Tópicos | 500 MIL MORTES

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, publicou no Twitter, neste sábado (19), uma nota de pesar pelo meio milhão de mortos por Covid-19 no Brasil. "No dia em que o Brasil registra 500 mil mortes em razão da Covid-19, o Poder Judiciário brasileiro presta solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas. É preciso relembrar a cada dia que não são apenas números. São mães, pais, filhos, irmãos. Meio milhão de pessoas que partiram e tiveram seus sonhos interrompidos. Apesar da imensa tristeza, o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça reafirmam que seguem empreendendo esforços para ajudar a sociedade brasileira a mitigar os impactos desta terrível pandemia. - Ministro Luiz Fux, Presidente do STF e do @CNJ_oficial."

Senado

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, também publicou uma nota de pesar pela triste marca de óbitos. Ele escreveu no Twitter: "meus sinceros sentimentos às 500 mil famílias brasileiras que perderam alguém para a Covid-19. Uma enorme tristeza nacional. Vamos manter o foco na prevenção e na vacina para todos".

A ex-presidente da República Dilma Rousseff publicou uma nota de solidariedade às pessoas que perderam "entes queridos" para a Covid-19 e responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro e seu governo pela tragédia de 500 mil mortes por Covid-19. Em sua conta no Twitter, Dilma chamou a condução da crise sanitária de "política genocida".

A ex-presidente tuitou neste sábado (19): "a omissão criminosa adquirindo vacinas e o negacionismo diante da ciência e da vida fazem de Bolsonaro e do seu governo os responsáveis pela tragédia de 500 mil mortes. Expresso indignação e repúdio a essa política genocida. Minha solidariedade aos que perderam entes queridos".

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), usou o Twitter, neste sábado (19), para prestar solidariedade e lembrar as famílias dos mais de 500 mil brasileiros mortos por Covid-19, marca atingida na tarde de hoje. 

Além disso, na publicação, o governador externou 'indignação' por, segundo ele, "sabermos que essa história poderia ser diferente se desde o primeiro dia".

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"Meio milhão de brasileiros mortos. Nossa solidariedade a todos que perderam um ente querido nessa pandemia. Também toda nossa indignação por sabermos que essa história poderia ser diferente se desde o primeiro dia, o diálogo, a cooperação e o bom senso tivessem escrito as regras", escreveu Paulo Câmara no microblog.

Dos 500.022 brasileiros falecidos desde o início da pandemia, 17.216 são pernambucanos.

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na tarde deste sábado (19), em uma postagem no Twitter, que o número de 500 mil mortos devido à pandemia da Covid-19, atingido hoje no Brasil, "é a mais triste marca da história do nosso país". "É inadmissível perdemos pessoas para um vírus sabendo que já havia uma vacina. Morreram pelo descaso", afirmou o tucano.

Doria se solidarizou com as famílias dos que morreram pela doença e questionou "quantas vidas mais serão sacrificadas pelo negacionismo e perda de tempo". "Tem gente que pode até negar que a Terra seja redonda, mas eles não podem negar que a vacina é a solução. (...) O Brasil tem pressa", afirmou. Ele não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro, que questiona a eficácia das vacinas e que demorou para comprar os imunizantes.

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Segundo o governador paulista, "ver outros países já comemorando a volta ao normal atesta o descaso e a incompetência de quem deveria ter cuidado do seu povo, garantido mais vacinas, acelerado a imunização, sem criar fake News, sem criticar quem está tentando trabalhar". Na postagem, Doria disse que "o único caminho para que mais famílias não chorem perdas e para voltarmos a trabalhar com tranquilidade é vacinar".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "genocídio" a marca de meio milhão de brasileiros mortos por Covid-19. Lula manifestou-se na tarde deste sábado (19), em conta que mantém no Twitter.

Ele escreveu: "500 mil mortos por uma doença que já tem vacina, em um país que já foi referência mundial em vacinação. Isso tem nome e é genocídio. Minha solidariedade ao povo brasileiro".

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Lula chegou a cogitar a ir à manifestação contra o governo de Jair Bolsonaro em São Paulo neste sábado. Acabou optando por não ir para evitar aglomerações e para não dar caráter eleitoral ao protesto. Há protestos contra o presidente em 24 Estados e no Distrito Federal.

O presidente Jair Bolsonaro desejou sorte, neste sábado (19), aos policiais envolvidos na busca por Lázaro Barbosa, 32 anos, conhecido como "serial killer do DF". O presidente afirmou que o "marginal" estará, no mínimo, atrás das grades em breve. Em vídeo publicado pelo Twitter à tarde, Bolsonaro se ateve a comentar o caso, e não fez nenhuma menção à marca atingida pelo Brasil neste sábado de 500 mil mortes pela Covid-19.

"Aos policiais que estão na captura do marginal Lázaro, que tem levado o terror no entorno de Brasília: nós sabemos que esse bandido tem uma certa prática de andar na mata sem deixar vestígio, mas sabemos também que nossos policiais, além da coragem, são tenazes, não descansarão enquanto não cumprir essa missão. Boa sorte a todos vocês e tenho certeza que brevemente o Lázaro estará, no mínimo, atrás das grades. Um abraço a todos", diz o presidente no vídeo.

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O aparato montado pela Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal conta com mais de 200 homens mobilizados nas buscas de Lázaro, que já duram 11 dias. As buscas se concentram em uma área de matagal no distrito de Girassol, localizado na cidade de Cocalzinho do Goiás (GO), onde seria o último local onde o procurado foi visto. Lázaro está foragido há mais de dez dias acusado de assassinar uma família inteira no Distrito Federal e também de cometer uma série de outros crimes.

Bolsonaro já tinha comentando sobre o caso durante esta semana. Em transmissão ao vivo na quinta-feira (17), o presidente usou a situação para defender a flexibilização do porte e posse de armas de fogo no País. Bolsonaro afirmou ainda que "arma é vida" e que as pessoas não têm paz nem dentro de casa.

A cúpula e outros integrantes da CPI da Covid lamentaram a marca de 500 mil mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil, registrada neste sábado (19). Em nota, os senadores disseram assegurar que os responsáveis por esse quadro "devastador e desumano" pagarão por seus "erros, omissões, desprezos e deboches", e que os culpados serão "punidos exemplarmente". "Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente", afirmam a maioria dos membros da comissão. A declaração cita ainda que crimes contra a humanidade, morticínios e genocídios "não se apagam, nem prescrevem".

"Eles se eternizam e, antes da justiça Divina, eles se encontrarão com a justiça dos homens", diz a nota, assinada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), pelo vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), além de Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA). Nenhum governista assinou o documento.

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Na sexta-feira, após dois meses de funcionamento, a CPI avançou para uma nova etapa ao transformar 14 testemunhas em investigados, sendo a maioria dos nomes ligada ao presidente Jair Bolsonaro. A lista de 14 pessoas foi anunciada pelo relator da CPI, e inclui o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o general Eduardo Pazuello, ex-titular da pasta; e o ex-chanceler Ernesto Araújo, além de integrantes do chamado "gabinete paralelo", núcleo de assessoramento do presidente na condução da pandemia. Renan também afirmou que avalia incluir o próprio presidente na relação, mas que a competência de a CPI para investigar o presidente diretamente ainda é analisada.

Na nota divulgada neste sábado, a maioria dos membros da comissão afirma que as 500 mil vidas perdidas poderiam ter sido poupadas com "bom senso, escolhas acertadas e respeito à ciência". "Nessa data dolorosamente trágica, quando o Brasil contabiliza 500 mil mortes, desejamos transmitir nossos mais profundos sentimentos ao País. Temos consciência que nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos", dizem os senadores.

Com vacinação lenta, baixa adesão às medidas de isolamento social e sem políticas nacionais de testagem em massa, o Brasil atingiu, neste sábado (19), a marca de 500 mil mortes pela Covid-19 (500.022, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa, que inclui o Estadão). O País viu a pandemia crescer exponencialmente e, apenas neste ano, registrou o maior número de mortes pela doença entre todas as nações do mundo.

Apesar de alguns governadores projetarem vacinar toda a população com pelo menos uma dose até o fim de agosto, a incerteza na entrega de vacinas e o surgimento de novas variantes ainda tornam o futuro da epidemia incerto no País. Epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal afirma que pelo menos 400 mil mortes poderiam ter sido evitadas se o governo federal tivesse adotado medidas para controlar a pandemia.

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Para Hallal, a gestão Jair Bolsonaro errou ao atrasar a compra de vacinas, desestimular o uso de máscaras e imunização, não implementar uma política rigorosa de isolamento social, além de distribuir remédios ineficazes para a Covid-19, como a cloroquina, que causaram uma falsa sensação de segurança.

O distanciamento entre as pessoas é um dos pilares do controle do coronavírus, mas o Brasil nunca conseguiu, de fato, implementar essa medida. Dados do Google sobre mobilidade mostram que a porcentagem de pessoas que deixaram de se deslocar para o trabalho variou entre 42% e 25%. Bolsonaro, porém, vem criticando o isolamento social repetidamente desde o início da pandemia. Um levantamento feito pelo Estadão mostrou que, entre março de 2020 e março deste ano, Bolsonaro promoveu pelo menos 41 eventos com aglomerações. Em maio, quando o País já acumulava mais de 430 mil vítimas da Covid, o presidente chamou de "idiotas" as pessoas que ainda seguiam as recomendações dos especialistas e mantinham o isolamento. "O Brasil precisa de três semanas de um lockdown rigoroso. Isso é muito necessário, mas sabemos que também é muito difícil", diz Pedro Hallal, admitindo dificuldades de adesão e econômicas.

Para Marcel Ribeiro-Dantas, pesquisador em bioinformática no Instituto Currie (França) e integrante da isola.ai, iniciativa que conduz estudos relacionados ao distanciamento social na América Latina, as medidas fracassaram por falta de fiscalização e de alinhamento no discurso. "Não adianta o prefeito falar uma coisa e a oposição dizer outra. Falta uma voz uníssona."

O médico José Cherem, integrante do Núcleo de Pesquisa Biomédica da Universidade Federal de Lavras (UFLA), diz que a falta de apoio governamental é um dos principais entraves ao isolamento. "Falta um subsídio financeiro. As pessoas também estão enfrentando dificuldades econômicas, insegurança alimentar e desemprego", aponta.

Os especialistas ressaltam ainda que o Brasil deveria ter apostado em uma política de testagem em massa. Em geral, o Sistema Único de Saúde (SUS) só oferece teste de coronavírus a quem manifesta sintomas claros da doença - e o resultado demora. "O Brasil precisa ainda começar a fazer o sequenciamento para enfrentar a pandemia com informações mais criteriosas", defende José Cherem. O médico fala que, quando o país sabe com quais cepas está lidando, consegue calcular o impacto que o vírus terá sobre o sistema de saúde e tem tempo de prepará-lo.

Imunização

Os especialistas são reticentes em cravar o futuro da pandemia, mas concordam que dificilmente o País adotará uma política de isolamento social ou de testagem eficientes a ponto de controlar a disseminação do novo coronavírus. Sobra, portanto, a vacinação. O País comprou, ao todo, 559,6 milhões de doses das cinco vacinas aprovadas pela Anvisa, conforme a plataforma apolinar.io/vacinas. A previsão é de que tudo seja entregue até dezembro.

No sábado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se manifestou nas redes sociais, lamentando as "500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o Brasil e o mundo". "Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano. Presto minha solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes que perderam seus entes queridos." O presidente Bolsonaro não havia se manifestado até às 16h.

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