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Dois homens foram detidos nesta segunda-feira depois de entrarem no set onde era transmitido ao vivo o programa de TV "Dancing with the Stars" e agredirem o nadador americano Ryan Lochte.

Os estúdios CBS telefonaram para a polícia de Los Angeles depois que os homens foram imobilizados por seguranças durante a transmissão, após invadirem a pista onde Lochte terminava de dançar com sua parceira Cheryl Burke.

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Os dois homens vestiam camisetas com o nome de Lochte dentro de um círculo com uma linha atravessada.

Aparentemente eles eram contrários à aparição do nadador olímpico, que deu um falso testemunho à polícia brasileira sobre um suposto roubo durante os Jogos Rio-2016.

Lochte, que foi punido com uma suspensão de 10 meses de todas as competições pelo Comitê Olímpico (USOC) e pela Federação de Natação de seu país pelo escândalo, disse visivelmente confuso ao apresentador do programa, Tom Bergron, que estava bem, salvo por seus sentimentos feridos.

"Tantas sensações passam pela minha cabeça neste momento", disse o nadador.

"Estou um pouco magoado, já que, sabe, eu vim aqui para fazer algo que não me sentia completamente confortável e, de qualquer forma, vim com um grande sorriso".

Várias mulheres também foram retiradas da plateia depois de gritarem insultos contra Lochte.

Sam Sododeh, 48, e Barzeen Soroudi, 40, foram presos sob suspeita de entrada sem autorização em uma propriedade, disse o porta-voz da polícia de Los Angeles, Mike Lopez.

Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, os nadadores norte-americanos Gunnar Bentz e Jack Conger reconheceram nesta quinta-feira ser mentirosa a história de um suposto assalto que teriam sofrido com os colegas Ryan Lochte e James Feigen na madrugada do último domingo. A policiais da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), os dois atletas afirmaram que a mentira foi articulada por Ryan Lochte, para preservar o relacionamento conjugal de um deles. O jovem - não foi identificado qual - teria "ficado" com uma jovem em uma festa na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul.

Segundo Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, o taxista que levou para casa duas jovens que estiveram com os nadadores naquela madrugada depôs e confirmou a versão, que havia escutado dentro de seu carro, quando as mulheres conversavam. "Não houve roubo, eles não foram vítimas como relataram", disse Veloso.

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Lochte também foi apontado como o "mais exaltado" dos quatro quando promoveram a depredação do banheiro de um posto de gasolina na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Veloso disse que os nadadores estavam alcoolizados e quebraram espelhos e saboneteiras do local.

Quando foram abordados pelos seguranças, que constataram o dano, eles teriam ficado nervosos e tentado ir embora. Foram, então, impedidos pelos agentes, que apontaram uma arma na direção dos atletas, mas sem uso de violência física, segundo o delegado. Os seguranças são policiais que faziam um trabalho extra no local - em conformidade com a lei, afirmaram, e ligaram para a Polícia Militar.

Uma testemunha que passava pelo posto no momento da "confusão" também foi ouvida pela Polícia. Ela contou que se dispôs a traduzir o diálogo, e explicou aos nadadores que eles teriam que pagar pelo prejuízo. Os nadadores, então, deixaram R$ 100 e US$ 20 para pagar conserto dos danos que tinham provocado. Os atletas insistiram para que o taxista, que os esperava, seguisse viagem. O motorista queria esperar a chegada da polícia, mas acabou sendo convencido a deixar o local.

Agora a polícia precisa concluir a investigação para responder se os quatro nadadores serão indiciados por dano ao patrimônio e/ou falsa comunicação de crime. As penas, respectivamente, são de um a seis meses de detenção ou multa (duas vezes, uma para cada uma dessas infrações). Por enquanto, eles seguem como testemunhas e podem até ter os passaportes devolvidos e deixar o País, se a Justiça entender que não há impedimento para isso.

O terceiro nadador que ainda estaria no Brasil é James Feigen. Segundo a Polícia Civil do Rio, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) procurou a Polícia e disse que Feigen está disponível para prestar depoimento, ainda a ser marcado. Como ele demonstrou disposição para colaborar, por enquanto não é necessário pedir a condução coercitiva do nadador.

Para que Ryan Lochte possa depor, nos Estados Unidos, será pedida uma carta rogatória à Justiça, que, se aprovada, será enviada ao FBI, que tem colaborado na condução do caso.

A perícia deve analisar as imagens de câmeras de segurança do posto de gasolina, para usá-las na investigação e para saber se elas foram editadas.

O chefe de polícia Fernando Veloso criticou a postura dos nadadores. Disse que, por se tratar de figuras públicas, deveriam se comportar de maneira a dar exemplo a seus seguidores. E que devem desculpas à cidade. "Devem desculpas ao (povo) carioca que viu o nome da sua cidade manchado por uma situação falsa", disse Veloso.

DEPREDAÇÃO - No depoimento que prestou à polícia, o dono do posto de gasolina onde aconteceu o incidente acusou os nadadores de vandalismo. Segundo a testemunha, os atletas urinaram em paredes, destruíram uma placa de propaganda e itens do banheiro, como uma papeleira e uma saboneteira.

Outros funcionários contaram à polícia que os atletas chegaram por volta das 6h, de táxi, pedindo para usar o banheiro. Pouco depois, isso, o gerente foi chamado porque os americanos faziam "algazarra" no fundo do estabelecimento.

O último encontro entre Thiago Pereira, Michael Phelps e Ryan Lochte numa Olimpíada acabou sem medalha para o brasileiro, mais uma vez. Nesta quinta-feira, na prova dos 200 metros medley, Pereira ficou na sétima posição, com o tempo de 1min58s02, para decepção dos torcedores.

Phelps, que já avisou que não estará nos Jogos de 2020, em Tóquio, conquistou o tetracampeonato da mesma prova individual, com o tempo de 1min54s66. O japonês Kosuke Hagino faturou a medalha de prata, com 1min56s61, e o chinês Shun Wang ficou com o bronze, com 1min57s05. Ryan Lochte foi apenas o quinto colocado, com 1min57s47.

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Desde os Jogos de Atenas-2004, eles se encontram nos 200m medley. Na Grécia, o trio esteve na final, mas Thiago ficou apenas na quinta posição e viu o ouro de Phelps e a prata de Lochte. Quatro anos depois, em Pequim-2008, o brasileiro foi quarto colocado e viu mais um ouro de Phelps, com direito a recorde mundial, e o bronze de Lochte.

Já nos Jogos de Londres-2012, eles continuavam juntos nas raias da prova final. E por pouco Thiago não beliscou uma medalha de bronze. Ficou mais uma vez em quarto lugar, atrás de Phelps (ouro), Lochte (prata) e do húngaro Laszlo Cseh (bronze). A decepção só não foi tão grande porque Thiago, naquela edição da Olimpíada, conquistou a medalha de prata nos 400m medley.

Aos 30 anos, o atleta nascido em Volta Redonda (RJ) optou por nadar apenas uma prova individual na Olimpíada, pois sabia que se optasse por competir em muitas baterias não estaria com fôlego. Como as finais são disputadas à noite no Rio, após às 22 horas, a ideia foi se preparar e apostar todas suas fichas nos 200m medley.

Thiago nadou as eliminatórias e fez o quinto melhor tempo com a marca de 1min58s63. Na noite de quarta-feira, foi ainda melhor nas semifinais e fez 1min57s11, avançando na terceira posição geral, atrás apenas de Phelps e Lochte. Ele sabia que tinha chance de pódio, mas precisava ter cuidado com o japonês Kosuke Hagino, quarto colocado nas semifinais.

Como de costume, Thiago começou forte a prova, no estilo borboleta, e virou na primeira posição. Depois, no nado costas, passou em segundo empatado com Phelps. A cada virada a torcida se levantava e gritava mais alto, transmitindo energia para o nadador da casa. No peito, ele subia a cabeça e todos empurravam. Virou em segundo e foi para o tudo ou nada no livre. No final, ficou com a sétima posição.

Mesmo sem contar com Cesar Cielo, a equipe brasileira conseguiu subir ao pódio no revezamento 4x100 metros livre no Pan-Pacífico, disputado em Gold Coast, na Austrália. Na manhã deste sábado, o time nacional faturou a medalha de bronze, atrás somente dos anfitriões e do forte time norte-americano.

João de Lucca, Marcelo Chierighini, Bruno Fratus e Nicolas Oliveira marcaram o tempo total de 3min13s59. A Austrália registrou 3min12s80 enquanto os Estados Unidos anotaram 3min13s59, contando com Michael Phelps e Ryan Lochte na equipe.

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O Brasil participou da prova desfalcado de Cielo, principal nadador do País, e Matheus Santana, que disputou os Jogos Olímpicos da Juventude, na China. Sem a dupla, coube a Bruno Fratus liderar o time nacional, que chegou a ocupar a primeira colocação no terceiro trecho do revezamento.

Foi a terceira medalha obtida pelo Brasil na competição. Antes, Leonardo de Deus e Felipe França conquistaram a prata nos 200 metros borboleta e nos 100 metros peito, respectivamente. Leonardo voltou à piscina neste sábado, na final dos 200 metros costas, mas não passou do sexto lugar, com o tempo de 1min57s78.

No feminino, as brasileiras ficaram em quinto lugar no revezamento 4x100 metros livre, com Daynara de Paula, Etiene Medeiros, Alessandra Marchioro e Graciele Herrmann (3min42s20). O ouro ficou com as australianas (3min32s46), a prata, com as norte-americanas (3min34s23) e o bronze, com as japonesas (3min39s06).

Em outra final com brasileira neste sábado, Etiene Medeiros terminou em sétimo lugar a decisão dos 100 metros borboleta, com a marca de 58s67. Mesmo longe do pódio, ela comemorou o melhor tempo de sua carreira, superando pela primeira vez a barreira dos 59 segundos.

PHELPS - A vitória no revezamento não foi a única do supercampeão olímpico neste sábado. Ele brilhou também no individual, e justamente em sua prova favorita: os 100 metros borboleta. Depois de 18 meses afastado das competições, por conta da aposentadoria, o americano não perdeu a técnica e, exibindo grande poder de superação na parte final da prova, ele cravou o ouro, com o tempo de 51s29.

De quebra, ele deixou para trás um dos seus maiores rivais, o compatriota Ryan Lochte (51s67). O japonês Hirofumi Ikebata (52s50) levou o bronze. Thiago Pereira completou a distância na quinta colocação (52s71) e Nicholas Santos foi o oitavo e último da prova (53s22).

Com o grande desempenho, Phelps faturou seu primeiro título individual em uma competição internacional desde sua volta às piscinas. O nadador, recordista de medalhas olímpicas, anunciou a aposentadoria ao fim dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Mas mudou de ideia e retomou a carreira em abril deste ano.

RECORDE - O sábado também foi de recorde no Pan-Pacífico. A jovem americana Katie Ledecky obteve a melhor marca do mundo nos 400 metros livre, com o tempo de 3min58s37. Com o resultado, a nadadora de apenas 17 anos superou o recorde anterior, de 3min58s86, que pertencia a ela mesmo.

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