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Em continuidade à iniciativa criada em 2014 no leilão do 4G, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações planejam, até 2023, desligar completamente o sinal analógico de transmissão de televisão aberta no Brasil. A ação visa liberar a frequência que é usada para a transmissão da internet 4G, que terá o alcance ampliado nacionalmente juntamente com o leilão de novas frequências para a internet 5G.

“A introdução de novas tecnologias no espectro eletromagnético leva ao procedimento que é chamado de limpeza de faixa. Temos um serviço que ocupa a faixa e, para que o novo seja implementado, o antigo precisa sair. No 4G, tivemos que limpar a faixa de 700 megahertz (MHz). Agora, no 5G, precisamos limpar a faixa de 3,5 gigahertz (GHz)”, explicou o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão.

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Uma das faixas citadas por Martinhão, a de 700 MHz, é ocupada atualmente pelo sinal analógico de televisão aberta em áreas onde o 4G ainda não está implementado. Segundo dados do Ministério das Comunicações, cerca de 10% da população brasileira ainda usa o serviço - algo que o programa Digitaliza Brasil busca zerar até o prazo estabelecido pela Anatel.

A outra faixa, de 3,5 GHz, é atualmente utilizada por satélites para transmitir o sinal de TV aberta para antenas parabólicas. Essa frequência sofrerá migração da chamada Banda C para a nova Banda Ku, e será futuramente ocupada pelo sinal do chamado 5G standalone, ou 5G puro. O Ministério das Comunicações estima que haja 20 milhões de parabólicas em uso no Brasil.

Digitaliza Brasil

Para garantir o direito constitucional dos brasileiros ao sinal aberto de televisão, o programa Digitaliza Brasil foi criado pelo governo para resolver os impasses trazidos pela transição do analógico para o digital.

Segundo o edital do leilão do 5G, as empresas que tiverem lances vencedores nas frequências terão, como contrapartida, que arcar com os custos de transição para famílias de baixa renda que forem dependentes dos serviços atuais para captar sinais.

O governo federal também paga parte do custo de transição. Segundo o Ministério das Comunicações, recursos públicos estão sendo empregados para levar o chamado kit de conversão a mais de 1,6 mil municípios. “Famílias credenciadas em programas de assistência do governo também vão receber, sem custo, o kit de conversão”, afirmou Maximiliano Martinhão.

Brasil: referência na transição

Martinhão avalia que, apesar dos números altos de famílias e residências que ainda usam as tecnologias de recepção de sinal ultrapassadas, as ações brasileiras durante o processo de transição do sinal analógico para o digital são exemplares e cumpriram os prazos estabelecidos de maneira harmoniosa, sem prejuízo para a população.

“Com a interação construída pelo Ministério das Comunicações e a Anatel entre o setor de telecomunicações e o setor de radiodifusão, conseguimos realizar o desligamento de maneira tranquila, não tivemos qualquer dificuldade. Com o aprendizado que temos, não tenho dúvidas de que continuaremos como exemplo para o mundo”, afirmou o secretário em relação ao desligamento dos 10% restantes.

Martinhão afirmou que os mecanismos de investimento para custear a transição total do analógico para o digital estão presentes nos termos do leilão 5G, assim como os prazos estabelecidos.

Famílias cadastradas no CadÚnico que declararam televisores analógicos em casa poderão agendar a retirada dos kits pela internet pelo portal criado pela Anatel.

O governo federal vai publicar um decreto que garante um período adicional de 180 dias para que as rádios que operam na frequência AM possam solicitar a migração para o FM. De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, “todos terão a oportunidade de fazer a migração a partir de agora”, conforme disse em entrevista à TV estatal.

As emissoras que já fizeram a solicitação vão começar a operar gradativamente na frequência FM. Cerca de 1,5 mil emissoras de rádio (das 1.781 existentes no país) já efetuaram o pedido e 960 vão participar da primeira fase. As demais aguardam o encerramento do sinal analógico da TV em nível nacional para ocupar a extensão da faixa do FM. Segundo Kassab, “a migração das emissoras para o FM implica em uma melhor qualidade de sinal, apesar do alcance menor, e economia de custos com equipamentos de transmissão”.

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Por conta dos valores diferentes entre as outorgas para cada frequência, ao migrar para o FM as empresas terão que desembolsar em R$ 8,4 mil e R$ 4,4 milhões. Para acelerar o processo e evitar a quebra de algumas rádios, o governo federal vai disponibilizar linhas de crédito para que os radiodifusores possam financiar suas outorgas.

Na próxima quarta-feira (26), o governo federal pretende desativar a TV analógica em toda a Região Metropolitana do Recife (RMR). Quem ainda possui um televisor antigo em casa precisa ficar atento ao prazo para continuar tendo acesso à programação dos canais gratuitos. Pensando nisso, quatro shoppings recebem neste sábado (22) um feirão que traz oportunidades para quem ainda não adquiriu o conversor digital.

A ação tem como objetivo facilitar à população o acesso aos equipamentos que possibilitam que televisores antigos transmitam o sinal digital. Na ocasião, promotores estarão presentes para tirar dúvidas da população e orientar as famílias inscritas em programas sociais do governo federal sobre o agendamento e a retirada dos kits gratuitos.

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As famílias inscritas em programas sociais do governo federal que ainda não retiraram seu kit gratuito devem realizar o agendamento o quanto antes. Basta ligar para 147 (ligação gratuita) ou acessar www.sejadigital.com.br e escolher o melhor local, data e horário.

Confira abaixo os locais e horários do feirão:

Shopping Boa Vista, Recife: 9h às 21h

North Way Shopping, Paulista: 9h às 22h

Shopping Guararapes, Jaboatão dos Guararapes: 9h às 22h

Shopping Costa Dourada, Cabo de Santo Agostinho: 10h às 22h

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Neste sábado (15), no centro do Recife, a 3ª edição do Feirão Digital atraiu inúmeras pessoas interessadas em tirar suas dúvidas quanto a mudança do sinal analógico para o digital. Adquirir conversores, antenas e televisores a preços mais acessíveis também foram atrativos do evento.

“Como não posso comprar uma televisão nova agora e estava com algumas dúvidas quanto a mudança de sinal, recorri ao feirão”, contou a aposentada Maria de Souza. A ação contou com uma sala de treinamento na qual as pessoas puderam tirar suas dúvidas e testar seus novos conversores.

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“É um espaço voltado para orientar a população quanto a mudança para o sinal digital. Bem como saber como utilizar seus novos conversores em casa e testar o funcionamento”, ressaltou a promoter do feirão, Raissa Diniz.

No feirão as pessoas também puderam consultar, através do seu CPF, se tinham ou não o direito de receber o conversor digital gratuitamente. O processo é baseado em quem já é cadastrado em programas sociais como bolsa família. “A consulta é feita na hora e se a pessoa tiver direito, já faz o agendamento para receber o conversor. As entregas estão sendo realizadas tanto nos Correios da Av Guararapes como aqui no shopping”,  explicou Raissa. Os conversores custam entre R$100 e R$150. 

“Foi uma ótima iniciativa. Visto que muita gente ainda não tinha entendido direito essa mudança definitiva do analógico para o digital. Além dos preços mais em conta”, avaliou o eletricista Jorge Santos. O feirão é uma iniciativa da Seja Digital e também será realizado no próximo sábado (22).


Se você possui uma televisão de tubo ou uma TV de tela fina fabricada antes de 2010, saiba que chegou a hora de procurar um conversor para captar o sinal digital. Isso porque a transmissão analógica será desligada em 1,3 mil cidades até 2018. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o processo ocorrerá em 26 de julho. Com várias marcas, funções e preços à disposição, o consumidor precisa ficar atento para escolher o modelo ideal do aparelho e continuar assistindo seus programas favoritos com uma imagem nítida e estável. O LeiaJá te explica como.

Devido à grande procura, os conversores agora ocupam um lugar de destaque em lojas de eletrônicos, utilitários e até de móveis. Apesar da variedade de modelos disponíveis, a funcionalidade principal destes aparelhos é a mesma - adaptar o sinal digital à sua TV antiga. O antenista Joel Rabêlo, que trabalha no ramo há 30 anos, explica que alguns trazem funções extras e, por conta disso, o preço do produto aumenta.

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"Alguns fabricantes adicionam mais recursos. O modelo mais barato tem apenas a luz do standby e a saída HDMI. Os mais caros possuem recurso de gravação digital e até a possibilidade de adicionar uma mídia de armazenamento", explica o especialista, ressaltando que os preços podem variar entre R$ 120 e R$ 180. A dica é priorizar as marcas nacionais na hora da escolha, facilitando o acesso à garantia em caso de reparo.

Mas são raros os casos em que o consumidor precisa recorrer à assistência técnica por conta de um conversor digital, afinal, o produto não requer manutenção e é projetado para ter uma longa durabilidade. "O problema é que por conta disso ele também é muito descartável. Os componentes são microeletrônicos não há como substituir a placa principal. Na maioria das vezes, a melhor saída é comprar outro", pontua o antenista.

Outra boa dica é anotar o modelo da TV e mostrar essa informação ao vendedor no momento da compra. Assim, o usuário certificará de que o conversor está adequado ao seu aparelho. Na hora da instalação, o recomendado é contratar um técnico para garantir o funcionamento correto do aparelho com a antena.

O processo é rápido e dura em torno de 30 minutos. "É possível que o consumidor instale o aparelho sozinho, mas caso surjam dúvidas é melhor recorrer a um profissional. O custo da instalação pode variar entre R$ 50 e R$ 120, dependendo do local onde o cliente mora", diz o especialista.

Feito isso, o usuário estará pronto para desfrutar do sinal digital em sua residência. É importante lembrar que para cada TV é necessário um conversor individual para aproveitar todos os benefícios. Caso surjam outras dúvidas, o consumidor pode sempre recorrer ao site www.sejadigital.com.br/conversores, criado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), especialmente para orientar a população sobre o processo de desligamento da TV analógica.

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O presidente da América Móvil no Brasil, empresa que controla a NET e a Claro, se pronunciou publicamente pela primeira vez sobre o caso da Simba e o impasse com as emissoras da TV aberta que não concederam o direito de retransmissão do sinal digital de seus canais nas praças de São Paulo e Brasília. Em entrevista concedida a jornalistas na capital federal, José Félix foi categórico: “Não vamos pagar”.

De acordo com o empresário, a crise econômica vem afetando o setor (de TV por assinatura) desde 2014 e o momento é de “racionalizar ainda mais os gastos”. Uma solução apontada pela NET é a de pagar um valor por assinante e, em contrapartida, veicular anúncios na programação dos canais, funcionando como um reembolso. Na primeira tentativa de negociação, a Simba pediu o mesmo valor cobrado por empresas que transmitem por satélite, como Telecine e HBO, que é de R$ 15 por assinante. Na segunda rodada, o valor foi reduzido pela metade e, mesmo assim, as operadoras recusaram.

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Com o corte do sinal na TV paga, a Record registra queda de 27% na sua audiência e o SBT 16%. No mesmo período, Globo e os canais por assinatura, somados, subiram 10%. A América Móvil detém 52% dos assinantes no Brasil.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou, nesta quarta-feira (19), a modificação do calendário de desligamento da TV analógica para o segundo semestre de 2017. Em quatro agrupamentos de municípios - Fortaleza (CE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e no interior de São Paulo - o processo foi adiado. O cronograma foi mantido no Recife, para julho, e também no Rio de Janeiro e Vitória, para outubro.

Segundo a Anatel, a principal razão apontada por algumas emissoras de TV para as mudanças de datas foram problemas técnicos para a instalação de estações de televisão em Belo Horizonte e no interior de São Paulo. Também existem dificuldades na produção de kits, composto por uma antena, um conversor e um controle remoto.

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As empresas de telecomunicações concordaram com o adiamento desde que fosse mantido o calendário de ativação da tecnologia 4G/LTE no próximo ano. Quando o sinal da TV digital for definitivamente estabelecido no Brasil, em 2018, a frequência de transmissão que os canais abertos ocupam será usada para transmitir a internet móvel de alta velocidade.

Desde o anúncio sobre o desligamento do sinal analógico de TV, muitos brasileiros vêm preparando seus televisores para receber o sinal digital. Segundo levantamento realizado pelo site de descontos Cuponomia, a busca por conversores no e-commerce cresceu 180% em todo Brasil nos últimos 30 dias. Mas a procura elevada também fez o preço dos aparelhos aumentarem.

São Paulo foi onde se registrou a maior procura pelos aparelhos, já que o sinal deixou de ser transmitido na capital e em mais 38 municípios nesta última quarta-feira (29). Os conversores são utilizados para que TVs antigas possam receber o sinal digital. Mas, com tanta procura, os preços dos aparelhos tiveram aumento de até 75% nos últimos seis meses.

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Segundo a pesquisa, o conversor digital da marca Aquário, modelo DTV-8000, vendido por R$ 113,99 em agosto de 2016, hoje não é encontrado nas lojas online por menos de R$ 199,49. Já o aparelho Multilaser RE207, que era comercializado por R$ 93,90 até o final de janeiro deste ano, teve um aumento de 7% em fevereiro.

Ainda de acordo com o levantamento do Cuponomia, atrás de São Paulo, que apresentou o maior índice de procura pelo o aparelho no e-commerce brasileiro, aparecem no ranking os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Espírito Santo, Brasília, Manaus e Tocantins.

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Após ter sido indicado que o corte do sinal analógico para as TVs seria realizado apenas no ano de 2016, como foi anunciado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na semana passada, as emissoras de televisão decidiram pedir adiamento da data.

As TVs estão realizando um movimento que é encabeçado por Alexandre Raposo, presidente da TV Record, e composto pelas emissoras Band, SBT e RedeTV. O pedido da comissão é de que esse corte seja apenas realizado em 2026, afinal, eles explicam que o governo precisa promover leis de incentivo para a compra de aparelhos que possam rodar a tecnologia, além disso, eles falam que é preciso que existam debates entre as emissoras explicando panoramas, mudanças e problemas enfrentados na transição do sinal. 

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Apesar da tentativa, o ministro se mostra irredutível, mas mesmo assim a comissão permanece na tentativa para mostrar as condições de transição das emissoras e os telespectadores, afinal apenas 16 milhões dos 160 milhões de telespectadores possuem conversor digital em casa, de acordo com informações do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre.

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