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Um pequeno pedaço de madeira, mas de importância crucial para muitos cristãos: um fragmento da manjedoura de Jesus chegou nesta sexta-feira (29) à Terra Santa, depois de mais de 1.300 anos na Europa. 

A relíquia foi apresentada durante uma missa na discreta capela do centro Notre-Dame, a dois passos da Cidade Antiga de Jerusalém. Quase 80 pessoas celebraram o retorno do que a Igreja apresenta como parte da manjedoura original de Cristo.

O fragmento, oficialmente transferido nesta sexta-feira a partir do Vaticano, será levado para Belém, cidade palestina da Cisjordânia ocupada e lugar de nascimento de Jesus, de acordo com a tradição cristã.

"É importante, pois se trata de parte da estrutura de madeira da manjedoura original de Belém. Esta estrutura de madeira deixou a Terra Santa no ano 640", afirmou à AFP o custódio da Terra Santa, Francesco Patton, após a missa.

Naquela época, "o papa em Roma era Teodoro, e tinha raízes palestinas", acrescentou, ao explicar as razões da transferência do berço de Cristo do Oriente Médio para a Europa.

"1.379 anos depois, o fragmento da manjedoura permanecerá em Belém para sempre" e mais especialmente na igreja de Santa Catarina, anexa à Basílica da Natividade, onde Jesus nasceu segundo a tradição cristã, completou.

A cidade de Belém programou eventos até o Natal para celebrar o retorno do pedaço de madeira, de um centímetro de largura por 2,5 de comprimento.

Durante uma visita ao Vaticano em dezembro de 2018, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, pediu ao papa Francisco que permitisse o retorno da relíquia a Belém, cidade que fica a poucos quilômetros de Jerusalém.

Após o massacre em Gaza durante os conflitos entre palestinos e o Exército de Israel, no qual morreram pelo menos 60 pessoas, o papa Francisco expressou nesta quarta-feira (16) "muita preocupação" com a "espiral de violência" na Terra Santa.

"Estou muito preocupado e entristecido pela escalada das tensões na Terra Santa e no Oriente Médio e pela espiral de violência que afasta cada vez mais o caminho da paz, do diálogo e das negociações", disse Jorge Mario Bergoglio durante sua audiência geral.

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Francisco ainda prestou condolências a todos os mortos e feridos e disse estar "próximo pela oração e o afeto a todos os que sofrem". De acordo com o Pontífice, "jamais o uso da violência levará à paz", porque a "guerra chama guerra, a violência chama a violência".

Na última segunda-feira (14), o Exército de Israel matou pelo menos 60 pessoas e deixou 2,5 mil feridos durante os protestos dos palestinos que coincidiu com a data da inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

Durante a audiência desta quarta, o Papa ainda fez um apelo a todos os envolvidos nos confrontos e à comunidade internacional para "renovarem o empenho para prevalecer o diálogo, a justiça e a paz".

Por fim, o líder da Igreja Católica desejou sua "felicitação cordial" aos muçulmanos por ocasião do Ramadã, que teve início na noite de ontem(15). "[Espero que] este tempo privilegiado de oração e de jejum ajude a caminhar pelo caminho de Deus, que é o caminho da paz". 

Da Ansa

O Papa Francisco visitará pela primeira vez a Terra Santa, de 24 a 26 de maio, em uma viagem "intensa e carregada", que será marcada pelo diálogo entre as três grandes religiões monoteístas: católica, judaica e muçulmana. O Papa, que em três dias visitará a capital jordaniana Amã, Belém, nos Territórios Palestinos, e Jerusalém será acompanhado por um líder religioso muçulmano e um rabino em uma região emblemática, abalada por conflitos.

"Não há reuniões específicas programadas entre as religiões, mas a presença durante a viagem de membros das diferentes religiões é significativa", declarou nesta quinta-feira o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

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O rabino de Buenos Aires, Abraham Skorka, e o líder muçulmano Omar Abboud, presidente do Instituto do Diálogo Inter-religioso da capital argentina, "dois amigos", acompanharão Francisco em sua primeira visita à Terra Santa.

"São pessoas que o Papa conhece muito bem, com quem cultiva uma amizade desde a Argentina. Portanto, não será necessário fazer discursos sobre o diálogo inter-religioso", explicou Lombardi.

Com a viagem, o Papa argentino comemora o histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Ortodoxo Atenágoras I de Constantinopla, em 5 de janeiro de 1964, em Jerusalém, uma reunião que revogou a excomunhão de 1054 que causou a divisão entre as igrejas do Oriente e do Ocidente.

O Papa se reunirá em quatro ocasiões com o Patriarca Ortodoxo, com quem vai rezar no Santo Sepulcro, em Jerusalém.

"Um evento histórico", considerou Lombardi, já que esta é a primeira vez que os representantes de várias correntes cristãs, incluindo a greco-ortodoxa, a armênio-ortodoxa e dos franciscanos católicos rezam todos juntos e publicamente neste local sagrado para o cristianismo.

"Naquele lugar todos sempre rezaram separadamente", lembrou Lombardi, sem mencionar os difíceis confrontos no passado recente entre essas comunidades para ter horários fixos de oração.

- Veículos sem blindagem -

Durante sua primeira viagem como pontífice a esta região conflituosa, Francisco, originário de um país com uma grande comunidade judaica, viajará de helicóptero ou em um veículo comum, sem blindagem e, em alguns casos, em um SUV conversível, sem se limitar por razões de segurança.

"Ele vai se locomover em um carro normal. É o seu desejo", indicou Lombardi.

No domingo, 25 de maio, em Belém, o Papa vai saudar os palestinos católicos atravessando a cidade em uma picape, ​​da sede da Presidência até a Praça da Manjedoura, onde celebrará uma missa.

Esta é uma das poucas ocasiões em que Francisco estará em contato com as multidões, já que os católicos são uma minoria no Oriente Médio.

O papa latino-americano, que pronunciará 14 discursos, todos em italiano, visitará um campo de refugiados, almoçará com famílias pobres da região, e irá ao Memorial do Holocausto Yad Vashem e ao Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo.

O rabino Skorka e o líder islâmico Abboud devem acompanhar o Papa na maioria dos 20 eventos programados, como membros da delegação do Vaticano, algo sem precedentes.

Francisco também visitará a Esplanada das Mesquitas e o Domo da Rocha acompanhado pelo Grande Mufti de Jerusalém, Mohammed Hussein, mas não chegará a ir à Galileia, apesar dos "inúmeros pedidos".

"É um programa aprovado pelo Papa. Não esperamos surpresas", assegurou Lombardi.

Como seus antecessores, João Paulo II (2000) e Bento XVI (2009), Francisco deixará uma mensagem no Muro das Lamentações.

Para se preparar para este programa "desgastante", Francisco, de 77 anos, adiou uma visita a uma paróquia de Roma, prevista para domingo, uma decisão tomada "com serenidade" e que não deve provocar alarde, de acordo com Lombardi.

Um rabino e um professor muçulmano, ambos argentinos, acompanharão o Papa em sua viagem a Amã, Belém e Jerusalém, de 24 a 26 de maio, anunciou o Vaticano neste sábado (3). O rabino de Buenos Aires, Abraham Skorka, velho amigo do Papa Jorge Mario Bergoglio, e Omar Abbud, presidente do Instituto do Diálogo Inter-Religioso da capital argentina, acompanharão o pontífice em sua primeira viagem à Terra Santa.

Será a primeira vez na história das viagens papais que a delegação incluirá dignitários e outras religiões, e espera-se que a mesma gere reações de interesse nos mundos muçulmano e judeu. Se o aspecto ecumênico da aproximação entre igrejas cristãs e, frequentemente, rivais instaladas na Terra Santa dominará a viagem, o diálogo inter-religioso será outra grande temática, numa região em que os cristãos se tornaram uma pequena minoria.

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A viagem de três dias do Papa argentino tem 15 discursos e visitas agendados, e provoca expectativa.

O papa Francisco anunciou neste domingo (5) que viajará para Israel, Cisjordânia e Jordânia entre os dias 24 e 26 de maio. Será sua primeira visita à Terra Santa e vai acontecer em meio às novas tentativas dos Estados Unidos de fechar um acordo de paz entre Israel e os palestinos.

Francisco disse às pessoas, que estavam reunidas sob a chuva para receber sua bênção de domingo, que fará uma viagem de três dias a Amã, Belém e Jerusalém. Trata-se da única viagem confirmada até agora para 2014 e a segunda viagem estrangeira do pontificado de Francisco, que esteve no Brasil em 2013 para a Jornada Mundial da Juventude.

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O principal objetivo de Francisco é celebrar o 50º aniversário do encontro histórico realizado em Jerusalém entre o papa Paulo VI e o então líder os cristãos ortodoxos, o patriarca Atengoras. Francisco vai se encontrar com o atual patriarca, Bartolomeu. Segundo o papa, eles celebrarão juntos uma missa na igreja do Santo Sepulcro, onde acredita-se que Jesus tenha sido enterrado.

Mas a visita também vai destacar as relações próximas de Francisco com a comunidade judaica e o antigo pedido do Vaticano para que a paz entre Israel e os palestinos seja estabelecida.

O jesuíta argentino será o quatro papa a visitar a Terra Santa: Paulo VI esteve no local em 1964, João Paulo II em 2000 e Bento XVI em 2009. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco fará uma breve visita a Israel e aos Territórios Palestinos em 25 de maio, em sua primeira viagem à Terra Santa desde que assumiu o pontificado, afirmou nessa quinta-feira (19) o jornal israelense Yediot Aharonot.

De acordo com o jornal, a visita durará apenas 48 horas. As autoridades do Estado hebreu estariam decepcionadas com a curta visita, lamentando principalmente que o pontífice vá celebrar uma missa apenas em Belém - cidade palestina autônoma da Cisjordânia -, mas não em Jerusalém, ou Nazaré, completa o jornal.

"A Autoridade Palestina será a principal beneficiada, pois ganhará mais importância internacional", criticou o "site" israelense Ynet.

Questionado pela AFP, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, não quis comentar nenhum tipo de agenda, pois "corresponde ao Papa decidir e anunciar uma viagem desse tipo". Ele admitiu, porém, que houve "preparativos, contatos e uma visita" de representantes do Vaticano aos lugares indicados.

O anúncio oficial poderá ser feito nas semanas posteriores ao Natal, segundo uma fonte vaticana. O Yediot Aharonot explica que a agenda "vazada" para o jornal não é definitiva e que uma delegação da Santa Sé foi a Israel esta semana para discutir os detalhes.

O jornal informou que o papa começará seu périplo em 24 de maio, na Jordânia, e no domingo, 25, seguirá para Israel, onde se reunirá com lideranças religiosas, com o presidente Shimon Peres e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Em Jerusalém, visitará os lugares santos do Cristianismo, o Muro das Lamentações e o Memorial do Holocausto, de Yad Vachem. No dia 26, Francisco vai a Belém.

No cargo desde março, o papa argentino foi convidado a visitar os locais santos do Cristianismo por Peres e pelo presidente palestino, Mahmud Abbas. Em 2000, o então Papa João Paulo II fez uma peregrinação de seis dias pela Terra Santa. Já Bento XVI ficou cinco dias na região em 2009.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, convidou o papa Francisco a visitar a Terra Santa, segundo jornalistas. Abbas disse ao oficial de política externa do Vaticano Dominique Mambert que convidou o líder religioso "para a Terra Santa".

O presidente israelense, Shimon Peres, também convidou Francisco a conhecer o local durante uma visita no início deste ano. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve ser recebido pelo papa na quarta-feira (23) da próxima semana.

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Francisco já havia dito que gostaria de viajar para a Terra Santa, mas o Vaticano não confirmou a viagem. Anteriormente, o Channel 2 da televisão de Israel havia dito que a viagem acontecerá em março.

O papa disse que gostaria de visitar o local com o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, líder espiritual dos ortodoxos do mundo. Abbas é o quarto líder do Oriente Médio a conhecer o papa Francis. O líder religioso havia se encontrado com Peres, o presidente libanês, Michel Sleiman, e o rei Abdullah da Jordânia. Fonte: Dow Jones Newswires.

Milhares de cristãos reuniram-se perto da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, para o Sábado de Aleluia e marcharam em procissões para orar em locais da Via Sacra. Hoje é dia de reflexão e espera para diversos cristãos. "Este dia é muito importante para nós. É a espera pela grande celebração da ressurreição", disse o padre Ibrahim Shomali, um cristão palestino.

Os cristãos se uniram para orar no Santo Sepulcro, onde a tradição diz que Jesus foi cruficicado e enterrado. "O poder desta localização, de estar aqui tem de ser experimentado", disse Jim Carnie, de Nova York.

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A semana de comemorações culminam, amanhã, no Domingo de Páscoa. Jerusalém será palco de missas e comemorações neste domingo. As igrejas ortodoxas e outras que seguem o calendário juliano vão marcar a Páscoa em uma semana. As informações são da Associated Press.

Católicos romanos e protestantes relembraram hoje na Terra Santa a crucificação de Jesus Cristo com preces e procissões na Cidade Velha de Jerusalém. Para os católicos e protestantes que seguem o novo calendário gregoriano, a Sexta-Feira da Paixão neste ano coincide com o feriado da Páscoa Judaica (Pessach), que começou no pôr-do-sol. Os cristãos ortodoxos, que seguem o antigo calendário juliano, celebram a Páscoa uma semana depois.

Em Jerusalém, peregrinos cristãos lotaram as vielas da Cidade Velha ao longo da Via Dolorosa. Eles seguiram as 14 estações, terminando na antiga Igreja do Santo Sepulcro. A tradição diz que a Igreja foi construída no lugar onde Jesus foi crucificado, na Sexta-Feira da Paixão, e enterrado. Depois, conforme a tradição, ele ressuscitou no Domingo de Páscoa.

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Em preparação para a Páscoa Judaica, o Exército de Israel anunciou o fechamento geral da Cisjordânia. Isso significa que nenhum palestino pode entrar em Israel - exceto aqueles que precisam de tratamento médico. A proibição será encerrada às 24 horas de sábado e não se aplica às centenas de milhares de israelenses que moram na Cisjordânia.

Israel geralmente fecha os acessos da Cisjordânia durante os feriados judeus, quando as multidões que lotam as sinagogas e outros lugares públicos ficam mais vulneráveis a potenciais ataques de militantes palestinos. Uma década atrás, 29 pessoas foram assassinadas na véspera da Páscoa Judaica, quando participavam de um tradicional festival em um hotel no resort israelense de Netanya.

Na cidade de Beit Jala, perto de Belém, palestinos católicos reencenaram hoje os passos da crucificação de Jesus em suas vinhas e olivais. O padre Ibrahim Shomali liderou a procissão da Sexta-Feira da Paixão em árabe. Dezenas de fiéis o seguiram, carregando bandeiras da Palestina e cruzes feitas de galhos de oliveiras.

Centenas de palestinos realizaram celebrações em suas fazendas este ano na região, que fica entre dois assentamentos israelenses e na linha na qual Israel planeja construir um muro divisório. As cerimônias foram realizadas para destacar e protestar contra o que os palestinos afirmam que são restrições cada vez maiores dos israelenses para que eles possam chegar às suas terras, especialmente em áreas coladas ao Estado judeu e perto de assentamentos na Cisjordânia.

O governo de Israel diz que precisa impedir o acesso dos palestinos a certas áreas para evitar conflitos em regiões na qual o relacionamento com os colonos judeus é complicado. Em outras áreas, Israel afirma que precisa dos terrenos para construir seu muro de separação e impedir os ataques palestinos. As informações são da Associated Press.

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