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Escolhido para comandar o Ministério da Educação, o economista Abraham Weintraub trabalha com o presidente Jair Bolsonaro desde a campanha presidencial do ano passado. Em 2014, entretanto, ele e seu irmão, o também professor universitário Arthur Weintraub, aderiram à candidatura da ex-senadora Marina Silva (Rede).

Juntos, os dois fundaram o Centro de Estudos em Seguridade, voltado para a Previdência. "Em 2014, acreditávamos que Marina era a melhor alternativa. Hoje, evidentemente, Jair Bolsonaro representa o Brasil do futuro pelo qual estamos dispostos a lutar", disseram os irmãos em uma entrevista por e-mail ao jornal O Estado de S. Paulo, durante a campanha do ano passado.

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Em 2018, Abraham integrou o grupo de transição para o governo Bolsonaro e tornou-se o número dois da Casa Civil, sendo próximo do ministro Onyx Lorenzoni. Em seu currículo acadêmico na plataforma Lattes, ele se define como "executivo do mercado financeiro com mais de vinte anos de experiência", citando suas passagens pelo Banco Votorantim e pela corretora Quest Investimentos.

Chamado por Bolsonaro de "doutor", Abraham, segundo consta de seu currículo, atualizado pela última vez em março de 2017, é mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O currículo indica ainda sua formação em Economia pela USP e sua atuação como professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Abraham teve seu nome anunciado para o comando do MEC na manhã desta segunda-feira, 8, em um tweet postado por Bolsonaro. Ele substitui Ricardo Vélez Rodriguez, demitido também nesta manhã. "Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta", escreveu o presidente no Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) utilizou sua conta oficial no Twitter, na manhã desta segunda-feira (8), para anunciar o nome do novo responsável pela pasta do Ministério da Educação.

"Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao caro de Ministro da Educação", introduziu Bolsonaro. Weintraub fez parte da equipe de transição do governo do presidente.

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Bolsonaro continuou afirmando que "Abraham é doutor, professor universitário e prossui ampla experiência em gestão e conhecimento necessário para a pasta". Até esse domingo (7), quem estava à frente do ministério era o colombiano Ricardo Vélez, que foi alvo de uma série de críticas e polêmicas durante o seu comando.

Ainda em sua postagem, o presidente não deixou de mencionar o ex-ministro. "Aproveito para agradecer ao professor Vélez pelos serviços prestados", escreveu o presidente em menção ao seu demitido.

O deputado federal e presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta sexta-feira (5) para alfinetar o ministro da Educação Ricardo Vélez.

 Pereira cobrou a demissão de Vélez sob o argumento de que “retardar a troca do comando do Ministério da Educação é manter alguém sem condições de prosseguir e cuja queda iminente é conhecida por todos”.

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 Pegando carona em uma expressão norte-americana, o deputado explicou que “‘Lame duck’ ou ‘pato manco’, é como os americanos chamam um gestor ou político no exercício do cargo cuja vaga já tenha um substituto”.

 A crítica acontece um dia após Marcos Pereira ter se reunido com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Além dele, os presidentes do DEM, PSDB e PSD se reuniram com o presidente da República e comemoraram a maior abertura do Planalto em dialogar com os partidos, mas foram céticos ao não se comprometerem com apoios formais de suas bancadas com as pautas do governo.

No ‘olho do furacão’ do Governo Federal, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, afirmou nesta sexta-feira (5) que não pretende entregar o seu cargo. A afirmação foi feita em Campos do Jordão (SP) em resposta a uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

 Durante um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro disse que decidirá sobre o comando do Ministério da Educação (MEC) na próxima segunda-feira (8). "Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima", disse o presidente.

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 Vélez negou ter sido procurado por Bolsonaro para tratar de sua eventual demissão. Questionado se considerava sua situação no MEC como insustentável, o ministro respondeu que "a única coisa insustentável é a morte."

 Bolsonaro já havia feito críticas públicas à gestão de Vélez, que tem sido marcada por uma série de recuos, polêmicas e demissões. Desde o começo de março, houve cerca de 20 mudanças de cargos importantes no ministério.

 Na semana passada, o presidente disse que as coisas "não estão dando certo" no MEC e que conversaria com Vélez após voltar da viagem a Israel. Apesar da série de declarações ideológicas, Vélez defendeu a tomada de decisões sem ideologia.

 "Temos que tomar decisões numa perspectiva técnica, científica e não ideológica", pontuou. Em uma fala, o colombiano discorreu sobre a necessidade de políticas para alfabetização de crianças e para atrair adolescentes para a escola, com ensino profissionalizante, como forma de diminuir a evasão.

Logo após o presidente Jair Bolsonaro afirmar, em Brasília, que há problemas de gestão no Ministério da Educação e que ele resolverá a situação na próxima segunda-feira, 8, o ministro da pasta, Ricardo Vélez, pediu apoio de empresários e os convocou para "dialogar" com ele e sua equipe no órgão.

As declarações de Vélez Rodríguez foram feitas no 18º Fórum Empresarial Lide, realizado em Campos do Jordão (SP). Ele participa de mesa com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

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Na sua fala introdutória, Vélez culpou gestões anteriores pela situação da Educação no Brasil e disse que "há muito sendo construindo no âmbito burocrático e administrativo atualmente".

Ao falar sobre o ensino básico, Vélez disse que "algo já deveria ter deveria ter sido feito e o quadro é resultado de anos de descaso".

Vélez citou ainda as experiências dos Estados do Pará, Pernambuco, Rondônia e Maranhão na melhoria da qualidade do ensino básico.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) utilizou seu perfil oficial no Twitter para alfinetar o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. A crítica foi pautada no andamento que o colombiano vem dando à pasta.

 “Tentativa de propaganda do governo nas escolas, trapalhadas na avaliação da alfabetização e agora ameaça de exaltar o golpe de 64 nos livros didáticos. Vélez é um ministro despreparado que não entende de Educação”, escreveu Freixo.

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O psolista ainda afirmou que “seu único projeto é o fanatismo, que mais uma vez será derrotado”. Marcelo Freixo é um assíduo crítico das ações oriundas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe.

“O ministro Vélez quer mudar livros didáticos pra exaltar o golpe de 64. Qual será a próxima proposta? Queimar livros? Não deixaremos o fanatismo destruir a educação pública”, finalizou Freixo.

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, disse que haverá mudanças em livros didáticos para revisar a maneira como são retratados nas escolas o golpe de Estado que retirou o presidente João Goulart do poder, em 1964, e o regime militar que o seguiu. A declaração ocorreu em uma entrevista do ministro ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira, 3.

Segundo o jornal, Vélez diz acreditar que a mudança de regime, há 55 anos, não foi um golpe, e sim uma "mudança de tipo institucional". Além disso, teria dito que o período que seguiu a posse do general Castello Branco não seria ditadura, e sim um "regime democrático de força". A tese é refutada por historiadores que estudaram o período.

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Vélez disse, segundo o Valor, que as mudanças em livros didáticos seriam "progressivas", e devem ocorrer "na medida em que seja resgatada uma versão mais ampla da história". Ele ainda teria dito que o papel do Ministério da Educação (MEC) é "regular a distribuição do livro didático e preparar o livro didático de tal forma que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história".

Contatado para comentar as declarações do ministro, o MEC não respondeu à reportagem. A notícia repercutiu mal entre representantes de editoras e autores de livros didáticos.

O presidente da Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale), Cândido Grangeiro, ressaltou que todos e qualquer livro didático deve, por regra, ser baseado em ampla consulta acadêmica, e não por opiniões.

"O que sempre deve nos guiar é o rigor acadêmico na produção dos materiais didáticos, para que os alunos tenham acesso a conteúdo pautado em pesquisa", disse Grangeiro. "A Abrali é contra qualquer tipo de revisionismo que seja baseado em opiniões."

Fábio Salgado de Carvalho tem 33 anos e é o novo nome escolhido para ocupar um cargo no Ministério da Educação (Mec). Ligado a Olavo de Carvalho, ele é um filósofo sem formação na área de educação.

Até novembro do ano passado, Fábio estava desempregado e pedia doações financeiras em seu blog pessoa. Nesta quarta-feira (3), ele foi nomeado para o cargo de assessor técnico da Secretaria de Alfabetização do ministério. Com salário de R$ 5.685,55, a nomeação dele já foi publicada no Diário Oficial da União.

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O novo funcionário vai trabalhar no órgão comandado por Carlos Nadalim, que foi escolhido pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez, para implementar mudanças nos programas de alfabetização utilizados no Brasil.

Antes de se formar em Filosofia, em 2012, Fábio já havia passado por outros dois cursos superiores, mas sem conclusão. Em 2005, foi graduando de Física na Universidade de Brasília (UnB). Já em 2008, compôs o alunato do curso de Matemática.

Em setembro do ano passado, o próprio Olavo de Carvalho utilizou sua conta no Facebook para elogiar o novo funcionário do Mec. “O Fábio Salgado de Carvalho, assim como o Raphael De Paola e mais meia dúzia, está entre os alunos mais qualificados para prosseguir o meu trabalho -- e até dar-lhe um "upgrade" -- quando eu bater as botas ou ficar gagá”, escreveu.

Há quatro anos, em 2015, ele concluiu o mestrado em Filosofia com seu projeto de pesquisa intitulado de "A antessala da argumentação: por uma abordagem negativa". Em sua dissertação, disponível na internet, não há nenhuma menção aos termos "educação", "alfabetização" ou "pedagogia".

O presidente Jair Bolsonaro admitiu que o Ministério da Educação tem "problemas", mas que vai conversar com o ministro Ricardo Vélez Rodríguez sobre o assunto e "tomar as decisões que tem que tomar". Ele não deixou claro quando vai se reunir com o ministro.

"Tem problemas (o MEC), tem. Ele (Vélez) é novo no assunto, não tem tato político. Vou conversar com ele e tomar decisões que tem que tomar", declarou Bolsonaro a jornalistas. Ele participou da cerimônia de aniversário da Justiça Militar, na qual foi condecorado.

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Questionado se Vélez estaria "na berlinda", Bolsonaro respondeu que "não vai ameaçar nenhum ministro publicamente". "Se tiver alguma coisa fora da normalidade, a gente acerta", completou.

Bolsonaro negou que tenha decidido demitir Vélez nesta quarta-feira, 27, como chegou a ser noticiado. "Eu estava em São Paulo ontem, estou tomando pé da situação, não procede que (Vélez) foi exonerado, jamais exoneraria alguém por telefone", disse, ao ser questionado sobre as críticas à participação do ministro em comissão da Câmara.

O presidente destacou a importância da pasta e disse que "a educação tem que dar certo". "É um dos ministérios mais importantes", declarou.

Jerusalém

O presidente também afirmou que o governo brasileiro pode abrir um escritório de negócios em Jerusalém. "Nós talvez abramos agora um escritório de negócios em Jerusalém", disse.

Bolsonaro sinalizou, ainda, que a decisão sobre a mudança de embaixada em Israel não deve acontecer durante a sua viagem ao país, no próximo final de semana. "O (presidente dos EUA, Donald) Trump levou nove meses para decidir, para dar a palavra final para que a embaixada fosse transferida", justificou o presidente brasileiro. A mudança de embaixada foi uma das promessas de campanha de Bolsonaro e também é uma cobrança da bancada evangélica.

Ao ser questionado, Bolsonaro confirmou que houve ressalvas da área de segurança do Planalto sobre sua ida a Israel nos próximos dias, mas ponderou que "não tem problema nenhum" e que manterá a viagem. "Orientação houve, mas a palavra final é minha, e estarei em Israel no próximo domingo se Deus quiser."

O ministro da Educação Ricardo Vélez afirmou em reunião de comparecimento à Câmara dos Deputados, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (27) que o ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícius Rodrigues, foi demitido após ter “puxado o tapete” do ministério.

“O diretor presidente do Inep puxou o tapete. Ele mudou de forma abrupta o entendimento que já tinha sido feito para a preservação da base nacional curricular”, disse Vélez. O ministro afirmou, ainda, que considerou a mudança um ato grave, que mesmo alicerçado em pareceres técnicos não teve consulta dele.  

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Marcus Vinícius foi nomeado ainda no mês de janeiro após a exoneração da educadora Maria Inês Fini, que ocupava o maior cargo do instituto desde o mês de maio de 2016. Ainda não há nome oficial para a presidência do instituto.

Na conversa com os deputados, o ministro também falou sobre o amor à pátria trazido pela eleição de Bolsonaro, sobre a epidemia de crack no Brasil e sobre o massacre de Suzano. Assista à transmissão completa:

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A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu uma investigação para apurar se houve improbidade administrativa do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, no envio de cartas às escolas de todo Brasil com slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro.

No e-mail enviado pelo ministro às escolas, o ministério pedia que as crianças fossem perfiladas para cantar o Hino Nacional e que o momento fosse gravado em vídeo e enviado para o governo. O e-mail solicitava ainda que fosse lida para elas uma carta do ministro que terminava com o slogan da campanha de Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos." O envio da mensagem foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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A investigação contra Vélez foi instaurada como um procedimento preparatório pela procuradora da República Eliana Pires Rocha. Ela solicitou, por meio da Procuradoria-Geral da República, explicações ao ministro, que tem dez dias úteis para responder.

Embora tenha foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, o ministro pode ser alvo da apuração pelo fato de se tratar de um procedimento na esfera cível.

Após a repercussão negativa sobre o envio, o ministro chegou a assumir o erro. "Eu percebi o erro. Tirei essa frase (com slogan do governo). Tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais", afirmou.

Na apuração aberta, a procuradora quer verificar se Vélez violou o artigo 37 da Constituição, segundo o qual a publicidade dos atos, programas e campanhas de órgãos públicos, como o Ministério da Educação, não pode conter nomes, imagens ou símbolos que sirvam para promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. A violação teria ocorrido ao se utilizar do slogan de campanha de Bolsonaro.

No despacho em que instaura o procedimento, a procuradora cita a suposta improbidade no envio do e-mail.

Defesa

O ministro da Educação, por meio de sua assessoria, disse estar analisando o pedido de informações e que, oportunamente, apresentará resposta ao Ministério Público Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados da bancada evangélica ameaçam boicotar convite do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para reunião nesta quarta-feira, 19, em Brasília. A ausência foi tratada em conversas no grupo de WhatsApp da Frente Parlamentar Evangélica as quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. A preocupação é de que a presença dos deputados seja interpretada como apoio à permanência de Vélez no cargo e a bancada não quer referendar um nome que não indicou.

O Estado apurou que, em parceria com a bancada católica, os evangélicos vão promover um encontro para organizar apoio ao senador Izalci Lucas (PSDB-DF), cotado para substituir Vélez.

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Presidente interino da frente, o deputado Lincoln Portela (PR-MG) disse que recebeu dos assessores legislativos da pasta Orley Silva e Paulo Roberto Galindo o convite para a reunião. O objetivo, segundo ele, seria abrir diálogo com o ministro.

Nesta terça-feira, 18, assessores de Vélez ligavam para os deputados para confirmar o encontro, enquanto o vice-líder do governo no Congresso, Marco Feliciano (Podemos-SP), se dedicava a convencer os colegas a recusar o convite. "O MEC está abandonado e o ministro não vai usar bancada para escudo", disse.

Na semana passada, Vélez esteve no Planalto quatro vezes, o que gerou especulações de que seria substituído. Anteontem, o ministro voltou ao palácio para reunião na Casa Civil, para tratar do nome do secretário executivo da pasta. Ele tentou emplacar a educadora Iolene Lima na vaga, que foi vetada pelo governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo Twitter, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou a saída do secretário executivo Luiz Antonio Tozi da pasta. Segundo o ministro, Tozi será substituído por Rubens Barreto da Silva, que ocupava o cargo de Secretário Executivo Adjunto.

"Dando sequência às mudanças necessárias, agradecemos a Luís Antônio Tozi pelo empenho de suas funções no MEC e transferimos sua missão de Secretário Executivo a Rubens Barreto da Silva, que ocupava o cargo de Secretário Executivo Adjunto", escreveu Vélez Rodríguez.

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Como mostrou o Estadão/Broadcast, nos últimos dias Vélez deixou os seguidores do escritor Olavo de Carvalho de lado e passou a se aconselhar com seus ex-alunos e com Tozi, que foi diretor do Centro Paula Souza, administrador das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) em São Paulo.

O grupo de Tozi defende o foco do MEC em políticas educacionais de evidência comprovada e o abandono do discurso ideológico. "Olavistas", por sua vez, dizem que o grupo é "tucano", ou seja, alinhado ao PSDB, e não segue as ideias de Bolsonaro. Os técnicos rivalizam com outros dois segmentos dentro do MEC, o de seguidores de Olavo e o de alguns militares.

Nesta terça, Vélez Rodríguez teve mais uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Diante da crise no MEC, foi a terceira reunião seguida que os dois tiveram desde o final de semana.

Mais cedo, antes do encontro, Bolsonaro garantiu que Vélez Rodríguez continua no comando da pasta, mesmo após divergências com Olavo. Lembrado que filósofo Olavo de Carvalho foi ao Twitter criticar o ministro e até mesmo pedir a sua demissão, Bolsonaro disse: "Eles estão se entendendo". "Não precisa sair (o ministro)", completou.

"Teve um probleminha com o primeiro homem dele, mas está tudo resolvido", disse o presidente numa referência a Vélez. "Eu tenho seis filhos e tenho problema de vez em quando. Imagine com 22 ministros", afirmou. "Eu tenho cinco filhos", corrigiu logo em seguida, sorrindo e admitindo ter sido traído pela memória.

A demissão do número dois da Educação, Luiz Antonio Tozi, e o agravamento da crise interna no ministério foram precedidos por uma série de postagens, no Twitter, do escritor Olavo de Carvalho, "guru" bolsonarista e responsável pela indicação de dois ministros - entre eles o titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez. As críticas, entre elas ao próprio Tozi, seriam uma retaliação "ao expurgo" promovido contra ex-alunos de Olavo dentro do Ministério da Educação.

Duas fontes ligadas ao MEC disseram que a demissão de Tozi seria parte de um "acordo" entre Bolsonaro e Olavo, segundo o qual o "guru" pararia de publicar mensagens contra o ministério em troca da exoneração. Segundo essas fontes, os dois teriam conversado por telefone na segunda-feira (11).

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A disputa interna no MEC envolve pelo menos três grupos: os chamados "olavistas", ligados a Olavo, os militares ou que foram indicados por eles, e os de perfil mais técnico, em geral oriundos do Centro Paula Souza (autarquia do Estado de São Paulo que administra as faculdades e escolas técnicas). Há ainda um grupo formado por ex-alunos do ministro, de perfil conservador.

Depois da sucessão de críticas a Vélez, os técnicos o convenceram de afastar os "olavistas". Em suas redes sociais, Olavo publicou nos últimos dias dezenas de mensagens com recados ao governo, a Vélez e a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira, elogiou a demissão do coronel Ricardo Roquetti, diretor de programa da Secretaria Executiva e considerado um desafeto dos "olavistas".

Após a demissão de Roquetti, Olavo elogiou a medida e publicou que era necessário "concluir a limpeza". "Diante de uma operação de infiltração como essa, ninguém pode ser poupado. É preciso mandar todos para a rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o Roquetti."

Olavo também já fez ameaças ao próprio Vélez, e chegou a sugerir a demissão do ministro. "Recomendei o ministro Vélez, mas se ele cair no erro monstruoso que mencionei (acordo com quem estava na pasta antes), ponham-no para fora", escreveu na segunda-feira. Em outra mensagem, Olavo escreveu que não deseja derrubar nenhum ministro e afirmou que apenas apresentou as pessoas. Ele usou um palavrão para externar sua opinião. "O ministério é do Velez. Que o enfie no c..."

'Crítico'

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta terça-feira (12) que Olavo esteja causando uma crise no governo. "Ele está no papel dele de crítico. Ele pode muito bem falar. A outra opção que ele tem seria ficar quieto e olhar coisas que ele não concorda acontecendo. Certamente, ele, como brasileiro, não vai fazer isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O filósofo Olavo de Carvalho publicou em seu Facebook que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, nunca o procurou em busca de conselhos, apesar de ter sido indicado para a pasta por ele. Apontado como ideólogo do governo, Olavo de Carvalho também negou relação com a demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida, que aconteceu no carnaval.

"Indiquei o prof. Vélez para o ministério, mas ele nunca me pediu um conselho. Não tenho nada a ver com qualquer decisão dele", escreveu Olavo, apontado como ideólogo do governo Jair Bolsonaro (PSL). "Também nada fiz contra o tal coronel Roquetti, apenas reclamei contra a remoção de alunos meus, pessoas altamente capacitadas, para cargos menores e inócuos", disse Olavo em referência à exoneração do coronel Ricardo Roquetti do Ministério da Educação (MEC).

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Nos últimos dias, o MEC promoveu mudanças em seus quadros, exonerando alguns funcionários e mudando outros de departamento. Entre os atingidos pelas mudanças, estão discípulos que Olavo de Carvalho, que atribuíram a movimentação a Roquetti, assessor de Vélez Rodríguez. Na sequência, Roquetti teria sido exonerado a pedido do presidente Bolsonaro, numa tentativa de pacificar o ministério.

Olavo ainda disse não estar relacionado à demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida. O funcionário do Itamaraty foi exonerado em 4 de março pelo chanceler Ernesto Araújo, que é próximo a Olavo e, assim como Vélez Rodríguez, foi indicado ao cargo pelo filósofo. Almeida presidia o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), ligado ao Ministério das Relações Exteriores.

"Estou de saco cheio de malucos que me atribuem poderes demoníacos de influenciar pessoas por telepatia", encerrou Olavo em seu post.

Em meio a polêmicas envolvendo a exoneração de discípulos do filósofo Olavo de Carvalho do Ministério da Educação (MEC), o ministro da pasta, Ricardo Vélez, foi ao Twitter para se dizer "100% alinhado com o Planalto". Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que Vélez continua no cargo e que o ministro e filósofo "estão se entendendo".

Vélez esteve reunido com o presidente, que teria exigido que ele exonerasse o coronel Ricardo Roquetti, um de seus mais próximos assessores. Hoje, afirmou ainda que o MEC está "focado na real mudança da educação no País" e que pretende "seguir com a Lava Jato da Educação".

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Entre a noite de ontem e a manhã de hoje, Vélez foi severamente criticado por Olavo, que insinuou que o ministro teria se vendido aos militares. Segundo olavistas exonerados do MEC, os militares estariam por trás das mudanças recentes no ministério. No Twitter, Olavo ainda disse defender uma "renovação total" na educação brasileira, o que significaria romper laços com "grupos empresariais ou políticos" influentes em governos anteriores.

O apoio de Vélez a uma "Lava Jato na Educação" pode ser entendido como uma sinalização favorável às ideias de Olavo. O filósofo chegou a dizer que o ministro deve ser "posto para fora" do governo caso não rompa com políticas educacionais pretéritas.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (12), ao chegar ao Itamaraty, que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, "continua no cargo". Lembrado que filósofo Olavo de Carvalho foi ao Twitter criticar o ministro e até mesmo pedir a sua demissão, Bolsonaro disse: "Eles estão se entendendo". "Não precisa sair (o ministro)", completou.

"Teve um probleminha com o primeiro homem dele, mas está tudo resolvido", disse o presidente numa referência a Vélez. "Eu tenho seis filhos e tenho problema de vez em quando. Imagine com 22 ministros", afirmou. "Eu tenho cinco filhos", corrigiu logo em seguida, sorrindo e admitindo ter sido traído pela memória.

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Sobre a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, envolvido em denúncias de ter direcionado verbas de campanha a candidatas suspeitas de serem laranjas, o presidente limitou-se a responder: "Estou aguardando primeiro o relatório da investigação."

Guru intelectual do bolsonarismo, o filósofo Olavo de Carvalho publicou um tweet nesta terça-feira, 12, no qual afirma não ter a intenção de "derrubar ministros" no governo de Jair Bolsonaro e ainda mandou um recado para o chefe da pasta da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez:

"Não quero derrubar ministro nenhum. Apenas apresentei pessoas, sem a menor pretensão de influenciá-las (sei que isto é inimaginável para o pessoal da mídia, para quem influenciar é orgasmo). O ministério é do Velez. Que o enfie no c*."

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O clima é de apreensão no Ministério da Educação após funcionários ligados ao professor deixarem a pasta. Como publicou o Blog da Renata Cafardo, há temor de que Vélez seja demitido - o ministro e o presidente Bolsonaro tem nesta terça-feira mais uma reunião para tratar da crise interna no órgão.

Olavo de Carvalho tem feito críticas ao ministro e a seus subordinados em suas redes sociais. As contas do filósofo têm sido recheadas de publicações em tom agressivo e irônico nos últimos dois dias. Além das críticas no âmbito do MEC, nesta terça, ele atacou jornalistas. "Quantos jornalistas, no Brasil, são consumidores habituais de drogas? Sem esse dado, é impossível analisar as 'ideias' deles", escreveu.

Para ele, os apontamentos da mídia a respeito dos conflitos de indicações dentro do MEC são "sentimentos subjetivos", e não fatos. "Quando a mídia explica os acontecimentos do MEC como um conflito entre 'militares' e 'ideológicos', isso é evidentemente uma expressão de sentimentos subjetivos em linguagem arbitrária, não uma descrição nem mesmo falsa da realidade."

As disputas no ministério começaram na semana passada, quando o ministro resolveu exonerar funcionários que defendiam políticas de viés ideológico. A mais importante delas, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi uma carta enviada às escolas pedindo que o slogan de campanha de Bolsonaro ("Brasil acima de tudo, Deus acima de todos") fosse lido por crianças e que elas ainda fossem filmadas cantando o Hino Nacional.

Com a repercussão negativa da notícia - e Vélez recuando na determinação enviada às escolas - , o ministro deixou os "olavistas" de lado e passou a se aconselhar com um grupo que defende o abandono do discurso ideológico. "Olavistas", por sua vez, dizem que o grupo é "tucano" e não segue as ideias de Bolsonaro. Os técnicos rivalizam com outros dois segmentos dentro do MEC, o de seguidores de Olavo e o de alguns militares.

Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada na manhã deste domingo, 10, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, decidiu exonerar coronel-aviador da reserva Ricardo Wagner Roquetti do cargo de diretor de programa da Secretaria Executiva da pasta.

Ao longo da tarde, integrantes do grupo do filósofo e escritor Olavo de Carvalho divulgaram nas redes sociais que Bolsonaro pediu ao ministro o afastamento do diretor de programa da Secretaria Executiva, coronel-aviador da reserva Roquetti. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não se pronunciou sobre a exoneração do assessor. O afastamento, no entanto, foi confirmado pelo Estado.

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O militar da Aeronáutica está no centro de uma disputa envolvendo os "olavistas", militares e técnicos em cargos comissionados no ministério. No fim de semana, integrantes do grupo de Olavo acusaram Roquetti de "isolar" o ministro Velez e de ser responsável pelo afastamento deles. Integrantes do MEC disseram ao Estado que os funcionários foram afastados depois do episódio da carta enviada às escolas pelo ministro e por tomarem posições com viés ideológico.

"Com o tempo, a influência do coronel sobre Vélez aumentou, e ele acabou abandonando qualquer pretensão de ter uma função específica (...) Perambulava pelo gabinete como a eminência parda do ministro, dando ordens, tomando decisões, indicando amigos para os cargos que vagavam", disse no Facebook o assessor Silvio Grimaldo, que foi afastado na sexta-feira (8). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu na manhã deste domingo (10) o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, no Palácio da Alvorada. Ao longo da tarde, integrantes do grupo do filósofo e escritor Olavo de Carvalho divulgaram nas redes sociais que Bolsonaro pediu ao ministro o afastamento do diretor de programa da Secretaria Executiva, coronel-aviador da reserva Ricardo Wagner Roquetti. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) não se pronunciou sobre possível exoneração do assessor.

O militar da Aeronáutica está no centro de uma disputa envolvendo os "olavistas" e coronéis e generais em cargos comissionados no ministério. No final de semana, integrantes do grupo de Olavo acusaram os militares de tentarem expurgá-los do Ministério da Educação para frear as investigações da "Lava Jato da Educação", um pente-fino anunciado pelo governo nos contratos firmados nas gestões passadas.

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Na sexta-feira, Olavo usou as redes sociais para pedir a seus alunos a deixaram os cargos no ministério, depois que foi informado do expurgo. No Facebook, ele escreveu que oficiais militares induzem Vélez Rodriguez, a tomar "atitudes erradas" e lançam a culpa nos seus alunos. "São trapaceiros e covardes", acusou.

Os "olavistas" dizem que os militares isolaram o ministro Vélez Rodríguez e "sabotaram" ações no setor defendidas na campanha de Jair Bolsonaro. Ligado ao filósofo, o assessor especial do ministério Silvio Grimaldo escreveu na manhã de sábado no Facebook que foi um dos que sofreram rebaixamento de cargo por conta da pressão dos militares. O assessor ressaltou que o presidente Jair Bolsonaro poderia fazer um governo "alicerçado" em ativistas e intelectuais de direita, mas "preferiu" se cercar de "generais positivas".

Em outra postagem, Grimaldo associou os ataques ao grupo de Olavo dentro do MEC a demissão do diplomata Paulo Roberto de Almeida do comando do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. No carnaval, Almeida foi exonerado depois de divulgar textos críticos à política externa e ao próprio ministro Ernesto Araújo. O diplomata disse que Olavo estava por trás de sua demissão. O escritor, porém, negou.

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