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As autoridades da Índia prometeram no sábado, 26, tomar medidas depois de uma professora primária do norte do país ter ordenado aos seus alunos que se revezassem para bater em um colega muçulmano. A cena foi gravada e provocou indignação nas redes sociais.

A filmagem mostra uma professora de uma escola particular em Uttar Pradesh ordenando, na quinta-feira, 24, que seus alunos batessem em seu colega de sete anos, supostamente porque ele errou na tabuada. "Investigamos e descobrimos que a mulher afirmou no vídeo que os estudantes muçulmanos são mimados pelas mães e não prestam atenção aos estudos", disse o Superintendente de Polícia de Muzaffarnagar, Satyanarayan Prajapat, em um comunicado em vídeo.

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"Por que você bate tão pouco nele? Bata nele com força", ouve-se as crianças dizendo, enquanto o colega fica chorando. "Ele começa a bater na cintura dele (…) o rosto dele está ficando vermelho, bate mais na cintura", acrescentou. O menino de sete anos agredido chora enquanto vários de seus colegas se revezam para agredi-lo, instigados pela professora.

O superintendente de polícia Satyanarayan Prajapat disse que a filmagem foi verificada. "Serão tomadas medidas cabíveis contra a professora", afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais. O pai da vítima apresentou queixa à polícia distrital de Muzaffarnagar, onde ocorreu o incidente, informou o magistrado em outro vídeo.

O acontecimento gerou uma onda de indignação no país asiático, onde políticos e cidadãos denunciaram o que aconteceu em Muzaffarnagar em meio a uma crescente atmosfera de ódio contra as minorias, especialmente os muçulmanos, que representam cerca de 15% da população indiana.

Grupos de direitos humanos alertam que os crimes de ódio e a violência contra a minoria muçulmana da Índia aumentaram desde que o primeiro-ministro nacionalista hindu, Narendra Modi, chegou ao poder em 2014.

O líder da oposição, Rahul Gandhi, culpou o partido governante Bharatiya Janata (BJP) por alimentar a intolerância religiosa no país de maioria hindu. "Semeando o veneno da discriminação nas mentes de crianças inocentes, transformando um lugar sagrado como a escola num mercado de ódio", postou ele no X (antigo Twitter).

"Não há nada pior que um professor possa fazer pelo país", acrescentou. "Este é o mesmo querosene espalhado pelo BJP que incendiou todos os cantos da Índia", continuou ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Forças de segurança do Egito informaram que 15 pessoas foram presas em função de um ataque na sexta-feira contra uma igreja cristã não autorizada no sul da capital, Cairo. As autoridades disseram que 12 dos presos são muçulmanos e três são cristãos.

Centenas de manifestantes muçulmanos entraram na igreja após as orações de sexta-feira, de acordo com a diocese local, destruindo as instalações e gritando slogans contra os cristãos e pela demolição da igreja. Os cristãos representam 10% da população egípcia. Normalmente, a violência acontece nas comunidades rurais. Ele são também vítimas de militantes islâmicos.

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Fonte: Associated Press

Um homem portando uma faca e gritando "Allahu Akbar" - "Alá é grande", em Árabe - atacou e esfaqueou um oficial da polícia na fronteira entre Marrocos e o território espanhol de Melilla, nesta terça-feira (25), disse o jornal The Express Tribune com informações de autoridades. O vídeo que mostra o momento em que o homem foi detido repercute na internet. Ele foi atingido por uma estrutura aparentemente de plástico. 

Irene Flores, porta-voz do escritório representativo do governo em Melilla, disse à AFP que o homem passou a fronteira, puxou uma faca e feriu levemente o policial. Uma investigação preliminar apontou que o agressor é de nacionalidade marroquina. Não foi comprovado se tratar de ataque terrorista.

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Melilla e sua cidade irmã Ceuta são dois territórios espanhóis localizados na costa nordeste do Marrocos e representam as únicas duas fronteiras por terra ligando a África e a União Europeia. Tais locais já sofreram com invasões, principalmente por causa da crise de refugiados. Neste ano, ocorreram diversas tentativas em Melilla de cruzar imigrantes escondidos em carros que atravessam a fronteira em alta velocidade. 

Como destaca o The Express Tribune, desde 2016, a Espanha tem surgido como potencial alvo para militantes extremistas, recordando que muito do território espanhol já foi de domínio muçulmano. No século oito, os islâmicos controlaram parte da península. Posteriormente, foram forçados a se converter ao cristianismo no século 16 e expulsos da Espanha.

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Uma multidão de budistas linchou um membro da minoria muçulmana rohingya e feriu outros seis em Mianmar - anunciou a Polícia do país asiático nesta quarta-feira (5).

O incidente aconteceu ontem, quando sete rohingyas deixavam, sob escolta policial, o campo onde viviam e seguiam para a capital regional do estado de Rajin (oeste).

Mais de 100 mil pessoas, rohingyas em sua maioria, vivem em campos de deslocados do estado de Rajin desde a explosão de confrontos inter-religiosos que deixaram centenas de mortos em 2012.

Essa comunidade é considerada pela ONU como uma das minorias mais perseguidas no mundo. Seus membros podem deixar esses campos apenas a conta-gotas e depois de obter autorização.

"Um muçulmano morreu, e os outros seis ficaram feridos. Dois continuam no hospital", disse um policial à AFP, pedindo para não ser identificado.

O gatilho da violência foi uma discussão acalaorada no porto de Sittwe entre esse grupo de rohingyas e um empresário local sobre um barco à venda.

"Houve uma briga no cais do porto", relata o jornal oficial "Global New Light of Myanmar".

"Alguém jogou uma pedra, que foi fatal", acrescentou o jornal.

O veículo não diz se as vítimas são rohingyas muçulmanos, já que, no país, o tema é tratado como tabu.

Liderado pela ex-membro da oposição Aung San Suu Kyi, o governo birmânes rejeita as acusações da ONU sobre possíveis "crimes contra a humanidade" cometidos pelo Exército desde o fim de 2016 contra a minoria muçulmana.

Vistos como estrangeiros em Mianmar, os rohingyas são apátridas e não têm direitos. Alguns vivem no país há várias gerações.

Testemunhas do atropelamento cometido nesse domingo (18) em Londres, perto de uma mesquita, descreveram que o suposto autor gritou que iria "matar todos os muçulmanos". Ele acabou rendido por pessoas que estavam próximas ao templo.

O suposto terrorista, um homem de 48 anos que está sendo interrogado pela Polícia Metropolitana (Met), atropelou fiéis que saíam da mesquita ode rezaram. As informações são da agência de notícias EFE.

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No incidente, dez vítimas ficaram feridas e um homem morreu. A Scotland Yard deve ainda estabelecer se essa morte está diretamente vinculada ao atentado, pois aparentemente essa pessoa já recebia auxílio quando o veículo começou a atropelar os pedestres. Segundo declaração de um homem, o suspeito começou a gritar "vou matar todos os muçulmanos" antes de ser imobilizado.

Essa testemunha, Abdulrahman Saleh Alamoudi, indicou que estava junto com um grupo de fiéis que acabava de terminar de rezar e que, nesse momento, ajudava um idoso que "tinha caído", talvez por causa do calor, quando a caminhonete do agressor se dirigiu a eles.

Dez pessoas sofreram ferimentos

"Esta caminhonete veio para cima da gente. Acredito que pelo menos dez pessoas ficaram feridas e, por sorte, eu consegui escapar", afirmou. "Então, o homem saiu da caminhonete e o agarrei. Estava gritando: Vou matar todos os muçulmanos, vou matar todos os muçulmanos. Ao mesmo tempo, ele ia dando murros", relatou. Quando conseguiram imobilizá-lo, segundo a versão, o homem pediu que o "matassem".

Outra testemunha, Abdikadar Warfa, contou como ele ajudou a deter o suspeito enquanto seus amigos socorriam novas vítimas que ficaram feridas. "Vi um homem sob a caminhonete. Ele estava sangrando e meu amigo me disse que era preciso levantar o veículo. Eu estava ocupado com o homem que tinha tentado escapar", disse.

Por sua vez, Salah Alamoudi apontou que as pessoas que contribuíram para deter o agressor esperaram "meia hora" até a chegada dos agentes e que o terrorista "era um tipo forte, um homem grande".

Um morador do bairro de Finsbury Park, Abdul Abdullahi, que passou pela mesquita, relatou "uma sensação de confusão" e disse que viu "gente jogada no chão" enquanto o agressor "parecia indiferente".

O dia de São Valentim é comemorado em vários lugares do mundo, com muita intensidade nos Estados Unidos, como Valentine's Day no dia 14 de fevereiro. Contrariando a data, no Brasil o Dia dos Namorados é comemorado somente no dia 12 de junho, porém em alguns outros países a data é abominada do calendário. 

A imprensa mundial apontam para a realização, neste dia, em algumas localidades, protestos pela extinção da data, principalmente os situados na Ásia, majoritariamente muçulmanos. A comemoração é considerada imoral e uma apropriação da cultura ocidental. A decisão no Paquistão foi ainda mais radical. O Supremo Tribunal do país proibiu, com efeito imediato, na última segunda-feira (13), a celebração da data, isto inclui a impossibilidade de anúncios e vendas de produtos referentes ao chamado Dia dos Namorados. Além disso, a data não pode ser celebrada em qualquer espaço público. 

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No Japão um grupo, formado apenas por homens, resolveu protestar pela extinção das demonstrações de amor em público e aproveitou a proximidade da data para isso. Os manifestantes apontam se sentirem feridos pelo capitalismo associado à data. Uma grande bandeira foi estendida no bairro de Shibuya, em Tóquio, no dia 12 de fevereiro, e mencionaram aos gritos frases como “abaixo o capitalismo do amor” e “beijo em público é terrorismo”. 

 

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, tem uma "alma negra" e é incapaz de gerar empatia - acusou neste domingo (31) Khizr Khan, pai de um militar americano muçulmano morto no Iraque, que mantém um duelo verbal com o magnata nos últimos dias.

"Essa pessoa é totalmente incapaz de gerar empatia. Quero que sua família o aconselhe, ensine-o a dar prova de empatia. Seria uma pessoa melhor (...) mas tem uma alma negra", disse Khan na rede CNN com a voz embargada pela emoção, afirmando que o Partido Republicano deveria "repudiar" Trump.

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Seu discurso pronunciado na quinta-feira passada (28) contra o multimilionário empresário no último dia da Convenção Nacional Democrata, que nomeou Hillary Clinton como candidata à Presidência, teve grande repercussão nos Estados Unidos. Nele, Khan denunciou as declarações antimuçulmanas e contra os imigrantes feitas por Donald Trump ao longo das prévias eleitorais.

Ontem, o candidato republicano reagiu duramente às palavras de Khan, destacando o fato de sua esposa, Ghazala Khan, permaneceu em silêncio ao seu lado durante a convenção.

"Se olhar sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer", declarou Trump em uma entrevista, acrescentando que "talvez não tenha permitido que ela dissesse nada".

Khan não demorou para responder essas observações.

"Para um candidato à Presidência ignorar o de uma mãe 'Gold Star' [organização de apoio às mães de soldados mortos em combate], ir atrás dela, é o cúmulo da ignorância", respondeu Khan, invocando, ainda, a frágil saúde de sua mulher.

"Aqui está minha resposta a Donald Trump", escreveu a esposa de Khan, neste domingo (31), em artigo de opinião do jornal "The Washington Post", no qual conta que seu filho "queria ser advogado, como seu pai, para ajudar as pessoas".

"Quando entrei no palco da convenção, com essa grande foto do meu filho atrás de mim, eu mal conseguia me conter", escreveu Ghazala. "Mesmo falar continua sendo difícil para mim", completou.

Em entrevista divulgada neste domingo pela rede ABC, Trump voltou a responder: "Eu lamento profundamente a morte de seu filho, senhor Khan, a quem nem cheguei a conhecer, mas não tem o direito de parar diante de milhões de pessoas e declarar que eu nunca li a Constituição (o que é falso)".

Mas Trump teve o cuidado de classificar Humayun Khan, um capitão americano morto em combate no Iraque em 2004 quando tinha 27 anos, como um "herói".

"Donald Trump disse que ele fez muitos sacrifícios. Ele não sabe o que significa a palavra sacrifício", escreveu Ghazala Khan, que chegou há décadas aos Estados Unidos procedente do Paquistão.

Além disso, completou, "quando Donald Trump fala do Islã é ignorante".

"Se estudar o verdadeiro Islã e o Corão, todas as ideias que ele faz, por causa dos terroristas, mudariam", conclui Ghazala em seu artigo.

O candidato republicano Donald Trump respondeu às acusações do pai de um soldado muçulmano americano que disse que o magnata "não sacrificou nada" por seu país, afirmando que deu emprego a milhares de pessoas.

Khizr Khan - cujo filho morreu no Iraque em 2004 - acusou o magnata de estigmatizar os muçulmanos americanos em uma dura crítica que eletrizou a Convenção Nacional Democrata na quinta-feira.

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"Busque os túmulos dos patriotas valentes que morreram em defesa dos Estados Unidos da América. E verá todos os credos, gêneros e etnias. Você não sacrificou nada e nem ninguém".

Trump minimizou as palavras de Khan em uma entrevista à ABC News no sábado, assegurando que havia feito "muitos sacrifícios".

"Eu trabalho muito, muito duro. Criei milhares e milhares de empregos, dezenas de milhares de empregos, construí grandes estruturas. Tive um tremendo sucesso. Penso que fiz muito", disse Trump.

O eloquente magnata indignou muitos americanos com seus insultos contra imigrantes, muçulmanos e mulheres durante sua campanha.

Entre suas propostas mais controversas está seu chamado a proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

Trump também questionou se sua rival democrata, Hillary Clinton, estava por trás do discurso de Khan, que disse que havia escrito com sua esposa Ghazala.

"Quem escreveu isso? Foi escrito pela equipe de Hillary?", disse Trump na entrevista, que será divulgada completamente neste domingo.

"Se olhar sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer", declarou Trump, completando: "talvez não tenha permitido que ela dissesse nada".

O candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, despertou críticas de membros de seu próprio partido e também da oposição. Ele foi atacado depois de questionar o comportamento dos pais de um muçulmano capitão do exército norte-americano.

Depois que o advogado Khizr Khan fez um tributo a seu filho, Humayun, durante a convenção do partido Democrata, Trump questionou sobretudo a postura da esposa, Ghazala Khan, que ficou calada durante a fala do marido.

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"Se você olhar pra esposa dele, ela estava apenas parada lá. Ela não tinha nada a dizer. Ela talvez não tivesse permissão pra dizer nada", disse Trump em entrevista ao programa de TV "This Week", da rede ABC.

A declaração gerou críticas dos dois partidos, com políticos questionando se Trump teria a empatia e compreensão para ser presidente.

"Ele tentou transformar aquilo em algo ridículo e isso mostra uma inadequação de temperamento", disse Tim Kaine, candidato a vice-presidente pelo partido Democrata, adversário de Trump.

O ex-presidente Bill Clinton concordou. "Não posso conceber como alguém pode dizer isso sobre uma mãe", afirmou.

Ghazala Khan disse que não falou durante o evento porque ainda estava emocionada e de luto. Ela relatou que não consegue sequer olhar para as fotos de seu filho sem chorar.

Trump também rebateu às críticas de Khan de que ele jamais "sacrificou nada nem ninguém" por seu país. "Fiz muitos sacrifícios. Eu trabalho muito duro e já criei milhares de empregos, dezenas de milhares", rebateu o candidato.

Até mesmo estrategistas do partido Republicano, o partido de Trump, criticaram os comentários do candidato, considerados racistas. Líderes republicanos como o deputado Paul D. Ryan e o senador Mitch McConnel permaneceram calados, assim como o candidato a vice, Mike Pence.

A candidata opositora Hillary Clinton disse a eleitores em Youngstown que "Donald Trump não é um candidato normal". "Alguém que ataca todo mundo tem algo faltando", disse ela.

"Ele atacou o pai de um militar que sacrificou a si mesmo por seu batalhão", completou a candidata democrata. "Eu acredito que é justo dizer que ele tem temperamento inadequado e não é qualificado", acrescentou sobre o adversário.

Mais tarde na noite de sábado, Trump divulgou uma declaração na qual chamava Humayun Khan de herói, mas rechaçava as declarações feitas pelo pai do militar. Fonte: Associated Press.

Um adolescente muçulmano do Texas que se converteu em sensação da TV depois que sua professora confundiu seu relógio caseiro com uma bomba foi retirado da escola, informaram nesta terça-feira (22) meios de comunicação locais.

Ahmed Mohamed, de 14 anos, recebeu convites da Casa Branca, do Google e do Facebook na última semana como forma de apoio, depois de ter sido retirado de sua escola algemado após o incidente.

"Lindo relógio, Ahmed. Quer trazê-lo à Casa Branca?", escreveu o presidente em sua conta no Twitter. "Deveríamos incentivar mais as crianças a gostarem mais de ciência. Isso é o que faz a grandeza dos Estados Unidos", acrescentou.

O pai de Mohamed declarou ao jornal The Dallas Morning News que seus três filhos, incluindo Ahmed, foram retirados do Irving Independent School District. "Estas crianças não vão ser felizes ali", disse Elhassan Mohamed.

A atenção repentina, embora bem-vinda, tem sido sufocante para a família e Ahmed não está comendo ou dormindo bem, relatou o pai. Muitas escolas se ofereceram para aceitar Ahmed, mas seu pai acredita que uma pausa fará bem ao jovem.

A família planeja viajar a Nova York na quarta-feira depois de ter sido convidada a conhecer funcionários de alto escalão das Nações Unidas. Também estão tentando obter um visto para levar Ahmed à peregrinação a Meca.

Ahmed, um jovem fã de robótica, levou à escola um relógio feito por ele mesmo para impressionar sua nova professora na MacArthur High School. "Foi realmente triste ela ter tido uma impressão errada e eu ter sido preso", declarou Ahmed na semana passada.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou nesta quarta-feira (16) à Casa Branca o adolescente muçulmano de 14 anos que foi interrogado no sul do país porque levou para a escola um relógio digital fabricado por ele mesmo, que a polícia confundiu com uma bomba. "Lindo relógio, Ahmed. Quer trazê-lo à Casa Branca?", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

"Deveríamos incentivar mais as crianças a gostarem mais de ciência. Isso é o que faz a grandeza dos Estados Unidos", acrescentou. O caso gerou muitas reações na internet, onde os internautas acusam os policiais do Texas (sul) de ter agido com sentimentos islamofóbicos.

Ahmed Mohamed levou na segunda-feira (14) à escola um pequeno dispositivo caseiro, composto por uma tela digital e um circuito eletrônico, com o objetivo de mostrá-lo ao professor de tecnologia. Mas o aparelho apitou enquanto sua turma estava na aula de inglês e foi confiscado pelo professor.

"O diretor e policiais me levaram a uma sala, onde fui interrogado por cinco policiais, me revistaram e confiscaram meu tablet e meu invento", relatou o adolescente ao jornal Dallas Morning News.

"Posteriormente me levaram a um centro de detenção juvenil, onde me revistaram, registraram as minhas impressões digitais e tiraram fotos", acrescentou o adolescente entrevistado em sua casa, onde tem muitos circuitos eletrônicos.

O jovem inventor, que vive em Irving, perto de Dallas, disse que durante o interrogatório foi impedido de telefonar para os pais. O jovem foi liberado pela polícia, mas recebeu uma suspensão de três dias na escola.

"Esta prisão é um sinal de alerta", reagiu Alia Salem, uma funcionária do Texas do Conselho de relações Americano-Islâmicas (CAIR). Segundo o CAIR, este incidente não teria existido se o adolescente não fosse de origem muçulmana.

Dezoito mulheres se encontram nesta sexta-feira na final do concurso "Miss Mundo Muslimah", realizado na Indonésia, no qual as candidatas desfilarão cobertas com véu como uma resposta aos concurso de beleza ocidentais. As candidatas, entre as quais uma é médica e outra especialista em informática, devem desfilar usando vestidos inteiriços ante um fundo de antigos templos catalogados pela Unesco.

As 18 finalistas não serão julgadas apenas por sua aparência, como também por sua capacidade de recitar versos do Corão e seus pontos de vista sobre o Islã no mundo moderno. "Queremos nos assegurar que todos compreendam o modo de vida islâmico, do que se come até o que se veste, passando pela maneira com que vivem sua vida", explicou Jameyah Sheriff, uma das organizadoras.

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Em 2013, a terceira edição deste concurso organizado no país com o maior número de muçulmanos do mundo, atraiu a atenção da imprensa mundial, quando os promotores o apresentaram como uma forma de contra-atacar o concurso de Miss Mundo.

Um rabino e um professor muçulmano, ambos argentinos, acompanharão o Papa em sua viagem a Amã, Belém e Jerusalém, de 24 a 26 de maio, anunciou o Vaticano neste sábado (3). O rabino de Buenos Aires, Abraham Skorka, velho amigo do Papa Jorge Mario Bergoglio, e Omar Abbud, presidente do Instituto do Diálogo Inter-Religioso da capital argentina, acompanharão o pontífice em sua primeira viagem à Terra Santa.

Será a primeira vez na história das viagens papais que a delegação incluirá dignitários e outras religiões, e espera-se que a mesma gere reações de interesse nos mundos muçulmano e judeu. Se o aspecto ecumênico da aproximação entre igrejas cristãs e, frequentemente, rivais instaladas na Terra Santa dominará a viagem, o diálogo inter-religioso será outra grande temática, numa região em que os cristãos se tornaram uma pequena minoria.

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A viagem de três dias do Papa argentino tem 15 discursos e visitas agendados, e provoca expectativa.

Uma banda de rock de meninas adolescentes da Caxemira, na Índia, decidiu por sua dissolução depois que um clérigo muçulmano declarou que a música do grupo era "anti-islâmica", anunciou o empresário das jovens, Adnan Mattoo. O Pragaash, trio de alunas do ensino secundário, venceu em dezembro um concurso musical e desde então tem sido constantemente atacado na internet.

Em um primeiro momento, o grupo seguiu com as apresentações, mas decidiu pelo fim um dia depois de ser criticado pelo grande mufti de Jammu e da Caxemira, Bashiruddin Ahmad. Bashiruddin Ahmad chamou a música de "indecente" e divulgou uma fatwa para pedir que deixassem de tocar as canções. "Depois da fatwa, as meninas decidiram abandonar e dissolver o grupo", disse Adnan Mattoo.

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A mãe de uma das adolescentes confirmou que a filha abandonou a banda e que ela foi enviada para fora da cidade até que a situação seja considerada mais tranquila. "Minha filha estava deprimida e irritada. Por isso, decidimos enviá-la a outra cidade por um tempo", disse a mãe. O caso aumentou a preocupação na Índia a respeito da liberdade artística, após uma série de campanhas das forças conservadoras.

Na semana passada, o escritor britânico de origem indiana Salman Rushdie cancelou um evento para promover um filme baseado em seu livro Os filhos da meia-noite no leste da Índia, depois dos protestos de grupos muçulmanos. O governo do estado de Tamil Nadu, no sul do país, retirou de cartaz por 15 dias um filme de espionagem criticado por muçulmanos ante o temor de que a projeção provocasse violência. Na segunda-feira, integrantes da Durga Vahini, a ala feminina de um grupo hindu nacionalista, protestou contra a exposição de pinturas de nus na Galeria de Arte de Nova Délhi.

O número de mortos por um ataque suicida a uma igreja cristã na cidade de Kaduna, na Nigéria, soma pelo menos oito pessoas, disse uma autoridade de resgate à AFP. Os feridos no ataque giram em torno de 145 pessoas. "Até o momento temos oito mortos e 145 feridos pela explosão na igreja", disse Musa Ilallah, coordenador regional da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências, ressaltando que o número de mortos inclui o suspeito de ter acionado a bomba.

Mais cedo, uma multidão enfurecida queimou vivo um condutor de mototáxi suspeito de ser muçulmano como parte do revide ao ataque. A moto foi colocada em cima do homem antes de jogarem gasolina e atearem fogo, disse o correspondente da AFP que presenciou a cena. Uma autoridade de resgate também falou em condição de anonimato sobre o incidente e disse que o homem não pode ser salvo porque a multidão estava muito violenta.

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As informações são da Dow Jones.

Paquistão e Índia assinaram um novo acordo de visto que facilita as viagens, no mais recente sinal de melhora nas relações entre os dois países que por muito tempo viram um ao outro como inimigos.

O Ministro de Relações Exteriores paquistanês, Hina Rabbani Khar, anunciou o acordo neste sábado em uma coletiva de imprensa em Islamabad com o seu homólogo indiano, S.M. Krishna.

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O acordo torna as viagens mais fáceis para os empresários, turistas, peregrinos religiosos, crianças e idosos. Os dois países estiveram em desacordo desde que a Índia britânica foi dividida, em 1947, e a relação foi marcada por um sangrento conflito religioso.

O Paquistão é de maioria muçulmana, enquanto a religião que predomina na Índia é o hinduísmo. As duas nações já travaram três grandes guerras, mas a situação de alguma forma melhorou nos últimos dois anos, especialmente em relação ao comércio. As informações são da Associated Press.

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