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O Ministério Público da Espanha pediu, nesta quinta-feira, que o lateral-direito Daniel Alves seja condenado a nove anos de prisão por agressão sexual, conforme publicado pela agência de notícias EFE. Além disso, o órgão defende que 150 mil euros (R$ 799,77) de indenização sejam pagos a mulher que acusa o jogador brasileiro de estuprá-la no banheiro de uma casa noturna de Barcelona. O jogador afirma que teve relação sexual com a denunciante, mas diz que o ato foi consensual e nega a acusação.

O MP também quer o cumprimento de dez anos de liberdade vigiada, após o fim da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período. Ainda de acordo com a EFE, a Justiça negou um novo pedido de liberdade provisória efetuado pela defesa do jogador, pois considera que existe risco de fuga, uma vez que o acusado detém um número elevado de recursos financeiros e poderia deixar o país. Também avalia que o julgamento está muito próximo

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O atleta de 40 anos está preso preventivamente desde janeiro, no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, após ser acusado de ter cometido o crime em dezembro de 2022. Desde então, aguarda pelo julgamento. Há pouco mais de uma semana, o Tribunal de Barcelona informou que encerrou a investigação e notificou as partes envolvidas. Apesar disso, ainda não há uma data marcada para o início do julgamento, mas a expectativa é que comece no final deste mês.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, ele entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não sendo levado adiante.

RELEMBRE O CASO

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro, uma sexta-feira, após prestar depoimento. O Juizado de Instrução 15 de Barcelona conduz a investigação. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, revelou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

A Uefa definiu, em sorteio realizado nesta quinta-feira, os confrontos da repescagem para a Eurocopa, com a possibilidade de confronto entre Israel e Ucrânia, protagonistas dos noticiários em razão das guerras em seus territórios. Serão duas fases eliminatórias. A primeira tem seis confrontos e a segunda terá três, que definirão o trio que se juntará aos demais classificados para a principal competição europeia de seleções.

Todos os jogos da primeira fase, chamada pela Uefa de semifinais, serão disputados em 21 de março, enquanto as partidas decisivas estão marcadas para cinco dias depois, dia 26. Israel enfrentará a Islândia e, caso vença o duelo, irá enfrentar o vencedor do embate entre Ucrânia e Bósnia-Herzegovina. O chaveamento também definiu que a Polônia de Robert Lewandowski terá a Estônia como adversária e enfrentará a seleção que sobreviver ao duelo entre País de Gales e Finlândia. Os ouros confrontos são Geórgia x Luxemburgo e Grécia x Casaquistão.

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Por causa das guerras, israelenses e ucranianos têm jogado longe de suas nações, mas, no caso da primeira fase da repescagem, apenas Israel terá de se preocupar com definir um local de jogo, pois será o mandante da partida contra a Islândia, diferentemente da Ucrânia, que jogará como visitante contra a Bósina-Hezergovina. Locais neutros para os playoffs não precisam ser confirmados até algumas semanas antes dos jogos. A Ucrânia disputou recentemente jogos na Alemanha e Israel escolheu a Hungria para mandar suas partidas.

As 12 equipes entraram nos playoffs com base em seus resultados e classificações nos grupos da Liga das Nações disputados no ano passado. As posições nos grupos das Eliminatórias para o Euro 2024 deste ano não afetou a classificação para o sorteio de quinta-feira.

Israel, que se tornou membro da UEFA em 1994, busca se classificar para a Eurocopa pela primeira vez em sua história. Já Ucrânia, vista como uma das mais fortes entre as 12 seleções da repescagem, está de volta aos playoffs de um grande torneio de futebol depois de perder para o País de Gales por 1 a 0 no ano passado, na disputa por uma vaga na Copa do Mundo do Catar, em partida que teve de ser adiada depois que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Confira o chaveamento da repescagem para a Eurocopa.

Caminho A

Polônia x Estônia

País de Gales x Finlândia

Caminho B

Bósnia x Ucrânia

Israel x Islândia

Caminho C

Geórgia x Luxemburgo

Grécia x Casaquistão

O Tribunal de Apelação do 9º distrito de São Francisco, nos Estados Unidos, rejeitou novamente um pedido de indenização solicitado por Kathryn Mayorga, mulher que acusou Cristiano Ronaldo de estupro. O caso foi reaberto após o vazamento de conversas entre o jogador e sua defesa sobre a acusação. O advogado da modelo americana alegou quebra do acordo de confidencialidade e pedia cerca de US$ 25 milhões (aproximadamente de R$ 120 milhões).

A modelo acusa o atacante de estuprá-la em 2009, em Las Vegas, mas a ação arquivada foi aberta apenas em 2018, no Tribunal Federal de Nevada. Durante o processo, ela quis incluir o acordo de confidencialidade como prova do estupro, mas a juíza responsável rejeitou tal tentativa, o que os advogados consideram um erro da Justiça e usam como argumento para anular o arquivamento e reabrir a ação.

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Mayorga tinha 25 anos quando conheceu Ronaldo em uma boate em 2009 e foi com ele e outras pessoas para a suíte de um hotel. Em sua ação movida em 2018, ela alega que o astro português, na época com 24 anos, a agrediu sexualmente em um quarto. O jogador afirmou que o sexo foi consensual. Os dois chegaram a um acordo de confidencialidade em 2010, e o advogado Leslie Mark Stovall reconheceu que Mayorga recebeu US$ 375 mil.

Ao encerrar o caso no ano passado, a juíza distrital dos EUA, Jennifer Dorsey, em Las Vegas, aplicou uma multa de US$ 335 mil a Stovall por agir de "má-fé" ao abrir o caso em nome da cliente. O recurso do advogado em nome de Mayorga, apresentado em março, qualifica a decisão de Dorsey como "um manifesto abuso de discrição."

Os advogados do jogador argumentaram, e a juíza concordou, que "o acordo de confidencialidade é produto de discussões privilegiadas entre advogado e cliente, e que não há garantia de que sejam autênticos e não podem ser considerados como prova".

Um dos jogos atrasados do Campeonato Brasileiro reunirá dois concorrentes diretos na briga pelo título. Podendo entrar no G-4 e ficar a dois pontos do atual líder Palmeiras, o Flamengo recebe nesta quinta-feira (23), às 21h30, o Red Bull Bragantino, integrante do G-4, pela 30ª rodada, no Maracanã, no Rio. Fato curioso é que este será o terceiro jogo em três dias no estádio, pois recebeu Brasil x Argentina na terça-feira e Fluminense x São Paulo na quarta.

O Flamengo chega em melhor momento porque está invicto há três jogos, incluindo outro confronto direto, em que venceu o Palmeiras por 3 a 0. A lista ainda tem vitória diante do Fortaleza, por 2 a 0, e empate, na última rodada, com o Fluminense, por 1 a 1.

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Com 57 pontos, aparece em sexto lugar. Se vencer, portanto, chegará a 60 e ultrapassará o Atlético-MG (57), o próprio Red Bull Bragantino (59) e o Grêmio (59). O Palmeiras lidera com 62, seguido pelo Botafogo, com 60, que também faz jogo atrasado nesta quinta-feira, às 19h, diante do Fortaleza.

O técnico Tite poderá contar com o zagueiro David Luiz e o volante Allan, que aproveitaram a Data Fifa para se recuperarem de lesões. Gerson e Bruno Henrique, que foram julgados pelo STJD e poderiam ser desfalques, pegaram apenas um jogo cada, já cumpridos.

Além disso, o meia Arrascaeta e o lateral-direito Guillermo Varela, que estavam com o Uruguai, e o volante Erick Pulgar, na seleção chilena, já retornaram. Pulgar, entretanto, atuou 166 minutos, sendo 70 na terça-feira, na altitude de Quito, e não tem presença certa no time titular.

Apesar de ter tido tempo de avaliar carências no time, Tite garantiu que não pensa nisso agora e que está focado nos últimos jogos do Brasileirão. "Eu não penso em 2024, palavra de honra. Isso só vai ser planejado a partir da realidade de 2023. Fizemos sete jogos, mas ainda temos cinco jogos. Nosso foco está totalmente no Red Bull Bragantino."

O Red Bull Bragantino, que ficou oito jogos invicto recentemente, não vence há duas partidas. Perdeu para o São Paulo, por 1 a 0, e empatou com o Botafogo, por 2 a 2, com gosto de vitória já que o último gol saiu nos acréscimos. Com 59 pontos em quarto lugar, pode igualar a pontuação do Palmeiras, mas ainda ficaria atrás por conta do número de vitórias. O Palmeiras tem 18, enquanto o Red Bull Bragantino possui 16.

O técnico Pedro Caixinha terá alguns desfalques. O zagueiro Léo Realpe levou o terceiro cartão amarelo e pode ser substituído por Lucas Cunha ou Lucas Rafael. O lateral-direito Andres Hurtado, com a seleção do Equador, também está fora, e Aderlan ocupará a vaga.

O atacante Matheus Gonçalves, que pertence ao Flamengo, é outra baixa, mas ele não é titular. Além disso, o departamento médico segue com Cipriano, Eduardo Santos, Luan Patrick e Nathan Camargo.

Caixinha admitiu que a falta de experiência do Red Bull Bragantino em momentos decisivos afetou nos últimos jogos e pediu para o elenco voltar a focar apenas no que tem controle. "Para mim é o emocional, não ter a experiência de passar por essa dinâmica e exigência. O que temos que nos agarrar é à nossa matriz de jogo e acreditar nisso. Se eu começo a me preocupar com coisas que não controlo, perco o foco naquilo que tenho que fazer. O que temos que nos concentrar é na nossa matriz de jogo, que foi o que nos trouxe até aqui."

Ganhar fora de casa nesta edição do Campeonato Brasileiro é uma barreira intransponível para o São Paulo. Nesta quarta-feira, em jogo adiado da 32ª rodada do torneio nacional, o time de Dorival Junior, bastante desfalcado, teve de lidar com a expulsão de Gabriel Neves ainda no primeiro tempo e não suportou a eficácia de Germán Cano. O argentino marcou o gol da vitória do Fluminense por 1 a 0, no Maracanã.

Com o resultado, o Fluminense fica na oitava colocação, com 50 pontos. O São Paulo, por sua vez, ocupa a 10ª posição, com 46. Restam quatro jogos para o término do Brasileirão, e o conjunto paulista ainda terá duas chances (diante de Bahia e Atlético-MG) para romper o tabu e vencer a primeira fora de casa

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O clima amistoso arquitetado pela troca de faixas de campeão da Libertadores e da Copa do Brasil deu lugar a um jogo hostil logo nos primeiros minutos do duelo no Maracanã. O Fluminense gerou as melhores chances, mas o São Paulo ainda buscou equilibrar a partida.

Os desentendimentos dentro de campo, porém, ditaram o tom da partida. A arbitragem do mineiro André Luiz Skettino produziu diversas reclamações dos dois lados. Aos 28 minutos, uma entrada faltosa de Gabriel Neves sobre Thiago Santos provocou intervenção do VAR. Após consultar o monitor, o juiz decidiu expulsar o uruguaio.

Apesar da inferioridade numérica, o São Paulo sustentou o panorama e passou a explorar com mais velocidade os contragolpes cedidos pelo Fluminense. A equipe mandante ainda criou algumas chances de gol, mas nada que levasse Rafael a fazer grandes defesas na meta são-paulino.

Até mesmo após o fim do primeiro tempo, a irritação continuou predominando. Jogadores de Fluminense e São Paulo discutiram na saída de campo, e o técnico Dorival Junior foi tirar satisfação com a equipe de arbitragem. Ao todo, foram distribuídos oito cartões na etapa inicial, um recorde nesta edição do Campeonato Brasileiro.

Na volta do intervalo, Diniz tirou o zagueiro David Braz e colocou o atacante Lelê para projetar os donos da casa ao setor ofensivo, deixando sua equipe sem defensores de origem. O Fluminense precisou contar com a sorte para inaugurar o placar, aos 9 minutos. O argentino Germán Cano arriscou de fora da área, a bola desviou em Rafinha e se tornou indefensável para Rafael.

À frente no marcador, o Fluminense diminuiu a pressão e se sentiu mais à vontade. González quase marcou o segundo, mas parou no arqueiro são-paulino. Apesar da festa nas arquibancadas, em campo o choro de Samuel Xavier após sentir uma lesão no joelho causou consternação no banco de reservas. O lateral foi substituído e se torna dúvida para o Mundial de Clubes, cuja estreia carioca está programada para 18 de dezembro.

Fluminense e São Paulo ficaram devendo futebol. Os visitantes, diante dos complicadores conhecidos antes mesmo de a bola rolar, não tiveram muito o que fazer senão apostar em brechas, que, quando apareceram, foram desperdiçadas. Já os comandados de Diniz poderiam mostrar mais, principalmente diante de uma superioridade numérica.

Nos minutos finais, o São Paulo se arriscou mais e trouxe preocupações para o Fluminense. A postura são-paulina gerou expectativas positivas, especialmente pela atuação de atletas pouco utilizados e oriundos das categorias de base, como Talles Costa, Talles Wander, Nathan e William Gomes. Apesar da vontade, não foi possível furar o bloqueio carioca e o placar se manteve.

PRÓXIMOS JOGOS

O São Paulo atua novamente no domingo, às 18h30, diante do Cuiabá, no Morumbi. O Fluminense também tem compromisso em casa. No sábado, às 21h, mede forças com o já rebaixado Coritiba no Maracanã.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 1 X 0 SÃO PAULO

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier (Guga), David Braz (Lelê), Thiago Santos (Diogo Barbosa) e Marcelo (André); Martinelli, Alexsander, Lima e PH Ganso; Yony González (Leo Fernández) e Germán Cano. Técnico: Fernando Diniz.

SÃO PAULO - Rafael; Rafinha, Diego Costa, Lucas Beraldo e Welington; Gabriel Neves, Pablo Maia (Talles Wander) e Alisson (Talles Costa); Luciano (Erison), Juan (William Gomes) e David (Nathan). Técnico: Dorival Junior.

GOL - Cano, aos 9 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Martinelli, Alexsander, Marcelo, Ganso, Cano, Guga, Rafinha, Diego Costa, David e Beraldo.

CARTÃO VERMELHO - Gabriel Neves.

ÁRBITRO - André Luiz Skettino Policarpo Bento (MG).

PÚBLICO - 44.694 presentes.

RENDA - R$ 1.659.302,00.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) sorteou nesta quarta-feira, no auditório Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera, os 32 grupos da 54ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A tradicional competição de base terá 24 dias de disputas, entre 2 e 25 de janeiro, aniversário de São Paulo.

A decisão de 2024 deverá ser no Pacaembu. Em entrevista à Rádio Transamérica, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, disse que só trabalha com essa hipótese, apesar de o estádio ainda estar em reforma.

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O regulamento continua o mesmo, com os dois melhores de cada chave avançando à fase mata-mata, com confrontos sempre decididos em apenas uma partida e sem vantagem do empate. Igualdade leva a decisão da vaga aos pênaltis.

Depois de desencantar na competição logo em dose dupla, com o bicampeonato conquistado diante de Santos (2022) e América-MG (2023), o Palmeiras jogará "em casa" pelo Grupo 24, contra Oeste, União ABC, do Mato Grosso do Sul, e o Queimadense, da Paraíba, em Barueri, onde já vem mandando alguns jogos do Brasileirão com o time principal.

Maior campeão da competição, com dez títulos, o Corinthians está no Grupo 10, e sua torcida terá de encarar mais de 430 quilômetros de estrada até Marília, onde terá a equipe local, além de Bangu-RJ e Ji-Paraná, de Rondônia.

O torcedor do São Paulo também terá de pegar a estrada, mas com viagem mais curta, até Araraquara. A equipe caiu no Grupo 7, ao lado de Ferroviária, do paraense Carajás e do Porto Vitória, do Espírito Santos. Já o Santos disputará suas partidas da primeira fase na vizinha Diadema, pelo Grupo 26, que terá, ainda, Água Santa, Nova Venécia e o Remo.

O duelo entre Brasil e Argentina, nesta terça-feira, dia 21, acabou sendo ofuscado por uma grande confusão ocorrida nas arquibancadas do Maracanã antes mesmo do apito inicial. Galvão Bueno, icônico narrador da seleção brasileira, fez duras críticas ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, e lamentou as cenas de violência entre torcedores e policiais.

"Uma vergonha que foi mostrada ao mundo. Como é que pode a CBF, senhor Ednaldo Rodrigues, organizar um jogo Brasil e Argentina, no Maracanã, onde o relacionamento da seleção com a torcida não está tão bom", afirmou. "Está tudo errado e a CBF, com o senhor Ednaldo Rodrigues, que deve se sentir o rei do futebol brasileiro, se desentendeu até com o presidente da Federação carioca. Por mim, os dois poderiam dar as mãos e sumirem do futebol, seria muito bom."

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O tumulto teve início durante a execução dos hinos nacionais. Brasileiros e argentinos trocaram socos e a Polícia Militar (PM) interveio, entrando em confronto com torcedores da seleção albiceleste. Cadeiras foram arremessadas e pessoas foram imprensadas nas arquibancadas. Segundo a PM, oito pessoas acabaram detidas. Outras duas precisaram de atendimento médico. O jogo, que estava marcado para às 21h30, começou com quase meia hora de atraso.

Com a bola rolando, o Brasil jogou melhor do que nas últimas partidas, mas voltou a ter dificuldades em furar a defesa adversária e falhou pelo alto. O zagueiro Otamendi marcou de cabeça no segundo tempo e garantiu a vitória por 1 a 0 para os argentinos. Foi a primeira vez na história das Eliminatórias em que a seleção brasileira saiu derrotada jogando em casa.

"Tá tudo errado! Mais uma noite pra esquecer! Muito triste! Que vergonha! Um ano de derrotas, com a primeira vez com três derrotas seguidas, depois da primeira vez com duas derrotas seguidas, e a primeira vez com derrota em casa, a primeira vez com quatro jogos sem vitória", disse Galvão.

Com a derrota, a seleção brasileira caiu para a sexta colocação nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, com sete pontos, a oito da líder Argentina. Os seis países mais bem colocados se classificam diretamente ao Mundial, enquanto o sétimo disputa a repescagem. O Brasil volta a jogar em março, quando disputa amistoso com a Inglaterra, no dia 23 de março, e depois diante da Espanha, ainda sem data.

Gabriel Jesus foi a aposta de Fernando Diniz para substituir Vinícius Júnior diante da Argentina. O atacante do Arsenal, que não atuava desde 24 de outubro, teve boa movimentação na derrota por 1 a 0 e participou de um dos lances mais promissores da seleção brasileira no segundo tempo, que terminou com Gabriel Martinelli perdendo o gol diante de Emiliano Martínez. No fim, porém, o atacante encerrou mais um jogo sem marcar pela seleção - e com tranquilidade surpreendente, declarou que marcar gols nem é seu ponto mais forte.

"Tem coisas que me incomodaram bastante no ciclo pós-Copa de 2018. Eu era mais jovem, tinha outra cabeça. Hoje sou um homem mais maduro, mais formado, pai de família. Eu entendo que o futebol é uma prioridade pra mim, e sei que preciso estar bem para fazer o meu melhor, principalmente na seleção brasileira", disse Gabriel Jesus, na zona mista após o jogo.

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"Tem coisas que eu não controlo. Eu treino, eu busco, eu tento, eu me movimento, eu ajudo a equipe. O gol é inevitável. Eu acredito que não seja meu ponto forte, porém eu faço gols e estou lá para fazer gols. Quando voltar, vai acontecer. É trabalhar. Eu trabalho quieto, não sou de rebater critica, não sou de ficar feliz por elogio. Já fiquei, não fico mais", disse o atacante.

Sobre a derrota para a Argentina, a terceira consecutiva, Gabriel Jesus considerou que são coisas que acontecem no futebol. Na avaliação dele, o Brasil foi melhor que o adversário no Maracanã e merecia ter vencido também a Colômbia, na semana passada.

"Acho que o Uruguai eles foram, sem a bola, melhores do que a gente. Com a bola, acho que nesses três últimos jogos a gente jogou melhor. Colômbia nós jogamos muito melhor, falhamos na marcação. Hoje (terça) todo mundo pode ver nosso espírito e nossa vontade", declarou o atacante do Arsenal. "O que a gente pode fazer agora é concentrar mais, evoluir mais, treinar mais, e quando chegar os jogos, ganhar os jogos."

A CBF publicou nota oficial, na madrugada desta quarta-feira, para prestar esclarecimentos sobre a pancadaria entre torcedores brasileiros e argentinos durante a execução dos hinos, antes da derrota por 1 a 0 do Brasil para a Argentina, no Maracanã, em jogo da sexta rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. No texto, a entidade diz ter planejado a partida de "forma cuidadosa e estratégica" junto às autoridades, "especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro". De acordo com a CBF, a PM, que entrou em confronto com torcedores, aprovou sem objeções a estratégia de segurança apresentada.

"Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas", diz o comunicado da CBF.

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A entidade afirma que o mesmo procedimento dos planos de ação e segurança se deu em relação ao plano operacional, em reunião às vésperas da partida, com participação da Conmebol, organizadora das Eliminatórias. "Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas.".

PM RESSALTA FALTA DE SEPARAÇÃO ENTRE AS TORCIDAS

A Polícia Militar se manifestou e justificou sua atuação no caso, ressaltando a falta de separação entre as torcidas. Também informou que oito pessoas foram encaminhadas ao Juizado Especial Criminal e que uma torcedora argentina foi detida acusada de ofender um funcionário do Maracanã com insultos racistas e conduzida ao JECRIM.

"Cabe ressaltar que não havia divisão entre torcidas nos setores do Estádio do Maracanã, por conta da venda de ingressos sem distinção entre as torcidas, o que foi definido pela organização do evento. Os agentes do BEPE atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular, de acordo com protocolos estabelecidos pela organização da competição", diz o comunicado da PM.

A proximidade entre argentinos e brasileiros no estádio foi defendida pela CBF, segundo a qual o modelo de torcida mista "sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas" . A entidade esportiva também argumentou que este é "o padrão em competições organizadas pela Fifa e Conmebol, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições". Em seguida, cita o duelo entre Brasil e Argentina, pela semifinal da Copa América de 2019, como exemplo de partida com torcida mista em que a segurança foi garantida.

"Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF", conclui neste trecho do comunicado. "Ou seja, todo o plano de ação e segurança foi elaborado e dimensionado já considerando classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ. Portanto, a CBF reafirma que foram cumpridos rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foram aprovados pela Polícia Militar RJ e demais autoridades", acrescenta no parágrafo seguinte.

O texto termina afirmando que a única recomendação dada pelas autoridades à CBF ao longo do período de planejamento e organização da partida foi uma recomendação do Ministério Público para que "NÃO realizem partidas de futebol no ano de 2023 com o formato de disponibilização da carga total de ingressos através de um tíquete eletrônico apresentado mediante exibição do aparelho de telefonia celular, tal como ocorrido na partida da final da Copa Libertadores no dia 04 de novembro de 2023" e que "Exijam no ano de 2023 dos torcedores que se aproximem das catracas a exibição de evidência física (tíquete de papel e/ou cartão de sócio torcedores) de que o torcedor possui um tíquete de ingresso para se aproximar das catracas do Estádio Mário Filho - Maracanã, de modo a evitar a invasão de torcedores que não possuam ingressos para assistir à partida."

A CONFUSÃO

Durante a execução do Hino nacional argentino, a briga começou envolvendo pessoas de ambas nacionalidades. Argentinos e brasileiros foram pressionados contra grades e divisórias, enquanto policiais tentaram contê-los com o uso de força.

Os jogadores de Brasil e Argentina foram ao encontro do setor onde estava concentrada a confusão para tentar impedir que a pancadaria continuasse. Houve arremesso de assentos em direção aos policiais, que revidaram com golpes de cassetete. Alguns torcedores ficaram sangrando, outros tiveram de pular o muro e entrar no gramado para escapar da confusão.

Além da vaia ao Hino argentino, outras situações foram foco de tumulto, como a alocação de bandeiras no setor Sul do Maracanã. No local, em que não havia divisão de torcedores, com argentinos e brasileiros ocupando assentos lado a lado, havia apenas seguranças, com policiamento distante.

Momentos depois, os atletas da Argentina se retiraram do gramado sob o comando de Messi e os jogadores da seleção brasileira permaneceram no campo de jogo, A equipe tricampeã mundial informou que aguardaria cerca de 15 minutos para decidir se iria voltar ao gramado para a realização do clássico.Depois de os ânimos terem sido apaziguados, com reforço na divisão das torcidas, jogadores da Argentina retornaram ao gramado e jogo foi disputado normalmente.

Desfalcado em todos os setores, o São Paulo volta a jogar nesta quarta-feira, às 21h30. O adversário é o Fluminense, no Maracanã, e o jogo, válido pela 32ª rodada do Brasileirão. Trata-se de uma partida remarcada em razão da final da Libertadores, vencida pelo time carioca.

Na partida, haverá troca de faixas entre os jogadores e presidentes dos dois clubes e a exibição da taça da Libertadores. Além disso, o Fluminense usará pela primeira vez o patch de campeão continental.

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Com 12 baixas, a maioria por lesão, o São Paulo deve ser escalado por Dorival Júnior com atletas que pouco têm jogado. Décimo colocado, o time tem 46 pontos e não briga por mais nada no campeonato. É a mesma situação do Fluminense, que soma um ponto a mais e, como o rival paulista, já tem sua vaga garantida na Libertadores de 2024 por ter vencido a atual edição.

Ao campeão da Copa do Brasil, as últimas partidas servem para dar espaço a jovens jogadores e terminar o torneio com dignidade. Talles Costa e Pedro Vilhena são dois dos garotos que podem ganhar uma oportunidade.

Os novos desfalques são-paulinos são por causa da logística da Data Fifa e de questões contratuais. James Rodríguez, Arboleda e Ferraresi tiveram compromisso na terça-feira por Colômbia, Equador e Venezuela, respectivamente, em duelos das Eliminatórias Sul-Americanas, e não voltam a tempo para jogar no Rio. Já Caio Paulista e Michel Araújo pertencem ao Fluminense e estão impedidos de entrar em campo. Wellington Rato está suspenso.

Beraldo, Patryck e Pablo Maia, convocados recentemente para período de treinos com a seleção pré-olímpica, estão à disposição. Há expectativa de que Lucas Moura seja relacionado. O meia-atacante tem treinado normalmente no CT depois de se livrar de um estiramento no músculo posterior da coxa esquerda sofrido no clássico contra o Palmeiras, há um mês.

"Já está no processo de transição e espero contar com ele para o jogo contra o Fluminense, sim", disse Dorival depois de o São Paulo empatar sem gols com o Santos na Vila Belmiro.

O Fluminense também teve atletas convocados e que se tornaram baixas, casos de Jhon Arias e André. Seu técnico, Fernando Diniz, treina também a seleção brasileira, mas não será desfalque. Ele esteve à beira do gramado no duelo com a Argentina e estará mais uma vez no Maracanã.

Assim que terminou o jogo com o Brasil, Messi se juntou aos companheiros e foi comemorar onde estavam posicionados os torcedores argentinos no Maracanã. Após atuação abaixo do esperado, o camisa 10 admitiu que sentiu uma lesão e não jogou em totais condições. E aproveitou para criticar o despreparo da polícia em confusão nas arquibancadas.

Antes de a bola rolar, policiais separaram princípio de confusão entre brasileiros e argentinos com muita violência, com golpes de cassetetes, e Messi correu para o local para pedir calma. Vendo a agressividade, tirou a seleção de campo e após o apito final não poupou críticas.

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"Vimos como a polícia estava batendo nas pessoas e estávamos com alguns familiares nossos aqui. Isso aconteceu também na final da Libertadores. Eles estão mais focados nisso do que em jogar", reclamou Messi. "Nos somos uma família e decidimos jogar para acalmar a situação."

Sobre o jogo, revelou que sentiu uma leve lesão muscular e que atuou no sacrifício. Por isso, provavelmente, não mostrou explosão nos lances e acabou passando despercebido em campo.

"Senti a lesão no início da partida, mas aguentei. Não é forte e espero voltar melhor. Mas hoje eu realmente não joguei 100%", admitiu, antes de expressar toda sua alegria pelo triunfo e a manutenção da liderança isolada das Eliminatórias.

"Este grupo continua a conquistar coisas históricas. Eu amo essa equipe e sempre fico feliz em jogar aqui. E sempre gosto de vencer o Brasil", comemorou. "Vaiado e também aplaudido por alguns brasileiros, optou pela diplomacia ao comentar seu sentimento no estádio. "Quero agradecer também o apoio da torcida brasileira. Eu sei que eles gostam de mim."

Sobre o futuro, revelou que ainda passará um tempo nos Estados Unidos. "Ficarei mais um pouco em Miami porque as crianças vão para a escola lá. Depois vou para a Argentina e depois me preparar para a pré-temporada para jogar o ano de 2024 com força total."

A confusão entre brasileiros, argentinos e policiais nas arquibancadas do Maracanã nesta terça-feira, antes do confronto entre as duas seleções pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, no Maracanã, foi mais uma de um longo histórico de briga envolvendo torcedores dos dois países. A pancadaria começou durante a execução do Hino nacional argentino e atrasou o início da partida. Houve brigas entre os rivais e ação pesada da polícia.

Relembre outros episódios em que brasileiros e argentinos entraram em conflito:

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Fluminense x Boca Juniors (04/11/2023)

Mesmo antes de a bola rolar para Boca Juniors e Fluminense, no Maracanã, pela final da Libertadores, o clima no Rio já estava pesado por causa da rivalidade. Teve briga até na praia de Copacabana. Horas antes do duelo que iria decidir o campeão da América do Sul, torcedores do time argentino e a polícia militar entraram em confronto nos arredores do estádio, principalmente pelo lado norte. A polícia usou bombas e gás lacrimogêneo.

Atlético-MG x Boca Juniors (20/07/2021)

O Boca foi eliminado pelo Atlético nas oitavas de final da Libertadores, no Mineirão. Após o jogo, no acesso aos vestiários, jogadores do time argentino partiram para cima de seguranças e da delegação atleticana, inclusive erguendo grades e até um bebedouro. O argentino Pavón foi um dos principais envolvidos na confusão, tanto que recebeu uma suspensão de seis jogos da Conmebol.

Atlético-MG x Arsenal (03/04/2013)

Enquanto o Atlético-MG saía de campo comemorando a goleada por 5 a 2, no Independência, pela Libertadores, os jogadores do adversário Arsenal (ARG) partiram para cima da arbitragem, que já estava protegida pela polícia local. Revoltados com o resultado, os atletas resolveram trocar agressões com os policiais com socos e pontapés.

Por causa da confusão, eles seriam detidos, mas a segurança decidiu ouvi-los no estádio mesmo. A luta não se restringiu apenas ao gramado. Os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a tensão e a violência continuou com cadeiras e outros objetos sendo atirados, atingindo os repórteres que estavam mais próximos.

São Paulo x Tigre (12/12/2012)

A final da Sul-Americana foi marcada como um jogo que "não acabou". Após um primeiro tempo movimentado, o São Paulo foi para o vestiário com 2 a 0 no placar. Na saída do gramado, o time do Tigre causou uma confusão generalizada com parte do elenco e os seguranças do time paulista nas escadas para o vestiário do estádio. Depois disso, os argentinos se recusaram a retornar para o campo e a equipe brasileira foi declarada vencedora da partida.

São Paulo x River Plate (22/06/2005)

O Morumbi foi palco de cenas de pancadaria antes do jogo entre São Paulo e River Plate, pelas semifinais da Copa Libertadores da América. Já nas arquibancadas do estádio, os torcedores argentinos entraram em confronto com a polícia e a briga deixou um saldo de 12 feridos, mas nenhum caso grave - foram 11 policiais e 1 torcedor do River, que se recusou a receber atendimento médico e foi para o vestiário da equipe argentina. Antes, no jogo de ida, em Buenos Aires, as duas torcidas já tinham entrado em confronto.

Fernando Diniz estava bastante sóbrio após o revés diante da Argentina por 1 a 0, no Maracanã. O treinador atendeu a todos com educação e saiu em defesa de seus jogadores após a terceira derrota seguida nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Lamentou o resultado, viu o Brasil bem melhor e o definiu como "injusto."

"Se não foi a melhor (partida da seleção sob seu comando), foi uma das melhores. Estivemos mais perto da vitória o jogo todo diante da Argentina. Foi um resultado bastante injusto", afirmou, convicto que sua seleção mostrou evolução em relação aos 2 a 1 sofridos na Colômbia.

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"Tivemos bastante oportunidades, teve bola na trave, escanteios perigosos. A jogada do Jesus com o Martinelli, mas a bola não entrou. A construção hoje, você vê muito trabalho coletivo", disse. "Foi um jogo de dois times tradicionais, muito fortes, e embora o número de finalizações tenha sido parecido, a gente levou mais perigo, tivemos chances e eles só de bola de escanteio que erramos na marcação. Ainda desperdiçamos contra-ataques claros para marcar ao errar o último passe."

Não escondeu seu orgulho, porém, com a garra apresentada pela equipe. "Os jogadores foram impecáveis na entrega. Em cinco dias a gente fez uma correção grande e no futebol o resultado às vezes não explica o que ocorreu, como hoje. Vamos procurar nas novas ocasiões vencer para confirmar o desempenho."

Diniz em momento algum falou em deixar a seleção - há amistosos no começo de 2024 - antes da possível chegada de Carlo Ancelotti. Disse que gosta de ter tempo para trabalhar, e que o resultado ainda virá. "Vamos colher coisas boas ali na frente no trabalho", cravou.

"O processo para o futuro é extremamente válido. Perder três seguidos é ruim, e já vinha de empate com Venezuela. Em termos de desempenho, vi um time oscilante, o jogo mais estável foi hoje. Com a Bolívia também, mas outro cenário. Na entrega, em termos de conteúdo tático, esse foi o melhor jogo."

O que aconteceu dentro de campo no Maracanã nesta terça-feira se tornou o menor dos problemas com os quais a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de lidar. A seleção brasileira sofreu uma derrota histórica para a Argentina. Apesar do placar magro, 1 a 0, é a primeira vez que o País perde um jogo como mandante nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.

Antes de o jogo começar, quando os atletas já estavam no gramado, uma confusão generalizada teve início no setor Sul do estádio. A briga entre torcedores brasileiros e argentinos começou efetivamente durante a execução do Hino argentino. Policiais interviram no confronto e usaram cassetetes. Assentos foram arremessados e pessoas tiveram de pular o muro que separa a arquibancada do gramado. Ao menos quatro foram detidas e duas precisaram de atendimento médico. Diante da pancadaria, o jogo foi atrasado em 27 minutos.

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Quando a bola rolou, a tensão das arquibancadas se transferiu para o campo de jogo. Atletas das duas equipes travaram disputas mais ríspidas, mas os brasileiros foram advertidos pela arbitragem chilena pelas faltas cometidas. Nenhuma das seleções conseguiu criar oportunidades claras de gol. Havia muita dificuldade para acertar as assistências.

A Argentina se mostrou mais capaz de provocar desequilíbrio na defesa do Brasil nos primeiros minutos, enquanto os comandados de Fernando Diniz insistiram nos cruzamentos, que em nada assustaram Dibu Martínez. A seleção brasileira tentou pressionar a saída de bola para retomar a posse rapidamente e gerar situações de gol.

Na parte final do primeiro tempo, o Brasil se sentiu mais à vontade no jogo. Os atacantes do Arsenal, Martinelli e Jesus, se movimentaram de forma mais incisiva no setor ofensivo, mas a indecisão e falta de qualidade na finalização impediram a seleção brasileira de inaugurar o marcador.

A falta de entrosamento entre os brasileiros foi nítida, em especial nos lances de ataque. Na bola parada, de fato, o Brasil levava mais perigo e havia melhor organização. Messi pouco fez e não exibiu sua genialidade. Com o apito final no primeiro tempo, vaias ecoaram no Maracanã. A reclamação do torcedor foi condizente com o que se apresentou no gramado. As escolhas de Diniz, que manteve o esquema com quatro atacantes, não se justificaram, uma vez que a seleção novamente apresentou problemas de criatividade e construção de jogadas.

No segundo tempo, a seleção brasileira voltou com a mesma postura. A Argentina, por sua vez, fez um jogo mais conciso, focado em construir seus lances com paciência. E foi assim que os visitantes se aproximaram da meta de Alisson.

Em cobrança de escanteio, aos 18 minutos, a Argentina usou da principal fraqueza brasileira para inaugurar o marcador no Maracanã. O zagueiro Otamendi se desvencilhou da marcação, subiu mais alto e cabeceou no ângulo.

Com o placar adverso, Diniz decidiu colocar o Brasil ainda mais no ataque. O técnico do Fluminense tirou o zagueiro Gabriel Magalhães para colocar o volante Joelinton. Quem também ganhou nova oportunidade foi o garoto Endrick, de 17 anos, que atua no Palmeiras e já está vendido para o Real Madrid. As alterações, porém, não surtiram efeito, e a seleção diminuiu seu ritmo e se desencontrou em campo.

Aos 36, Joelinton, que havia entrado poucos minutos antes, tentou se livrar da marcação do meia De Paul e acertou o rosto do argentino. O brasileiro recebeu cartão vermelho e foi expulso de campo. Depois disso, a partida ficou morna, com raras oportunidades geradas de parte a parte e os argentinos controlando a posse de bola. Gritos de "vergonha" e "olé" foram ouvidos no estádio carioca e torcedores deixaram o local antes mesmo do fim do jogo.

Este deve ter sido o último jogo oficial de Fernando Diniz no comando da seleção brasileira, de acordo com o que anseia a CBF. A entidade tem convicção de que o italiano Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid, assumirá como técnico da equipe a partir de junho de 2024.

A terceira derrota seguida do Brasil nessas Eliminatórias faz o País cair para a sexta colocação, a última que garante vaga direta para o Mundial dos EUA, México e Canadá. A seleção tem apenas sete pontos somados. A Argentina, por sua vez, lidera o torneio, com 15 pontos.

As Eliminatórias Sul-Americanas serão retomadas apenas em setembro de 2024. Na ocasião, o Brasil terá pela frente o duelo com o Equador, em casa. Já a Argentina recebe o Chile. Até lá, as duas seleções farão amistosos, em março e junho, e disputarão a Copa América, entre 20 de junho e 14 de julho de 2024, nos Estados Unidos.

A seleção brasileira entra novamente em campo no dia 23 de março diante da Inglaterra, em Wembley. Depois, o Brasil mede forças com a Espanha. A data ainda não foi confirmada, mas deve ser no dia 26, em Madri, no Estádio Santiago Bernabéu. Messi, que passou em branco na partida, foi substituído aos 30 minutos.

FICHA TÉCNICA

BRASIL x ARGENTINA

BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). Técnico: Fernando Diniz.

ARGENTINA - Dibu Martínez; Molina, Cristian Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); De Paul, Enzo Fernández (Paredes) e Mac Allister; Lo Celso (Nico González), Messi (Di María) e Julian Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOL - Otamendi, aos 18 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Carlos Augusto, Raphinha e Gabriel Jesus.

CARTÃO VERMELHO - Joelinton.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

PÚBLICO - 68.138 torcedores.

RENDA - R$ 19.989.700,00.

LOCAL - Maracanã, no Rio.

Brasil e Argentina vão se enfrentar na próxima sexta-feira, às 9 horas (horário de Brasília), em Jacarta, na Indonésia, pelas quartas de final do Mundial Sub-17. Os argentinos golearam, nesta terça-feira, a Venezuela por 5 a 0 e garantiram a disputa do clássico sul-americano na competição.

O Brasil se classificou para as quartas de final do Mundial na segunda-feira, após vitória sobre o Equador, por 3 a 1.

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O vencedor de Brasil x Argentina vai encarar na semifinal quem ganhar o duelo Espanha x Alemanha. Os brasileiros venceram os argentinos este ano no Sul-Americano, com vitória por 3 a 2.

Apesar da forte chuva em Bandung, a Argentina demonstrou paciência, ao concentrar suas jogadas pelo lado esquerdo. E com ótimo toque de bola foi colecionando gols. Três saíram ainda no primeiro tempo. Aos 14, López só teve o trabalho de empurrar a bola para abrir o placar.

O mesmo López, aos 22, completou jogada que veio da esquerda e bateu colocado: 2 a 0. O terceiro foi do craque Echeverri, que finalizou com classe, após novo cruzamento da esquerda.

O segundo tempo foi todo de Ruberto, atacante do River Plate. Aos 24 minutos, o camisa 9, de cavadinha, converteu pênalti e fez 4 a 0. Ele fechou o placar, aos 33, após bela finalização de dentro da área.

A última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro vai definir as brigas de quem ainda tenta chegar à primiera divisão e de quem espera não cair para a Série C. Ao final da 37ª rodada, seis equipes ainda disputam duas vagas no G-4. Na outra ponta, quatro clubes fogem do Z-4, que já tem ABC e Londrina confirmados. A rodada derradeira acontece no sábado, dia 25 de novembro.

Nesta segunda-feira, o Sampaio Corrêa confirmou que dependerá apenas de suas próprias forças para se salvar do rebaixamento. A equipe maranhense acabou com um jejum de sete partidas sem vitória ao golear o Avaí, por 4 a 0, no estádio Castelão, em São Luís (MA) e respirou contra a degola.

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Com o resultado, o Sampaio Corrêa foi aos 39 pontos e saiu da zona de rebaixamento, aparecendo na 15ª colocação. Chapecoense e Tombense, rivais nessa briga, têm 37. De qualquer forma, para não depender de nenhum outro resultado, o time maranhense precisará vencer o Sport, na última rodada, em duelo que será realizado no Recife (PE), no próximo sábado.

BRIGA PELO ACESSO

Os postulantes a jogar a Série A em 2024, além de Vitória e Criciúma, já classificados, são Juventude (56,2% de chances), Vila Nova (44,9%), Novorizontino (32%), Atlético-GO (29,8%), Sport (20,1%) e Mirassol (16,9%). Os dados são do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A diferença entre o o melhor e o pior dos seis é de apenas dois pontos. O Juventude tem 62, e o Sport, 60.

O clube gaúcho visita o Ceará e, se vencer, chega a 65 pontos, confirmando o acesso. O Vila Nova vai até Natal enfrentar o já rebaixado ABC e precisa vencer e torcer para um tropeço de Juventude ou Atlético-GO. O Dragão, por sua vez, recebe o Guarani, e também depende da vitória, além do tropeço dos dois que estão na sua frente.

Os paulistas Novorizontino e Mirassol precisam vencer e contar com tropeços de Vila Nova e Atlético-GO, e um do outro. A situação mais complicada é do Sport. Além de vencer, o Leão da Ilha depende de tropeços de Vila Nova e Atlético-GO, os dos dois paulistas. O Mirassol visita a Tombense, que briga para não cair. O Novorizontino recebe o Criciúma. Já o Sport enfrenta o Sampaio Corrêa.

Entre os postulantes às últimas vagas, Atlético-GO e Juventude disputaram a primeira divisão no ano passado. O Sport não joga a Série A desde 2021, enquanto a última vez do Vila Nova foi em 1985. Novorizontino e Mirassol buscam o primeiro acesso de suas histórias.

FUGA DO REBAIXAMENTO

Fugindo da Série C, estão Sampaio Corrêa (22,1% de chances de cair), Ponte Preta (29,2), Tombense (71,1) e Chapecoense (77,5) . O Ituano empatou com o time catarinense na última rodada e, junto da derrota da equipe mineira, garantiu a permanência. Além do time do Maranhão, a Ponte Preta também depende apenas de si. Caso vença o CRB, a equipe de Campinas chegaria a 42 pontos, inalcançáveis para Tombense e Chapecoense, que têm 37 cada.

Além do prestígio de subir e da decepção do torcedor com a queda, há um ponto importante nessas duas pontas da tabela: o dinheiro. Quem sobe arrecada mais, aumenta suas receitas com novos patrocinadores, bilheterias e direitos de TV. Quem cai faz o caminho inverso.

A Chapecoense pode amargar novamente a terceira divisão após 11 anos. O clube catarinense disputou a Série A pela primeira vez em 2014, e, dois anos depois, chegou à final da Copa Sul-Americana. A ascensão meteórica do time de Chapecó foi interrompida pela queda do avião que levava a equipe para Medellín, na Colômbia, onde seria realizada a final do torneio continental. O desastre teve 71 vítimas fatais, sendo 64 brasileiros, incluindo jogadores, integrantes da comissão técnica, dirigentes, jornalistas esportivos e alguns convidados.

Em 2019, a Chape foi rebaixada à segunda divisão pela primeira vez na história, mas conseguiu o acesso na temporada seguinte. Com dificuldades na gestão por causa dos problemas financeiros ocorridos após o acidente, o clube catarinense caiu novamente para, em 2021 e desde então, brigar na parte de baixo da tabela.

O atacante Alexandre Pato, do São Paulo, foi diagnosticado nesta segunda-feira com um estiramento no músculo reto femoral da perna esquerda. O jogador de 34 anos sentiu dores durante o treinamento do fim de semana e teve a lesão constatada após exame de imagem. Ele já começou o trabalho de recuperação no Reffis, departamento médico do clube, mas corre o risco de não atuar mais pela equipe.

Pato tem contrato somente até o dia 31 de dezembro de 2023 e não está nos planos da comissão técnica para a próxima temporada. O clube deseja diminuir o número de atletas no elenco comandado por Dorival Junior, atualmente com quase 40 jogadores. Mesmo após a lesão de Calleri, Pato não teve espaço e perdeu a concorrência no ataque para outros, como Juan e Erison.

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O São Paulo anunciou o retorno de Alexandre Pato em maio, semanas após o jogador começar a utilizar o CT da Barra Funda para se recuperar de uma lesão grave no joelho esquerdo, sofrida enquanto atuava pelo Orlando City (EUA). À época, ele assinou um contrato com cláusulas de produtividade, com possibilidade de renovação. De lá para cá, foram apenas dez jogos, quase sempre começando entre os reservas, e somente dois gols marcados.

A última vez que Alexandre Pato entrou em campo foi no dia 20 de setembro, na derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, no Morumbi, em partida da 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o tricolor paulista entrou em campo com o time reserva, poupando os titulares para a final da Copa do Brasil contra o Flamengo, e o atacante jogou dez minutos após sair do banco.

O atacante defendeu o clube são-paulino pela primeira vez entre 2014 e 2015, emprestado pelo rival Corinthians, antes de ir para o Chelsea. Após defender Villarreal e Tianjin Tianhai, da China, voltou para o time tricolor em 2019. A segunda passagem terminou em agosto de 2020, com rescisão de contrato após desgaste entre jogador e diretoria.

Seis camisas usadas pelo astro argentino Lionel Messi na Copa do Mundo do Catar, em 2022, serão leiloadas em dezembro. O anúncio foi feito pela Sotheby’s, tradicional instituição de leilões. O jogador usou as peças na campanha do tricampeonato da Argentina, contra Arábia Saudita e México (na fase de grupos), Austrália (oitavas de final), Holanda (quartas), Croácia (semifinal) e França (final).

A estimativa é que as camisas arrecadem US$ 10 milhões (R$ 48,3 milhões na cotação atual). De acordo com a Sotheby's, o mais valioso item de memória esportiva já leiloado foi a camisa usada por Michael Jordan defendendo o Chicago Bulls nas finais da NBA em 1998. A peça foi arrematada por US$ 10,1 milhões no ano passado.

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Messi está no Brasil para o confronto desta terça-feira com a seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2026. Esta pode ser a sua última partida no País, onde perdeu o Mundial de 2014 para a Alemanha, mas ganhou a Copa América de 2021 diante do Brasil, seu primeiro título na carreira pela seleção. O jogo será no Maracanã, às 21h30. O time de Fernando Diniz precisa vencer para não permanecer na parte inferior da tabela após seis rodadas. A Argentina é líder isolada da competição classificatória.

As camisas de Messi usadas em 2022 serão leiloadas pela startup americana AC Momento, que ajuda atletas a administrar suas coleções de lembranças. Parte do lucro será doada ao projeto Unicas, iniciativa de um hospital de Barcelona. As peças estarão expostas ao público quando forem a leilão, de 30 de novembro a 14 de dezembro.

A seleção brasileira enfrenta a Argentina, nesta terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Com o "dinizismo" em crise, o Brasil vai precisar derrotar a atual campeã mundial para findar a sequência negativa na competição e não correr o risco de ficar fora da zona de classificação. O clássico pode marcar, ainda, a última partida de Lionel Messi no País.

Sem vencer há três partidas, a seleção vive o seu pior momento desde que o técnico Fernando Diniz assumiu interinamente o comando da equipe, acumulando o cargo com o seu trabalho no Fluminense, enquanto a CBF aguarda por Carlo Ancelotti. Depois de estrear com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia e vencer por 1 a 0 o Peru, o time brasileiro empatou com a modesta Venezuela, em casa, por 1 a 1, e amargou derrotas fora de casa para Uruguai (2 a 0) e Colômbia (2 a 1). Foi a primeira vez na história que o Brasil perdeu duas partidas consecutivas em Eliminatórias.

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Em oito jogos disputados em 2023, metade sob o comando do técnico do time sub-23 Ramon Menezes, a seleção brasileira já foi derrotada quatro vezes. A última vez que o Brasil perdeu o mesmo número de partidas em um único ano foi em 2003, logo após a conquista do pentacampeonato. Se perder a quinta, diante da Argentina, vai igualar uma marca que não ocorre desde 1968.

A necessidade de vitória diante de Messi e cia também se deve ao risco de a seleção terminar a Data Fifa fora do G-6 para a Copa de 2026. Na quinta posição, com sete pontos, o Brasil pode cair para sétimo se, além de não fazer o dever de casa, o Paraguai derrotar a Colômbia, e o confronto entre Equador e Chile não terminar empatado. O time brasileiro saiu da zona de classificação pela última vez em 2016, quando o técnico era Dunga. Os resultados negativos culminaram na demissão do treinador, com Tite sendo contratado para assumir a vaga.

A fase ruim da seleção coincide com uma queda de rendimento do setor defensivo. Junto com o Chile, o Brasil tem a segunda pior defesa das Eliminatórias, com seis gols sofridos em cinco jogos - a Bolívia é a pior, tendo sido vazada 11 vezes. Diante da Colômbia, o Brasil foi sufocado no segundo tempo, com o adversário finalizando incríveis 23 vezes até virar o placar. Foi a primeira vitória colombiana sobre o time brasileiro na história em uma classificatória de Copa.

Além do desajuste defensivo, Diniz encontra dificuldades para implementar sua filosofia. Se o Flu conquistou a inédita Libertadores jogando por música, com variações de posicionamento e uma equipe ofensiva, que chegou a atuar com quatro atacantes, a seleção brasileira é o oposto. O time tem dificuldades em desenvolver jogadas contra defesas sólidas e parece ainda não ter assimilado o estilo do treinador, característico pela posse de bola e constante movimentação dos atletas. Nem mesmo a entrada do volante André, seu homem de confiança no tricolor carioca, ajudou a melhorar a equipe.

Sem Neymar, fora por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo, a seleção também perdeu Vini Jr. por contusão e deve ter mudanças no ataque para o duelo com a Argentina. A comissão técnica aguarda para saber se Gabriel Jesus, que foi convocado enquanto ainda se recupera de um problema na coxa, terá condições de jogo. Caso contrário, João Pedro, do Brighton, e Endrick, joia de 17 anos do Palmeiras, disputam a vaga. Na lateral-esquerda, Carlos Augusto, da Inter de Milão, ganha o lugar de Renan Lodi, do Olympique de Marselha.

ADEUS DE MESSI NO BRASIL E SCALONETA DERROTADA

O clássico entre Brasil e Argentina também deve marcar a última vez em que Messi vai disputar uma partida no Brasil. O Maracanã, palco do clássico desta terça-feira, foi cenário para momentos distintos na carreira do craque. Em 2014, ele ficou com o vice da Copa do Mundo para a Alemanha. Sete anos depois, ergueu no estádio a taça da Copa América, seu primeiro título pela seleção albiceleste. A conquista encerrou um jejum de 28 anos dos hermanos sem título e foi essencial para dar confiança à equipe na campanha do tricampeonato na Copa do Catar. Ao todo, Messi disputou 22 partidas em solo brasileiro, com 13 vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

A Argentina lidera as Eliminatórias, com 12 pontos em cinco partidas. Antes de enfrentar o Brasil, o time comandado pelo técnico Lionel Scaloni sofreu a primeira derrota desde a conquista do Mundial do Catar. Os argentinos perderam para o Uruguai na última rodada, por 2 a 0, em La Bombonera, em uma partida que terminou com briga entre os jogadores de ambas as seleções. O comandante argentino minimizou o placar e indicou duelo complicado contra os brasileiros mesmo com os desfalques do lado verde-amarelo.

"O time, apesar de não ter feito um bom jogo, nunca deixou de buscar o seu estilo, para continuar tentando empatar. E isso é o que salva. Acho que o time competiu, e isso me deixa tranquilo", disse Scaloni. "É relativo dizer que eles vêm baqueados. Fizeram uma boa partida com a Colômbia, uma boa partida até os 76 minutos. O resultado é enganoso. São grandes times, que, venham como venham, têm que sair e vencer."

A Argentina terá todos os jogadores à disposição para o duelo com a seleção brasileira, mas pode ter mudanças em relação à equipe que enfrentou o Uruguai. O experiente Ángel Di Maria pode ganhar uma chance na ponta esquerda, enquanto os centroavantes Lautaro Martínez e Julian Álvarez disputam uma vaga no ataque. O volante Paredes também pode ser novidade no meio-campo.

Atual campeã, a Itália garantiu o direito de defender o título na fase final da Eurocopa-2024 ao empatar sem gols com a Ucrânia nesta segunda-feira, na BayArena, em Leverkusen, na Alemanha. Com o resultado, os italianos terminaram em segundo lugar no Grupo C, com 14 pontos. Os ucranianos terminaram com os mesmos 14, mas perderam a vaga pelos critérios de desempate.

A partida contou com boas participações dos goleiros Donnarumma, da Itália, e o ucraniano Trubin. A Itália procurou o ataque na maior parte do tempo, mas esbarrou no organizado esquema defensivo dos 'mandantes'.

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Os italianos comemoraram muito o resultado. No ano passado, a Itália falhou em conseguir vaga para a Copa do Mundo pela segunda edição seguida. A Ucrânia, que ainda tem chance de ir à Euro pela repescagem, não disputou nenhum jogo em casa por causa da guerra com a Rússia.

A Inglaterra, que já tinha garantido o primeiro lugar do grupo, empatou com a Macedônia do Norte 1 a 1. Enis Bardhi abriu o placar no final do primeiro tempo, e Harry Kane igualou para os ingleses.

Outros dois confrontos diretos nesta segunda definiram classificações para Euro. A República Checa venceu a Moldávia por 3 a 0 e se junta a Albânia, do técnico brasileiro Silvinho, com as melhores do Grupo E. A Eslovênia também garantiu presença na competição ao derrotar o Casaquistão por 2 a 1.

Nesta terça-feira acontece a definição da última vaga direta para a fase final. Pelo Grupo D, a Croácia recebe a Armênia, enquanto o País de Gales enfrenta a Turquia em Cardiff. Os turcos já estão classificados. Os croatas chegam para a rodada final com 13 pontos, e os galeses têm 11.

As últimas vagas da Euro-2024 serão definidas em março. A repescagem reúne 12 seleções, determinadas pelo desempenho na Liga das Nações, que disputam 3 vagas. A Euro-2024 acontece de 14 de junho a 14 de julho, em dez sedes na Alemanha.

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