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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram neste domingo, 10, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro e ex-ministros de seu governo estão em Buenos Aires para participar da posse de Javier Milei como presidente da Argentina.

Senadores e deputados estiveram na manifestação, que teve baixa adesão. Os apoiadores levaram um trio elétrico ao local e gritaram "Dino, não". Pediram ainda que o Senado paute o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e disseram que o ato era o início da saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Presidência.

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A votação da indicação do ministro ao Supremo, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está marcada para quarta-feira, 13. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) convocou os apoiadores a voltarem à Esplanada na manhã da votação da CCJ, como forma de pressionar os senadores a barrarem o nome de Dino.

Estiveram no ato, os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Magno Malta (PL-ES), Jorge Seif (PL-SC), Izalci Lucas (PSDB-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Márcio Bittar (União Brasil-AC) e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), André Fernandes (PL-CE) e Gustavo Gayer. A Polícia Militar informou que não divulga estimativa de público. Os manifestantes ocuparam uma pequena faixa da Esplanada e o trânsito não foi interrompido no local.

Do trio elétrico, Eduardo Girão afirmou aos militantes bolsonaristas que a indicação de Dino ao STF é uma "afronta à sociedade brasileira cristã". "Peço a vocês que até o dia 13 oremos, de joelhos, pedindo a intervenção de Deus para que os senadores, na hora de colocar o seu voto, pensem em quem vai ficar nessa nação, nas famílias, nas crianças", disse. "Se tem uma coisa que político respeita é o povo organizado. Se manifeste nas redes sociais, ligando para os gabinetes."

O ato vinha sendo convocado por congressistas que apoiam Bolsonaro desde o início de dezembro. Em vídeo publicado nas redes sociais, parlamentares do PL chamaram apoiadores para manifestações em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Os apoiadores do ex-presidente estão afastados de grandes manifestações nas ruas do País desde os atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, centenas de pessoas foram presas por invadir e depredar os prédios do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, sob pedidos de intervenção militar e da retirada de Lula da Presidência.

Durante o ato contra Dino, o deputado Gustavo Gayer pediu que os apoiadores contribuíssem com uma "caixinha" de Natal ou com Pix para ajudar "os patriotas" que ainda estão com tornozeleira eletrônica após deixarem a prisão por determinação do STF. O Estadão viu manifestantes colocarem notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 na "caixinha".

Os bolsonaristas levaram à Esplanada a viúva e as duas filhas de Cleriston Pereira da Cunha, que morreu em novembro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. O empresário estava preso por ter participado dos atos golpistas de 8 de janeiro. "Ele morreu abandonado", disse Magno Malta no trio elétrico.

"Eu entendo que essa volta, ainda não sendo o maior movimento que fizemos até hoje, mas eu entendo. Não é que o povo esteja com medo. De coração, eu sei que o povo, boa parte, perdeu as esperanças", disse André Fernandes, no ato. "Não desanimem, não desanimem."

Declarações de petistas na conferência do partido, neste sábado, 9, também foram alvo dos parlamentares que estiveram no ato. Apoiadores vaiaram a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que disse, no encontro do PT, que "se tudo der certo, logo Bolsonaro vai estar preso".

Nomes de Dino e Gonet serão analisados nesta semana

Os nomes de Flávio Dino e do subprocurador-geral da República Paulo Gonet foram anunciados, respectivamente, para o STF e para a Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 27 de novembro. Levantamento do Estadão mostrou que, menos de 24 horas depois da indicação, Dino já tinha mais da metade dos votos necessários para sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O relator da indicação de Flávio Dino ao Supremo, senador Weverton Rocha (PDT-MA), apresentou parecer favorável à indicação do ministro à Corte Suprema no dia 4 de dezembro. O relatório do senador será analisado pelos integrantes da CCJ.

O documento aponta que o ministro da Justiça "teve experiências exitosas no exercício de funções dos Três Poderes da República" e não cita a avaliação negativa do trabalho de Dino na área da segurança pública neste ano. O parecer relembra, em quatro páginas, o currículo profissional e acadêmico do indicado pelo Palácio do Planalto.

Dino foi governador do Maranhão por dois mandatos, juiz federal e deputado e é senador afastado por exercer o cargo de ministro da Justiça de Lula. De acordo com Weverton Rocha, "trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político", que possui "invejável currículo".

Ao longo do ano, Dino protagonizou uma série de embates com bolsonaristas no Congresso. Alguns aliados de Lula acreditavam que o presidente não escolheria o ministro da Justiça para integrar a mais alta instância do Judiciário brasileiro justamente por causa das polêmicas. A rejeição do nome de Igor Roque para a chefia da Defensoria Pública da União (DPU), em outubro, havia sido vista como um recado de que o Senado poderia também barrar Dino, mas a expectativa agora é de que a indicação seja aprovada.

Realizando tratamento odontológico em Goiânia, Goiáis, o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL) foi recepcionado por apoiadores, na última sexta-feira (14), ao sair de uma clínica. Na ocasião, Bolsonaro parou para cumprimentar e tirar fotos com os bolsonaristas que estavam no local, que fica em um condomínio de luxo na região leste da capital.

Sob os gritos de "mito", o ex-presidente discursou, em um palanque improvisado, e afirmou que é "o ex mais amado do Brasil". Além disso, como de costume, defendeu a família e liberdades. "Obrigado mais uma vez pelo carinho. Brasil acima de todos, Deus acima de todos", disse em um carro de som. 

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Jair Bolsonaro passou a sexta em Goiânia onde também almoçou com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Além do governador goiano, o senador Wilder Morais (PL), o deputado federal Gustavo Gayer (PL), o deputado federal Professor Alcides (PL) e o ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) também participaram do encontro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está no Brasil, após ter deixado o país antes mesmo do fim do seu mandato e passar 89 dias nos Estados Unidos. O retorno do líder da extrema direita brasileira gerou repercussão nas redes sociais, tanto o ex-mandatário quanto seus filhos e apoiadores publicaram sobre o assunto. 

Como de costume, Bolsonaro usou o Twitter para falar aos seus apoiadores - alguns deles, inclusive, frustados por terem ido até o aeroporto de Brasília e ficado sem ver o agora presidente de honra do PL, que optou por deixar o local através de uma saída alternativa. 

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No microblog, o ex-presidente agradeceu o carinho dos bolsonaristas. "Obrigado a todos pelo carinho e consideração de sempre! É muito bom estar de volta", escreveu e acrescentou emojis da bandeira do Brasil e um coração. Bolsonaro também fez o seu primeiro discurso e falou em fortalecimento do conservadorismo.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi um dos filhos dele que não poupou também o uso da rede sociais, chegando até a publicar um vídeo usando como fundo uma música pornográfica. Segundo Flávio, hoje "o Brasil acordou mais forte". 

Ex-ministro e atual senador Rogério Marinho (PL-RN) também enalteceu o retorno de Bolsonaro e escreveu: "Tenho certeza do seu importante papel de líder para uma parcela importante da população que não está satisfeita com os rumos que o país está tomando".

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Reclamação

Houve também, entre os aliados, quem reclamou da atuação do Ministério da Justiça que, segundo o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), não ofertou um carro blindado para o ex-presidente deixar o aeroporto e circular por Brasília. 

"Enquanto o ministro da justiça do chefe da facção vai passear numa das favelas mais perigosas do RJ, negam ao último Presidente da República o uso de carro blindado num momento extremamente sensível caracterizado por eles mesmos? Acho que é só mais uma coincidência diária!", escreveu o vereador no Twitter.

Uma mulher foi expulsa de um restaurante da Asa Norte, em Brasília, nesta segunda-feira (2), depois de hostilizar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que recebeu apoio de clientes no local. A mulher dirigiu-se até a ministra com agressividade, e criticou ela e o presidente Lula (PT).

Em resposta à agressão, outros clientes do local reagiram com aplausos e gritos de “Marina” e “viva a democracia”. A ministra não reagiu aos ataques, apenas acenou, sorriu e fez um coração com a mão para os apoiadores. 

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A posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente foi adiada para a quarta-feira (4). Ela, por sua vez, já escolheu os secretários e presidentes do Ibama e ICMBio, mas ainda não conseguiu se encontrar com Lula para ter o aval das indicações. 

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestiu uma camisa do Sport para conversar com seus apoiadores nesse domingo (1º). No mesmo dia, o presidente Lula (PT) reuniu milhares de pessoas em Brasília para acompanhar a cerimônia de posse, com a entrega da faixa presidencial.

No vídeo feito por um maquiador e amigo da ex-primeira-dama Michelle, Bolsonaro deixa a casa onde está hospedado com o tradicional uniforme rubro-negro personalizado com seu nome costas. Ele foi recebido com gritos de "mito" por dezenas de admiradores e não comentou sobre a posse do adversário.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a receber apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, no último domingo (11). A pouco mais de duas semanas para encerrar seu mandato, o chefe do Executivo se mantém discreto e sem grandes discursos, seja à imprensa ou aos eleitores. É a segunda vez que ele se encontra com bolsonaristas, após um mês de reclusão total. 

À ocasião, acontecia um ato antidemocrático em frente à residência oficial. Ao abraçar uma criança que acompanhava os manifestantes, Bolsonaro se emocionou e chorou. O momento viralizou no Twitter, após um compartilhamento em massa no reduto conservador. Na última sexta-feira (9), em um outro encontro, o presidente discursou, mas não foi o caso desta vez. Da área externa, ele desejou apenas um “boa noite”. 

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Embora não tenha discursado, o mandatário acompanhou a cerimônia de hasteamento da bandeira e deu atenção a cartazes e faixas com mensagens de apoio. “Supremo é o povo” dividiu lugar com gritos de apoio a Bolsonaro, como “mito”, “fica” e o lema do ex-capitão “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Bolsonaro também participou de uma oração em grupo, ministrada por um homem que se identificou como "pastor do Distrito Federal".

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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou a apoiadores na tarde desta sexta-feira, 9, que "nada está perdido". "Quem decide meu futuro são vocês", disse. Na primeira fala a simpatizantes desde a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe do Executivo fez um discurso ambíguo. Ao mesmo tempo em que disse "respeitar as quatro linhas da Constituição", sinalizou para o questionamento ao resultado das eleições.

"Nada está perdido. O final, somente com a morte. Quem decide meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês", afirmou na frente do Palácio do Alvorada, enquanto apoiadores pregavam uma ação das Forças Armadas para evitar a posse de Lula, o que é inconstitucional.

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Bolsonaro quebrou o silêncio no mesmo dia em que o petista anunciou os nomes que irão comandar cinco ministérios, entre eles o de José Múcio Monteiro, à frente da pasta da Defesa. A escolha de Lula pelo ex-deputado federal e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) é vista como uma forma de apaziguar a tensa relação entre o petista e a caserna. Monteiro tem bom trânsito nas Forças Armadas.

"Nunca saí das quatro linhas da Constituição e acredito que a vitória será dessa maneira", destacou ainda o presidente. Ele ainda reforçou aos apoiadores que "vamos vencer" e que "se Deus quiser, tudo dará certo no momento oportuno". O chefe do Executivo não especificou, entretanto, em que âmbito e como se daria esta vitória, já que foi derrotado eleitoralmente por Lula.

Bolsonaro criticou o "eu autorizo", mote utilizado por simpatizantes para defender um autogolpe por parte do atual presidente. "Não é eu autorizo, não, é o que eu posso fazer pela minha pátria. Não é jogar a responsabilidade para uma pessoa", declarou, ao sugerir que apoiadores deveriam fazer algo pelo País, sem também especificar o quê.

"Não podemos esperar chegar lá na frente, dizer o que eu não fiz lá atrás para chegar a esta situação. O tempo voa, cada minuto é um minuto a menos. Temos como mudar o futuro da nossa Nação. Com o mesmo ingrediente ninguém pode fazer um bolo diferente. Esse ingrediente que temos pela frente, nós sabemos lá atrás o que aconteceu", disse, em provocação ao presidente eleito.

O chefe do Executivo comentou o período que passou em silêncio após a derrota e falou em dor "na alma". "Estou há praticamente 40 dias calado. Dói na alma, sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando a minha vida."

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Representantes de segmentos políticos que apoiaram a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram o discurso do petista anteontem em que ele critica dar prioridade "a tal estabilidade fiscal" em detrimento aos problemas sociais. A fala do presidente eleito derrubou a Bolsa e fez o dólar disparar na quinta-feira, 10.

"O discurso caiu mal não só para o mercado, mas também entre aqueles que acharam que a frente ampla, que foi essencial para a vitória dele no segundo turno, valeria também para o governo. Lula dava sinais positivos na transição, mas fez um discurso desnecessário. Foi um passo mal dado", disse o presidente do Cidadania, Roberto Freire. O dirigente reiterou, porém, que mantém apoio ao governo Lula.

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Fundador do Novo, o empresário João Amoedo, que declarou voto em Lula no segundo turno, seguiu na mesma linha. "Achei ruim e desnecessário ele fazer esse discurso na largada. Lula precisa sair do palanque. Mas ainda é prematuro dizer como será o governo dele. A transição trouxe coisas boas e ruins. Mas o mercado está volátil demais", disse Amoedo.

Para o tucano José Aníbal, o contraponto exposto for Lula entre teto de gastos e gastos sociais não é válido. "É possível trabalhar nas duas frentes", disse.

Apoiador de Lula desde do primeiro turno, o ex-chanceler tucano Aloysio Nunes Ferreira discorda. "Estão fazendo uma tempestade em copo d'água. Até os neoliberais de carteirinha sabem que Lula cuidou do superávit quando era presidente", afirmou.

Em sua fala na sede do governo de transição na quinta, Lula afirmou: "Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal desse País? Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste País?", questionou, em discurso no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Como mostrou o Estadão, ganhou força na equipe de transição a opção de retirar as despesas do Auxílio Brasil do teto de forma permanente, o que desagradou o mercado. Para o setor financeiro, a saída que vem sendo negociada pela equipe de transição, que também teria de ser feita via PEC, pode deteriorar a trajetória de sustentabilidade da dívida pública.

A Esplanada dos Ministérios foi fechada nesta segunda-feira (31), após rumores de tentativa de invasão por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o Sleeping Giants, após sua derrota na eleição contra o ex-presidente Lula (PT). 

Ainda de acordo com o movimento de grupo de consumidores contra o financiamento do discurso de ódio e das fake news, caminhões seguem para Brasília neste momento.

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Enrolada na bandeira do arco-íris, Larissa Meneses não disfarça a alegria que sentiu com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, neste domingo (30). "Hoje é um dia para rir", disse, cercada por uma multidão em São Paulo, que comemorou sua vitória sobre Jair Bolsonaro (PL).

"Estive quatro anos engasgada. Hoje é o momento de gargalhar!", disse à AFP esta desenvolvedora de software de 34 anos na Avenida Paulista, local emblemático das manifestações do ex-presidente, que voltará ao poder pela terceira vez.

A poucos metros de distância, um grupo cantava, animado, "Tá na hora do Jair já ir embora", uma das músicas mais ouvidas no Spotify durante a campanha eleitoral.

Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, vai assumir a Presidência em 1º de janeiro com quase metade do país contra ele: obteve 50,9% dos votos contra 49,1% para Bolsonaro.

A felicidade de Meneses era ofuscada em alguns momentos ao advertir que Bolsonaro, que ameaçou durante a campanha não reconhecer os resultados, alegando uma possível fraude, ainda tem dois meses no governo e os conservadores serão maioria no Congresso durante o mandato de Lula.

"Sinto medo porque acredito que ele é capaz de qualquer coisa, mas acredito que a democracia vai prevalecer", disse. "Eu espero que a gente continue resistindo, que a gente faça pressão".

- Lágrimas e satisfação -

Em uma calçada da Avenida Paulista, Fernando Nascimento chorava como menino, enquanto, ao seu redor, ouviam-se fogos de artifício e pessoas repetindo o lema "Lula, guerreiro do povo brasileiro!".

Assim que a vitória foi oficializada e confirmada nas ruas com um sonoro grito de alegria, este sem teto de 59 anos tirou sua carteira, que tinha um adesivo de Lula, a ergueu para o alto e a beijou com os olhos fechados.

"Eu sempre fui Lula, não o partido [o PT]. Sempre fui Lula e vou sair da rua", disse pouco depois de abraçar um desconhecido.

Como é habitual em comícios petistas, o vermelho prevaleceu na quente noite paulistana, embora mais de um manifestante tenha aparecido vestindo a camisa da seleção.

O bolsonarismo transformou a bandeira e a camisa da seleção em símbolos. Lula pediu a seus seguidores que voltem a se apropriar destes objetos, embora não tenha tido muito sucesso.

- Chamado à calma -

No entanto, seu chamado fez eco em William Alves, um empresário de 37 anos de cabelos crespos e óculos de armação grossa.

Com a bandeira verde amarela nas costas, tendo ao centro um prato de comida e uma imagem de Lula com o punho erguido.

O ex-presidente, de 77 anos, prometeu combater a fome, que afeta 33,1 milhões dos 215 milhões de habitantes, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa de Soberania e Segurança Alimentar.

"Esperava que o resultado fosse apertado, mas não tanto", afirmou Alves. "A diferença de votos é sofrida, mas histórica. Espero que a gente retome as instituições, que a Constituição seja respeitada e que, com isso, o Brasil retome o desenvolvimento e o investimento nas áreas prioritárias, em coisas básicas que a gente não teve nesse período".

Com uma cerveja na mão, Diana Rafaela, uma vendedora de 35 anos, comemorava a vitória sobre o "fascismo", mas pedia cautela.

"Agora a gente vai ter que reconstruir o Brasil porque não vai ser da noite para o dia que a gente vai ter emprego, educação, poder de compra".

A felicidade de todos foi, no entanto, motivo de tristeza para Pedro Rogério Barbosa.

Posicionado em uma esquina, ao lado de uma estação do metrô, este vendedor de bandeiras do Brasil começou a recolher sua mercadoria minutos antes da oficialização da vitória de Lula.

"Se por acaso Bolsonaro ganhasse, a gente venderia a bandeira dele", disse este homem negro de 58 anos.

Mas o apoiador do ex-capitão do Exército foi embora de mãos vazias porque "só vendiam as do PT".

"A preferência era Bolsonaro, Deus, família, enfim... Vou ver o que Lula vai fazer pela gente".

O candidato do PT à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, disse na noite deste domingo (2) a apoiadores na Avenida Paulista, que sua campanha "não vai ter folga". "Quero fazer um apelo aos partidos que nos apoiam que a gente não vai ter folga", disse. "Já a partir de amanhã (segunda-feira) vamos trabalhar muito em São Paulo para ajudar o (Fernando) Haddad (candidato do PT ao governo paulista) a derrotar o adversário dele", disse Lula. "E nós vamos ganhar porque o Brasil precisa de nós."

Assim como Lula, Haddad foi para a disputa no segundo turno. O ex-prefeito recebeu 35,7% dos votos, contra 42,3% do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Lula disse ainda "ter certeza absoluta" de que vai ganhar as eleições presidenciais e "recuperar a dignidade" da população. "A partir de amanhã estaremos em campanha e não vamos descansar. Vamos convencer por que nós seremos a melhor solução para melhorar a vida do povo brasileiro."

O candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), falou antes dele e disse que agora é hora de "unir todos os democratas do Brasil" para "vencer a mentira, o ódio, e fazer voltar a democracia, o emprego e o desenvolvimento". E completou: "No dia 30 (de outubro) nós vamos resgatar o Brasil".

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, disse na noite deste domingo (2) a apoiadores na Avenida Paulista que vai "ajudar o presidente Lula a governar". "Vamos ganhar pela primeira vez o Estado de São Paulo; os progressistas vão ganhar um Estado que vai ajudar a União a resgatar o direito do povo trabalhador, que sofre a cada dia as mazelas do bolsonarismo."

E enfatizou: "Miliciano não vai botar o pé em São Paulo, nós não vamos deixar". Assim como Lula, candidato à Presidência pelo PT, Haddad foi para a disputa no segundo turno. O ex-prefeito teve 35,70% dos votos, contra 42,32% do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República isolou uma área na frente do Palácio da Alvorada para apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já havia no final da tarde deste domingo, 2, movimentação de um grupo de eleitores com camisas amarelas e bandeiras do Brasil na frente de um dos acessos à residência de Bolsonaro.

Há duas entradas para o Palácio. Por uma, entram os jornalistas. Pela outra, os apoiadores. Em ambos os acessos, há detectores de metal. Candidato à reeleição, Bolsonaro vai acompanhar a apuração dos votos no Palácio da Alvorada. O presidente votou pela manhã, em uma escola na Vila Militar do Rio de Janeiro.

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Bolsonaro retornou à capital federal e chegou pouco depois do meio-dia ao Alvorada, onde quatro apoiadores o esperavam. O presidente, contudo, não parou para conversar com os militantes e nem falou com a imprensa antes de entrar no Palácio.

No Rio, Bolsonaro voltou a dizer que vai ganhar a eleição em primeiro turno com, no mínimo, 60% dos votos, embora as pesquisas eleitorais não indiquem essa possibilidade. "Tenho a certeza que em uma eleição limpa, ganharemos hoje com no mínimo 60% dos votos", afirmou o presidente.

O chefe do Executivo costuma desacreditar os levantamentos de intenção de voto e levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. Numa entrevista recente ao Jornal da Record, o presidente se recusou a dizer se aceitará o resultado da eleição em caso de derrota.

Os ataques recentes contra a jornalista Vera Magalhães, cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus seguidores, como o deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia, estão longe de serem casos isolados de agressões às mulheres ao longo dessa campanha política. Nos dois debates, de presidenciáveis e candidatos ao governo de São Paulo, assim como em entrevistas, as mulheres têm sido alvos constantes.

Na noite da terça-feira, 13, ao fim do debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, Vera foi abordada por Douglas Garcia, que, usando um celular para gravar o ato, foi até ela e reiterou os ataques feitos pelo chefe do Executivo há duas semanas a chamando de "vergonha para o jornalismo brasileiro", em seguida, reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual dela na TV Cultura.

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Essa não foi a primeira vez que o deputado atacou Vera. Ainda neste ano, ao lado do pastor Silas Malafaia, acusou a jornalista de receber R$ 500 mil por ano da fundação ao qual pertence a TV Cultura para atacar o presidente Bolsonaro. No entanto, como mostrou o Estadão Verifica, Vera tem contrato vigente desde 2019 com a Fundação Padre Anchieta (FPA) e o pagamento mensal da jornalista é de R$ 22 mil, o que significa um valor anual de R$ 264 mil, pouco mais da metade do valor citado pelo pastor.

Debate

No debate entre os candidatos à Presidência, a vítima não foi apenas Vera. Bolsonaro atacou a também candidata Simone Tebet.

A candidata Soraya Thronicke defendeu tanto a jornalista quanto a adversária ao dizer que o presidente era o tipo de homem tchutchuca com outros homens e tigrão com as mulheres. O ataque às mulheres se tornou o tema do debate.

No dia seguinte ao debate, as duas candidatas foram alvos de ofensas por parte de bolsonaristas nas redes sociais. Elas foram alvo de ofensas, montagens e xingamentos em novas postagens de aliados do presidente.

Em um evento com mulheres no Rio Grande do Sul, o presidente voltou a se referir a Simone Tebet, dizendo que a senadora cobra defesa das mulheres, mas não atua nesse sentido quando tem oportunidade. "Essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Maíra (conhecida como Capitã Cloroquina), depor na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada", afirmou.

Mas, como mostrou o Estadão Verifica, Tebet não estava presente na comissão no dia em que a doutora Nise prestou depoimento. Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro defenderam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina.

Entrevistas

Em recentes entrevistas, Bolsonaro também partiu para o ataque contra outras jornalistas. Em entrevista á Rádio Jovem Pan, no dia 6, o presidente se desentendeu com a jornalista Amanda Klein.

Após ser questionado sobre suspeitas de corrupção envolvendo seus familiares, o chefe do Executivo disse que a profissional estava fazendo "acusações levianas", perguntou se ela acredita em si mesma ao se olhar no espelho e mencionou a vida pessoal da jornalista. "Você é casada com uma pessoa que vota em mim, não sei como é seu convívio com ele na sua casa", afirmou. "Mas eu não tenho nada a ver com isso, não responde, por favor", completou.

"Você acredita na imprensa, Amanda? Você acredita em si mesma na frente do espelho?", questionou o presidente. Amanda havia citado reportagem sobre a suspeita de haver funcionários fantasmas no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal. "A minha vida particular não está em pauta", respondeu a jornalista.

No dia 31 de agosto, outro candidato bolsonarista foi protagonista dos ataques. Durante sabatina na TV Meio Norte, repetidora da Band em Teresina, o candidato a governador Silvio Mendes (União) - que tem o apoio do chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI) - disse à jornalista Katya D’Angelles que ela é "quase negra, mas uma pessoa inteligente".

A jornalista questionou se o candidato ao governo do Piauí tinha planos para combater o feminicídio e em favor das minorias. "Eu imagino quantas discriminações você não sofreu. Você que é quase negra, na pele, mas você é uma pessoa inteligente, teve a oportunidade que a maioria não teve e aproveitou", foi a resposta dada.

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, lamentou a morte de um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), na quarta-feira (7). Para Ciro, a morte é consequência de uma "guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional".

"Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo", declarou o candidato, em publicação no Twitter nesta sexta-feira (9).

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"Abaixo a violência política. O Brasil quer paz", concluiu o pedetista.

O crime ocorreu no Dia da Independência, na última quarta-feira, após uma longa discussão em Confresa, em Mato Grosso.

Apoiador de Bolsonaro, Rafael Silva de Oliveira, 22 anos, atacou Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, com golpes de faca e ainda tentou decapitar a vítima em seguida.

A prisão de Oliveira nesta sexta-feira foi em flagrante e convertida em preventiva por decisão judicial.

Ele responderá por homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e cruel. O caso é tratado pela polícia local como crime por motivação política.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, Paulo Rocha, cobrou nesta sexta-feira (9) a apuração do assassinato do petista Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, pelo bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, no interior do Mato Grosso. Segundo a Polícia Civil, ambos trabalhavam juntos no corte de lenha em uma chácara em Agrovila, zona rural do Estado.

"Mais um bolsonarista matando quem diverge de suas opiniões políticas", lamentou o senador. "A diferença ideológica não pode chegar a esse cúmulo. Cobramos apuração imediata após a morte de Benedito em mais um episódio de intolerância. BOLSONARISMO MATA", publicou Rocha no Twitter.

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De acordo com as autoridades locais, os envolvidos no crime debatiam política no dia do Bicentenário da Independência do Brasil, comemorado na última quarta-feira (7), até que a discussão tomou novas proporções.

Benedito teria desferido um soco em Rafael, que teria agarrado uma faca e partido para cima da vítima, golpeada ao menos 15 vezes.

O episódio ocorre em meio ao extremismo político que toma o País com a crescente polarização entre a esquerda e a extrema-direita para a eleição presidencial de outubro deste ano, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) à frente nas pesquisas de intenção de voto.

Ambos se colocam como antagonistas políticos e chegaram a protagonizar a motivação de outro confronto violento que resultou na morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado no Paraná em 9 de julho pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se concentraram na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, neste 7 de setembro, em último ato antes das eleições, para prestar apoio à permanência de Bolsonaro na Presidência da República. A caminhada iniciou com uma oração seguida da celebração do Hino Nacional.

Membro do grupo Advogados de Direita Conservadora de Pernambuco, Weverton Cleber, disse que o movimento é importante para demonstrar a coesão e unidade das pessoas "em prol de objetivos para a nossa nação". "Principalmente a cultura, educação, e a economia que têm sido um destaque do governo Bolsonar", disse. "Esse ato hoje tem um simbolismo importante por causa da independência do Brasil, mas ele marca também a demonstração que as pesquisas que estão sendo divulgadas não correspondem com a realidade. Aqui é a demonstração do interesse do povo em permanecer com a gestão do governo Bolsonaro", completou.

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A professora da rede pública, Conceição Oliveira, expressou a necessidade de manter Bolsonaro no poder pela defesa dos princípios da família. “A gente nunca teve um presidente voltado para essa questão dos valores morais, éticos, o respeito pela pessoa, a liberdade do cidadão se expressar e falar o que pensa. Isso é muito importante para o Brasil, principalmente neste momento onde a ditadura quer se instalar, que já instalou em vários países como Argentina, Cuba, Venezuela, mas o Brasil caminha na direção certa”. 

O candidato de Bolsonaro ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), não quis falar com a reportagem do LeiaJá.

Por sua vez, o candidato Pastor Wellington Carneiro (PSC), disse que “esse é, de fato, o ato mais democrático da história do Brasil”. “Estamos vendo milhões e milhões de brasileiros indo às ruas expressar o seu sentimento, o que verdadeiramente querem. O povo brasileiro está deixando claro que quer a reeleição do presidente, que quer continuar tendo liberdade, o direito de ir e vir, direito de culto. Aqui não tem ninguém pago. O cidadão pernambucano está vindo às ruas para dizer: ‘queremos continuar com o Brasil verde e amarelo’”. 

A vereadora e candidata a deputada federal Michele Collins (PP), destacou que a população foi às ruas manifestar o “desejo de que Bolsonaro permaneça no poder”. “Que a gente possa dar continuidade a tudo o que a gente tem feito, já que a pandemia foi um momento difícil. Entendemos que precisamos de mais um tempo para Bolsonaro mostrar o trabalho dele”. Candidato à reeleição na Alepe, o Pastor Cleiton Collins (PP) disse que a importância do ato é pelo “fortalecimento, liberdade para o Brasil, liberdade de expressão e liberdade religiosa”. “Contra tudo aquilo o que afeta a família. Bolsonaro representa a família”.

 

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se concentram na tarde desta quarta-feira, 24, na Praça da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), para uma motociata em apoio à reeleição do chefe do Executivo. O candidato, que já se reuniu com prefeitos e lideranças religiosas na região metropolitana, vai de moto até a Praça da Liberdade, onde a campanha organizou um comício.

Com gritos de "mito", como Bolsonaro costuma ser chamado por apoiadores, motociclistas esperam o presidente vestidos com camisetas nas cores verde e amarelo e bandeiras do Brasil. A campanha à reeleição vê o comício em BH como um "momento-chave" na disputa pelo Palácio do Planalto. Desde o início da campanha, na semana passada, Bolsonaro já foi três vezes ao Estado, mas este será o primeiro ato político na capital mineira.

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Com a ampla vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste, a estratégia do comitê de Bolsonaro é crescer no Sudeste, onde estão os três maiores colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A maioria dos candidatos ao Palácio do Planalto tem dedicado as primeiras semanas da campanha eleitoral a essa região. Minas carrega um componente político e, de certa forma, místico adicional: todos os presidentes eleitos desde a redemocratização venceram em solo mineiro. Hoje, Lula lidera no Estado.

Na pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira, 18, Bolsonaro apareceu com 29% dos votos em Minas, 20 pontos porcentuais atrás de Lula, que marcou 49%. É a maior diferença entre os três maiores colégios eleitorais do País. Em São Paulo, o candidato à reeleição alcançou 31%, ante 44% do ex-presidente. Já no Rio, seu berço político, Bolsonaro marcou 35%, contra 41% de Lula, uma diferença de apenas 6 pontos porcentuais.

Sem usar máscara, com voz levemente rouca e aparência de cansaço, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta manhã que está doente.

"Não dormi a noite toda, com febre, gripe", declarou a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, antes de seguir para o gabinete no Planalto. Ele diz não ter se vacinado contra a Covid-19.

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À tarde, Bolsonaro terá reunião com embaixadores na sua residência oficial para apresentar um PowerPoint com suas desconfianças - nunca comprovadas - em torno do sistema eleitoral brasileiro.

Especialistas e médicos recomendam isolamento e testagem para coronavírus em caso de sintomas gripais. Historicamente contrário às medidas de prevenção à Covid-19, Bolsonaro não informou aos apoiadores se vai adotar as recomendações.

Neste domingo, em conversas com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou que 40 embaixadores já confirmaram presença na reunião, mas não especificou quais. Nos bastidores, integrantes do Itamaraty mostram desconforto em misturar o aparato diplomático com os rompantes político-eleitorais do presidente.

Em vídeo divulgado neste sábado (16), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convoca apoiadores para o que chamou de "aclamação de Jair Messias Bolsonaro" como candidato à reeleição à Presidência da República.

"2022 será decisivo para o destino do nosso Brasil nas próximas décadas. Eu te convido para a aclamação de Jair Messias Bolsonaro como candidato à Presidência da República pelo PL. Uma grande festa que vai acontecer no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no dia 24 de julho, um domingo, às 11h22", disse em vídeo divulgado pela assessoria do senador.

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Ele pediu que neste dia os apoiadores pendurem uma bandeira do Brasil em sua janela. "Para mostrar a todos que você também é um patriota e ama o seu País", acrescentou. Segundo ele, os portões do Maracanãzinho abrem às 8h22.

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