Tópicos | venezuelanas

Proibido de explorar na televisão a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre meninas venezuelanas, o Partido dos Trabalhadores emitiu nota oficial, nessa terça-feira (18), em que acusa o candidato à reeleição de estar "a serviço da xenofobia, da pedofilia e da exploração sexual infantil".

No sábado, Bolsonaro afirmou que "pintou um clima" com menores de idade venezuelanas que estariam em situação de prostituição infantil em uma cidade satélite de Brasília. O tema dominou as redes sociais no final de semana e, nesta terça, o presidente se desculpou pela fala e negou envolvimento com pedofilia.

##RECOMENDA##

"O presidente demonstra ao país que não passa de um desocupado a serviço da xenofobia, da pedofilia e da exploração sexual infantil. Na cabeça de Jair Bolsonaro, é impensável que jovens venezuelanas estejam 'se arrumando' simplesmente porque são jovens", diz a nota do PT.

A sigla diz repudiar e denunciar "as declarações de pedofilia e exploração sexual de adolescente" de Bolsonaro. "É inacreditável que um presidente da República circule pela periferia, encontre garotas menores de idade, presuma que elas estão a serviço dele, diga que 'pintou um clima' e peça para entrar na casa delas", afirma o partido.

Mais cedo, em reunião com comunicadores, dirigentes petistas recomendaram à militância que sigam abordando a declaração de Bolsonaro nas redes sociais para desgastar a candidatura do presidente. O PT tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao Palácio do Planalto.

Na nota, o PT afirma ainda que vai acionar todas as medidas judiciais cabíveis contra Bolsonaro. "Para que o absurdo e a barbárie não sejam banalizados, nem sejam "perdidos" ou atenuados em processos burocráticos", segue o comunicado.

Veja a nota do PT na íntegra:

O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras repudia e denuncia as declarações de pedofilia e exploração sexual de adolescente de Jair Bolsonaro, durante entrevista nesta semana. É inacreditável que um presidente da República circule pela periferia, encontre garotas menores de idade, presuma que elas estão a serviço dele, diga que "pintou um clima" e peça para entrar na casa delas.

O presidente demonstra ao país que não passa de um desocupado a serviço da xenofobia, da pedofilia e da exploração sexual infantil. Na cabeça de Jair Bolsonaro, é impensável que jovens venezuelanas estejam "se arrumando" simplesmente porque são jovens. Na cabeça de Bolsonaro, garotas menores de idade "se arrumando" em uma periferia, só podem estar a serviço de satisfazer os desejos dele e/ou de outros homens. Na cabeça de Bolsonaro, garotas menores de idade são passíveis de serem abordadas por homens adultos com intenções pedófilas.

As mulheres do PT e de todo país assistiram escandalizadas e revoltadas essa confissão junto a garotas menores de idade, dizendo que "pintou um clima" entre um homem adulto e meninas de 14/15 anos de idade. O presidente ultrapassou todas as barreiras e arrasta o país inteiro rumo à completa barbárie. A naturalização da violência contra a mulher é marca registrada desse presidente machista, que se utiliza da vulnerabilidade social e da origem territorial das mulheres para banalizar a misoginia, a xenofobia, a pedofilia e a exploração sexual infantil junto à opinião pública. Um presidente que precisa gritar em palco o quanto é "imbrochável" demonstra ao país que, para autoafirmar o próprio fetiche de masculinidade, é capaz de passar por cima de todas as leis e de todos os marcos civilizatórios.

Definitivamente não é este o presidente que o Brasil quer. Não é este o presidente que o Brasil precisa. O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadores acionará todas as medidas judiciais cabíveis, em todas as instâncias possíveis, para que o absurdo e a barbárie não sejam banalizados, nem sejam "perdidos" ou atenuados em processos burocráticos.

Clamamos à sociedade civil um grande chamado pela defesa das mulheres e meninas de todo país, pelo restabelecimento dos marcos civilizatórios, pela punição dos crimes e que o maior cargo público da República seja novamente honrado e digno, com o respeito, a deferência e a liturgia que a responsabilidade exige - em nome de todas as brasileiras que hoje existem e por todas as que virão.

A jornalista Barbara Gancia expôs a filha de Jair Bolsonaro (PL) com a primeira-dama Michelle em uma publicação na qual enfatizava a gravidade da expressão "pintou um clima" usada pelo presidente ao relatar o encontro com meninas venezuelanas em uma comunidade em Brasília. Em seu perfil, a jornalista sugeriu que a filha do casal, de 12 anos, pode ser confundida com uma prostituta por pessoas que pensam como Bolsonaro.

O presidente ainda tenta reduzir os impactos da fala sobre um grupo de menores refugiadas, descrita por ele como "bonitas e arrumadinhas", que teria sido cooptado à prostituição infantil em São Sebastião, no Distrito Federal. A declaração foi parar no STF após a constatação de que as meninas participavam de uma ação social voltada à beleza e cuidados pessoais. Ao lado da primeira-dama e da embaixadora não-oficial da Vezenuela, Bolsonaro se desculpou pelo constrangimento causado.

##RECOMENDA##

No domingo (16), Bárbara foi às redes sociais e escreveu: "Pra bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente, quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma puta". A publicação que menciona a filha do presidente foi rechaçada pela mãe nessa terça (18), que rebateu: "Só lembrando a esta senhora que a minha filha Laura é uma criança. Medidas serão tomadas".

A sucessora de Damares Alves no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos considerou que o texto representa o discurso de ódio e acionou o corpo técnico da pasta para formalizar uma denúncia contra a jornalista. "Não bastasse a violência física e sexual, agora as nossas meninas também são vítimas de violência política contra a mulher. Foi o que aconteceu com a filha do nosso presidente", afirmou Cristiane Britto. Ela também parabenizou o grupo de deputadas que se reuniu na noite de ontem para aprovar uma moção de repúdio na Câmara.

[@#video#@]

O YouTube removeu, nesse domingo (16), o vídeo da entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fala que "pintou um clima" com meninas venezuelanas de 14 anos. A justificativa para a retirada do vídeo, no entanto, foi uma afirmação em que o presidente dissemina desinformação sobre a Covid-19. Durante a mesma entrevista, o chefe do Executivo alegou que as crianças não sofreram com o vírus e que não teriam morrido pela doença durante a pandemia.

"A molecada não sofre com o vírus. (...) Você não viu moleque morrendo de vírus. Alguém conhece o filho de alguém que morreu de vírus? Não tem", disse. Na mesma entrevista a um podcast, Bolsonaro voltou a afirmar que não tomou vacina contra a doença e a argumentar que "um medicamento contra a malária" seria eficiente no tratamento de Covid-19.

##RECOMENDA##

A declaração foi feita na sexta-feira (14), em entrevista ao canal Paparazzo Rubro-Negro.

Em nota, o YouTube afirmou que o vídeo da entrevista foi removido por violar as diretrizes da comunidade, que não permitem a divulgação de informações incorretas sobre a Covid-19. "Confirmamos a remoção do vídeo do canal Paparazzo Rubro-Negro por violar essas regras, especificamente por conter declarações de que grupos específicos de pessoas não morreram ou ficaram doentes por causa da Covid-19", afirmou.

Na mesma ocasião, respondendo a uma pergunta sobre a hipótese de o Brasil se tornar comunista numa eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente relatou que, em 2020, estava andando de moto em Brasília quando viu meninas "arrumadinhas" de "14, 15 anos", até que "pintou um clima" e ele pediu para entrar na casa delas. A fala foi duramente criticada pela oposição e usada na propaganda eleitoral do petista.

Segundo o YouTube, outros canais que compartilharem a íntegra da entrevista também terão os vídeos removidos.

Neste domingo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de explorar a entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fala sobre um encontro com adolescentes venezuelanas.

A restrição vale tanto para publicações nas redes sociais quanto para propagandas no rádio e na TV. A multa é de R$ 100 mil por cada eventual descumprimento. O presidente do TSE disse que a declaração de Bolsonaro foi tirada de contexto.

Covid

Ao menos 1.700 crianças menores de 5 anos morreram de covid no Brasil desde o início da pandemia, de acordo com o Observa Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que usou como base dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, os quais passaram por revisão do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

No mesmo dia, durante a live 'Mulheres de Minas com Bolsonaro', ele alegou que são raros os casos de crianças que morreram de covid. "O que acontecia nesse caso é que chegava uma criança no hospital com traumatismo craniano que caiu da bicicleta e alguns hospitais, maldosamente, botavam na UTI covid. Porque eu pagava R$ 2 mil a diária. Outro era R$ 1 mil", disse o presidente.

Até junho de 2022, dados coletados pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 91 países mostravam que a covid-19 foi a causa básica de óbito de 5.376 crianças menores de 5 anos no mundo. O Brasil respondeu por cerca de 1 em cada 5 dessas mortes.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também fez parte da coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, levou o caso relativo às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre meninas venezuelanas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele pediu que o presidente seja responsabilizado se ficar provado que houve omissão.

Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo na madrugada deste domingo, 16, para se defender das acusações. Ele disse que o episódio aconteceu em 2020 e que, ainda na época, ele mostrou "toda a sua indignação" com a situação das meninas.

##RECOMENDA##

"O PT recorta pedaços como se eu estivesse atrás de programas. Pelo amor de Deus. Fiz uma live para isso, foi demonstrado o que estava acontecendo. Que vergonha é essa? Que falta de respeito é essa? Sempre combati a pedofilia", afirmou.

Bolsonaro havia dito em entrevista que "pintou um clima" com as meninas e deu a entender que elas estariam se prostituindo. A frase tem sido criticada pela oposição, que o acusa de pedofilia.

"Eu parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. Posso entrar na sua casa? Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para que? Ganhar a vida. Você quer isso para a sua filha que está nos ouvindo agora?", disse o presidente em entrevista ao canal de YouTube Paparazzo Rubro-Negro.

Uma cabeleireira molda, mecha por mecha, o cabelo de Victoria em um salão de beleza da Venezuela. Depois de alisá-lo por anos, ela quebrou a "ditadura" do cabelo liso neste país em que o racismo também é muito estrutural.

"Já estava cansada de ir ao salão, de não ter liberdade de molhar o cabelo (...). Sentia como se fosse uma escravidão", conta à AFP Victoria Mejías, de 28 anos, enquanto recebe uma hidratação capilar neste pequeno salão no centro de Caracas.

##RECOMENDA##

Hoje, ela se sente "divina" com seus cachos naturais, mas nem sempre foi assim. Sentia vergonha de seu cabelo crespo, que é frequentemente chamado de "ruim" na Venezuela.

"Minha mãe começou a alisar meu cabelo aos 12 anos", lembra. "Me sentia na obrigação de me mostrar para as pessoas de outra forma, porque o cabelo liso dá 'status'".

A Venezuela, assim como o Brasil, tem uma população muito diversificada, resultado da miscigenação entre indígenas, conquistadores espanhóis que chegaram em 1498 e os escravos africanos que foram levados para as colônias.

No século passado, o país também recebeu os europeus que escapavam da guerra e os latino-americanos que fugiam de ditaduras, ou de conflitos armados.

Apesar desta rica variedade cultural, na Venezuela, "tudo o que vem da negritude é visto como ruim, ou (...) exótico, ou seja, não se encaixa no 'normal'", explica à AFP a socióloga Zulima Paredes, que escreveu sobre a estética do cabelo afro.

Paredes afirma que a discriminação racial "ainda acontece" neste país sul-americano, que impõe uma "assimilação cultural" do cabelo liso para se adaptar socialmente.

Victoria disse "chega" há dois anos. Cortou seus fios alisados, dando lugar a cachos que já cresceram até os ombros.

"Podem se acostumar, porque este é o meu cabelo, e é assim que vão me ver!", disse a amigos e conhecidos.

Rainhas... de cabelo liso

Ludizay Gardona, que atende Victoria, trabalha no Afro Caracas, salão especializado em cabelos crespos e cacheados. Várias clientes confessam a ela que "sequer se lembram de como era seu cabelo" após anos de química para mantê-lo liso.

"Há pessoas que alisam o cabelo desde os 6, desde os 5" anos, lamenta Gardona, de 35.

"Ainda existe um estereótipo sobre o que é ser venezuelana, ou sobre o que é a beleza venezuelana", disse Paredes.

Segundo ela, este padrão é reforçado em concursos como o Miss Venezuela, outra obsessão nacional.

Em 2018, coroaram rainha nacional da beleza Isabella Rodríguez, uma mulher negra de cabelo alisado que cresceu no bairro de Petare, em Caracas. Ela foi alvo de comentários racistas pela cor de sua pele e por sua origem pobre.

Sete venezuelanas ganharam o Miss Universo, todas de pele clara e cabelo liso.

As pressões sociais para alisar o cabelo são comuns para as mulheres em diferentes partes do mundo, mas muitas estão se rebelando contra essa prática, especialmente no Brasil, no Uruguai e nos Estados Unidos.

Com tranças na altura do quadril, Gabriela Delgado, outra profissional deste pequeno salão, usava o cabelo alisado há quatro anos.

"Fui a um barbeiro e pedi que passasse a máquina, porque eu precisava ver como era meu cabelo natural", lembra a cabeleireira de 28 anos.

"As pessoas me perguntavam se estava deprimida, se alguma coisa tinha acontecido", conta.

"Não pode ser ruim"

A temática foi explorada em "Pelo Malo", filme venezuelano de Mariana Rondón, que ganhou a Concha de Ouro do Festival de San Sebástian, em 2013.

O filme conta a história de um menino obcecado com alisar seu cabelo crespo para se tornar um cantor famoso e destaca os esforços cidadãos e jurídicos para combater o racismo dentro do país. Em 2011, a Venezuela promulgou uma lei contra a discriminação racial.

Mas há exclusões, lamenta Delgado.

Por exemplo: "ir à escola (...) com seu cabelo afro e não poder entrar (...). Vai ter que entrar com o cabelo preso, com uma trança, ou vai ter que alisá-lo".

Paredes cita seu próprio exemplo, vítima de racismo no mercado de trabalho: "Mandei meu currículo (...) e me disseram 'não, com esse cabelo você não entra aqui'".

"Para a sociedade, é algo totalmente normal dizer que este cabelo é ruim", diz Delgado. "Este cabelo não causou mal a ninguém, não pode ser ruim", conclui.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a situação da Argentina durante discurso sobre a situação de refugiados venezuelanos no Brasil. Ele afirmou que o Chile caminha para a mesma direção dos argentinos, que elegeram o peronista Alberto Fernández como presidente no ano passado, e que o Brasil não pode fazer o mesmo. "Nós não podemos deixar o Brasil chegar na situação que a Argentina está", declarou Bolsonaro.

Apesar das críticas, Bolsonaro falou, no mesmo discurso, que "não temos uma briga com a Argentina" e que é possível haver amizades na política internacional.

##RECOMENDA##

Bolsonaro também falou que acredita que um oposicionista pode suceder o seu aliado, Sebastian Piñera, no comando do Chile. Piñera passou por dois meses de protestos contra o seu governo no final do ano passado e sua popularidade chegou a 10%. "Um grande e próspero país como o Chile está caminhando para o caos e socialismo", criticou o presidente brasileiro.

Mais cedo, durante uma transmissão ao vivo em redes sociais, Bolsonaro disse que a Argentina tornou-se um "refúgio desse tipo de gente, socialista, que não quer o futuro do seu país, que quer que se exploda seu povo, que usa seu povo como massa de manobra para atingir seu objetivo que é o poder absoluto". O presidente se referia à acolhida oferecida pelos argentinos para o ex-presidente da Bolívia Evo Morales.

Nas duas ocasiões, Bolsonaro reforçou que os Estados Unidos optaram por apoiar o Brasil no processo de entrada do País na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A nova posição americana escanteou a Argentina, antes favorita sobre o Brasil para o ingresso na OCDE.

"A gente torce para que a Argentina dê certo, mas a gente sabe que pelo quadro político que está lá vão ter dificuldades. Fizeram a opção em eleger quem os colocou na situação de desgraça em que se encontram", disse Bolsonaro sobre o vizinho que é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.

As falas do presidente da República foram feitas em frente a crianças venezuelanas beneficiadas pela Operação Acolhida, ação humanitária das Forças Armadas que acolhe imigrantes venezuelanos nas cidades de Paracaima (RO) e Boa Vista.

Duas venezuelanas, de 40 e 20 anos, registraram queixa na Polícia Civil de Roraima, dizendo que foram vítimas de tráfico internacional de pessoas. Elas contaram que tinham sido recrutadas na Venezuela por um comerciante brasileiro e, desde que chegaram ao Brasil, em fevereiro, foram obrigadas a se prostituir.

Elas conseguiram fugir, pediram ajuda e contaram que outra jovem venezuelana também era mantida em cárcere privado. "Ele ofereceu emprego e garantiu que teríamos onde viver e comer bem, e ainda ajudar nossas famílias, que ficaram na Venezuela. Mas, quando chegamos, nos disse que teríamos de nos prostituir para pagar nossa viagem, alimentação, moradia e transporte.

##RECOMENDA##

"Diariamente, éramos obrigadas a prestar contas e ameaçadas", revelou a mais jovem. A Polícia Civil registrou um aumento de mais de 30% nos casos no primeiro semestre. Nos últimos três anos, foram registrados nove boletins de ocorrência de tráfico de pessoas, a maioria este ano.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#galeria#@]

Seis quilos de cocaína líquida foram apreendidos com duas venezuelanas no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. A droga estava escondida nas malas e tinha com destino Madri.

##RECOMENDA##

A professora Mairim Antônia Carolina Delgado Guedez, de 39 anos, e a estudante Leismar Coromoto Duran Martínez, de 22, são naturais da Venezuela e não possuíam antecedentes criminais. A prisão ocorreu no último dia 30, porém a Polícia Federal (PF) só revelou o caso na noite dessa segunda-feira (6).

Durante a entrevista de fiscalização, Leismar afirmou que iria trabalhar na Europa, mas não possuía visto de trabalho e nenhum contrato de vínculo. Devido à suspeita, os agentes federais abriram sua mala e descobriram 3,3 quilos de cocaína líquida dentro de plásticos transparentes. Prontamente, a mala de Mairim também foi revistada, onde foram encontrados 2,7 quilos do entorpecente, somando um total de seis quilos.

No interrogatório, as duas afirmaram que não receberiam nenhuma quantia pelo tráfico e que foram ameaçadas por traficantes para transportar a droga de Pacaraima, em Roraima, para Madri, na Espanha. Além da cocaína também foram apreendidos 1.145 euros - equivalente a cinco mil reais - e diversos documentos.

As venezuelanas foram encaminhadas à Colônia Penal Feminina do Bom Pastor, no bairro da Iputinga, localizado na Zona Oeste do Recife, onde ficam à disposição da Justiça. Caso condenadas, elas poderão receber uma pena de cinco a 20 anos de reclusão.

Com informações da assessoria

[@#video#@]

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando