Tópicos | Soraya Thronicke

O União Brasil lançou a atual senadora do Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, ex-aliada do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), como candidata à Presidência da República em convenção nacional do partido realizada na manhã desta sexta-feira, 5, em São Paulo. O nome da senadora já havia sido anunciado, e o evento formaliza a chapa que vai concorrer.

"Não é por ser mulher, é porque é uma mulher qualificadíssima", disse o presidente do partido, Luciano Bivar, que chegou a fazer pré-campanha como o escolhido da sigla e desistiu.

##RECOMENDA##

O professor da FGV e ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra completa a chapa "pura" e será candidato à Vice-Presidência.

"Em 2018 nós votamos para tirar o que estava errado e agora em 2022 votaremos para tirar o que também não deu certo", afirmou Soraya durante a convenção. "O jogo não está definido, o jogo, Brasil, nem começou. Enquanto eles brigarem, nós vamos mostrar que tão grande quanto o Brasil somos nós brasileiros", disse a senadora.

O anúncio de que Bivar não iria mais concorrer à Presidência foi feito no dia 31 de julho. Bivar afirmou que irá tentar a reeleição na Câmara dos Deputados.

"Vocês estão conhecendo um partido novo, esse é um momento histórico, estamos hoje lançando essa infantaria, esse exército que são vocês na luta pelo bem no Brasil", afirmou Cintra em seu discurso. "Esse partido está ousando lançando uma senadora estreante, empresária, dinâmica", disse.

Também estiveram no palco o candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-juiz Sérgio Moro e a candidata a deputada federal por São Paulo, Rosângela Moro, ambos filiados ao União.

"Essa é uma eleição difícil. Concorrendo tem os extremos, são polarizados, são agressivos, fazem mal para o País, mas, apesar dessa eleição ser difícil, o partido precisa oferecer uma alternativa", declarou Sérgio Moro.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), esteve na convenção do União Brasil, partido de seu vice na candidatura ao governo paulista, Geninho Zuliani. "Nós teremos um palanque único e unido para defender a democracia", afirmou Garcia.

A candidata do PSDB à Presidência, entretanto, é a senadora Simone Tebet (MDB), que tem ainda o Cidadania em sua coligação e deverá ainda garantir a adesão do Podemos, que marcou a oficialização do apoio para a tarde desta sexta-feira.

Quem é Soraya Thronicke

Nascida em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a advogada Soraya Vieira Thronicke tem 49 anos e atualmente é senadora por seu Estado natal, com mandato vigente até 2027.

É formada em Direito pelo Centro Universitário de Campo Grande (UNAES) e tem MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

Eleita senadora em 2018 com 373.712 votos, Thronicke afirma publicamente ser contra o aborto e a flexibilização da venda de drogas, e diz defender "valores da família".

O União Brasil levará o nome da senadora Soraya Thronicke (MS) a presidente da República para convenção nacional nesta sexta-feira, 5, informou a cúpula da legenda nesta tarde. Soraya ascende à vaga após seu correligionário e líder do partido, Luciano Bivar (PE), desistir de concorrer para tentar à reeleição como deputado. "Hoje é um dia de muita felicidade para o União Brasil", resumiu Bivar na abertura do evento que marcou a confirmação da escolha do nome da senadora, em São Paulo.

De acordo com os integrantes da sigla, Soraya é "muito bem avaliada". O nome a vice na chapa será definida até sexta-feira, no fim das convenções partidárias. Segundo ele, o nome será a "cereja do bolo".

##RECOMENDA##

Soraya afirmou não ter preferência por um nome masculino ou feminino, mas adiantou que o partido não seguirá a estratégia de formar uma chapa pura. A senadora agradeceu o convite para concorrer ao Planalto substituindo Bivar, "uma tarefa difícil", segundo ela.

Segundo ela, o projeto de Bivar, que se sustenta principalmente na proposta da criação de um imposto único, terá continuidade, mas com um "toque feminino".

Vice-líder do governo Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, a senadora mas adotou posições críticas ao presidente em relação à pandemia. Diferentemente de Bivar, a Soraya não precisa renovar o mandato e ainda tem mais quatro anos no Congresso, o que a permite entrar na disputa presidencial sem ter que abrir mão do cargo.

Soraya era cotada para a vice de Bivar. Integrantes da cúpula do União Brasil dizem que o movimento do deputado passou por um acordo de apoio informal ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Inicialmente, o diretório da legenda em Pernambuco calculava eleger os deputados federais Mendonça Filho e Fernando Coelho Filho. Colegas de Bivar no Estado dizem que ele vai tentar garantir a reeleição buscando se associar a Lula, que é popular em Pernambuco.

A exigência de consentimento do marido para inserção de dispositivo intrauterino (DIU) em mulheres casadas, imposta por alguns planos de saúde, é alvo de contestação no Senado. Em indicação apresentada em 12 de agosto, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) sugere à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinar a retirada da exigência que, segundo ela, não tem amparo legal.

“Considero esse tipo de cláusula abusiva, pois a decisão sobre o uso do DIU deve ser única e exclusivamente da própria mulher que deseja utilizar esse método contraceptivo, seguindo as orientações médicas. Acredito que a intenção desse tipo de barreira é dificultar o acesso das mulheres ao serviço oferecido pelos planos de saúde, impondo várias regras excessivas. [...] Essa exigência fere gravemente a garantia de liberdade das mulheres de escolher engravidar ou não. É abusivo e absurdo”, defende Soraya.

##RECOMENDA##

A indicação, dirigida ao diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Filho, menciona a lei 9.263 de 1996, que limita aos casos de esterilização cirúrgica a exigência de consentimento expresso de ambos os parceiros, quando casados. Porém, segundo a senadora, alguns planos teriam estendido a exigência para o DIU, “que não é um método de esterilização definitiva, mas sim um método contraceptivo apenas”. Soraya acrescentou que, além da função contraceptiva, o DIU é usado para diminuição de sangramento, cólicas e tratamento de endometriose.

Segundo o Regimento Interno do Senado Federal (RISF), indicação é uma espécie de proposição legislativa por meio da qual senador ou comissão sugere ao Executivo ou ao Judiciário a adoção de providência, a realização de ato ou o envio de projeto de sua iniciativa exclusiva, ou sugere que um determinado assunto seja abordado por órgão ou comissão competente do Senado para esclarecimento ou formulação de proposição legislativa. A indicação não será discutida nem votada pelo Senado.

Projetos

Também em torno da legislação de planejamento familiar, tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) projeto que facilita os procedimentos de laqueadura ao dispensar o consentimento do cônjuge para a esterilização e retirar a proibição à realização do procedimento imediatamente no pós-parto ou no pós-aborto. Do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o PLS 107/2018 tem voto favorável da relatora, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE).

Com escopo mais amplo, o PLS 406/2018 , da ex-senadora Ione Guimarães, desburocratiza o acesso à esterilização voluntária no Sistema Único de Saúde (SUS) por homens ou mulheres com capacidade civil plena. Além de remover obstáculos ao procedimento de laqueadura após o parto, o texto extingue a necessidade de consentimento do cônjuge para a esterilização e a exigência de a pessoa ter pelo menos 25 anos ou dois filhos para que possa fazer a cirurgia. O projeto aguarda designação do relator na CAS.

*Da Agência Senado

 

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) foi diagnosticada com Covid-19 e confirmou a contaminação em uma postagem no Twitter.

“Informo que testei positivo para o covid-19 nesta terça-feira, após apresentar sintomas leves como tosse e estado febril”, disse a senadora.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ela está em casa, isolada, por recomendação médica. Thronicke também afirmou que continuará participando das sessões remotas do Senado. Até o momento, os senadores Arolde de Oliveira, José Maranhão e seu colega de partido, Major Olímpio, já faleceram por complicações oriundas do vírus.

 

Em um ano de mandato, a senadora Soraya Thronicke (PSL) gastou R$ 73,8 mil em redes sociais e R$ 28,7 mil em equipamentos móveis para decorar seu escritório em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ela elegeu-se como representante da "nova política", em um discurso contundente contra a corrupção e gastos com dinheiro público.

Documentos publicados pelo Metrópoles apontam que a empresa SPL Produções alugou itens como computadores, mesas e cadeiras por um valor mensal de R$ 2.350. Em relação à presença nas redes sociais, só em junho, foram feitos dois pagamentos à empresa responsável por sua assessoria, um de R$ 7.430 e outro de R$ 2.282.

##RECOMENDA##

Somados os gastos para equipar seu escritório no Estado e movimentar seus locais de comunicação, a senadora desembolsou cerca de R$ 102,548 até julho. Antes da pandemia, ela gastou R$ 12,8 mil nos três primeiros meses, que comparados ao ano passado, indicam um aumento de R$ 5,2 mil, já que em 2019 foram usados apenas R$ 7,6 mil. 

[@#galeria#@]

Com alimentação, hospedagem, locomoção e combustível, Soraya pagou R$ 20,5 mil no primeiro semestre deste ano. Enquanto gastou R$ 20,3 mil durante todo o ano passado, quando não havia pandemia.

A senadora eleita com 373.712 votos, possui 144 mil seguidores no Twitter e 101 mil no Instagram. Atuante nas plataformas em favor das pautas do Governo, ela também utiliza o Facebook, onde conquistou mais de 74 mil seguidores. 

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria da senadora para esclarecimentos, mas até a publicação não obeteve resposta. O espaço segue aberto.

Eleita na onda do bolsonarismo e apoiadora do governo, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) avalia que o presidente Jair Bolsonaro deveria cobrar uma "fatura" dos partidos do Centrão que têm cargos no governo. Para ela, legendas com amplos espaços em ministérios não entregam votos necessários para o Planalto formar uma base no Congresso Nacional.

"Se o presidente fizer isto agora com o Centrão, o cara ter ministério e não votar lá dentro, aí vai para o brejo. É uma via de mão dupla. Isso não é corrupção, é governabilidade. Se não andou na linha, tem que tirar", afirmou Soraya Thronicke em entrevista ao Estadão/Broadcast.

##RECOMENDA##

Como a senhora vê os acordos do governo com o Centrão?

Eu não sei como se divide centro e Centrão, para mim é um bolo só. O DEM ganhou a maior fatia em ministérios, ganhou as duas Casas do Congresso e não entregou a contento. Alguns parlamentares são extremamente fiéis e outros derrubaram medidas provisórias e trabalharam contra. Votam errado, trabalham contra, tentam derrubar tudo na boca pequena e o presidente dá espaço. Para mim, se o presidente fizer isto agora com o Centrão, o cara ter ministério e não votar lá dentro, aí vai para o brejo. É uma via de mão dupla. Isso não é corrupção, é governabilidade. Se não andou na linha, tem que tirar.

Quais partidos não devolvem?

O DEM e o MDB e vários outros partidos que já tinham cargo no governo não devolvem. Não é agora que ele está entregando para o Centrão ou ninguém presta atenção? Onde é que o presidente Bolsonaro tem 120 mil pessoas que ele confia e conhece? Não tem. Aí ele pega a base dele, que era o PSL, e briga com a base. Eu já disse para ele: presidente, não pode levar isso a ferro a fogo. O DEM, na pessoa do Onyx (Lorenzoni, ministro da Cidadania), ajudou na eleição. Para quem é cargo de confiança, tem que exigir a confiança. Confiança é trabalhar dentro das minhas maneiras, e não das suas, e trabalhar para o Brasil, e não para si. Se o cara não entregou, tem que estar fora no outro dia. O MDB tem líder do governo no Senado, no Congresso, tem um naco enorme. Então cadê o governador do MDB? Deveria funcionar assim.

O tamanho desses partidos não dificulta o presidente de ter votos?

Ou é porteira fechada e tem o ministério inteiro ou garante 'x' de votos e tem metade do ministério. Tem governador que tem órgãos inteiros no governo, manda, desmanda faz o quer e não dá um voto, por exemplo, Ronaldo Caiado (DEM). Tem espaço até hoje e isso não significa voto nenhum. Se o MDB já tinha lugar, reconduzir o Marun (Carlos Marun, do MDB, no Conselho de Itaipu) não aumentou um voto no Congresso. Isso não refresca. Aí é hora de sentar com o MDB e falar: eu quero mais um fidelíssimo aqui dentro. Ajudar gente sem mandato para nada

Quantos senadores fiéis ao governo existem hoje?

Não dá para contar. Não há uma base fiel no Senado. É conforme a banda toca. Porém, neste momento de isolamento o Senado tem votado quase tudo por unanimidade. Temos conseguido construir, só que isso não é reconhecido pelo governo federal. Eu sou base do governo, só que eu não uma base cega. Eu sou aquela base racional que sabe discutir com o adversário.

O caso Queiroz atrapalha o governo? Há risco para o senador Flávio Bolsonaro?

Politicamente, atrapalha. Tanto é que, antes de qualquer julgamento, querem abrir o processo de cassação contra o Flávio, mas baseado em que? Se for condenado e provado, é outra história. Até agora, é só inquérito. Eu sempre sou técnica na avaliação. Tecnicamente, não há elementos (para abrir processo contra Flávio).

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) acusou o Centrão de querer boicotar o governo no Congresso e é uma das parlamentares que promete ir para as ruas no próximo domingo, 26, em defesa do presidente Jair Bolsonaro. Soraya pretende participar do ato em Campo Grande.

Na opinião da senadora, os partidos do Centrão se movimentam para boicotar o governo pensando na próxima eleição e devem ser o alvo dos protestos no próximo domingo. "É um boicote, para mim está claro. É um boicote com intenção eleitoral para se eleger, para não dar certo esse governo porque daí eles voltam", disse a parlamentar durante conversa com jornalistas em seu gabinete. "A pauta (da manifestação) tem que ser muito específica, certeira e pontual: cobrar os parlamentares, cobrar o Centrão."

##RECOMENDA##

Críticas

A senadora criticou o DEM - que tem três ministros no governo - e afirmou que o partido precisa defender o governo no Congresso após ter sido beneficiado na campanha eleitoral. "Os ministros têm que vir para o chão do Congresso e batalhar corpo a corpo, os ministros do DEM. Tem vários ministérios que estão aí com os partidos, esse cara tem que vir para cá, tem que vir para o chão", disse a parlamentar durante conversa com jornalistas em seu gabinete.

A opinião de Soraya gerou reações no DEM, legenda do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que chamou a parlamentar para uma conversa nesta terça-feira, 21. Para ela, os ministros "que são políticos" precisam acionar sua rede de relacionamentos na Câmara e no Senado e "fazer esse governo dar certo". "Está faltando boa vontade para ajudar o presidente", declarou.

Além disso, Soraya também cobrou munição do governo para que os parlamentares do partido de Jair Bolsonaro intensificam a defesa do governo. "Acho que ele (Bolsonaro) poderia aproveitar melhor a bancada do PSL para ajudá-lo, usar mais a gente, passar mais informação pra gente, porque nós somos os soldados dele aqui. Ele pode contar com todo mundo (do PSL)."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando