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A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Norte deflagrou, nesta quarta-feira (30), uma operação para desarticular uma quadrilha que atuava com a compra e venda de votos junto a uma turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. A Operação Alcmeon, cumpre 23 medidas judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, oito mandados de condução coercitiva e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Mossoró (RN) e no Recife. A investigação iniciou a partir de uma delação premiada e a ação também teria beneficiado casos da Lava Jato em tramitação no TRF5.

Na capital pernambucana, foi cumprido um mandado de condução coercitiva contra um servidor público estadual, de 58 anos, residente em Boa Viagem, na Zona Sul. O nome dele não foi divulgado. Os policiais cumpriram a ordem judicial por volta de 6h da manhã e a condução, de acordo com a polícia, foi feita de forma tranquila. Na PF o servidor prestou esclarecimentos sobre os fatos e foi indiciado pelo crime de corrupção ativa, previsto no artigo 317 do código penal. Ele prestou depoimento e foi liberado.

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De acordo com a investigação, a organização criminosa seria composta por um grupo advogados e um ex-desembargador, que negociariam votos em sentenças criminais para a libertação de presos ou liberação de bens apreendidos em ações penais. Eles atuavam em operações policiais, apelações criminais, ações rescisórias e revisão criminal. Os principais clientes eram políticos, inclusive envolvidos na operação Pecado Capital, dentre outras.

Segundo a PF, um caso específico foi a pena de um ex-prefeito, que era de 28 anos de reclusão foi reduzida para dois anos e oito meses, e substituída por restritiva de direito. “As ações do grupo indicariam também o cometimento de delitos de exploração de prestígio em vários processos em trâmite no Tribunal, inclusive processos relacionados à Operação Lava Jato”, informou a nota da polícia.

Delação

Os investigadores informaram que o esquema criminoso foi desvendado por meio de acordo de colaboração premiada em que um empresário relatou pelo menos duas situações em que teria obtido os benefícios do grupo depois de ter sua prisão decretada e seus bens apreendidos durante uma operação policial deflagrada no Estado. 

O grupo cobraria em média 350 mil reais pelo serviço, sempre de forma antecipada. Em determinado momento, um dos advogados ligado à organização criminosa teria retido os documentos de veículos de um dos delatores como forma de garantir o pagamento futuro da propina. 

A quadrilha está sendo investigada também com relação aos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica de documentos particulares, uso de documentos particulares ideologicamente falsos e lavagem de dinheiro.

A saga das cinquentinhas em Pernambuco ganhou mais um episódio, nesta quinta-feira (19). O Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região suspendeu, em caráter liminar, a decisão que retirava a obrigatoriedade da carteira de habilitação para os motoristas. A necessidade da Autorização para Condução de Ciclomotores (ACC) volta a vigorar, após determinação emitida pelo desembargador federal Carlos Wagner Dias. 

Segundo o documento do desembargador, a exigência da ACC é mínima e as leis que regulam o trânsito não podem ser sobrepujadas por interesses individuais, em razão da segurança e da saúde da coletividade. “Tais exigências são tão essenciais à formação de qualquer condutor de veículo que seria impensável simplesmente suprimi-las e lançar os condutores dos ciclomotores numa arena imune a controle e à mínima fiscalização”, diz o desembargador. 

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A 5ª Vara Federal de Pernambuco havia acatado pedido da Associação Nacional dos Usuários de Ciclomotores (Anuc) – que exigia a suspensão da exigência – e conferido o direito de circular em seus veículos sem o licenciamento. Resta saber, agora, como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE) se portará em relação às fiscalizações que já estavam sendo realizadas pelo Estado, sem a cobrança do documento de licença. 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), tem a agenda cheia nesta quarta-feira (8). Renovação de parcerias e a posse da nova mesa diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, fazem parte das atividades previstas para hoje. 

Nesta manhã ele está reunido com o presidente da Casa dos Ventos, Mário Araripe, e executivos do grupo que pretendem investir R$ 6 bilhões em parques eólicos em Pernambuco nos próximos anos. A reunião acontece cerca de um mês após o governador Paulo Câmara visitar o empreendimento da Casa dos Ventos em Marcolândia, no Piauí, durante o primeiro ciclo do seminário Todos Por Pernambuco.

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À tarde, Paulo Câmara assina um Termo de Cooperação Técnica entre o Estado e a Unicef. O documento vai garantir a manutenção de uma parceria de 20 anos entre Pernambuco e a entidade, na formatação de políticas públicas que assegurem a defesa dos direitos das crianças, adolescentes e mulheres. As duas agendas acontecem no Palácio do Campo das Princesas. 

Já no fim da tarde, às 17h,  o governador vai participar da posse da nova mesa diretora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Os novos presidente e vice-presidente do órgão são, respectivamente, os desembargadores federais Marcelo Navarro, Roberto Machado e Fernando Braga. 

O inquérito do caso Jampa Digital, que estava sob responsabilidade da Procuradoria Regional da República da 5ª Região foi encaminhado pelo procurador Domingos Sávio para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região. Ao Tribunal foi solicitado que a demanda fosse encaminhada para o Supremo Tribunal Federal.

A decisão foi tomada por haver indícios de que as supostas irregularidades apuradas contaram com a participação do ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, que só pode ser processado no STF, por ter foro privilegiado. 

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Para o procurador regional da República, Domingos Sávio Tenório de Amorim, que analisou o inquérito feito pela Polícia Federal na Paraíba, “há evidências de que houve desvio de verbas públicas federais na implantação do projeto Jampa Digital”. O objetivo do projeto era o de criar uma rede digital de banda larga em João Pessoa (PB).

Há indícios de que recursos destinados ao projeto teriam sido desviados para a campanha eleitoral do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, hoje governador da Paraíba. O suposto esquema teria contado com a participação da empresa Ideia Digital, que também tem sido alvo de investigações em Pernambuco por superfaturamento em contratos com o governo de Eduardo Campos. Outro alvo de investigação é o publicitário Duda Mendonça. 

A petição deve ser analisada pelo TRF da 5ª Região, juntamente com as justificativas do procurador, antes de ser encaminhada ao STF. 

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