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A Justiça do Trabalho determinou nesta sexta-feira (6), em decisão liminar, que sejam mantidos em serviço, na segunda-feira (9), 100% dos empregados que atuam nas atividades de controle de tráfego aéreo no País. Na terça-feira (3), os controladores ligados à estatal NAV Brasil representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) haviam prometido entrar em greve por prazo indeterminado a partir da próxima segunda-feira.

Caso ocorresse, a paralisação deveria afetar as decolagens em 23 aeroportos, incluindo Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Demais aeroportos do País também teriam impactos da greve. A Justiça estabeleceu multa diária de R$ 100 mil ao sindicato em caso de descumprimento da liminar. O Estadão procurou a entidade para comentar a decisão, mas não obteve resposta.

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O ministro José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho, determina ainda que sejam mantidos em serviço 90% dos empregados que atuam nas atividades de segurança e operação aéreas. No caso dos demais empregados, não ligados ao controle e às atividades de segurança de voo, a paralisação poderia atingir 40% do serviço.

Segundo o ministro, a duração do movimento não poderá durar por "prazo indeterminado", como anunciado, pela possibilidade de resultar em "prejuízos irreparáveis". O movimento dos trabalhadores liberados para a greve deve ocorrer apenas na segunda-feira, "respeitado o horário de menor risco às operações", diz a decisão.

A NAV Brasil havia pedido à Justiça que declarasse o movimento ilegal, o que foi negado. A estatal afirmou ter sido "surpreendida" com a convocação de seus empregados para a assembleia na qual foi aprovado o "estado de greve" pela categoria.

A empresa disse que a paralisação "compromete a segurança nacional e a segurança da navegação aérea e dos usuários" e alegou que o horário da greve "compreende os horários mais críticos para o tráfego aéreo nacional".

Em nota, a NAV Brasil afirmou que se mantém "aberta ao diálogo e permanentemente empenhando na busca da merecida valorização de seus empregados".

Na segunda-feira, os controladores planejavam suspender as atividades por uma hora, das 7h às 8h. Se, até o dia 16, não fosse fechado um acordo, a paralisação passaria a ser de duas horas por dia, das 7h às 8h e das 18h às 19h.

A NAV Brasil foi criada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro no fim de 2020 a pedido dos militares, após a divisão da também estatal Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que cuida da administração dos aeroportos não privatizados do País.

Segundo o SNTPV, aeronaves em voo seriam somente afetadas durante o período da paralisação se não houvesse espaço no pátio para pousos. A entidade alertou durante a semana que poderiam ocorrer atrasos e cancelamentos de voos por parte das companhias aéreas, ou a necessidade de pouso em outro aeroporto.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 8,5%, correspondente à inflação desde o último acordo da categoria, melhores condições de auxílio à saúde e a realização de novos concursos para contratação de pessoal nos setores administrativo e operacional da estatal.

A empresa propôs aumento de reajuste de 4,83%. A proposta foi recusada por 64% dos 1.105 trabalhadores que participaram de assembleia online realizada na terça-feira, 3, e que na sequência decretaram a greve.

O tráfego mundial de passageiros voltará neste ano ao nível pré-pandemia, estimou, nesta quarta-feira (8), a Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, sigla em inglês).

A estimativa prevê um novo aumento do transporte aéreo, após um ano de 2022 em que o número de passageiros alcançou 74% do volume de 2019, último ano completo antes da Covid-19.

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O tráfego de passageiros diminuiu 60% em 2020 em relação ao ano anterior. Em 2021, ainda foi 49% menor do que em 2019, segundo a agência da ONU, com sede em Montreal (Canadá).

A Icao estima que "a demanda voltará rapidamente aos níveis anteriores à pandemia na maioria dos destinos no primeiro trimestre" de 2023. Calcula que, até o fim do ano, o número de viajantes será cerca de 3% superior ao de 2019, e espera que o mesmo aumente até 4% acima deste ano em 2024.

A organização espera que o setor recupere a rentabilidade operacional (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) no último trimestre de 2023, “após três anos consecutivos de prejuízo”.

Várias companhias aéreas voltaram a ter lucro, devido ao apetite renovado pelo turismo e as viagens de avião, que não diminuiu com os aumentos acentuados das tarifas.

Não é novidade que o tráfego aéreo no Brasil aumentou nos últimos anos. De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Lata), somente em 2015 o aumento da demanda do setor foi o mais forte em cinco anos e teve um crescimento de 6,5% se comparado com o ano anterior. O resultado está acima da média de crescimento anual da última década, que foi de 5,5%.

Pensando no aumento da demanda e na oferta de novos serviços, a Latam e suas filiais diminuíram, na última década, cerca de 60% suas tarifas mais baixas em rotas brasileiras, permitindo o acesso a milhões de passageiros no transporte aéreo. De acordo com a CEO da Latam Airlines Brasil, Enrique Cueto, com as mudanças os passageiros podem escolher como voar e decolar mais vezes, o que resulta no crescimento de todo o tráfego.

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Até 2020 a empresa projeta reduzir em até 20% as tarifas das passagens latam, consolidando sua expansão e relevância para o desenvolvimento da América Latina. Ainda segundo Cueto, a frequência de voos na região é menor do que em países como Estados Unidos e Inglaterra, mas ainda tem muito potencial de crescimento. Por isso a empresa está investindo nessa nova forma de viajar e estima um aumento de até 50% no volume de passageiros transportados nos próximos quatro anos.

A Latam Airlines S.A. representa a fusão das empresa chilena Lan e da brasileira Tam, um dos maiores grupos de companhias aéreas do mundo e responsável pelo crescimento do tráfego aéreo na América Latina.

Os drones civis constituem uma ameaça real e crescente para os aviões civis, afirmou nesta segunda-feira (15) a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata), que pediu uma regulamentação da atividade para impedir eventuais acidentes.

O perigo representado por esses pequenos aviões sem piloto aumenta na medida em que as pessoas descobrem as diversas aplicações da tecnologia não militar, declarou o diretor geral da Iata, o britânico Tony Tyler. "Não podemos permitir que o desenvolvimento de drones se torne um obstáculo para a segurança da aviação civil", acrescentou Tyler em uma coletiva de imprensa em Cingapura, na véspera da abertura do salão aeronáutico nesta cidade-Estado no sudeste asiático.

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"Devemos adotar uma abordagem cautelosa em termos de regulamentação e um método pragmático para aplicar a lei para aqueles que ignoram as regras e colocam em risco a vida dos outros", insistiu Tyler. O uso crescente de drones militares, comerciais e de entretenimento poderia provocar colisões entre estes dispositivos de controle remoto e aviões de linha com consequências catastróficas, estimam os especialistas.

"É um problema real. Recebemos muitos relatos de pilotos indicando a presença de drones em lugares inesperados, incluindo voando baixo em torno dos aeroportos. Não há como negar que é um problema real e crescente para a segurança de aeronaves civis", declarou Tyler. A Iata não dispõe de estatísticas sobre o número de drones no mundo, mas não há dúvidas de que estas pequenas aeronaves têm se proliferado, afirma Rob Eagles, especialista em drones dentro da organização da aviação civil.

Até agora, apenas 63 dos 191 países membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) adotaram regulamentos sobre a utilização de drones, observou Eagle. A principal preocupação da Iata tem a ver com os drones que sobrevoam áreas próximas de aeroportos e que representam um perigo para as aeronaves no momento da decolagem e pouso, segundo Eagle. A Iata também quer garantias de que as frequências utilizadas pelos drones não interfiram nos sistemas de controle de tráfego aéreo, indicou Eagle.

O Centro de Estudos de Drones da Universidade Americana de Bard indicou que entre dezembro de 2013 e setembro de 2015 foram registrados 921 incidentes envolvendo drones no espaço aéreo dos Estados Unidos. Trinta e seis incidentes foram classificados como perto de uma colisão, indica o relatório da universidade. Em 28 ocasiões, os pilotos dos aviões tiveram que executar manobras para evitar uma colisão com um drone, disse o relatório.

Uma greve de controladores de tráfego aéreo provocou nesta quarta-feira (8) graves problemas na França, onde as companhias se viram obrigadas a cancelar até 40% dos voos previstos. O tráfego nos aeroportos parisienses de Orly e Charles de Gaulle-Roissy seguia com "cancelamentos programados", mas não de último minuto.

Mas, segundo fontes aeroportuárias, os atrasos podem se acumular no decorrer do dia. A companhia Air France manteve 60% dos voos, enquanto a Ryanair cancelou mais de 200 voos.

A greve prosseguirá na quinta-feira, já que o SNCTA, principal sindicato dos controladores aéreos, que representa metade dos 4.000 funcionários, convocou uma paralisação de dois ou mais dias. A próxima está previsto de 16 a 18 de abril e a terceira de 29 de abril a 2 de maio.

O sindicato exige negociações sobre a organização do trabalho e a idade mínima para a aposentadoria dos controladores de tráfego aéreo geral, que é de 57 anos atualmente e que o governo deseja elevar para 59.

As companhias aéreas nacionais transportaram em fevereiro 7,3 milhões de passageiros, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O volume é 14,4% maior que o de fevereiro de 2013 e foi o maior para o mês nos últimos dez anos.

A Gol foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado doméstico em fevereiro de 2014, com 2,69 milhões, seguida pela TAM, com 2,39 milhões, e pela Azul, com 1,56 milhão.

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A Anac também divulgou dados de tráfego de passageiros. A demanda, medida em passageiros transportados por quilômetro, cresceu 11,2% no mercado doméstico no mês passado, na comparação com fevereiro de 2013. "Esse é o maior índice em dez anos para o mês de fevereiro", disse a Anac, em nota.

Já a oferta, medida em assentos oferecidos por quilômetro, diminuiu 0,4% no período. Com isso, a taxa de aproveitamento das aeronaves nos voos domésticos foi recorde para o mês de fevereiro nos últimos dez anos, de 80,5%, uma melhora ante os 72,03% reportados no mesmo mês de 2013.

Os sócios da consultoria Pezco Microanalysis, Frederico Turolla e Cleveland Prates Teixeira, avaliam que a antecipação de calendário de negócios e a estratégia comercial das empresas aéreas, com a realização de promoções, explicam a expansão. Mas apontam que a base de comparação fraca de fevereiro de 2013 também colabora com um crescimento mais acelerado. "Notamos uma concentração da realização de feiras e eventos corporativos em função dos megaeventos", disse Turolla.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) também já havia apontado que a realização antecipada de eventos estaria influenciado o desempenho das empresas, uma vez que mais de 60% das viagens são feitas por motivo de negócios. "Percebemos uma demanda aquecida, é possível que haja uma reprogramação de compromissos do público corporativo, que está adiantando reuniões e eventos que poderiam acontecer durante a Copa ou no período eleitoral", acrescentou.

Os dados da Anac apontam a Avianca como a empresa que apresentou o maior crescimento da demanda, de 34,4% em relação a fevereiro do ano passado, enquanto a Gol registrou aumento de 19,5%. A Azul, descontando o efeito da fusão com a TRIP, cresceu 10,9%, na mesma comparação. Já a TAM se manteve praticamente estável, com aumento de 0,5% em fevereiro deste ano. "A TAM foi a única empresa que apresentou redução da oferta de assentos, registrando 7,7% em fevereiro de 2014, quando comparada a fevereiro de 2013", acrescentou a Anac. Além dessas quatro empresas, os dados da Anac também consideram os números de aéreas de menor porte, como MAP Linhas Aéreas, Passaredo, Sete e Total. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Gol informou nesta terça-feira, 21, seus números prévios de tráfego aéreo do mês de dezembro, consolidado do quarto trimestre e do acumulado do ano de 2013. No quarto trimestre do ano passado, a receita de passageiro por assentos-quilômetro oferecido (Prask) líquida da companhia aumentou 24% ante o mesmo período de 2012. No acumulado de 2013, o crescimento do Prask atingiu 18% sobre 2012. Em dezembro, a Gol registrou alta de 26% no Prask na comparação anual.

O yield líquido cresceu 15% no quarto trimestre e, no acumulado do ano, o crescimento atingiu 18%. Em dezembro, o yield registrou aumento de 19% frente ao mesmo mês de 2012, ficando entre R$ 25,9 e R$ 26,4 centavos.

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A taxa de ocupação apresentou aumento de 5,1 pontos percentuais no quarto trimestre do ano passado em comparação com igual intervalo de 2012, para 74,8%. No ano, a taxa ficou praticamente estável em relação a 2012 (69,9%, recuo de 0,3 ponto porcentual) e, em dezembro, esse crescimento atingiu 4,5 pontos porcentuais, para 75,4%

No quarto trimestre, o preço médio do combustível (QAV) registrou aumento de em torno de 2% frente ao mesmo período de 2012. No acumulado do ano, o preço médio do combustível cresceu aproximadamente 4%. No mês de dezembro, a variação atingiu alta de cerca de 3% frente ao mesmo mês de 2012, devido à depreciação do real no período de formação do preço do combustível, segundo a companhia.

Mercado Doméstico

A oferta doméstica (medida em assentos-quilômetro oferecidos - ASK) da Gol manteve-se praticamente estável no quarto trimestre, enquanto a demanda cresceu 7,3%. A taxa de ocupação foi de 75,6% no período, 4,9 pontos porcentuais superiores a igual intervalo de 2012. No acumulado do ano, a Gol registrou quedas de 7,4% na oferta e 7,3% na demanda, levando a uma taxa de ocupação estável.

"Em função da oportunidade de receita adicional observada em dezembro e o aumento de ASKs nesse mês, a redução na oferta foi 1,6 ponto porcentual inferior à projeção anunciada para 2013", diz o comunicado.

Em dezembro, a oferta apresentou alta de 11,8% frente ao mesmo período de 2012, "principalmente em função do maior número de voos fretados e voos extras para atender à demanda adicional no período". Já a demanda cresceu 17% em dezembro na comparação anual, levando a uma taxa de ocupação de 76,1%, aumento de 3,4 pontos percentuais.

Mercado Internacional

A oferta no mercado internacional registrou alta de 26,2% entre outubro e dezembro de 2013 frente ao mesmo trimestre de 2012, com uma demanda 44,4% superior e uma taxa de ocupação de 68,0%, ou 8,6 pontos percentuais maior. Em 2013, a Gol apresentou crescimento de 29,9% na oferta, de 26,9% na demanda e taxa de ocupação de 62,7%, 1,5 ponto porcentual inferiores a de 2012.

Em dezembro, a oferta no mercado internacional aumentou 18,8% na comparação anual. A demanda apresentou alta de 49,3%, em dezembro enquanto a taxa de ocupação mensal atingiu 69,7%, aumento de 14,3 pontos percentuais com relação a dezembro de 2012.

"O resultado apresentado para o quarto trimestre de 2013 reflete a estratégia da companhia de adequar a sua oferta de maneira dinâmica ao longo do ano", diz a Gol, no comunicado.

Demanda e oferta do transporte aéreo doméstico cresceram em novembro, informou nesta segunda-feira (30), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Sob o lado da demanda, considerando o critério de "passageiros-quilômetros pagos transportados" (RPK), a alta foi de 4,59%. Em relação à oferta, pelo conceito de "assentos-quilômetros oferecidos" (ASK), o crescimento foi de 0,60%. Nesses dois casos, as comparações são realizadas com dados de novembro do ano passado. "Trata-se do maior nível de demanda no mercado doméstico para o mês de novembro nos últimos dez anos", cita a Anac, em nota.

A Anac destaca que as maiores taxas de crescimento de demanda doméstica em novembro de 2013 foram obtidas pela Azul Linhas Aéreas (36,45%) e a Avianca (26,03%), quando realizada comparação com igual período de 2012. A TAM registrou queda de 5,89% na demanda doméstica de novembro deste ano, quando comparada com o mesmo mês do ano anterior. A Gol apresentou crescimento de 13,58% no mesmo período. Se consideradas somadas as operações de Gol e Webjet, a demanda doméstica de tais empresas apresentou crescimento de 7% no mesmo comparativo.

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Na divisão de mercado, entretanto, Gol e TAM apresentaram as maiores participações. A TAM obteve 38,81% de RPK, ou seja, de passageiros transportados. A Gol, em segundo lugar, abocanhou fatia de 36,40%. Mas a Anac ressalta que a participação das demais empresas no mercado doméstico cresceu 6,18%, passando de 23,35%, em novembro do ano passado; para 24,79%, em novembro deste ano.

O número de passageiros transportados no mercado doméstico em novembro de 2013 alcançou a marca de 7,8 milhões de pessoas, o maior para o mês nos últimos 10 anos. A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos de passageiros (RPK/ASK) foi recorde para o mês de novembro nos últimos dez anos, alcançando 79,27%. A taxa de ocupação acumulada de janeiro a novembro de 2013 ficou em 75,84%, contra 72,51% no mesmo período de 2012.

A quantidade de carga paga transportada no mercado doméstico foi de 37,9 mil toneladas em novembro de 2013, com redução de 3,2% com relação a novembro de 2012. No período de janeiro a novembro de 2013, a carga paga doméstica transportada acumulou crescimento de 4,36%, com 361,5 mil toneladas.

Internacional

A demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou crescimento de 7,14% em novembro de 2013, quando comparada com o mesmo mês de 2012. A oferta internacional registrou queda de 2,64% no mesmo período. Após uma série de doze meses consecutivos de crescimento, trata-se da primeira redução na oferta internacional, destaca a Anac.

A demanda internacional registrou alta pelo 13º mês consecutivo, tendo atingido o maior nível dos últimos dez anos para o mês de novembro. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, a demanda internacional cresceu 5,05% e a oferta internacional teve alta de 8,78%, ambas comparadas com o mesmo período de 2012.

A taxa de aproveitamento dos voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras (RPK/ASK) alcançou 79,70% em novembro de 2013, contra 72,42% do mesmo mês do ano anterior, representando uma variação positiva de 10,05%. Trata-se do melhor aproveitamento das empresas brasileiras em voos internacionais para o mês de novembro registrado nos últimos dez anos.

O número de passageiros transportados por empresas brasileiras no mercado internacional em novembro de 2013 atingiu 484,5 mil, o maior para o mês nos últimos 10 anos, com alta de 7,1% em relação a novembro de 2012. A TAM foi a empresa que mais transportou passageiros no mercado internacional em novembro de 2013, com 349,9 mil. No acumulado de janeiro a novembro, a TAM foi responsável pelo transporte de 4,08 milhões de passageiros em 2013 e a GOL transportou um total de 1,44 milhão.

O mercado brasileiro de viagens aéreas precisará de 1.324 aviões até 2032 para atender às exigências crescentes do transporte aéreo internacional e doméstico do País. A estimativa está na mais recente Previsão de Mercado Global (GMF) da Airbus, apresentada nesta terça-feira (26), em São Paulo. Pelas projeções, 896 aviões de corredor único, 353 de dois corredores e 75 muito grandes (VLA) devem ajudar a atender a crescente demanda de operadores domésticos e estrangeiros no Brasil quase triplicando a frota em serviço atual, de 480 aeronaves.

As estimativas contam com previsão de crescimento de 4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, acima da média mundial de 3,1%. O tráfego aéreo brasileiro acompanharia esse ritmo, crescendo a uma taxa anual de 6,8% até 2032, também superior à média mundial, de 4,7%.

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"As entregas do A350 e do A320neo, a partir de 2014 e 2015, respectivamente, não poderiam vir em melhor hora, com aviões de um e dois corredores formando a maioria da demanda no Brasil", disse o vice-presidente executivo da Airbus para América Latina e Caribe, Rafael Alonso, em comunicado. "Essas aeronaves ultraeficientes são ideais para lidar com os crescentes desafios apresentados às companhias aéreas pelos altos custos do combustível e pelo competitivo mercado de passageiros que buscam conforto e tarifas baixas", completa. A Airbus salienta que as companhias aéreas no Brasil operam alguns dos aviões mais novos e eficientes do mundo, com uma frota com idade média de sete anos, 34% inferior à média mundial.

A380 - A companhia defende que as aeronaves muito grandes (VLA), como o A380, seriam ideais para cidades com tráfego de alta densidade, como Rio de Janeiro e São Paulo, porque poderiam transportar mais passageiros com menos voos. "Com quase metade do tráfego de longa distância da região passando pelo Brasil, o A380 poderia aliviar o congestionamento em aeroportos movimentados como Guarulhos, que representa 25% do tráfego internacional total na América Latina", disse Alonso. "O A380 também apoiaria os enormes fluxos de turismo esperados com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos".

Por ora, esse modelo de aeronave não tem permissão para aterrissar no Brasil porque os aeroportos nacionais não possuem a certificação necessária. A expectativa da Airbus é de que o A380 possa chegar ao Brasil em 2014. Segundo Alonso, quatro companhias já manifestaram o interesse em voar para São Paulo usando a aeronave - Lufthansa, Emirates, British Airways e Air France.

O executivo apresentou dados que mostram que São Paulo é a única das 20 megacidades, que concentram 93% dos voos de longa distância no mundo, que ainda não recebe voos do A380. "Enxergamos muitas oportunidades. O avião maior é uma solução para aproveitar melhor a infraestrutura aeroportuária", disse Alonso.

América Latina - Para a América Latina, a previsão da Airbus para os próximos 20 anos é de uma demanda de mais de 2.307 novas aeronaves, incluindo 1.794 unidades de corredor único, 475 de dois corredores e 38 muito grandes (VLA), estimada em aproximadamente US$ 292 bilhões. Globalmente, até 2032, cerca de 29.230 novos aviões de passageiros e de carga, estimados em quase US$ 4,4 trilhões, serão necessários para atender à futura forte demanda de mercado.

Com mais de 800 aeronaves vendidas e quase 400 pedidos, mais de 500 aviões da Airbus estão em operação na América Latina e Caribe. Nos últimos 10 anos, a companhia triplicou sua frota em serviço e entregou mais de 60% de todos os aviões que operam na região. Atualmente, a idade média da frota em serviço na América Latina é de 9,5 anos, 42% menor desde 2000. (Colaborou Marina Gazzoni)

A presidente Dilma Rousseff sancionou hoje lei criando 100 cargos efetivos de Controlador de Tráfego Aéreo, no quadro de pessoal do Comando da Aeronáutica. O cargo é de nível intermediário. A lei diz que a criação dos cargos fica condicionada à sua expressa autorização em anexo próprio da lei orçamentária anual, com a respectiva dotação suficiente para seu primeiro provimento.

"Se a autorização e os respectivos recursos orçamentários forem suficientes somente para provimento parcial dos cargos, o saldo da autorização e das respectivas dotações para seu provimento deverá constar de anexo da lei orçamentária correspondente ao exercício em que forem considerados criados e providos", dispõe a lei, que está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

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