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Uma criadora de conteúdos, identificada como Leonor Macedo, revelou em suas redes sociais que não conseguiu realizar a inserção de um dispositivo intrauterino (DIU), na última segunda-feira (22), em uma unidade do Hospital São Camilo, localizada na Pompeia, Zona Oeste de São Paulo. Segundo a mulher, de 41 anos, a médica alegou que o procedimento não poderia ser realizado no local pois vai de encontro com os valores religiosos da instituição.

“Vocês acham que é fácil ser mulher? Ontem fui a uma consulta no Hospital São Camilo e à médica me informou que não pode colocar o DIU em mulheres porque isso vai contra os valores religiosos da instituição”, escreveu Leonor em seu perfil no X, antigo Twitter.

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Em outra publicação, a comunicadora disse que recebeu uma ligação da rede hospitalar, na qual uma representante da empresa explicou que só colocam o DIU nos casos em que as pacientes têm um quadro de endometriose grave. Leonor ainda revelou que o hospital pontuou “que segue os preceitos da Igreja Católica e do Vaticano”.

Após o relato da mulher ter ganhado repercussão nas redes sociais, a rede hospitalar respondeu a sua publicação, afirmando que devido as suas “diretrizes institucionais de uma instituição católica” não pode realizar procedimento contraceptivos, seja em mulheres ou em homens. Além disso, o perfil da empresa disse que em casos semelhantes ao de Leonor, os seus profissionais orientam as pessoas a buscarem “a rede referenciada dos seus planos de saúde que tenha esse procedimento”.

Em nota enviada à imprensa, a rede de hospitais São Camilo informou que, por ser uma “instituição confessional católica, tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos, em homens ou mulheres. Tais procedimentos são realizados apenas em casos que envolvam riscos à manutenção da vida”. 

“Os pacientes que procuram pela Rede de Hospitais São Camilo - SP, e que não apresentam riscos à saúde, são orientados a buscar na rede referenciada do seu plano de saúde hospitais que tenham esse procedimento contratualizado”, finalizou.

 

 

O Ambulatório do Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, vai oferecer, durante o mês de outubro, o serviço de inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5), em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama. Mulheres dos municípios circunvizinhos poderão agendar o procedimento, que será feito toda terça-feira do mês.  

O Centro de Saúde do Dom Moura, localizado no prédio anexo ao hospital, no bairro Heliópolis, atenderá até dez mulheres por dia, a partir das 8h, por ordem de chegada. A partir de novembro, o serviço será articulado pela V Gerência Regional de Saúde (Geres), que organiza os procedimentos e realizará os agendamentos. A população interessada pode tirar demais dúvidas pelo telefone (87) 3761-8117. 

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Como funciona o DIU? 

O Dispositivo Intrauterino de cobre é um método contraceptivo considerado de grande eficácia, e que não afeta, a saúde da mulher. Após uma entrevista médica e análise de exames, o procedimento de inserção dura cerca de 15 minutos. Além de prevenir a gravidez, o DIU também pode ser um aliado para tratamentos especializados, como é o caso do DIU hormonal, que serve para diminuir os efeitos da endometriose, hipermenorragia ou miomas. 

 

Após Lene Sensitiva enviar uma mensagem a Mel Maia prevendo que ela engravidaria em breve, a atriz anunciou que tomou providências e colocou DIU. Nos Stories do Instagram, a jovem de 18 anos de idade explicou brevemente o motivo de ter decidido adotar o método contraceptivo intrauterino e revelou que sofre muito com cólicas.

- Desculpem não ter aparecido mais cedo. Eu saí cedo de casa porque eu fui colocar meu DIU. Eu tava pensando em colocar o DIU há um tempo, mas quando a Lene Sensitiva me mandou mensagem, foi quando realmente colocar. Não vou contar como foi a minha experiência. Coloquei acordada no consultório. Eu tinha falado com a doutora que eu queria colocar apagada, porque sinto muito cólica. Eu sinto cólica no período menstrual e no período fértil. Então, é de pessoa para pessoa. Vou ver se conto a minha experiência. É só para contar essa novidade para vocês!

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A jovem ainda brincou na legenda do vídeo:

"Lene Sensitiva, babys aqui não."

A exigência de consentimento do marido para inserção de dispositivo intrauterino (DIU) em mulheres casadas, imposta por alguns planos de saúde, é alvo de contestação no Senado. Em indicação apresentada em 12 de agosto, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) sugere à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinar a retirada da exigência que, segundo ela, não tem amparo legal.

“Considero esse tipo de cláusula abusiva, pois a decisão sobre o uso do DIU deve ser única e exclusivamente da própria mulher que deseja utilizar esse método contraceptivo, seguindo as orientações médicas. Acredito que a intenção desse tipo de barreira é dificultar o acesso das mulheres ao serviço oferecido pelos planos de saúde, impondo várias regras excessivas. [...] Essa exigência fere gravemente a garantia de liberdade das mulheres de escolher engravidar ou não. É abusivo e absurdo”, defende Soraya.

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A indicação, dirigida ao diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Filho, menciona a lei 9.263 de 1996, que limita aos casos de esterilização cirúrgica a exigência de consentimento expresso de ambos os parceiros, quando casados. Porém, segundo a senadora, alguns planos teriam estendido a exigência para o DIU, “que não é um método de esterilização definitiva, mas sim um método contraceptivo apenas”. Soraya acrescentou que, além da função contraceptiva, o DIU é usado para diminuição de sangramento, cólicas e tratamento de endometriose.

Segundo o Regimento Interno do Senado Federal (RISF), indicação é uma espécie de proposição legislativa por meio da qual senador ou comissão sugere ao Executivo ou ao Judiciário a adoção de providência, a realização de ato ou o envio de projeto de sua iniciativa exclusiva, ou sugere que um determinado assunto seja abordado por órgão ou comissão competente do Senado para esclarecimento ou formulação de proposição legislativa. A indicação não será discutida nem votada pelo Senado.

Projetos

Também em torno da legislação de planejamento familiar, tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) projeto que facilita os procedimentos de laqueadura ao dispensar o consentimento do cônjuge para a esterilização e retirar a proibição à realização do procedimento imediatamente no pós-parto ou no pós-aborto. Do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o PLS 107/2018 tem voto favorável da relatora, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE).

Com escopo mais amplo, o PLS 406/2018 , da ex-senadora Ione Guimarães, desburocratiza o acesso à esterilização voluntária no Sistema Único de Saúde (SUS) por homens ou mulheres com capacidade civil plena. Além de remover obstáculos ao procedimento de laqueadura após o parto, o texto extingue a necessidade de consentimento do cônjuge para a esterilização e a exigência de a pessoa ter pelo menos 25 anos ou dois filhos para que possa fazer a cirurgia. O projeto aguarda designação do relator na CAS.

*Da Agência Senado

 

m projeto de lei ordinária do deputado estadual Álvaro Porto (PTB) quer proibir que planos de saúde exijam o consentimento do marido para inserir o dispositivo intrauterino (DIU) em mulheres casadas. A proposta foi apresentada após a informação de que planos de saúde estavam cobrando a autorização do cônjuge para colocar o contraceptivo nas mulheres. 

Uma reportagem da Folha de S.Paulo apontou que cooperativas da Unimed João Monlevade e Divinópolis, em Minas Gerais, e Ourinhos, em São Paulo, faziam a exigência do consentimento. Após a repercussão do caso, as unidades de Divinópolis e Ourinhos abandonaram a regra. A Unimed de Ourinhos negou a prática.

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O texto do projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ressalta que há ameaças de retrocessos ligados às questões de saúde e direitos reprodutivos das mulheres. "Exigir autorização do marido para esse tipo de procedimento prejudica a autonomia e independência da mulher, na medida em que quebra a confidencialidade existente entre médico e paciente. A participação dos homens nesse processo decisório representa a alienação da autonomia reprodutiva das mulheres", afirma o deputado. O descumprimento da medida acarretará em sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor, como multa e suspensão da atividade

Não é apenas em Pernambuco que projetos de lei sobre o tema estão sendo apresentados. Em São Paulo, proposição semelhante foi colocada pelo deputado estadual Thiago Auricchio (PL). No Mato Grosso do Sul, o projeto que proíbe a imposição é de autoria do deputado estadual Evander Vendramini (SP). O deputado federal Ricardo Silva (PSB) também propôs projeto com a mesma abordagem.

O Procon-SP pediu explicações a 11 planos de saúde sobre a exigência da autorização do marido. Foram questionadas as empresas Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Notre Dame, Omint, Porto Seguro Saúde, Qsaúde, Sompo Saúde, Sul América, Unimed Seguros e Vision Med (Golden Cross). 

Por nota, a Unimed do Brasil informou que a imposição é ilegal e que o procedimento de implantação do DIU tem cobertura assegurada pelos planos de saúde. A Omint, Amil, Sompo Saúde Seguros e Qsaúde declararam que não exigem consentimento do cônjuge.

 As cooperativas da Unimed nas cidades de João Monlevade e Divinópolis, em Minas Gerais, bem como em Ourinhos, no interior paulista, estão exigindo autorização dos maridos para realização de inserção de DIU (dispositivo intrauterino) em mulheres casadas. A prática, que não possui amparo legal, foi destrinchada em reportagem da Folha de São Paulo publicada na última terça (3). Ao todo, as cooperativas envolvidas no caso atendem mais de 50 municípios nos dois estados supracitados.

A reportagem da Folha, sem se identificar, entrou em contato por telefone com as três cooperativas da Unimed para confirmar a informação, presente no Termo de Consentimento para inserção do contraceptivo. Todas as unidades reforçaram a necessidade da autorização dos maridos para inserção do DIU.

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Unidade da Unimed em Divinópolis, Minas Gerais, exigia assinatura de marido das pacientes que receberiam o DIU. (Reprodução/Google Street View)

Posteriormente, por meio de assessoria de imprensa, as cooperativas de Divinópolis e Ourinhos disseram que abandonaram a política depois do contato do jornal. A de João Monlevade, por sua vez, nega exigir o consentimento do cônjuge, mesmo diante da confirmação de sua central de atendimento. A unidade alega que apenas recomenda que o termo seja compartilhado.

De acordo com a reportagem, para demandar a assinatura do marido da paciente, as seguradoras argumentam que a lei 9.263 de 1996, a qual versa sobre o planejamento familiar, estabelece que os procedimentos de laqueadura tubária ou vasectomia só podem ser feito com “consentimento expresso de ambos os cônjuges”, em homens e mulheres capazes e maiores de 25 anos ou com pelo menos dois filhos vivos. A exigência da legislação não se estende a métodos contraceptivos como o DIU.

A ex-BBB Sarah Andrade fez publicações no stories contando a seus seguidores nessa terça-feira (6) que colocou DIU e explicando a experiência, já que sempre teve vontade, mas tinha medo. “Estou feliz agora, são 5 anos que vou ficar tranquilinha, sem me preocupar”.

Ainda na clínica de ginecologia, Sarah começou a falar sobre sua decisão e experiência.

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"Sabe aquelas coisas que a gente fica enrolando pra fazer e aí a gente toma vergonha na cara um dia e vem fazer? Eu tava com medo de doer. Dói um pouquinho, incomoda, mas é mito, não é aquele negócio todo não, não é aquele desespero todo”, iniciou.

"É bem rapidinho, uma coisa que não dura nem 1 minuto. E eu estou feliz. Agora são 5 anos que eu vou ficar tranquilinha sem me preocupar com algumas coisas", finalizou Sarah.

Fez lipo

Nos stories seguintes, a consultora de marketing comemorou o fato de ter sido liberada para começar exercícios leves após a sua lipoaspiração LAD, realizada em maio.

“Estou muito feliz que vou poder voltar a ter uma rotina mais saudável, não só na alimentação, mas também nos exercícios”, explicou.

Como uma alternativa aos procedimentos de histerectomia, que é a remoção de parte ou total do útero, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) passará a ofertar, além do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, o sistema intrauterino (SIU) de levonorgestrel, mais conhecido como DIU hormonal.

Esse sistema será indicado para pacientes diagnosticadas com endometriose, dor pélvica crônica, tumores uterinos, sangramento uterino anormal, além de mulheres que convivem com alguma cardiopatia grave.

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A ginecologista e gestora pública da SES-PE, Letícia Katz, revela que o número de histerectomia vem aumentando no SUS ao longo dos anos e a inserção do DIU hormonal pode diminuir as indicações cirúrgicas. "Reduz riscos das cirurgias e os gastos do Estado com este tipo de procedimento. Já as mulheres com cardiopatias graves, que têm contraindicação à gravidez e não querem realizar a laqueadura, poderão prevenir uma gestação de alto risco”, explica.

Inicialmente, a inserção será restrita ao ambulatório especializado do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), absorvendo, neste primeiro momento, a demanda das pacientes acompanhadas no próprio serviço. A proposta é expandir, ao longo dos próximos meses, a iniciativa para as demais macrorregiões de Saúde.

O sistema intrauterino de levonorgestrel, além de ser um método contraceptivo com cerca de 99% de eficácia, é um dispositivo de longa duração (dura, em média, de 5 anos) que beneficia as mulheres com patologias uterinas. Com poucos centímetros de comprimento e em formato de ‘T’, o DIU hormonal possui 52mg do hormônio levonorgestrel e libera, inicialmente, 20mcg/24horas da substância no útero. 

Dessa forma, impede a gravidez e atua no alívio dos sintomas de diversas doenças. A inserção é feita no próprio consultório, sem necessidade, na grande parte dos casos, de anestesia.

*Com informações da assessoria

Com o nascimento de um bebê, os médicos ficaram surpresos com o que viram: o recém-nascido segurava o Dispositivo Intrauterino (DIU) que havia sido colocado na sua mãe - que deveria evitar a gravidez. O caso aconteceu em Hai Phong, no Vietnã.

À imprensa local, a mulher de 34 anos revelou que usava o DIU há dois anos e só descobriu que ele não estava funcionando quando descobriu a gravidez.

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Tran Viet Phuong foi o obstetra responsável pelo parto e pelas fotos do bebê que estava com o DIU nas mãos. Ao site Daily Mirror, Phuong revelou que o DIU deve ter se movido da posição original e que, por isso, se tornou sem eficácia como método contraceptivo.

O bebê é um menino e nasceu com 3,2kg e até esta segunda-feira (6), estava em observação no hospital.

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Murilo Huff fez uma live, nesse sábado (6), e foi prestigiado pela amada, a cantora Marília Mendonça. No Twitter, a sertaneja comentou diversos momentos do show e, ao final da transmissão, soltou a seguinte frase: "Gente, só queria dizer que vamos ao meu apê, é isso".

Os fãs logo começaram a especular que a noite do casal seria quente e que Marília poderia até mesmo engravidar novamente. Bem-humorada, ela respondeu: "Eu tenho DIU, aqui é só treino".

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Mais tarde, a artista retornou à rede social e declarou-se para Murilo mais uma vez. "Eu amo meu homi. Mas o que eu estou amando hoje está fora do normal", declarou a cantora.

A 5ª Vara do Trabalho de Fortaleza, no Ceará, condenou uma clínica médica a pagar dano moral à recepcionista que foi questionada em sua admissão se tinha interesse de engravidar, além de ter recebido sugestão para utilizar um método contraceptivo. Para garantir o emprego, a trabalhadora aceitou fazer um teste de gravidez e deixou que a Clínica Santa Clara implantasse nela o dispositivo intrauterino (DIU) para evitar uma gestação.

A mulher diz que, por conta do DIU, teve reações como dores e sangramentos. Em consequência disto, solicitou a retirada do contraceptivo - o que foi negado pela empresa. Na ação, a recepcionista solicitou indenização por danos morais, horas extras e outras verbas trabalhistas. 

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A clínica afirmou, em sua defesa, que foi a própria trabalhadora que solicitou a implantação do DIU, alegando que estava enfrentando um momento difícil no casamento e não desejava engravidar na época. A Clínica Santa Clara disse que não pratica conduta anti gestacional e que isso poderia ser comprovado mediante certidão de nascimento dos filhos de outras colaboradoras da empresa.

A juíza do trabalho Rossana Raia se convenceu que a conduta da clínica médica em questionar previamente sobre a vontade de engravidar e o oferecimento de método contraceptivo confirmam distinção em razão da própria natureza da condição gestacional. A magistrada condenou a empresa a pagar indenização por dano moral, pois “foram comprovados o dano à intimidade e vida privada relacionada ao constrangimento tendencioso relativo ao questionamento prévio anterior à contratação quanto à condição gestacional da autora e a intenção em engravidar”, atestou Rosana.

A Clínica Santa Clara Consultas Médicas foi condenada a pagar R$ 5 mil a título de indenização por danos morais, além de horas extras e seus reflexos sobre outras verbas trabalhistas. O valor total atribuído à causa foi de R$ 19 mil. A empresa apresentou recurso ordinário, que se encontra em análise.

A gravidez não planejada é uma realidade para 55% das mães brasileiras, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz feita com 24 mil mulheres. Especialistas reforçam que é preciso fazer um planejamento familiar e permitir que a mulher escolha o método contraceptivo livremente, querendo ou não ter filhos. Para isso, é fundamental que elas tenham acesso às informações sobre os variados meios de contracepção, incluindo risco de falhas e efeitos colaterais.

O uso da pílula é mais recorrente do que de outros métodos. Segundo a pesquisa global "Think About Needs in Contraception" (TANCO), realizada pela Bayer com apoio da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 33% das 1.113 brasileiras entrevistadas tomam o comprimido.

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Porém, como cada corpo reage de uma forma diferente, algumas mulheres preferem abandonar o anticoncepcional. "Eu estava insatisfeita, tomo desde os 18 anos. Eu tinha o humor muito depressivo, não tinha lubrificação nem desejo sexual. Para piorar, minha terapeuta e eu chegamos ao consenso de que ele potencializava minhas crises de depressão", conta Janine Oliveira, assistente de pesquisa e informações, de 23 anos.

Após mais de um ano querendo parar com o método e qualquer outro que incluísse hormônios na composição, ela decidiu colocar o dispositivo intrauterino (DIU) com cobre. Introduzido no útero, o elemento químico contido no aparato impede o encontro do óvulo com o espermatozoide. A vantagem desse e de outros meios de contracepção de longa duração é não depender da memória para se prevenir, algo que é essencial com a pílula, todos os dias.

Juliana Mezzaroba, de 33 anos, também colocou o DIU, mas do tipo hormonal e motivada pelos efeitos colaterais: reduzir o fluxo menstrual e as cólicas. Três anos após colocar o dispositivo, ela ainda sente dores, porém menos intensas e que são aliviadas com um remédio. "Hoje sou uma pessoa normal. Antes, incontáveis vezes tive de ir ao pronto-socorro para tomar remédio na veia porque desmaiava", relata a programadora musical.

O que foi bom para elas e o que as motivaram pode não valer para outras mulheres. E tudo bem. Se a pessoa sente-se confortável tomando anticoncepcional e não se imagina colocando o DIU porque dói, está tudo bem. O importante é que a mulher tenha escolhido seu método contraceptivo livremente, sabendo de todos os prós e contras.

Como funciona?

O dispositivo intrauterino é um método contraceptivo que age localmente, no útero. Ele pode ser feito com cobre, cujo prazo de validade é de dez anos dentro do corpo, ou com hormônio (progesterona), que vale por cinco anos. Nesses períodos, a mulher não precisa se preocupar com a possibilidade de engravidar, mas pode, se quiser, retirar o dispositivo a qualquer momento. A taxa de segurança do DIU é de mais de 99%, mas ele não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, então é fundamental associá-lo com preservativo.

Já viu aquela foto de um bebê que nasceu com o DIU grudado na cabeça? Até pode acontecer, mas é bem raro. Segundo a ginecologista Ilza Monteiro, membro da diretoria da Febrasgo e uma das autoras do estudo TANCO, a cada mil mulheres que colocam o DIU, três engravidam num período de um ano.

Diferente do que algumas pessoas dizem ou pensam, o dispositivo não provoca infertilidade nem interfere nas chances de engravidar após retirá-lo. "Depois de usar, a mulher vai engravidar tão fácil quanto se não tivesse usado o DIU. Ele não traz risco a mais", afirma Ilza.

Retomando, uma das primeiras vantagens do dispositivo é que a mulher não precisa lembrar de se proteger. No caso da pílula, 47% das brasileiras se esquecem de tomá-la ocasionalmente, sendo que um terço deixou de tomar de uma a duas vezes nos três meses anteriores à pesquisa. Esse uso inconsistente é um dos fatores para a gravidez não planejada.

Segundo a TANCO, 37% das mulheres de 18 a 29 anos não planejam ter filho no futuro e 19% não pensam em ser mãe nos próximos cinco anos. O número sobe entre aquelas de 30 a 39 anos: 39% não planejam engravidar no futuro e 35% não se veem tendo filhos pelos próximos cinco anos. Dessa forma, por ter ação no longo prazo, o DIU pode ser uma opção a ser considerada.

A pesquisa da Bayer mostrou que apenas 2% das brasileiras usam o DIU de cobre e 6% têm experiência com o DIU hormonal. A baixa adesão, segundo a especialista, é motivada pela falta de informação. Tanto que a pesquisa indica que 70% das mulheres considerariam o contraceptivo de longa duração se recebessem informações de seus médicos.

No geral, mulheres jovens ou maduras, que tiveram filhos ou não, podem colocar o DIU. As contraindicações são bem específicas: pacientes com infecções, má formação do útero, câncer do colo de útero ou do endométrio, estreitamento do canal do colo uterino e sangramento vaginal sem diagnóstico. Outras situações devem ser avaliadas pelo médico.

Dói colocar o DIU?

A questão da dor varia de acordo com a sensibilidade de cada mulher: para umas, pode ser muito tranquilo; para outras, muito doloroso. No geral, é desconfortável e os médicos dizem que é como sentir uma cólica forte. Juliana considera que, no caso dela, foi "muito dolorido". "Senti três agulhadas no útero, cólica muito forte." Antes, ela tomou um remédio para tentar aliviar a dor.

Janine passou pelo mesmo. "Foi um processo doloroso e os primeiros meses também: sangramento quase ininterrupto, cólicas absurdas, ter de acostumar com meus próprios hormônios e não os sintéticos", diz. A ginecologista afirma que o relato de dor é menos comum em mulheres que fizeram parto normal, por exemplo.

Como se coloca?

O procedimento é feito em consultório pelo ginecologista. O dispositivo pode ser inserido em qualquer fase do ciclo menstrual, desde que se tenha certeza de que a mulher não está grávida nem possui contraindicações. Há preferência por colocar o DIU durante a menstruação porque a inserção é mais fácil devido à dilatação do canal cervical e pode causar menos dor.

O DIU hormonal tem duração de cinco anos no organismo enquanto o de cobre pode permanecer por dez anos.

A ginecologista Ilza afirma que em 85% dos casos, o DIU é inserido facilmente. É possível colocá-lo sob sedação, mas ela não recomenda. "É melhor colocar sem sedação, com controle da dor. Ansiedade e medo são os principais motivos para sentir dor. Se a mulher confia no médico, está tranquila na hora, não é nenhum bicho de sete cabeças", explica.

Depois de um mês, a mulher precisa fazer uma ultrassonografia para saber se o DIU está devidamente no lugar. Nesse período, há um maior risco de expulsão do aparato, mas é raro, segundo Ilza.

Entre 2015 e 2018, o número de inserções do dispositivo intrauterino (DIU) cresceu 860% em Pernambuco. O método contraceptivo, voltado para o público feminino, é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seu uso é de longa duração.

Em 2015, 519 mulheres passaram a utilizar o DIU, quando apenas o procedimento de intervalo era ofertado. Já em 2018, o número subiu para 4.982, com a implantação do dispositivo no pós-parto, pós-abortamento e de intervalo. Entre 2015 e 2018, foram 7,5 mil mulheres beneficiadas com a estratégia. Em 2019, apenas no primeiro semestre, já são 2.223 utilizando o método contraceptivo.

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“Começamos a criar estratégias de estímulo à inserção do DIU de pós-parto e pós-abortamento com o surgimento de casos da síndrome congênita do zika, e também com a percepção que esse método contraceptivo vinha sendo subutilizado. O DIU é eficaz e prático, com poucos efeitos colaterais e que pode ser utilizado pela mulher que deseja evitar a gravidez em qualquer faixa etária. Buscamos ampliar o acesso ao procedimento, que dá uma estabilidade de 10 anos, e estimular os profissionais médicos a apresentarem essa opção de contracepção nos serviços municipais”, destaca a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da SES-PE, Letícia Katz.

O dispositivo de longa duração, com duração média de 10 anos, não possui hormônio, é seguro e beneficia as mulheres que não desejam engravidar, pois o cobre liberado por ele interfere no número e no transporte de espermatozoides, além de dificultar a movimentação do óvulo pela trompa, impedindo a fecundação.

Com comprimento de 2 a 3 cm, o DIU é inserido no útero da mulher, e tem o potencial de eficácia de 99,3%. O dispositivo também pode ser utilizado por adolescentes e mulheres que não engravidaram.

Em Pernambuco, realizam o procedimento para inserção do Dispositivo Intrauterino os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Jaboatão Prazeres, Clínicas, Cisam, Imip e o Hospital da Mulher do Recife, além de serviços municipais, como maternidades e policlínicas, que fazem o procedimento de forma ambulatorial. Desde 2016, cerca de 1 mil médicos foram capacitados pela SES-PE sobre DIU.

“É extremamente importante que os serviços de saúde municipais estejam alinhados com essa proposta e que façam investimentos em instrumentos e formação de pessoal para que a mulher que não deseja ter filhos, ou mais filhos, e aquelas em situações como as de pós-abortamento e pós-parto tenham o poder de escolha sobre sua vida reprodutiva e que encontrem profissionais e serviços prontos para atendê-las. A orientação da mulher se inicia nesses serviços e no momento do pré-natal”, acrescentou Katz.

Da assessoria

Após a Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciar que aplicaria o Dispositivo Intrauterino (DIU), centenas de mulheres formaram uma fila enorme que chegou à área externa do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), nesta segunda-feira (17). Aproximadamente 450 pacientes já foram atendidas.

Em comunicado, a Secretaria de Saúde garantiu que todas as mulheres que procurarem a unidade nesta manhã (17) serão acolhidas e avaliadas. "Se o número de mulheres aptas for maior que a quantidade disponível do contraceptivo no Hmib, o agendamento a estas pacientes para a colocação do DIU será feito na Unidade Básica de Saúde (UBS), que é a porta de entrada para orientação quanto a este e outros métodos contraceptivos."

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Mal iniciaram os trabalhos legislativos e alguns projetos de lei já apresentados prometem dar o que falar. Um deles é do deputado Márcio Labre (PSL-RJ) que quer proibir o “comércio, a propaganda, a distribuição ou a doação de todo e qualquer micro abortivo” na rede de saúde pública do país.

Entre os métodos que se enquadram nesta proibição, de acordo com o projeto de lei, estão a pílula do dia seguinte e o dispositivo intrauterino, mais conhecido como DIU. Segundo a proposta, a partir da aprovação, as autoridades policiais devem apreender, destruir todo material e até interditar os estabelecimentos que descumprirem a lei.

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O veto abrange ainda pílulas de progestógeno (as chamadas ‘minipílulas’) a pílula RU 486, a vacina anti-HCG e “qualquer outro dispositivo, substância ou procedimento que provoque a morte do ser humano já concebido, ao longo de toda sua gestação, sobretudo antes da implantação no endométrio”.

Para o deputado do partido do presidente Jair Bolsonaro, a medida “visa proteger a saúde da mulher, o consumidor de tais falácias e defender a vida desde a concepção”.

Na justificativa do projeto,  Márcio Labre também dispara contra o Ministério da Saúde e condena a nomenclatura usada, segundo ele, para ‘maquiar’ abortos.

“O Ministério da Saúde, querendo burlar a legislação, chama tais substâncias e dispositivos de ‘contraceptivos pós-coitais’ ou ‘contraceptivos de emergência’, ocultando seu efeito real que é a indução do aborto na fase inicial da gestação, que se inicia na concepção e vai até a implantação da criança no útero. Comete-se assim, não apenas um delito contra a vida, mas um estelionato contra as mulheres, iludidas pela falácia de que estariam usando um anticoncepcional, quando na verdade estão usando micro abortivos”, observa.

Ele ainda convoca “movimentos pró-vida” espalhados pelo país para pressionar pela aprovação da matéria.

Alguns itens listados pelo parlamentar, contudo, de acordo com o Ministério da Saúde não são abortivos. O texto, que recebeu a numeração 261/2019, passará ainda por avaliação das comissões para passar pelo crivo do plenário.  

A publicitária Mariana Moraes, de 32 anos, colocou o DIU de cobre menos de 30 dias atrás. Há dois meses, a jovem deu à luz a pequena Manuela. "Antes de engravidar, eu tomei pílula por quase dez anos. Como não quero engravidar de novo tão cedo, a minha médica aconselhou o DIU. Senti cólicas só nos primeiros dias", relatou.

Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso ao Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, já distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas maternidades e hospitais do Brasil. O prazo para adaptação é de até 180 dias. A coordenadora de Saúde da Mulher da pasta, Maria Esther Vilela, salienta que, segundo os últimos dados, somente 1,9% das mulheres em idade fértil usam o DIU de cobre. "Com base no registro do SUS e nos hospitais, teremos uma avaliação anual. Nossa meta é atingir 10% até 2020."

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O presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rogério Bonassi Machado, acredita que a falta de acesso e mitos sobre o método são alguns dos motivos para a baixa adesão. "Há mulheres que perguntam se o DIU é abortivo e se provoca câncer ou infertilidade. Falta informação correta", avaliou. Embora considere positiva a iniciativa do governo federal, ele faz um alerta: "Mulheres que sangram muito ou têm cólicas devem optar por outros métodos. Quem tem miomas grandes e tumores no útero não deve usá-lo."

Custo

O DIU de cobre custa, em média, R$ 120, sem a colocação. No mercado também há o DIU hormonal, que é conhecido como SIU, e já é fornecido pelos convênios médicos. Mas o custo é mais alto: em média, R$ 800, só o aparelho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Hospital da Mulher do Recife, localizado no bairro do Curado, na Zona Oeste, promove um mutirão para colocação de DIU – dispositivo intrauterino, nesta quarta-feira (28) e na próxima sexta-feira (30). De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, este já é o segundo mutirão de planejamento familiar da unidade hospitalar e a expectativa é atender cerca de 40 mulheres. 

Anteriormente, 50 usuárias foram beneficiadas. “Antes, todas passaram por consultas individuais, em que demonstraram vontade de fazer uso de algum método contraceptivo, optando pelo DIU”, informa a diretora geral do HMR, Isabela Coutinho. Para chegar ao hospital, as mulheres foram atendidas inicialmente na Atenção Básica (upinhas, postos de saúde, saúde da família) e, depois, encaminhadas para o Hospital da Mulher, pela regulação do município.

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Chicungunha – Ainda esta semana, na quinta-feira (29), o hospital também realiza um mutirão de consultas para pacientes que tiveram chicungunha e que hoje sofrem com dores crônicas decorrentes da doença. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, a ideia é que sejam atendidas 45 mulheres no ambulatório de Reumatologia da unidade, onde farão tratamento. Na quarta e quinta-feira, os mutirões começam às 7h, e na sexta, às 11h.

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