O homem suspeito de jogar soda cáustica no rosto da ex-mulher, na Zona Norte do Recife, foi preso na tarde da última segunda-feira (8). William César dos Santos Júnior já foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR).

O suspeito se apresentou na sede do Departamento de Polícia da Mulher, no centro do Recife. Contra ele, já havia um mandado de prisão em aberto por lesão corporal e descumprimento de medida protetiva.

A vítima Mayara Estefanny Araújo, de 19 anos, segue internada em estado grave no Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife. Ela foi atingida no rosto e no tórax e também corre o risco de ficar cega.

Em um período de 19 dias, Mayara denunciou o ex-companheiro três vezes. Ela tem um filho de dois anos com William, de quem estava separada há três meses. O crime teria ocorrido porque o suspeito não aceitava o fim do relacionamento.

Na sexta-feira (5), a Polícia Civil prendeu Paulo Henrique Vieira dos Santos pelos crimes de lesão corporal grave e resistência. Segundo os relatos, Paulo Henrique teria ajudado o ex-marido da vítima a jogar o produto químico nela. "Segundo testemunha ocular, o Paulo teria segurado o corpo da vítima pelas costas para que o William jogasse o ácido no rosto dela", contou a delegada da Mulher Bruna Falcão.

Em depoimento, Paulo Henrique negou participação no crime. Ele afirmou que fumava maconha na companhia de William e que este teria jogado o produto em Mayara. "Ele disse que saiu correndo, assustado. Mas uma testemunha disse que viu o Paulo segurar", completou Falcão.

Já a defesa de William alega que o crime foi cometido por Paulo. Na versão da defesa, o ex-companheiro teria observado o fato de longe. William era agente de saúde da Prefeitura do Recife. A Secretaria de Saúde do município informou ter aberto um inquérito administrativo e um pedido de afastamento imediato dele das funções.

Na madrugada do último sábado (13), um homem, sua irmã e amiga foram a um bar do Paraná e pediram três doses de tequila, porém, se tratava de soda cáustica. Eles foram hospitalizados passando mal e vomitando. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa do Estado está investigando o caso. 

De acordo com a imprensa local, a bebida foi servida pelo próprio dono do bar, Mauro Jardim de Almeida. Ainda segundo informações, a primeira pessoa que bebeu o líquido como tequila começou a passar mal pouco tempo depois de ingerir. Ela vomitou bastante e foi levada ao Hospital Cajuru. Os sintomas não demoraram a aparecer para as outras duas pessoas. Todos foram ao hospital, mas os irmãos foram liberados, isto porque eles já sentiram o cheiro antes de beber e ingeriram uma pequena quantidade, disse a delegada. 

À polícia, o dono do bar disse que a soda cáustica estava armazenada numa garrafa de tequila e não sabe como ela foi parar na prateleira das bebidas. Apesar disso, ele não acredita que tenham colocado à venda de propósito e confessa ter sido uma funcionária dele que deixou a garrafa no espaço de vendas. 

A polícia trabalha com a possibilidade de ter se tratado de um acidente, no entanto, confessa que é cedo garantir que a bebida tenha sido servida por equívoco. 

A produção de cloro teve alta de 0,6% de janeiro a julho deste ano, alcançando 744,3 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor). A taxa média de capacidade instalada do setor foi de 85,3%, ainda abaixo da média histórica do setor, que é de 87%. "Os números mostram que os vários segmentos atendidos pelo setor sofreram queda em suas demandas, o que é um reflexo da desaceleração gradativa da atividade econômica", diz o presidente da Abiclor, Anibal do Vale, em comunicado.

O consumo setorial de cloro - demonstrado pelas vendas totais somadas aos usos cativos - também apresentou leve alta, de 0,4%, totalizando 747,2 mil toneladas. A expansão foi impulsionada pelo aumento de 2,7% nas vendas totais, que somaram 95,7 mil toneladas nos sete primeiros meses de 2014. Segundo a Abiclor, o uso cativo - dos próprios produtores de cloro na elaboração de produtos como o dicloroetano (DCE) e óxido de propeno - se manteve estável.

Soda cáustica

Ainda de acordo com informações da Abiclor, a produção de soda cáustica nos primeiros sete meses do ano se manteve estável em relação ao mesmo intervalo do ano passado, totalizando 818,4 mil toneladas. As vendas totais do insumo cresceram 1,6%, impulsionadas pelo aumento de 39,5% das vendas externas, que somaram 15,7 mil toneladas. As vendas internas aumentaram 1%, chegando em 693 mil toneladas. As importações somaram 681,3 mil toneladas, aumento de 3,5%. Já o uso cativo de soda cáustica consumiu 79,5 mil toneladas, um recuo de 10,4% nos primeiros sete meses deste ano se comparado ao mesmo período de 2013. O consumo aparente de soda cáustica somou 1,483 milhão de toneladas.

"O cloro e a soda abastecem mais de 16 setores da atividade econômica. Os produtos atendem à demanda de diferentes segmentos das indústrias de defensivos agrícolas, limpeza, papel e celulose, componentes eletrônicos, metalurgia, têxtil, tratamento de água, entre outras", explica Abiclor em nota.