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Na próxima quarta-feira (26), o governo federal pretende desativar a TV analógica em toda a Região Metropolitana do Recife (RMR). Quem ainda possui um televisor antigo em casa precisa ficar atento ao prazo para continuar tendo acesso à programação dos canais gratuitos. Pensando nisso, quatro shoppings recebem neste sábado (22) um feirão que traz oportunidades para quem ainda não adquiriu o conversor digital.

A ação tem como objetivo facilitar à população o acesso aos equipamentos que possibilitam que televisores antigos transmitam o sinal digital. Na ocasião, promotores estarão presentes para tirar dúvidas da população e orientar as famílias inscritas em programas sociais do governo federal sobre o agendamento e a retirada dos kits gratuitos.

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As famílias inscritas em programas sociais do governo federal que ainda não retiraram seu kit gratuito devem realizar o agendamento o quanto antes. Basta ligar para 147 (ligação gratuita) ou acessar www.sejadigital.com.br e escolher o melhor local, data e horário.

Confira abaixo os locais e horários do feirão:

Shopping Boa Vista, Recife: 9h às 21h

North Way Shopping, Paulista: 9h às 22h

Shopping Guararapes, Jaboatão dos Guararapes: 9h às 22h

Shopping Costa Dourada, Cabo de Santo Agostinho: 10h às 22h

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Além da impulsionar a venda conversores digitais, o fim do sinal analógico fez crescer também a busca por smart TVs. É o que aponta um levantamento realizado pelo site e app comparador de preços Zoom, que indica um crescimento de 11% no segundo semestre de 2017 ante o mesmo período do ano passado. Entre os modelos mais buscados estão os de marcas como Samsung, LG e Philco.

Mas é preciso pesquisar bem antes de comprar uma TV para não sair no prejuízo. Segundo o levantamento, a variação de preço de um único produto pode ser de até 78%. É o caso do modelo Smart TV LED de 40 polegadas Full HD da Samsung, que pode custar entre R$ 1.766,81 e R$ 3.138. Quem não pode desembolsar um valor como este para ter acesso aos benefícios do sinal digital, no entanto, pode optar pelo conversor.

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O pequeno aparelho adapta os televisores mais antigos para o sinal digital. Segundo o Zoom, assim que iniciado o processo de desligamento do sinal analógico, em março de 2016, foi possível observar um aumento de 60% na busca pelo produto no primeiro trimestre de 2016.

"Com o fim do sinal analógico, muitas pessoas começaram a correr atrás de um aparelho de TV compatível com o sinal digital e com uma tecnologia mais recente, por isso o aumento de demanda por smart TVs", explica o diretor executivo do Zoom, Thiago Flores.

"Mesmo com uma longa transição entre os dois tipos de aparelho, muitos consumidores sempre deixam isso para a última hora, o que, muitas vezes, faz com que eles percam a oportunidade de economizar comparando preço", diz.

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Muito se fala das vantagens que a TV digital trará para os espectadores. O que poucos sabem, no entanto, é que o desligamento do sinal analógico também pode melhorar a qualidade da internet 4G. Isso porque a frequência dos 700 MHz, atualmente ocupada pelos canais abertos, será liberada para o uso das operadoras de banda larga móvel. A novidade permite um maior alcance de sinal e aumento da velocidade. Tudo sem custo adicional para o usuário.

O LeiaJá conversou com especialistas da operadora TIM, pioneira no uso da frequência de 700 MHz no Brasil, para entender como a tecnologia funciona e que vantagens ela traz para o usuário. Na prática, a primeira diferença sentida pelo consumidor é na cobertura do sinal, que agora poderá ser até quatro vezes maior se comparado ao da faixa de 2.600 MHz - usada atualmente pelas outras empresas de telecomunicações.

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Resultados

Mas estes números não significam nada para o consumidor se, de fato, não houver uma melhora na navegação de sites e redes sociais. Onde o 4G já funciona na frequência dos 700 Mhz, a TIM informa que conseguiu colher bons frutos. "Em Teresina, por exemplo, primeira capital do Nordeste a usufruir da nova faixa - o tráfego de dados subiu 68% nos dois primeiros meses de ativação", ressalta o gerente de engenharia de redes da TIM Nordeste, Ageu Guerra.

Isso significa que mais pessoas estão usando o 4G, afinal, ele está chegando com menos interferências a locais como interior de residências, pontos comerciais, garagens e elevadores. Além de Teresina, Recife, Natal, Maceió e até Fernando de Noronha, conhecida antes por seus problemas de conexão, já operam com a faixa do 700 Mhz. Mas os benefícios não acabam por aí. A bateria do seu smartphone também vai agradecer.

Isso porque um dos fatores que mais gastam a bateria dos aparelhos é o baixo sinal da operadora. Se ele é fraco ou inexistente, o smartphone vai consequentemente utilizar mais energia para procurar cobertura. Com a faixa dos 700 Mhz, o 4G chega à mais locais, reduzindo esse consumo extra e garantindo algumas horas a mais de uso longe da tomada.

A TIM diz que quer levar o 4G na frequência 700 MHz além. Só no Nordeste, a empresa espera ativar a solução em 568 cidades ainda este ano. "Em Pernambuco, a previsão é contemplar 72 localidades, sendo que em 10 delas a operadora sairá do 2G para o 4G, promovendo uma excelente experiência de uso de dados móveis a uma população que não tinha acesso à internet de banda larga móvel", afirma o especialista.

E os aparelhos?

Para usufruir destes benefícios, o consumidor precisa estar em uma das cidades que já oferecem cobertura, ter o chip 4G em seu smartphone e observar se seu aparelho suporta a tecnologia. Segundo a TIM, os modelos de celular do portfólio da companhia já são compatíveis com a solução.

"A TIM  só vende chip compatível com o 4G desde 2015. Mas algumas pessoas trocam de aparelho e cortam um chip 3G, em vez de trocar, por isso elas não conseguem acessar essa tecnologia. É importante que o cliente vá à loja e garanta que seu chip é compatível. Além disso, as ofertas de dados da operadora se mantêm, sem qualquer reajuste de preços por conta disso", informa o diretor de vendas da região TIM Nordeste, Daniel Moreira.

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Se você possui uma televisão de tubo ou uma TV de tela fina fabricada antes de 2010, saiba que chegou a hora de procurar um conversor para captar o sinal digital. Isso porque a transmissão analógica será desligada em 1,3 mil cidades até 2018. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o processo ocorrerá em 26 de julho. Com várias marcas, funções e preços à disposição, o consumidor precisa ficar atento para escolher o modelo ideal do aparelho e continuar assistindo seus programas favoritos com uma imagem nítida e estável. O LeiaJá te explica como.

Devido à grande procura, os conversores agora ocupam um lugar de destaque em lojas de eletrônicos, utilitários e até de móveis. Apesar da variedade de modelos disponíveis, a funcionalidade principal destes aparelhos é a mesma - adaptar o sinal digital à sua TV antiga. O antenista Joel Rabêlo, que trabalha no ramo há 30 anos, explica que alguns trazem funções extras e, por conta disso, o preço do produto aumenta.

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"Alguns fabricantes adicionam mais recursos. O modelo mais barato tem apenas a luz do standby e a saída HDMI. Os mais caros possuem recurso de gravação digital e até a possibilidade de adicionar uma mídia de armazenamento", explica o especialista, ressaltando que os preços podem variar entre R$ 120 e R$ 180. A dica é priorizar as marcas nacionais na hora da escolha, facilitando o acesso à garantia em caso de reparo.

Mas são raros os casos em que o consumidor precisa recorrer à assistência técnica por conta de um conversor digital, afinal, o produto não requer manutenção e é projetado para ter uma longa durabilidade. "O problema é que por conta disso ele também é muito descartável. Os componentes são microeletrônicos não há como substituir a placa principal. Na maioria das vezes, a melhor saída é comprar outro", pontua o antenista.

Outra boa dica é anotar o modelo da TV e mostrar essa informação ao vendedor no momento da compra. Assim, o usuário certificará de que o conversor está adequado ao seu aparelho. Na hora da instalação, o recomendado é contratar um técnico para garantir o funcionamento correto do aparelho com a antena.

O processo é rápido e dura em torno de 30 minutos. "É possível que o consumidor instale o aparelho sozinho, mas caso surjam dúvidas é melhor recorrer a um profissional. O custo da instalação pode variar entre R$ 50 e R$ 120, dependendo do local onde o cliente mora", diz o especialista.

Feito isso, o usuário estará pronto para desfrutar do sinal digital em sua residência. É importante lembrar que para cada TV é necessário um conversor individual para aproveitar todos os benefícios. Caso surjam outras dúvidas, o consumidor pode sempre recorrer ao site www.sejadigital.com.br/conversores, criado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), especialmente para orientar a população sobre o processo de desligamento da TV analógica.

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A partir desta quarta-feira (31) Goiânia e outros 28 municípios de Goiás terão o sinal de TV analógica desligado, ficando apenas com o sinal digital de televisão. A mudança atinge 1,3 milhão de domicílios da região.

Foram distribuídos mais de 330 mil kits gratuitos para Goiânia e os outros 28 municípios de Goiás. Cerca de 30 mil kits têm sido solicitados por semana. A ação deve ser mantida por mais 45 dias.

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Para solicitar o equipamento, é necessário acessar o site da Seja Digital (www.sejadigital.com.br) ou ligar para o telefone 147 e informar o CPF ou Número de Identificação Social. O beneficiário pode escolher um dos 38 locais disponíveis para a retirada e informar o dia e horário que deseja pegar o kit.

O desligamento da TV analógica já foi realizado nas regiões metropolitanas de Brasília e São Paulo, além de o município de Rio Verde (GO), onde foi feito um piloto para iniciar a migração.

A próxima capital que passará pela migração será Recife, com o desligamento do sinal analógico no dia 26 de julho. Na sequência, vêm Fortaleza e Salvador em setembro; Rio e Vitória em outubro.

O calendário que prevê a digitalização dos principais centros termina apenas em dezembro de 2018, mas a digitalização de todo o território nacional só deve ser concluída em meados de 2023, segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros.

Os kits de TV digital distribuídos gratuitamente são bancados pela Entidade Administradora da Digitalização (EAD), empresa criada pelas operadoras de celular Algar, Claro, TIM e Vivo para tocar o processo de digitalização. Cada kit, que é importado de fabricantes da China e da Coreia do Sul, custa R$ 180, segundo a Anatel. As empresas injetaram R$ 3,6 bilhões para financiar a migração.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) divulgou nesta segunda-feira, 29, um novo calendário de desligamento do sinal analógico no Brasil. De acordo com o órgão, o adiamento em algumas cidades se deu por pedido das rádios, que precisam de mais tempo para se adaptar ao sinal digital, e do EAD (Empresa Administradora da Digitalização), que disse não conseguir distribuir os conversores de sinal no prazo previamente estipulado.

Segundo o Ministério, o fim das transmissões analógicas na região de Recife, em Pernambuco, foi mantida para o dia 26 de julho, mas outras grandes cidades brasileiras, que realizariam a mudança de sinal na mesma data, tiveram o desligamento adiado para os meses seguintes.

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A região metropolitana de Belo Horizonte, desligará somente em 8 de novembro, enquanto Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral e Salvador desligam antes, no dia 27 de setembro. Rio de Janeiro e Vitória, no entanto, mantiveram suas datas fixadas no dia 25 de outubro.

Por último, desligam Campinas, Franca, Ribeirão Preto, Santos e a região do Vale do Paraíba no dia 29 de novembro. Essas cidades de São Paulo, contudo, tinham agendamento programado para o dia 27 de setembro.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou, nesta quarta-feira (19), a modificação do calendário de desligamento da TV analógica para o segundo semestre de 2017. Em quatro agrupamentos de municípios - Fortaleza (CE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e no interior de São Paulo - o processo foi adiado. O cronograma foi mantido no Recife, para julho, e também no Rio de Janeiro e Vitória, para outubro.

Segundo a Anatel, a principal razão apontada por algumas emissoras de TV para as mudanças de datas foram problemas técnicos para a instalação de estações de televisão em Belo Horizonte e no interior de São Paulo. Também existem dificuldades na produção de kits, composto por uma antena, um conversor e um controle remoto.

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As empresas de telecomunicações concordaram com o adiamento desde que fosse mantido o calendário de ativação da tecnologia 4G/LTE no próximo ano. Quando o sinal da TV digital for definitivamente estabelecido no Brasil, em 2018, a frequência de transmissão que os canais abertos ocupam será usada para transmitir a internet móvel de alta velocidade.

Desde o anúncio sobre o desligamento do sinal analógico de TV, muitos brasileiros vêm preparando seus televisores para receber o sinal digital. Segundo levantamento realizado pelo site de descontos Cuponomia, a busca por conversores no e-commerce cresceu 180% em todo Brasil nos últimos 30 dias. Mas a procura elevada também fez o preço dos aparelhos aumentarem.

São Paulo foi onde se registrou a maior procura pelos aparelhos, já que o sinal deixou de ser transmitido na capital e em mais 38 municípios nesta última quarta-feira (29). Os conversores são utilizados para que TVs antigas possam receber o sinal digital. Mas, com tanta procura, os preços dos aparelhos tiveram aumento de até 75% nos últimos seis meses.

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Segundo a pesquisa, o conversor digital da marca Aquário, modelo DTV-8000, vendido por R$ 113,99 em agosto de 2016, hoje não é encontrado nas lojas online por menos de R$ 199,49. Já o aparelho Multilaser RE207, que era comercializado por R$ 93,90 até o final de janeiro deste ano, teve um aumento de 7% em fevereiro.

Ainda de acordo com o levantamento do Cuponomia, atrás de São Paulo, que apresentou o maior índice de procura pelo o aparelho no e-commerce brasileiro, aparecem no ranking os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Pernambuco, Santa Catarina, Espírito Santo, Brasília, Manaus e Tocantins.

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Nesta quarta-feira (29), o sinal analógico de televisão será totalmente desligado, às 23h59, em São Paulo e outros 38 municípios da região metropolitana. A última pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 11 e 24 de março, constatou que 90% dos domicílios da Grande São Paulo já estavam preparados para receber o sinal digital.

A Portaria n° 370/2016, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), estabelece o índice mínimo de 93% dos lares com acesso ao sinal digital para que o desligamento do sinal analógico ocorra nos municípios.

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Com o fim das transmissões analógicas, a previsão é que o índice da população coberta por algum tipo de sistema de recepção de sinal de TV seja de 95%. Isso inclui, por exemplo, os domicílios que possuem TV parabólica.

Conversores digitais

A entrega de conversores digitais para inscritos em programas como o Bolsa Família irá continuar por 45 dias depois do desligamento da TV analógica, mas esse prazo pode ser prorrogado.

Confira a lista de municípios que terão as transmissões analógicas de TV desligadas nesta quarta-feira:

Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Ibiúna, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

Após um dia de reuniões intensas, o Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição dos Canais de TV e RTV (Gired) decidiu iniciar o desligamento do sinal analógico na cidade de Rio Verde (GO) mesmo sem atingir o porcentual mínimo de 93% de domicílios preparados para receber o sinal digital. As emissoras Rede Vida e Canção Nova encerraram na segunda-feira (15) a transmissão analógica na cidade - a Record News já não transmitia mais no sinal analógico desde dezembro. Outras emissoras que operam na cidade vão desligar o sinal analógico até o final de fevereiro, se o número de domicílios preparados atingir a meta do governo.

A cidade foi escolhida para ser a primeira do País a migrar completamente para a TV digital, mas o processo vem enfrentando atrasos, pois parte da população ainda não tem TVs e conversores compatíveis. "O porcentual ficou abaixo porque tem uma parcela grande da população com dificuldade de comprar o conversor ou trocar a TV", disse o presidente do Gired, Rodrigo Zerbone, ao Estado, na última sexta-feira.

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A estratégia do Gired para preparar o município para a migração digital permanece a mesma: distribuir conversores para a população de baixa renda inscritas no Bolsa Família e no Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social.

A interrupção do sinal analógico não é só uma questão de transição tecnológica. O governo quer "limpar" a frequência de 700 MHz, que será destinada às operadoras de telecomunicações. Elas vão usar a faixa na cobertura de banda larga móvel (4G). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cinco meses do início do processo de desligamento das transmissões analógicas em canal aberto, no Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), Luiz Claudio Costa, disse nesta terça-feira (2) que o País ainda não está preparado para o fim dessas transmissões para implementação da TV digital.

Durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado para tratar da transição do sistema analógico para a TV digital, Costa alertou que grande parcela da população ainda não tem os equipamentos necessários para acesso à TV digital. Para ele, o desligamento do sinal analógico, seguindo o atual cronograma – que terá início este ano e vai até 2018 – pode provocar o “desligamento da TV aberta no País”.

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“Hoje, muita gente que está entre o [programa] Bolsa Família e a classe média ainda não tem noção do que é uma televisão de alta definição. Por culpa nossa [radiodifusores], que temos falhado em divulgar. Precisamos divulgar mais que basta que se tenha uma antena, de preferência externa, que a pessoa vai ter uma TV de alta definição. O que nos preocupa é que mais da metade da população ainda tem TV de tubo”, disse o presidente da Abratel.

De acordo com o presidente da Abratel, grande parcela da população que não está entre os beneficiários do Bolsa Família – que receberão gratuitamente os conversores da TV digital –, nem entre os que têm condições financeiras para comprar o equipamento, terá dificuldade para ter acesso à TV digital. “Há cerca de dois anos, cada vez que chegava na sala de espera do Ministério das Comunicações ficava ruborizado porque a TV era de tubo. Se lá ainda tem teve assim, imagina na casa de milhares de brasileiros. Precisamos acelerar”.

A partir de novembro deste ano será iniciado, no município de Rio Verde, em Goiás, o desligamento do sinal analógico para os canais abertos. A partir de abril do ano que vem, o procedimento será feito no Distrito Federal e em mais 11 cidades do entorno da capital do país.

Com o desligamento da TV analógica, a programação aberta ficará disponível apenas em formato digital, o que vai melhorar a qualidade de som e imagem da programação. Mas, para ter acesso à TV digital é necessário ter um aparelho de TV moderno ou comprar um conversor e instalar uma antena.

Para que a população de baixa renda não fique excluída da TV digital, o governo vai distribuir conversores com grande capacidade de interatividade para cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família.

Além do esclarecimento da população sobre o funcionamento da TV digital, o presidente da Abratel ressaltou a necessidade de linhas de crédito para que as empresas possam promover as atualizações necessárias para implementar a TV digital em todo o país.

Hoje, se todas as empresas fossem ao mercado para comprar equipamentos, a indústria não teria como atender à demanda. É preciso garantir que 100% população tenha uma TV em casa, aberta, gratuita, livre e democrática. Se as famílias tiverem condições de ter outra TV digital [paga], ótimo. Mas temos que dar condição para que todos tenham televisão gratuita e de boa qualidade, e para isso temos que fazer mais”, disse o presidente da Abratel.

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Rodrigo Zerbone Loureiro rebateu, porém, o posicionamento do presidente da Abratel, e enfatizou, na mesma audiência, que não haverá "apagão" da TV aberta, por conta da transição.

Ele disse que o cronograma de início da transição do sinal analógico para digital está mantido para o próximo mês de novembro, nas localidades em que pelo menos 93% das residências tenham acesso ao sinal digital, com consequente desligamento da TV analógica.

Zerbone ressaltou que onde não for alcançado o percentual mínimo de 93% de cobertura do sinal digital, o sinal analógico será mantido até que o índice de 93% seja atingido. Não existe possibilidade, segundo ele, de ter apagão ou de muitas pessoas ficarem sem acesso à TV digital. "A gente não trabalha com essa hipótese”, reforçou.

O Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União o cronograma para o fim das transmissões de TV analógica no Brasil, que começam em 2015 e vão até 2018. As transmissões analógicas serão encerradas para liberar a faixa 700MHz, que será usada para tecnologia 4G. 

O corte começa no município de Rio Verde, em Goiás, onde quase 200 mil pessoas ficarão sem sinal de TV analógica a partir do dia 29 de novembro de 2015. Isto vai ser uma espécie de desligamente-piloto, e será seguido em 2016 com cortes em Brasília no dia 3 de abril, São Paulo no dia 15 de maio, Belo Horizonte em 26 de junho, Goiânia dia 28 de agosto, e Rio de Janeiro dia 27 de novembro.

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Recife perderá o sinal analógico junto com Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Fortaleza, e Vitória em 2017, além de cidades do intrior paulista como Campinas, Ribeirão Preto, Vale do Paraíba, Santos, São José do Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente. A lista vai até novembro de 2018, quando as demais cidades perderão o sinal, e pode ser vista em sua totalidade neste link

A expectativa do governo brasileiro é que até 2018 o sinal analógico será encerrado no Brasil e que todas as casas estejam recebendo o sinal digital. O governo pretende gastar de R$ 500 milhões a R$ 4 bilhões em conversores para cerca de 23 milhões de famílias que não poderiam pagar pelo novo equipamento.

Segundo o Ministério das Comunicações, nenhuma família ficará sem televisão após o desligamento do sinal analógico. "Estamos trabalhando em múltiplas formas de subsidiar aparelhos ou de conversores do sinal digital", diz Genildo Lins, secretário de comunicação.

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Segundo dados da última Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios), 59,4 milhões de residências no Brasil possuem televisão, o que representa 96% do todo, e deste total existe algo em torno de 15 a 20 milhões com o receptor digital, segundo informações do governo, não confirmada pelo Ibope.

Aproximadamente de 39,4 milhões de residências ainda mantém o sinal analógico e, segundo a Folha de São Paulo, quem vai bancar os novos aparelhos é o próprio governo.

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