunião da CPI da Enel, que investiga possíveis irregularidades e práticas abusivas cometidas entre 2018 até 2023. Segundo a Alesp, o fato aconteceu por conta de uma manutenção na rede elétrico do prédio. 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) compartilhou o registro de um dos momentos em que a Casa ficou às escuras. "Parece piada, mas é só a ENEL mesmo", escreveu a parlamentar.

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O LeiaJá entrou em contato com a Alesp. Em nota, a assessoria informou que as quedas de energia da manhã de hoje foram internas, "decorrente de uma manutenção que estava sendo realizada em virtude de duas quedas que ocorreram ontem e que provocaram alguns danos, como nos aparelhos de ar-condicionado e nos ramais. As quedas foram rápidas, por menos de cinco minutos, e as atividades já voltaram à normalidade na sequência". 

Já a Enel afirmou que a oscilação de energia "não tem relação com a rede de distribuição da companhia."

Em assembleia geral realizada ontem, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde 20 de setembro, votaram para continuar paralisados.

O encontro teve momentos de tensão, discordâncias e maior divisão entre os que defendem a saída da paralisação e os que apoiam a permanência.

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Diferentemente das assembleias anteriores, a decisão não foi decretada por contraste, mas por contagem do votos, com placar de 387 a 215 em favor da extensão da greve contra a proposta de voltar às atividades, mas manter estado de mobilização.

Após rodadas de negociações com os alunos, a reitoria chegou a apresentar uma série de compromissos, como a admissão de 1.027 docentes (sendo mais de 140 vagas abertas de forma antecipada), o aumento no número de bolsas para alunos de baixa renda, uma construção de creche na USP Leste e a garantia de que nenhum curso será fechado por falta de professores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson no inquérito das milícias digitais.

Roberto Jefferson está internado desde junho em um hospital particular no Rio de Janeiro. Moraes afirmou que 'todas as questões relativas ao quadro clínico de saúde' estão sendo analisadas, mas manteve a ordem de prisão.

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O último relatório médico sugeriu que o ex-deputado recebesse alta, mas a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio informou que não tem estrutura para oferecer, no presídio, o acompanhamento médico necessário.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra revogar a preventiva. O órgão afirma que não há razões para flexibilizar a prisão e que a medida foi determinada após sucessivos descumprimentos de medidas cautelares.

"A prisão preventiva trata-se da única medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada", argumentou a PGR em parecer enviado ao STF na semana passada.

Histórico

Roberto Jefferson foi preso pela primeira vez na investigação ainda em agosto de 2021, por ataques antidemocráticos. Ele foi colocado em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e sem acesso a redes sociais, cerca de seis meses depois.

Um novo mandado de prisão preventiva foi emitido depois que o ex-deputado atacou a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, em um vídeo publicado nas redes. Ela foi comparada a 'prostitutas' e 'vagabundas'.

Quando a Polícia Federal foi tentar cumprir o mandado de prisão, na casa de Roberto Jefferson, em Lévy Gasparian, no Rio de Janeiro, os agentes foram recebidos a tiros. Foram pelo menos 50 disparos. O ex-deputado também lançou três granadas. Ele só se entregou no dia seguinte.

Dois agentes foram feridos por estilhaços, o que levou a PF pedir o indiciamento do ex-deputado por tentativa de homicídio. A denúncia foi aceita em dezembro de 2022.

Por meio de suas redes sociais, o Mirabilândia informou que apresentará relatório com a documentação sobre a manutenção periódica de todos os equipamentos na próxima segunda-feira (26). A solicitação foi feita pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE), que interditou o parque na última sexta-feira (22), depois que um brinquedo se soltou no ar, arremessando uma usuária para longe. 

A vítima, Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, foi levada ao Hospital da Restauração com traumatismo craniano grave. Na manhã deste sábado (23), fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA) fizeram uma vistoria no parque de diversões.

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Documentação 

O Procon-PE deu ao Mirabilâdia um prazo de cinco dias para apresentar, além dos relatórios de manutenção, cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de cada brinquedo, cópia do Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido do parque e da licença de funcionamento emitida pelos órgãos competentes. O parque permanecerá fechado até que toda a documentação seja apresentada.

Os destinos mais visitados por pessoas interessadas em ecoturismo no Brasil são Foz do Iguaçu, no Paraná; Rio de Janeiro e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro; a cidade de São Paulo; e Florianópolis, em Santa Catarina. Segundo o Ministério do Turismo, entre os turistas estrangeiros, 18,6% chegam ao país motivados pela natureza ou por destinos de aventura. Em constante crescimento no Brasil, esse tipo de turismo foi o motivo de 25,6% das viagens realizadas a lazer em 2021. O percentual representou avanço na comparação com o ano anterior, quando atingiu 20,5%.

O ministério informou que mais de 45 projetos relacionados ao ecoturismo e turismo de aventura com investimentos privados estão inseridos no seu Portal de Investimentos. “Portfólio digital de projetos no setor de turismo e um marketplace, que permite aproximar investidores, empreendedores e Poder Público”, disse em resposta à Agência Brasil, acrescentando que no estado do Rio há quatro projetos cadastrados na plataforma.

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Regua

No município de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do Rio, o projeto que mantém a Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), uma área particular, tem conquistado avanços. Em 20 anos, deixou de ser uma área de pasto. Além de proteger a Mata Atlântica e as nascentes do Rio Guapiaçu, pertencente à bacia hidrográfica que deságua na Baía de Guanabara, investe na restauração florestal, com mais de 430 hectares recuperados.

O presidente da Regua, o inglês Nicholas Locke, disse que é emocionante ver o projeto se desenvolver. “É muita emoção poder assistir o seu trabalho amadurecer e formar a reserva que hoje está aí. É incrível e muito gratificante ver a reação das pessoas que hoje estão preocupadas com o meio ambiente e vêm para Cachoeiras de Macacu ver essa área após 20 anos de trabalho. É muito importante poder mostrar uma árvore de 20 anos e ver como ela cresceu. Isso inspira a geração nova a seguir e continuar com esse trabalho”, afirmou.

A origem da Regua é a fazenda do Carmo, que foi comprada pelo também inglês Hilmar Werner, bisavô de Nicholas Locke, em 1907, e se tornou referência estadual na produção agropecuária inovadora, comercialização de madeiras nobres e produção de cachaça artesanal. A fazenda foi também destino de pessoas que, ao deixarem o regime de escravidão, procuravam sustento por todo o estado. Era lá que conseguiam trabalho e abrigo.

Apoio

Para Nicholas Locke, a receptividade das pessoas ao projeto é fantástica, e a Regua representa um futuro melhor para o estado. “É outra força para lutar, continuar expandindo a reserva. Tudo que estamos fazendo é uma grande área de cinturão verde para o futuro do Rio de Janeiro, que carece dessa área que possa refletir o esplendor, a mágica da Mata Atlântica. Nós achamos a possibilidade de fazer isso. Tivemos receptividade tanto no Instituto Estadual do Ambiente (Inea] quanto dos amigos da Prefeitura de Cachoeiras [de Macacu], das pessoas que nos visitam e dos pesquisadores . A soma dessa força é que energiza a gente para continuar expandindo e consolidando”, afirmou.

Retorno de animais

O trabalho na Regua inclui a restauração de habitats degradados e o patrulhamento de guarda-parques para evitar a caça e exploração predatória de recursos naturais. O resultado já foi notado com a reintrodução de animais na área, como o mutum-do-sudeste, a jacutinga e a anta. Na parte de alagados, podem ser vistas capivaras e jacarés. Tudo isso ocorre com o apoio de instituições de pesquisa e ações de educação ambiental com as comunidades vizinhas.

“Winston Churchill falava que para a gente saber um pouco do nosso futuro, tem que conhecer o nosso passado. Esse projeto, de certa forma, é um resgate do passado, de valorizar o legado ambiental. Isso soma todos os esforços de deixar alguma coisa para a frente, para as futuras gerações, nossos filhos, netos, de preservar uma área grande em escala que possa ser a casa mãe de toda a biodiversidade que aqui existe. É um dos lugares mais ricos do mundo, somente com a vegetação nativa”, disse Nicholas.

O coordenador nacional da Comissão de Governança do Caminho da Mata Atlântica e consultor do Caminho do Recôncavo no Movimento Viva Água, Chicão Schnoor, lembrou que a reserva tem um morro reflorestado que integra o projeto Caminho da Mata Atlântica, de 270 hectares, em diversos pontos da Serra do Mar, e para fortalecer as cadeias produtivas locais compra mudas de viveiros somente do Rio. “A gente fez questão, neste projeto, de mais de 60% [das mudas] serem de espécies  dispersadas por animais, trazendo a fauna de volta ao lugar dela e árvores que não estavam tão presentes na floresta”, afirmou, revelando que mais de 85 espécies foram replantadas no local.

Para manter o projeto, uma das fontes de renda da Regua parte da receita da pousada, instalada dentro do local e que é procurada por visitantes interessados em meio ambiente e observadores de aves do mundo inteiro.

El Nagual

No distrito de Santo Aleixo, em Magé, na região metropolitana do Rio, outro projeto, também criado por estrangeiros, tem o objetivo de preservar as florestas, cachoeiras e rios do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, onde faz limite. A Ecovila El Nagual surgiu do desejo do casal formado pelo alemão Erhard, que passou a ser chamado de Eraldo, e a argentina Mariana. Os dois se conheceram na França e decidiram que queriam morar em um lugar tranquilo no Brasil. Depois de muita procura, encontraram o local onde resolveram iniciar o projeto que, além de preservar a região, ensinasse educação ambiental, elaborasse comida saudável e promovesse trilhas no Parnaso.

“Nossa vida foi sempre aprendendo e fazendo. Sou formado em culinária, fiz hotelaria. O meu sonho agora é preparar o terreno para dar um passo e deixar os mais jovens tomarem conta do meu sonho ou sonhar junto comigo”, disse à Agência Brasil.

Eraldo contou que a primeira vez que veio ao país foi em 1986, quando conheceu um casal de suíços que tinha uma pousada na Bahia. Ali começou a ver que queria uma vida diferente, sem dar valor ao consumismo. “De lá para cá, a cada ano só trabalhei para voltar e conseguir ficar [aqui no Brasil] vivendo o meu sonho”, revelou.

Segundo Eraldo, atualmente, a pousada que faz parte da El Nagual só funciona para receber grupos de visitantes. A decisão foi tomada para valorizar a qualidade do tempo do casal e organizar o trabalho para atender os clientes. “É preciso economizar o tempo, e como? Então, a gente atende só grupos. Aí, dois grupos por mês pagam os custos. A gente não tem grandes ambições financeiras de andar com carro zero, coisas assim. Eu tenho 60 e a Mariana, 55, não temos mais a mesma agilidade que com 30”, disse.

Entre os projetos brasileiros, em Guapimirim funciona o Refúgio Caminho das Montanhas, um hostel que recebe turistas e pessoas interessadas em fazer trilhas no Cânion do Iconha. O dono do hostel, Renato Bellizzi, que orienta as caminhadas, admitiu que a acessibilidade não é das mais fáceis, mas considera que como o trajeto passa por trechos maravilhosos, o visitante pode arranjar um jeito de resolver a situação.

“No percurso é preciso passar por canaletas de captação de água. Não há como contornar [essa passagem]. Em dias de céu mais aberto, a temperatura da água dos rios é mais agradável”, disse.

Para manter o projeto, uma das fontes de renda da Regua parte da receita da pousada, instalada dentro do local e que é procurada por visitantes interessados em meio ambiente e observadores de aves do mundo inteiro.

Renato recomendou um tipo específico de calçado. “O melhor é ir de sapato fechado. São três travessias de rio. Quando chegar do outro lado, na outra margem, vai andar por trechos que podem machucar. Tem pessoas que vão de chinelo. Eu não recomendo porque pode ter espinhos, pedras soltas. Tira o sapato só quando atravessar o rio”, sugeriu.

 

A temperatura alta e sensação de abafado do verão, potencializado neste 2023 pela desconfiguração do fenômeno-atmosférico La Niña, que influenciou no clima global por três anos consecutivos, só pede o uso de ventilador e do ar-condicionado durante as 24 horas do dia, pelo menos até o dia 20 de março, quando a estação acaba oficialmente e inicia o outono. 

Com a quase impossibilidade de ficar sem nenhum tipo de conforto neste calor e o aumento do uso do ar-condicionado e ventilador, é importante manter a manutenção dos aparelhos para que eles tenham um funcionamento melhor e não quebram. 

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O técnico em refrigeração da Rv Refrigeração (@r_v_refrigeracao) Robson Mangueira explicou ao LeiaJá que a manutenção do ar-condicionado é de grande valia, inclusive para auxiliar na saúde das pessoas com doenças respiratórias. “A importância de ter um ar-condicionado limpo é para prevenir o desenvolvimento de microrganismos como fungos e bactérias, que podem potencializar doenças respiratórias e alérgicas. Além disso, também impacta no bolso do cliente, pois reduz o consumo de energia e aumenta a vida útil do equipamento”. 

De acordo com o profissional, é recomendado fazer manutenção periódica do equipamento de seis em seis meses para que ele mantenha o bom funcionamento. “Sem a manutenção o aparelho consome mais energia e, consequentemente, força mais, o que faz com que ele trabalhe mais forçado e diminua a vida útil”. 

Robson frisou que a limpeza feita comumente pelos usuários tira apenas 20% da sujeira, por isso a indicação da limpeza e manutenção feita pelos técnicos. “Nós desmanchamos o equipamento todo, principalmente a parte do evaporador, que é a parte dentro do ambiente. Dá para fazer uma higienização sem o técnico, mas é preventiva e só vai tirar 20% da sujeira, que é a limpeza do filtro do equipamento, que deve ser lavado com água corrente e colocado de volta no local. Isso deve ser feito pelo cliente de 15 em 15 dias, e inclusive ajuda na manutenção que deve ser feita pelo técnico de seis em seis meses”, indicou o profissional. 

Com relação ao ventilador, ele detalhou que o principal cuidado deve ser a limpeza do filtro, que melhora o funcionamento do equipamento. “Se o filtro estiver sujo, tapado de poeira, ele não vai conseguir succionar o ar para jogar. Vai esquentar o aparelho e pode causar a queima do motor do ventilador”, alertou Robson Mangueira. 

A juíza federal substituta da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, Abby Magalhães, manteve a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson, preso em 23 de outubro do ano passado após atirar contra policiais, ao reagir a uma ordem de prisão.

De acordo com a sentença da juíza, "o elevado potencial ofensivo do armamento apreendido na data dos fatos - dentre eles granadas e armamento de uso restrito - e o número de disparos efetuados em direção à viatura da Polícia Federal (entre cinquenta a sessenta disparos), sugerem o concreto perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado".

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O documento ressalta que a prisão do ex-deputado foi causada justamente pela desobediência das regras da prisão domiciliar, o que desencadeou os ataques aos policiais, inclusive com uma granada, por isso não faria sentido suspender a prisão preventiva.

"O Ministério Público Federal se manifestou nos autos pela manutenção da prisão preventiva do réu, ao argumento de permanecerem inalterados os requisitos e fundamentos da segregação da liberdade", informa a sentença.

Em outubro de 2022, foram apreendidas na casa de Jefferson, após o atentado contra os agentes, um fuzil (na verdade, carabina) Smith & Wesson, calibre 5.56x45mm (arma de fogo de uso restrito); dois carregadores com 59 munições de calibre 5.56x45mm (munições de uso restrito); 7.903 munições de uso permitido e 370 munições de uso restrito; além de três granadas.

"Nesse contexto, mantém-se inadequada também a substituição da prisão preventiva por outra medida cautelar, por insuficiência destas últimas à garantia da ordem pública", explica a juíza, ressaltando que a prisão preventiva também decorre de uma decisão judicial proferida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A Justiça decidiu manter preso o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), durante a audiência de custódia realizada por videoconferência na tarde desta segunda-feira (24) no Rio de Janeiro, segundo a secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio (Seap).

Desde a noite de domingo (23) Jefferson está detido no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Segundo a pasta, em momento ainda indefinido, ele será transferido para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, em Bangu (zona oeste).

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A audiência de custódia foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, que é juiz instrutor do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Até a publicação desta reportagem, o STF não havia se manifestado sobre a audiência de custódia.

O Estadão procurou a defesa de Jefferson para que se pronuncie sobre a audiência de custódia, sem sucesso até a publicação deste texto.

Por volta das 11h do domingo, ontem, Jefferson atirou e lançou granadas contra quatro policiais federais que foram à sua casa, em Levy Gasparian, município do sul fluminense, para cumprir uma ordem de prisão contra ele. Protegido dentro de casa, ele se recusava a ser preso - só se entregou por volta das 19h, após horas de negociação com a Polícia Federal. Foi então conduzido para a sede da PF no Rio, e depois para o Instituto Médico-Legal e para o presídio de Benfica.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), publicou na tarde deste domingo, 2, em suas redes sociais, mensagem na qual diz que espera, com as eleições deste domingo, 2, "a manutenção da democracia" no País. O senador destacou sua expectativa de que os vencedores assumam suas responsabilidades, e o derrotados "reconheçam o resultado".

"Neste domingo, exercemos nosso direito livre ao voto, e o resultado que espero das urnas eletrônicas é a manutenção da democracia", afirmou Pacheco em sua postagem. "Que os eleitos assumam suas responsabilidades e, os derrotados, que reconheçam o resultado", publicou.

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O presidente do Senado fez uma alusão aos recentes ataques ao sistema eleitoral do País, promovidos em sua maioria pela base do presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Em diversas oportunidades, o chefe do Executivo atacou as urnas eletrônicas, dizendo, sem apresentar provas, que a eleição que o elegeu teria sido fraudada a favor de seu adversário.

O Tribunal de Justiça do Rio manteve a prisão preventiva de Allan Turnowski, delegado e ex-secretário de Polícia Civil, preso na manhã de sexta-feira, 9. A decisão foi proferida em audiência de custódia realizada no sábado, 10, na Central de Custódia de Benfica, pelo juiz Rafael de Almeida Rezende.

Turnowski foi preso em casa na Operação Águia na Cabeça, comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.

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O delegado é investigado por organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho. Ele havia se afastado do cargo no governo estadual para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022 pelo PL.

Outro policial que concorre às eleições, o ex-diretor da Divisão de Homicídios, Antonio Ricardo, candidato a deputado estadual pelo Podemos, foi alvo de busca e apreensão na mesma ação.

A prisão preventiva de Turnowski foi decretada pela 1ª Vara Criminal Especializada do Rio. Na audiência de custódia neste sábado, a defesa do ex-secretário pediu a substituição da prisão preventiva por cautelares diversas da prisão. O pedido foi indeferido pelo magistrado.

"Atentaria contra a lógica do razoável o fato de o juiz natural, reconhecendo o perigo da liberdade do sujeito da medida (periculum libertatis), decretar sua prisão temporária ou preventiva, e o juiz da Central de Audiência de Custódia revogar a decisão tão logo cumprida a ordem. Não se afigura razoável admitir que uma autoridade judiciária que desconhece por completo o procedimento venha a modificar a decisão do juiz que o conhece e adequadamente fundamentou sua decisão", justificou o magistrado, segundo nota do TJRJ.

Para Rezende, a prisão foi formalmente correta. "O mandado de prisão foi regularmente expedido e está dentro do prazo de validade, não se tendo notícias de que a decisão tenha sido alterada posteriormente pelo juízo natural ou em sede recursal", afirmou na decisão. "Consequentemente, a decisão do juízo natural deve ser mantida por seus próprios fundamentos."

O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do TJ do Rio, já tinha indeferido na própria sexta-feira, 9, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Turnowski. O desembargador entendeu que não houve ocorrência de flagrante ilegalidade e que a motivação do magistrado para decretar a prisão preventiva se baseou em dados concretos.

Além de Turnowski, também tiveram prisão decretada os delegados Maurício Demétrio (já preso por outra ordem da Justiça) e Marcelo José Araújo de Oliveira. Na Operação Águia na Cabeça, foram expedidos também 22 mandados de busca e apreensão. O MP acusa os delegados de participarem de um esquema criminoso junto a um grupo que explora o jogo do bicho.

"O robusto acervo probatório produzido no decorrer das investigações revelou que os delegados de polícia Mauricio Demétrio e Allan Turnowski integraram organização criminosa inserida no universo surgido da exploração do jogo do bicho, no cerne da disputa travada entre os grupos capitaneados por Fernando Iggnácio, executado em novembro de 2020, e Rogério de Andrade, pelo espólio do falecido Castor de Andrade", afirmou, em nota, o Ministério Público do Rio.

Segundo o telejornal RJTV, da TV Globo, a denúncia do MP mostra que Turnowski e Demétrio planejavam prejudicar uma possível candidatura do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao governo do Estado.

Ouvido pela reportagem, o prefeito disse que a máquina do Estado foi usada num esquema mafioso. "Esse esquema mafioso que se utiliza de agentes do Estado para prejudicar adversários me derrotou em 2018. Tentaram o mesmo em 20 e de novo em 21. Como assim, o governador acha que nada tem a fazer?", questionou o prefeito Eduardo Paes (PSD), neste domingo, 11, ao reproduzir a reportagem do RJTV em sua conta no Twitter.

Já o atual governador, Cláudio Castro (PL), ex-chefe de Turnowski, disse que o prefeito deve cobrar investigações e respostas do Ministério Público e da Justiça.

O MP sustenta que, em meio à disputa pelo domínio de territórios e exploração de jogos de azar e outros crimes conexos, Demétrio se associou a Fernando Iggnácio. Este era genro do banqueiro de bicho Castor de Andrade, que morreu em 1997. Demétrio seria agenciador do bando na Polícia Civil, recrutando cúmplices na corporação, por meio de corrupção. Iggnácio foi morto em novembro de 2020, em uma "guerra" pelo espólio do bicheiro. Do outro lado está Rogério Andrade, sobrinho do contraventor.

Os denunciados vão responder pela prática de diversos delitos. São eles: integrar organização criminosa, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional. As penas somadas superam 30 anos de reclusão. A condenação leva à perda do cargo público.

Os delegados negam irregularidades. A defesa de Turnowski atribuiu a operação a motivos políticos. Ricardo ressaltou em nota que nada de comprometedor foi encontrado nas buscas. Também colocou em dúvida a ação policial contra o suposto grupo criminoso, pedida pelo Ministério Público e determinada pela Justiça.

Turnowski chefiou a Polícia Civil fluminense pela primeira vez entre 2010 e 2011. Foi no governo de Sérgio Cabral (MDB), quando a corporação era subordinada à Secretaria de Segurança. Ele deixou o cargo por causa de investigação da Polícia Federal sobre suposto vazamento de uma operação. O inquérito foi arquivado por falta de provas. O delegado alegou inocência.

Em 2020, Turnowski voltou ao cargo, elevado a secretário. A Secretaria de Segurança foi extinta no governo de Wilson Witzel (hoje no PSC), e as Polícias Civil e Militar viraram secretarias independentes. Cláudio Castro assumiu o governo em 2020, após o afastamento e posterior impedimento de Witzel.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal manteve a condenação do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), candidato a vice-governador do Rio na chapa de Cláudio Castro (PL), por danos ambientais na Reserva Biológica do Tinguá. Por 3 votos a 2, o colegiado confirmou a sentença imposta ao político, de sete anos, dois meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto.

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio deu parecer pelo indeferimento do registro de candidatura de Reis como vice de Castro. Cabe ao Tribunal Regional Eleitoral fluminense decidir se o político pode concorrer às eleições 2022. Uma eventual mudança na chapa pode ser realizada até o dia 12 de setembro.

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Os ministros do STF analisaram nesta terça-feira (30), um recurso apresentado pela defesa de Reis, o segundo questionamento feito à condenação fixada em 2016. O relator Edson Fachin votou por rejeitar os embargos e foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Kassio Nunes Marques e André Mendonça restaram vencidos.

Os crimes imputados ao candidato a vice de Claudio Castro ocorreram entre 2005 e 2009. O ex-prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi sentenciado por danos a uma área em que havia determinado a execução de um loteamento, dentro da zona de amortecimento da Reserva do Tinguá.

O político incorreu em delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais e na Lei sobre Parcelamento do Solo Urbano.

No bojo da ação, foi apontada degradação com terraplanagem, destruição de Mata Atlântica em área de preservação permanente, destruição de mata ciliar, extração de argila, corte mecânico de encosta e topo de morro, além de aterramento de vegetação e da calha do rio, causando assoreamento. A área afetada é de mais de 30 hectares.

A defesa de Reis pedia a aplicação retroativa de uma mudança em atos normativos do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para afastar a imputação de crime ambiental.

A alegação foi rechaçada pelo ministro Edson Fachin, que indicou que o argumento já foi analisado pelo STF. Ele frisou que, apesar da revogação das resoluções, o delito de causar danos em reserva ambiental é previsto em lei.

"Eu teria dificuldades para explicar a um estudante de primeiro ano de Direito que o decurso de prazo de uma resolução extingue um tipo penal previsto em lei", afirmou Fachin.

O ministro Kassio Nunes Marques abriu divergência, sob o argumento de que, com a revogação das resoluções, a conduta de Reis deixaria de ser considerada infração administrativa e assim sanção penal deveria ser ‘proporcional ao dano’, que o ministro considerou ‘pequeno’.

Já o ministro André Mendonça, ponderou que há dois laudos sobre os danos, um deles afirmando que teriam ocorrido fora da zona de amortecimento. Assim, segundo o ministro, a dúvida deveria beneficiar o réu.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai realizar no próximo fim de semana uma manutenção no Sistema Cantareira que pode afetar o abastecimento de água para quase 5 milhões de pessoas na capital e em mais sete cidades da Grande São Paulo - Guarulhos, Osasco, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Cajamar e São Caetano do Sul.

Segundo a empresa, será necessário fazer uma parada programada no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guaraú, responsável pela produção de água do sistema, entre as 18h de sábado (20) e as 6h de domingo (21). A retomada completa do fornecimento deve acontecer até a segunda-feira (22).

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"Imóveis com caixa-d'água obrigatória e com reservação para ao menos 24 horas, como determina decreto estadual, devem sentir com menos intensidade a alteração no fornecimento", afirma em nota a companhia, que orienta a população a usar a água de forma consciente.

Segundo a Sabesp, o abastecimento em regiões com serviços essenciais, como hospitais, será redirecionado para que não haja intermitência. Para situações de emergência, diz a empresa, serão disponibilizados caminhões-tanque.

A Sabesp afirma ainda que, durante a parada programada do Cantareira, será acionada a flexibilização do Sistema Integrado da Região Metropolitana de São Paulo, permitindo que as regiões afetadas recebam momentaneamente água de outros sistemas.

Durante a manutenção preventiva, será feita a adequação da estrutura de chegada de água à ETA Guaraú, além da troca, devido ao "desgaste natural", de uma válvula com 1,1 metro de diâmetro e 16 toneladas na Estação Elevatória Santa Inês. Outras duas válvulas serão substituídas no Reservatório Vila Jaraguá, na zona norte.

Ao final do trabalho, uma nova adutora entrará em operação e vai reforçar o abastecimento na região de Perus, na capital, e nos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato e Caieiras, beneficiando cerca de 300 mil pessoas, de acordo com a Sabesp.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta terça-feira, 26, a prisão preventiva da ex-deputada federal Flordelis. Ela é acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, e será levada a júri popular no próximo dia 9.

Flordelis está presa desde agosto do ano passado. A ordem foi dada dias após a cassação do seu mandato pelo plenário da Câmara. Com a perda do cargo, ela também deixou de ter direito à imunidade parlamentar, o que abriu caminho para que fosse mandada para a cadeia.

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Os ministros concluíram que a prisão preventiva foi decretada para preservar o andamento da investigação e não viram irregularidade na medida. O julgamento foi unânime.

"Há muito se mostrava presente a necessidade da prisão", defendeu o ministro Antonio Saldanha, relator do habeas corpus apresentado pela defesa da ex-deputada.

"A segregação antecipada foi decorrente de medidas cautelares que lhe foram impostas e tiveram que ser ampliadas paulatinamente pelo juízo, na medida em que se verificava a ineficácia das providências fixadas e o descaso absoluto da recorrente com a Justiça e com a apuração dos fatos", acrescentou.

O advogado Rodrigo Faucz, que assumiu a defesa da ex-deputada, diz que ela é vítima de um ‘linchamento moral’ e não teve oportunidade de se defender. Também afirmou que o caso é 'midiático' e que não há fundamentos para mantê-la na prisão.

"A defesa apenas pede para que se garanta um julgamento justo e um procedimento adequado, com paridade de armas e com respeito às normativas constitucionais", afirmou antes do julgamento.

O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou pedido de revogação da prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, denunciado por corrupção no âmbito da Operação Ponto Final - investigação sobre suposto esquema de corrupção na área de transportes do Estado.

A decisão foi dada no âmbito de habeas corpus impetrado contra despacho do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, ao analisar denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, determinou a prisão cautelar.

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Os advogados do ex-governador alegaram falta de contemporaneidade no pedido de prisão, sustentando que os fatos teriam ocorrido há dez anos e a denúncia demorou dois anos para ser analisada pela corte fluminense. Além disso, sustentaram que as "motivações do decreto prisional têm contradições e paradoxos, e divergiriam dos fatos contidos no processo originário".

Ao analisar o pedido liminar, o ministro Sebastião Reis Júnior afirmou que a medida de urgência, nos autos de habeas corpus, só é possível quando verificada ilegalidade flagrante contra o paciente. As informações foram divulgadas pelo STJ.

Para o relator, tal não era o caso de Cabral, considerando que o Tribunal de Justiça fluminense "demonstrou circunstâncias concretas que apontam a necessidade da prisão cautelar do ex-governador".

O despacho da corte estadual fundamentou a decisão destacando a gravidade da conduta da organização criminosa sob suspeita, os prejuízos causados pelo esquema que teria movimentado mais de R$ 5 milhões e a necessidade de garantir a continuidade da ação penal.

O magistrado também destacou que é inviável substituir a preventiva por medidas cautelares menos rígidas, porque o pedido de relaxamento da prisão se confunde com o próprio mérito do habeas corpus, que será analisado pela Sexta Turma.

No início de dezembro, o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), no Rio de Janeiro, converteu uma das prisões de Cabral para domiciliar, uma primeira flexibilização no regime de detenção desde que o ex-governador foi preso na Operação Lava Jato, em 2018.

O político, no entanto, não pôde deixar a cadeia, porque tem mandados de prisão expedidos em outros processos.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE CABRAL

"A defesa do ex-governador Sérgio Cabral, representada pelos advogados Daniel Bialski e Patrícia Proetti ressalta que a prisão preventiva decretada afronta a norma processual vigente, já que inexiste prisão preventiva automática e, ademais, os supostos fatos são de uma década, o que elide a necessária contemporaneidade. Além disso, falta base empírica e idoneidade à medida extrema. A expectativa da defesa é que, no julgamento do mérito, nos moldes da posição jurisprudencial, isso seja reconhecido pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça"

O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou, por unanimidade, a proposta do então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que extinguia as regras que protegem manguezais e restingas, abrindo espaço para especulação imobiliária.

A decisão atendeu a uma ação movida em setembro do ano passado pela Rede Sustentabilidade, para que fosse declarada a inconstitucionalidade da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de número 500. Essa nova resolução aprovava a extinção de duas outras que delimitam as áreas de proteção permanente (APPs) de manguezais e de restingas do litoral brasileiro, abrindo espaço para especulação imobiliária nas faixas de vegetação das praias e ocupação de áreas de mangues para produção de camarão.

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Na ação, a Rede argumentou que houve violação aos parâmetros normativos previstos sobre o licenciamento de empreendimentos de irrigação, sobre os limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e de localidades em geral.

O documento alertava sobre a "violação ao direito ao meio ambiente equilibrado, caracterizada por queimada de agrotóxicos, diminuição de APPs à revelia de recomendações técnicas e modificação nociva ao meio ambiente no que diz respeito à irrigação na agricultura". A peça trata ainda de "ofensa ao princípio da vedação ao retrocesso institucional e socioambiental".

No ano passado, com um conselho de meio ambiente controlado majoritariamente por ministérios e membros do governo federal, o então ministro Ricardo Salles conseguiu aprovar a extinção de duas resoluções que delimitam as áreas de proteção permanente (APPs) de manguezais e de restingas do litoral brasileiro.

A ministra do STF Rosa Weber, porém, suspendeu os efeitos da medida, que agora foi rejeitada pelos ministros no plenário virtual. Em voto conclusivo, a ministra afirmou que "o Estado brasileiro tem o dever - imposto tanto pela Constituição da República quanto por tratados internacionais de que signatário - de manter política pública eficiente e efetiva de defesa e preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais".

"Ao estabelecer parâmetros normativos definidores de áreas protegidas, o Poder Público está vinculado a fazê-lo de modo a manter a integridade dos atributos ecológicos que justificam a proteção desses espaços territoriais. A atuação positiva do Estado decorre do direito posto, não havendo espaço, em tema de direito fundamental, para atuação discricionária e voluntarista da Administração, sob pena, inclusive, em determinados casos, de responsabilização pessoal do agente público responsável pelo ato."

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