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Avisamos que esta lista não eve ser acessada por menores, fracos de coração, pessoas no trabalho ou gente com muito mimimi, mas isso já deu para perceber pelo título e pela imagem acima, não é mesmo?

Pois bem, já que há algumas semanas Scarlett Johansson enfim nos brindou com seu nu frontal no filme Sob a Pele (e não que já não tenha mostrado um pouco mais em fotos que deveriam ir para Ryan Reynolds, mas felizmente o mundo também recebeu), resolvemos que era hora de chutar o pau da barraca e criar uma lista sem pudores, indicando os melhores nus frontais do cinema, ou quase isso.

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O ator Wagner Moura, que recentemente esteve em Berlim para promover o longa Praia do Futuro, revelou que um de seus novos projetos é um filme sobre o famoso palhaço Bozo. Com direção do estreante Daniel Rezende (responsável pela montagem de Cidade de Deus), o filme terá roteiro de Luis Bolognesi e será sobre um dos atores que fizeram o Bozo no Brasil.

Bozo foi um personagem infantil criado nos Estados Unidos, que chegou ao Brasil na década de 1980 pelas mãos do apresentador Silvio Santos e se tornou rapidamente muito popular na televisão, com seu programa diário. Ao longo do tempo, muitos atores deram vida ao palhaço criado por Alan W. Livingston, que acabou se tornando um dos maiores clássicos infantis da televisão brasileira.

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Em entrevista ao jornal O Globo, Moura confirmou que interpretará Arlindo Barreto. "O roteiro é do Luiz Bolognesi e vai ser focado num dos caras que fizeram o Bozo e que tem uma história extraordinária. Hoje ele é pastor. E o Bolognesi colocou dois conflitos: um de um sujeito que fica famoso com a cara de um palhaço, nunca é ele mesmo; e a história da relação desse sujeito com o filho, porque o ator do Bozo ficou uma época superdoido, usava drogas, e ainda assim animava todas as crianças, menos o próprio filho", diz o ator.

Foi divulgado, na manhã da segunda-feira (10), o trailer de Praia do Futuro, novo filme de Karim Aïnouz. O longa é um dos representantes brasileiros no Festival de Berlim e será exibido nesta terça (11).

A história gira em torno de Donato (Wagner Moura), um salva-vidas da Praia do Futuro, em Fortaleza. Ele comete um erro durante o resgate de um indivíduo que estava se afogando, e não consegue lidar com o fracasso. Donato conhece um amigo da vítima, o alemão Konrado (Clemens Schick), e resolve ir para Berlim recomeçar a vida. 

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No elenco também está o ator pernambucano Jesuíta Barbosa, que participou de Tatuagem e Amores Roubados. Karim também já dirigiu os filmes Madame Satã e Céu de Suely.

Embora a tênue de soirée, ao contrário de Cannes, não seja obrigatória na Berlinale, Karin Aïnouz e seu elenco vão se vestir de gala para a première internacional de Praia do Futuro. Afinal, a ocasião merece. O filme devolve nesta terça-feira (11), o Brasil à competição pelo Urso de Ouro, que o País já venceu duas vezes - em 1998, com Central do Brasil, de Walter Salles, e em 2008 com Tropa de Elite, de José Padilha.

Pode ser mera coincidência, mas o Capitão Nascimento, Wagner Moura, também volta à Berlinale, e num papel bastante diferente. Wagner faz Donato, o irmão mais velho de Jesuíta Barbosa. Ele veio para a Alemanha e sumiu. O caçula, que sempre teve no irmão o seu super-herói, vem atrás dele.

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É um filme de descoberta, de amadurecimento. Aborda predominantemente personagens masculinos - e a obra de Karin privilegia as mulheres. São filmes quase sempre intimistas, delicados. Karin agora muda o tom. Fez um épico - do seu jeito. Explorando a porção feminina, a fragilidade, do super-herói. Está contente com Praia do Futuro, mas também ansioso. "É a primeira vez que concorro num grande festival internacional. É muita expectativa", avalia.

No sábado, Karin serviu de guia para o repórter, conduzindo-o num tour por Berlim. Visitaram as locações de Praia do Futuro na capital alemã. O filme passa-se 60% na Alemanha e 40% no Brasil - ou 70% e 30%. A principal locação brasileira é a praia de Fortaleza que lhe dá título. Karin nasceu no Ceará, frequentou muito a Praia do Futuro. "Sempre quis fazer um filme naquela locação, que foi muito importante na minha infância e juventude. Mas não era só o lugar. Era o nome, também. Praia do Futuro pode ter muitos significados e eu insisti para manter o título na versão internacional. Não houve tradução. Quem ficar intrigado, procure para saber."

Fortaleza, A Praia do Futuro

Berlim. Karin quer capturar a alma das cidades. "Não consigo filmar em lugares que não significam nada para mim", resume. O tour começou à 1 da tarde de sábado, 08, quando o carro da produção apanhou o repórter no hotel em Potsdamer Platz e o levou ao bairro de Neukolln, onde Karin reside. "Vim para Berlim em 2004, logo depois de fazer Madame Satã. O governo alemão tem um programa de residentes. Eles convidam artistas para que fiquem um ano no país. Dão casa e pagam salário para que você faça o que quiser. Pode até não fazer nada, só desfrutar da cidade, mas foi um período de muito trabalho para mim. Foi quando Praia do Futuro começou a nascer." Você pode pensar - mas então o filme demorou dez anos para ser feito? A escritura do roteiro começou lá atrás, mas Praia do Futuro foi feito nos últimos quatro anos.

"Não de forma consecutiva. Fiz muita coisa no período. Filmei depois da Berlinale de 2012, cinco semanas, e depois mais três em Fortaleza, em outubro. E passei 2013 montando o filme com calma. Como tem tudo a ver com a cidade, mostrei-o à Berlinale ainda no ano passado, quando não estava pronto. Eles toparam em seguida." A própria escolha das locações explicita a ligação de Karin Aïnouz com Berlim. Ele foi morar em Nova Colônia, um bairro de trabalhadores, na antiga Berlim Oriental.

Neukolln é marcado pela miscigenação cultural, porque os aluguéis, há dez anos, eram mais baratos. Era uma zona mais tranquila das cidade, agora está virando uma Vila Madalena, cheio de bares e restaurantes, Um bairro boêmio. A primeira parada foi no local onde fica o apartamento de Konrad (Clemens Schick), que faz o namorado alemão de Wagner. Pronto - está revelado o segredo de Polichinelo. Se a ideia era humanizar/fragilizar o super-homem, nada melhor do que dar um personagem diferente ao heroico Capitão Nascimento.

Wagner faz um salva-vidas na praia do Futuro. O filme divide-se em três capítulos. No primeiro, O Abraço do Afogado, dois turistas alemães estão se afogando, Wagner salva um, o outro morre. Inicia-se uma ligação que o levará à Alemanha. Essa primeira parte se passa em 2004. Em 2012, o caçula chega à Alemanha em busca do irmão, mas não é fácil encontrá-lo. Karin explica sua escolha do ator que faz o papel - "Se tinha o Wagner, que não era cearense, queria, absolutamente, que o irmão fosse de Fortaleza. Fiz teste de elenco e cheguei ao Jesuíta (Barbosa)." O cinéfilo sabe quem é - Jesuíta tem importante participação e até foi premiado no Festival do Rio por Tatuagem, de Hilton Lacerda. A casa do amante alemão fica no 111 da Kienitzerstrasse. "Quando filmamos, há dois anos, isso aqui não era tão cuidado. Todo o bairro está passando por uma transformação. Pode não significar muito para quem não tem noção da cidade, mas eu queria documentar a mudança de Berlim. Se o filme é sobre a transformação de pessoas, eu também queria mostrar a transformação de lugares."

Em frente, há um bar em que foi filmada uma cena - um telefonema de Donato (Wagner). Na esquina, na Schiller Promenade, há um bar de motoqueiros que Karin queria ter usado como locação, mas não conseguiu. Ele conduz o repórter numa caminhada por dois quarteirões. "Para você sentir como é isso aqui" - e a próxima parada é o antigo aeroporto nazista de Berlim, Tempelholf, que virou um imenso parque, abrigando hortas comunitárias. "Os moradores dos prédios ao redor têm direito a seu lote. Agora, porque é inverno, parece abandonado, mas no verão é muito bonito. As crianças plantam e colhem, num projeto de comprometimento social e desenvolvimento da cidadania." Uma cena que parecia importante chegou a ser filmada ali. "Para tentar achar o irmão, Jesuíta chegava primeiro ao Konrad, que tem um filho. E ele perseguia o garoto, chegava a agredi-lo. Era uma cena que funcionava bem no roteiro, mas se revelou supérflua na montagem e caiu." Karin cortou muita coisa? "Muita, e em geral corto sem dó. Sobra o que é preciso para a história e os personagens." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Berlim dá boas-vindas nesta quarta-feira (5) às estrelas do cinema mundial que chegam para assistir a 64ª Berlinale, que abrirá nesta quinta-feira (6) com a exibição de The grand Budapest Hotel, do americano Wes Anderson, e onde competirá um filme do Brasil. O representante brasileiro na disputa pelo Urso de Ouro, Praia do Futuro, é uma coprodução do Brasil e Alemanha, dirigido por Karim Ainouz e protagonizado por Wagner Moura. Filmado em 2012, o filme chega aos cinemas apenas no dia 1º de março.

Filmado em Fortaleza e na capital alemã, o longa conta a história da busca de um jovem por seu irmão que deixou a família para morar na Alemanha. Já o filme do diretor texano Anderson, que concorre ao Urso de Ouro, tem sido descrito como "uma comédia dramática" com personagens excêntricos, e no qual atuam Adrian Brody, o inesquecível pianista de Roman Polanski, Jude Law, Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton e Lea Seydoux, entre outros.

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Lea Seydoux, que venceu o prêmio de melhor atriz do último festival de Cannes junto a Adele Exarchopoulos por Azul é a cor mais quente, do francês Abdellatif Kechiche (Palma de Ouro) também protagoniza La belle & la bête, adaptação para o cinema do clássico conto de fadas A Bela e a Fera, do francês Christophe Gans, junto a Vincent Cassel, que será exibida fora de competição.

Anderson, autor de sucessos como O fantástico Sr. Raposo e Três é demais, competiu em 2012 em Cannes com Moonrise Kingdom, uma história de amor entre duas crianças, na qual atuavam Edward Norton, Bill Murray e Tilda Swinton. Outros artistas esperados para a competição são Catherine Deneuve, Forest Whitaker, George Clooney, Bruno Ganz, Matt Damon e Uma Thurman.

"Todos somos indígenas"

A edição deste ano terá seção dedicada ao cinema indígena, com filmes de ficção, documentários e curtas-metragens focados em histórias de povos indígenas. O diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, expressou sua satisfação ao apresentar a segunda edição de Native: uma viagem pelo cinema indígena.

"A Berlinale segue com seu compromisso com o Cinema Indígena", declarou, ao fazer referência ao "choque de culturas que podemos sentir em muitos dos filmes da Berlinale este ano (...) tanto nas selvas brasileiras como nas paisagens da Nova Zelândia". "Entre o culto dos antepassados ​​e o celular há um grande abismo em que indígenas e não-indígenas podem se perder e, talvez, retornar às raízes para que possam tirar-nos deste pântano", acrescentou.

Kosslick explicou que nos filmes indígenas convidados para a Berlinale, "Há um encontro entre pessoas com passados ​​diferentes, com estruturas arcaicas que lutam para manter a paz com o mundo de hoje, com protagonistas que tentam definir a si mesmos e seu modo de vida". Será exibido durante a Berlinale A terra dos homens vermelhos, do chileno-italiano Marco Bechis, filmado em 2008 e que narra a luta dos indígenas brasileiros da etnia Guarani-Kaiowa para defender seus direitos.

Também serão projetados Feriado, do equatoriano Diego Araujo, e os curtas-metragens Filhos da Terra, do peruano Diego Sarmiento, e Só posso te mostrar a cor do seu compatriota Fernando Rodríguez Vilchez. O diretor do festival concluiu sua apresentação dos filmes indígenas citando o diretor australiano Warwick Thornton australiano: "Somos todos índios, tudo que temos a fazer é dar uma olhada para o passado distante".

O filme brasileiro Praia do futuro, de Karim Ainouz, disputará este ano o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, que acontece de 6 a 16 de fevereiro. Praia do futuro, uma coprodução entre Brasil e Alemanha, foi filmado em Fortaleza e Berlim, e é protagonizado por Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuita Barbosa. Moura interpreta o papel de um salva-vidas que tenta reorganizar sua vida depois da morte de um turista alemão durante uma operação de resgate.

O principal festival de cinema europeu do ano divulgou a lista dos 20 filmes selecionados para a competição oficial. Junto com os novos filmes de George Clooney e Wes Andersen, a Berlinale exibirá a esperada Boyhood, última parceria entre Ethan Hawke e o diretor americano Richard Linklater (Antes da meia-noite). O longa, que também conta com Patricia Arquette, foi filmado periodicamente durante dez anos e conta a história da relação de um garoto com seus pais divorciados.

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Lea Seydoux, que ganhou a Palma de Ouro do festival de Cannes em maio, junto com seu diretor e sua coprotagonista, contracena com Vincent Cassel em A bela e a fera, uma coprodução franco-alemã. O filme, dirigido por Christophe Gans, será exibido fora de competição.

Forest Whitaker, ganhador de um Oscar em 2007 por O último rei da Escócia, atua junto com Harvey Keitel no filme do diretor francês de origem argelina Rachid Bouchareb, Two men in town, sobre um ex-presidiário que se converte ao Islã. Os organizadores do festival anunciaram três filmes chineses, entre eles Black coal, thin ice, de Diao Yinan, sobre um policial que investiga uma série de crimes nos quais as vítimas estão ligadas a uma mesma mulher.

As outras duas são Blind massage, de Lou Ye, e No man's land, de Ning Hao. O filme escandinavo In order of disappereance, protagonizado por Bruno Ganz e Stellan Skarsgard, narra a guerra do tráfico de drogas entre a máfia norueguesa e bandidos sérvios. Os organizadores da Berlinale já tinham anunciado que George Clooney apresentará seu thriller da época nazista The monuments men, enquanto Wes Anderson exibirá The grand Budapest Hotel na noite de abertura do festival, em 6 de fevereiro.

O polêmico diretor dinamarquês Lars von Trier exibirá uma versão sem censura da primeira parte de Ninfomaníaca, sua nova epopeia erótica. O júri da 64ª Berlinale será presidido pelo produtor americano James Schamus e integrado pelo diretor francês Michel Gondry e pelos atores Christoph Waltz (Áustria) e Tony Leung (Hong Kong), entre outros.

Esta semana esgota-se o prazo para o registro de novos partidos e o Rede Sustentabilidade, encabeçado pela ex-senadora Marina Silva, segue com a esperança de obter do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a autorização necessária para sair do papel. Entre as estratégias, dos últimos dias para sensibilizar os ministros, alguns artistas têm se mobilizado e gravado alguns vídeos contestando a demora do TSE. 

Nesta segunda-feira (30) começou a rodar um vídeo de Wagner Moura, que atualmente está em cartaz em Hollywood com o filme Elysium. Primeiro veio Adriana Calcanhoto e, depois, Marcos Palmeira. Agora Wagner insinua, também, que Marina Silva esteja na berlinda não por desobedecer aos critérios exigidos e sim por “incomodar muita gente”, fazendo referência à boa aparição de Marina nas últimas pesquisas.

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O ator diz ainda que o processo de análise dos partidos é “arcaico” e “equivoco”. E finaliza dizendo que “para o bem da democracia, do pais e da imagem da Justiça Eleitora, espero que essa situação seja revertida”.

O partido está a quase 50 mil assinaturas do total de 492 mil necessárias para sair do papel. A análise do registro da sigla na Corte pode ocorrer em uma das sessões extraordinárias do TSE, na quarta (2) e/ou quinta-feira (3). O prazo final para filiação e criação de partido, para habilitar-se a disputar o próximo pleito, termina no sábado (5).

Confira o vídeo:

O Festival Internacional de Cinema do Rio começou na quinta (26) com a tradicional noite de gala no Cine Odeon, no Centro. A festa de abertura apenas para convidados contou com a exibição de Amazônia Planeta Verde, uma produção franco-brasileira sobre a Amazônia, dirigidida por Thierry Ragobert. Durante o festival serão exibidos 350 filmes de mais de 60 países até o dia 10 de outubro. A partir desta sexta (27) começam as exibições abertas ao público.

Os 350 filmes são divididos nas mostras Panorama, Expectativa 2013, Première Brasil, Première Latina, Midnight, Midnight Terror e Midnight Música, Gay, Fronteiras, Dox, Filme Doc, Geração, Itinerários únicos e Meio Ambiente, além de três inéditas: Tec, Expectativa Vanguarda e Panorama Grandes Documentaristas. O festival fará uma retrospectiva especial ao diretor americano Paul Schrader, que estará no Rio para ser premiado pelo conjunto de sua obra. Por conta das celebrações do Ano da Alemanha no Brasil, o país será homenageado com as mostras Foco Alemanha e Escola de Berlim.

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No festival, o público poderá votar no melhor nacional, da Première Brasil, participar de debates e de sessões especiais com a presença de personalidades do cinema mundial. Também vai poder conferir os filmes mais esperados — como Blue Jasmine, de Woody Allen, com Cate Blanchett e Alec Baldwin; e Terra Prometida, de Gus Van Sant, estrelado por Matt Damon, que também assina o roteiro.

Outros destaques da programação são Spring Breakers: Garotas Perigosas, de Harmony Korine; Pussy Riot - A prece punk, de Mike Lerner e Maxim Pozdorovkin; Gravidade (Gravity), de Alfonso Cuarón; Diana, de Oliver Hirschbiegel; A Filha de Ninguém, de Hong Sang-soo; As Ondas do Rádio (a Oeste), de Lionel Baier; Nossa querida Freda - A secretária dos Beatles, de Ryan White; A Dança da Realidade, de Alejandro Jodorowsky; Jeune & Jolie, de François Ozon; A grande beleza (La Grande Bellezza), de Paolo Sorrentino e outros.

Serra Pelada, novo trabalho de Heitor Dhalia encerra o festival. O longa leva às telas uma viagem para a maior mina a céu aberto dos tempos modernos. O elenco tem Wagner Moura (também coprodutor), Juliano Cazarré, Julio Andrade, Matheus Nachtergaele e Sophie Charlotte.

Confira a programação completa do Festival Internacional de Cinema do Rio aqui.

Desde Metrópolis, de Fritz Lang, as temáticas da ficção científica  cinematográfica volta e meia retomam o assunto da divisão radical da humanidade em duas classes sociais: opressores e oprimidos. Tal prognóstico foi formulado por Karl Marx como uma tendência que, em última análise, seria o quadro social do desenrolar do capitalismo. Pois bem, acontece que Fritz Lang (e diversos literatos do gênero) resolveram criar alegorias para representação dessa teoria, seguindo um dos papéis que a arte cumpre: levar ideias ao limite, ou radicalizar para demonstrar. Chegamos então ao filme  Elysium, herdeiro mais jovem de toda essa linha temática.

Analisando-o dentro desse contexto, é preciso dizer que ele não agrega nada à ficção científica: todas a suas ideias, elementos inventivos e temas, já encontram precedentes. Já em relação ao cinema, ele contribui mantendo viva uma tradição de filmes sci-fi com um conteúdo interessante para reflexão do público acerca do tema da segregação social, podendo ser visto até mesmo como contraponto às bobagens que foram sacudidas ao público no primeiro semestre.

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A história de Elysium se passa em 2154, onde os ricos debandaram da Terra, arrasada e insalubre, para viver numa estação espacial (chamada Elysium) que emula um ambiente sadio. Após ser exposto à radiação, Max da Costa (Matt Damon, muito competente) tenta desesperadamente chegar ao paraíso dos ricos para ter acesso a uma das máquinas capazes de curar instantaneamente, além de outros tratamentos milagrosos (ou seriam tecnológicos?). Neill Blomkamp, que é roteirista e diretor, não poderia ter feito escolha mais pertinente, pois não há tema que revele mais bruscamente a desumanidade do sistema social vigente do que o acesso à tratamento de saúde, especialmente nos Estados Unidos, onde o setor é totalmente privatizado.

Impressionaram-me bastante a qualidade de dois aspectos técnicos do filme: fotografia e efeitos especiais. A fotografia de Trent Opaloch, quando apresenta o cenário terrestre, utiliza-se de tons claros que fazem oposição ao acinzentado do concreto; a luz é intensa, criando uma ideia de sol escaldante e incômodo. Por outro lado, quando vai a Elysium, temos a mesma sensação de claridade, só que, dessa vez, amena e reconfortante, trabalhando em harmonia com mansões de cores claras e gramados verdejantes. Junto à fotografia, os cenários cumprem a sua parte para realizar transições perfeitas entre os núcleos: o caos estético da favela (a farda de operário de Max se confunde com a de um presidiário), a singeleza da casa da classe média, e o requinte da Beverly Hills espacial são apresentados em detalhes.

Além da arquitetura e clima, outros elementos (como os idiomas falados) concluem a tarefa de criar paralelos entre os dois núcleos extremos com a distinção que vemos, em geral, do terceiro mundo para o primeiro. Em relação aos efeitos especiais, assistimos a um show de Blomkamp: as cenas de transformação física dentro capsula mági… ops… curativa, os tiros explosivos do rifle de Max se chocando contra o escudo do vilão, a tomada externa da estação espacial, os ferimentos sanguinários, são alguns dos inúmeros exemplos de uso consistente e irretocável de CGI que dão vida à imaginação do diretor. As sequências de ação também são muito bem conduzidas, tendo o cuidado de fazer com que os personagens ajam de acordo com o que são: fica claro o despreparo do civis para lutar e usar armas.

Em relação aos pontos fracos, não podemos deixar de citar montagem e terceiro ato do roteiro. A montagem se apresenta confusa, deixa pontas soltas na narrativa e apresenta alguns atropelos. Exemplos disso é a conclusão na mosca que a secretária Delacourt (Jodie Foster, um cubo de gelo) chega acerca dos planos de Max quando ele inicia a viagem à Elysium, sem que haja ainda nenhuma informação dada à personagem que amparasse tal raciocínio, ou a facada que quase derruba Max, mas que já na sequência seguinte não apresenta qualquer consequência. Há outros exemplos, mas o que interessa aqui é que chegamos à conclusão a montagem não ajuda nem um pouco o roteiro de Blomkamp, que não parece ser capaz de lidar satisfatoriamente com centenas de coisas acontecendo ao mesmo tempo na narrativa.

Em relação ao terceiro ato da fita, observamos que ele sofre com a demência dos filmes de ação. Tem se tornado regra geral nas ficções hollywoodianas os filmes descambarem repentinamente para o gênero, e a sua correria. E, embora eu reconheça isso como salutar para atração de público, incomoda-me bastante, pois as questões filosóficas levantadas ficam sem desenvolvimento e resolução, [SPOILER] além do que, é lugar comum que filmes de ação se encerrem com ambulâncias chegando e paramédicos atendendo feridos, e Elysium se encerra com uma simples variação disso. Uma pena.

Mas as falhas não tiram o brilho de uma produção que também é cheia de acertos. Além de tudo que já foi citado, é preciso destacarmos a escolha de um elenco de nacionalidades diversas. Trazer atores latinos foi uma decisão política que reforça os objetivos do filme (embora o grande herói ainda seja um anglo-americano, e isso também é carregado de significados), e é claro que não poderia deixar de ser destaque, para nós, o trabalho de Wagner Moura (como Spider) e Alice Braga (como Frey). Alice foi perfeita, mostrou algo semelhante ao que fez em Ensaio Sobre a Cegueira, sendo dona da melhor interpretação dentre todos os atores de Elysium. Wagner Moura não fez por menos e levou o seu personagem a crescer à altura do protagonista (notícias durante a filmagem diziam que sua participação seria curta), dando vida a uma persona original, excêntrica sem ser imbecil, distinta de coisas que já fez e daquilo que já vi no cinema de Hollywood.

 

 

Estreia nesta sexta (20) o mais novo filme do cineasta sul-africano Neil Blompkamp, autor de Distrito 9, que faturou R$ 480 milhões e foi indicado a quatro categorias do Oscar (incluindo melhor filme e roteiro). Intitulada Elysium, a película se passa no ano de 2154 e conta a história de duas classes de pessoas: os ricos, que vivem numa estação espacial chamada Elysium (em referência aos Campos Elísios da mitologia greco-romana) e os pobres que moram na Terra superpovoada e estão desesperados para escapar da criminalidade e da pobreza do planeta.

Protagonizado por Wagner Moura, Matt Damon e Jodie Foste, o longa é focado no personagem Max (Damon), ex-ladrão e atual operário, que sofre uma contaminação radiotiva no trabalho e faz um acordo com o bandido Spider (Wagner Moura) para conseguir sua viagem clandestina para Elysium, onde ele pode se curar através dos aparelhos ultramodernos que a estação espacial possui. Em meio a essa trama, a secretária de segurança de Elysium, Delacourt (Foster), planeja um golpe de estado cibernético. É através deste cruzamento de narrativas que o filme vai desencadeando sua história.

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O longa, que também conta com a participação de Diego Luna, Alice Braga, Sharlto Copley e William Fitchner, pode ser considerado um gênero ficção-científica – apesar de passar a impressão que não está preocupado em se embasar na ciência. Algumas questões levantadas ao longo do filme não têm explicação, como a razão dos moradores da Terra falarem castelhano, em Elysium francês e nos diálogos principais inglês, além da estação espacial ter atmosfera sem precisar de uma cúpula protetora.

Mesmo criticando as leis de imigração, as diferenças sociais e a políticas de saúde dos Estados Unidos, Elysium estreou em primeiro lugar nos EUA e faturou US$ 11 milhões só no primeiro final de semana. Devido à participação de Wagner Moura, que no longa colocam possui uma voz super esquisita, o filme é lançado no Brasil sob uma forte pressão de sucesso.

Apesar do uso exagerado da tecnologia na estação espacial, vale a pena ver o filme para refletir um pouco sobre como o mundo está sendo visto e também para se divertir com as bizarrices do mundo Elysium.

Confira o trailler:


Wagner Moura declarou-se arrasado. Com 15 anos de trajetória - ele detesta dizer ‘carreira’ - e grandes filmes no currículo, o ator nunca foi a Gramado. Foi no sábado para ser homenageado com o Prêmio Cidade de Gramado.

Lembrou um momento do seu começo, quando o chamavam para fazer só nordestinos e ele foi se queixar ao amigo Lázaro Ramos. "Se liga, meu. E eu, que só chamam para fazer preto?", retrucou Lázaro. A plateia do Palácio do Festival riu, mas o assunto era sério. Wagner acha que, por meio dele, o festival, na verdade, quis homenagear os atores de sua geração - Lázaro, Vladimir Brichta, que estará na serra gaúcha, no fim de semana, com A Coleção Invisível, longa em competição de Bernard Attal.

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O mistério de Wagner Moura é que o eterno Capitão Nascimento parece muito mais jovem, ao vivo - um guri, como se diz no Sul -, mas pensa o cinema e o mundo com profundidade. Ele acaba de fazer Elysium, em Hollywood. Não vê incompatibilidade entre grande espetáculo e realismo crítico, como no filme do sul-africano Neill Blomkamp (de Distrito 9). "Fala de desigualdade social, a mãe dos problemas de países como o Brasil", define.

Feliz em receber o prêmio na presença da mãe, Wagner politizou a cerimônia. Ontem, 11, Dia dos Pais, regressou ao Rio para estar com os filhos. Gostaria de estar com seu pai, mas ele morreu há dois anos. Wagner dedicou o prêmio aos filhos do pedreiro que foi abordado pela polícia do Rio, em junho, e sumiu. Até hoje, a família de Amarildo de Souza pede explicações. Como disse o emocionado Wagner, ele, pelo menos, sabia porque não ia almoçar com o pai dele no domingo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Wagner Moura e Alice Braga integram o elenco do filme americano de ficção científica Elysium. Dirigido por Neill Blomkamp (Distrito 9), o longa mostra o mundo no ano de 2159, que está segregado entre os ricos moradores da estação espacial Elysium e os pobres que sobrevivem em meio a decadência no planeta Terra.

Mas tudo pode mudar quando Max (Matt Damon) resolve lutar pela igualdade de direitos entres os moradores dos dois locais. O corajoso homem vai arranjar um modo de chear ao Elysium e ficar cara-a-cara com a governante da estação, a Secretária Delacourt (Jodie Foster). Caso saia bem-sucedido desse encontro, ele pode salvar não só a sua, mas também a vida de milhares da Terra. Confira o trailer da produção que chega aos cinemas brasileiros no dia 20 de setembro:

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Diferentes aspectos da produção cinematográfica brasileira neste início de século como atuação, direção, roteiro, exibição, distribuição e legislação estão no livro Cinema Brasileiro no Século 21, escrito pelo jornalista Franthiesco Ballerini. A obra é fruto de dois anos de pesquisas e entrevistas com alguns dos principais realizadores de cinema do Brasil.



O livro começa com uma análise do cinema brasileiro no século XX, contextualizando o caminho da produção até o início do século XXI edetalhando fatos importantes da cinematografia brasileira desde o seu nascimento. Entre os entrevistados estão Leon Cakoff, Gustavo Dahl, Fernando Meirelles, Cacá Diegues, Marçal Aquino, Andrucha Waddington, José Wilker, Selton Mello, Wagner Moura, Daniel Filho e Luiz Carlos Barreto.

Os 12 capítulos de Cinema Brasileiro no Século 21 trazem um debate sobre o cinema nacional considerando sua história, internacionalização, o ensino do cinema e a produção de documentários. Traz também, o debate sobre a necessidade de tornar a produção cinematográfica mais próxima do público, e a constatação da heterogeinedade dessa produção, que hoje engloba desde filmes de arte até comédias leves e filmes espíritas.



O jornalista Franthiesco Ballerini foi crítico de cinema do Jornal da Tarde e colaborador de O Estado de São Paulo, produzindo reportagens especiais e entrevistas em Hollywood. Colaborou com as revistas Bravo!, Contigo!, Quem e Sci-fi News e foi colunista cultural da Rádio Eldorado e da TV Gazeta. É o autor de Diário de Bollywood - Curiosidades e segredos da maior indústria de cinema do mundo (Summus, 2009) e crítico e colunista da Revista Valeparaibano, além de professor e coordenador da Academia Internacional de Cinema. Também ministra palestras e cursos sobre cinema e cultura em instituições do Brasil e do mundo. A edição é da Summus Editorial.

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O lançamento acontece em São Paulo nesta terça (17), às 19h, na Livraria do Espaço (Rua Augusta, 1475). Mais informações: www.franthiescoballerini.com / www.summus.com.br / 11 3865 9890

E se você tivesse a oportunidade de voltar ao tempo e mudar um único fato que julgou errado na sua vida? Quem assistiu a “De volta para o futuro”, clássico com o ator Michael J. Fox vai identificar na hora o drama descrito em “O Homem do Futuro”, filme dirigido por Claudio Torres que estreia nesta sexta-feira (2), nos cinemas brasileiros.

Wagner Moura interpreta Zero, um cientista nuclear que teve como grande trauma de sua vida o fora dado por Helena (Alinne Moraes), sua então namorada, em plena noite do baile da faculdade.  Através de seus experimentos, ele descobre como voltar ao tempo, modificar aquele fato e perceber, assim como Adam Sandler percebe no engraçado e moralista filme “Click”, que não se pode brincar de mexer com o tempo.

Além de toda a parafernália futurista esperada em qualquer trama que fale sobre voltar no tempo (que, aliás, foi bem elogiada nos trabalhos da cenógrafa Yurika Yamasaki e na direção de fotografia de Ricardo Della Rosa), o filme estrelado por Wagner Moura e Aline Moraes traz o que há de mais genuíno em termos de uma aventura no passado: tem Nirvana, bailinho de faculdade, Paralamas do Sucesso e muito romance no ar.

O público não tem nem tempo de estranhar a figura impetuosa do Capitão Nascimento (personagem do filme “Tropa de Elite 1 e 2” que consagrou a carreira de Moura), já que o ator já esteve presente em outras – também bem sucedidas - produções brasileiras do gênero cômico, como “Deus é brasileiro”, “Ó paí, ó” e “A Máquina”, apenas confirmando a versatilidade interpretativa do ator baiano.

Confira o trailer e os horários das sessões disponíveis nos cinemas:

Boa Vista 5 | 14h10, 16h25, 18h40 e 20h55
Box 4|  13h30, 15h40, 18h e 20h20
Box 7 | 14h10, 16h40, 19h e 21h20
Caruaru 2 | 14h20*, 16h40, 19h e 21h30
Plaza 4 | 12h30 (sáb, dom, qua), 14h45, 17h, 19h15, 21h40 e 23h55 (sex, sáb, ter)
Recife 7 | 12h25 (sáb, dom, qua), 14h40, 17h10, 19h25, 21h45 e 0h (sex, sáb, ter)
Tacaruna 7 | 14h10, 16h25, 18h40, 20h55 e 23h10 (sex, sáb, ter)

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