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A NASA (National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) divulgou uma seleção de estágio com cinco vagas para brasileiros estudantes de ciências exatas, engenharias, computação e tecnologias da informação. 

Para participar, além realizar a inscrição através de um formulário online até a próxima quinta-feira (19), os candidatos devem ser indicados pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e estar cursando doutorado nos Estados Unidos e ter fluência em inglês. 

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Até o dia 24 de abril a AEB divulgará a lista com os candidatos pré-selecionados, que será enviada à NASA, que decidirá quem serão os aprovados e entrará em contato até o dia 1º de junho. O estágio será iniciado no dia 27 de agosto e vai até 14 de dezembro de 2018. Para mais informações, veja o edital da seleção. 

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A operação da Polícia Federal (PF) que revelou a violação de regras sanitárias por frigoríficos brasileiros deve causar duplo impacto nas exportações de carnes, segundo avaliação da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), entidade que abriga empresas exportadoras a importadoras. A instituição acredita que as restrições que outros mercados devem ter ao País poderá reduzir os volumes vendidos entre 10% e 15%.

Além disso, o episódio pode reduzir a reputação da carne brasileira de categoria no mercado internacional, algo que forçaria seus produtores a cobrar menos do que os concorrentes. O resultado, conforme as previsões da AEB, seria um corte de 20% em relação aos preços que eram praticados pelo setor em mercados internacionais antes da operação Carne Fraca, deflagrada pela PF na sexta-feira.

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No saldo final, com a queda tanto de volume como de preços, o Brasil pode perder neste ano entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões em exportações do produto. No ano passado, os embarques de carne chegaram a US$ 12,7 bilhões. "É um impacto grande", afirma o presidente da AEB, José Augusto de Castro.

O executivo diz que o choque chega num momento em que os frigoríficos brasileiros vinham conseguindo aumentar preços, com valorização de 40% da carne suína, de 10% da carne bovina e de 20% do frango nos últimos 12 meses.

Mesmo que os embargos contra o Brasil possam, pela redução de oferta, pressionar para cima os preços internacionais, os produtores brasileiros terão que vender a preços mais baixos para voltar ao mercado, diz o titular da AEB.

"O preço no mercado internacional pode subir, mas o Brasil terá de vender mais barato. A alegação dos compradores para pagar menos será de que a carne brasileira é de segunda", comenta Castro.

Ele também diz que a operação da PF deve frustrar planos de produtores brasileiros de frango de ocupar espaços da concorrência americana após a descoberta recente de mais um foco de gripe aviária no Estado do Tennessee. "Na sexta-feira, mudou tudo. Quem suspendeu a compra do Brasil terá que importar dos Estados Unidos ou ficar sem frango", diz Castro.

Acompanhamento

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) diz se preocupar com a Operação Carne Fraca, mas acredita que o problema é pontual. O farelo de soja é usado na alimentação de animais no Brasil. "Vemos com preocupação, mas temos um entendimento bastante semelhante ao expressado pelo governo brasileiro de que se trata de um problema localizado e pequeno", disse o secretário geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

A associação acha cedo para projetar se haverá queda no consumo de farelo caso a operação reduza a venda de carnes. "A gente ainda não conseguiu avaliar isso, mas não acreditamos que deva ter tanto impacto. O governo está sinalizando no sentido de que não há preocupação e que o consumidor não deve se desesperar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), entidade que abriga empresas exportadoras e importadoras, divulgou projeções ao desempenho da balança comercial brasileira que indicam o primeiro aumento da corrente de comércio do País em quatro anos, com a volta do crescimento das exportações - em queda há cinco anos consecutivos - e retomada das importações em 2017.

Os embarques, nas contas da associação, devem crescer 7,2%, chegando a US$ 197,4 bilhões, no embalo da valorização das commodities - sobretudo minério de ferro e petróleo -, aumento nos embarques de soja (produto mais exportado) e um dólar na faixa de R$ 3,20 e R$ 3,50, o que, segundo a AEB, terá efeito limitado ou nulo sobre a competitividade dos produtos manufaturados.

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A expectativa é que o crescimento seja puxado pelos produtos primários, cujas exportações devem avançar 15,8%, enquanto as vendas de manufaturados ao exterior tendem a cair 1,1% sem as exportações de plataformas de petróleo que inflaram o resultado deste ano.

Para as importações, a AEB prevê aumento de 5,2%, tendo como premissa um crescimento ao redor de 0,5% da atividade econômica, em paralelo a uma pequena redução média, em relação a 2016, dos custos cambiais e tributários nessa operação. Num reflexo da recessão econômica, as compras de produtos estrangeiros no Brasil já caíram 43%, em valor, nos últimos três anos seguidos, regredindo a patamares de 2009, quando a economia brasileira sentia o choque da crise financeira internacional.

Os cenários, contudo, podem mudar devido a incertezas das quais a entidade reconhece desconhecer o impacto na economia global e brasileira - entre elas, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Com o avanço das exportações superior ao das importações, a AEB projeta crescimento de 13,1%, para US$ 51,6 bilhões, no superávit comercial do ano que vem, renovando o recorde da série histórica previsto para 2016. A aposta vai, porém, na direção contrária das expectativas da maior parte do mercado financeiro, que prevê redução de US$ 2 bilhões, a um total de US$ 45 bilhões, do saldo positivo das transações comerciais do Brasil com o exterior, segundo os números compilados pelo Banco Central no Boletim Focus.

Diante da perspectiva da associação empresarial de aumento nos dois fluxos, a corrente comercial (soma das exportações e importações), que cai há três anos, deve voltar a crescer no ano que vem, alcançando US$ 343,1 bilhões, 6,3% a mais do que o montante estimado para 2016 (US$ 322,7 bilhões).

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirmou nesta terça-feira, 28, que a desvalorização do real não pode ser vista como um fator que melhorará a competitividade dos produtos brasileiros.

"O câmbio é fator de conversibilidade, não é de competitividade. Quando o câmbio é usado como fator de competitividade, é porque alguma coisa está errada", afirmou, durante debate promovido pela entidade com o tema "O Plano Nacional de Exportações e a nova agenda comercial brasileira", na capital paulista.

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Levantamento feito pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostrou que o real foi a moeda que mais perdeu valor em todo o mundo em 2015.

Os ajustes promovidos pelo governo, tanto na área fiscal quanto no câmbio, somaram-se à crise política em Brasília, à queda internacional das commodities e à perspectiva de alta de juros nos EUA. O resultado foi um cenário explosivo para o câmbio, com o dólar subindo 22,59% ante o real este ano até hoje, já considerando o rebaixamento pela Standard & Poor's (S&P) da perspectiva da nota de crédito do País.

Castro comentou ainda os temores de desaceleração na China, que derrubaram as bolsas de valores ontem, e disse que a "possível crise da China" vai tornar o comércio internacional mais competitivo. "A China mais do que nunca vai exportar. Vamos enfrentar concorrentes mais fortes", afirmou.

Segundo o presidente da AEB, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, tem demonstrado "apego ao comércio exterior" e o Plano Nacional de Exportação está criando uma base para o futuro.

"O plano é uma base, não podemos mudar do dia para a noite", afirmou. "O plano é algo estrutural, para o futuro", completou, destacando que a exportação de manufaturados em 2015 será menor que a registrada em 2006. "A projeção é de que a exportação de manufaturados some US$ 73 bilhões. Em 2006, foi de US$ 76 bilhões. Temos nove anos de atraso que temos que tirar", afirmou.

Para estimular o interesse de jovens pelas atividades aeroespaciais, a Agência Espacial Brasileira (AEB) abriu, no seu site, um espaço que reúne diversos projetos e atividades aeroespaciais desenvolvidas por ela e por universidades, além de instituições parceiras que ensinam e executam atividades aeroespaciais.

O foco da página está voltado, segundo a agência, “para a educação, o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos” na área de engenharia aeroespacial. Chamado de E2T (sigla para Educação, Espaço e Tecnologia), o espaço online apresenta projetos como os nanossatélites o NanosatBR1, o AESP-14, o Projeto Serpens, o ITASat, e o UbatubaSat.

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Com peso entre 1 e 5 quilos, os nanosatélites têm diversos tipos de aplicações. Em geral, são usados para o sensoriamento remoto da superfície terrestre, por meio de fotografias de alta resolução objetivando a coleta de dados meteorológicos e hidrográficos. Também são usados como instrumento de medição do desmatamento e das irradiações atmosféricas, além de outros tipos de experiências científicas.

Os nanosatélites têm vantagens em relação aos satélites normais, como menor custo e, devido a menor dimensão, são mais baratos, fáceis e rápidos de serem colocados em órbita. São, também, mais fáceis de operar e têm uma engenharia de sistema mais integrada.

Apesar de pequenos, eles têm todas as partes dos grandes satélites: antenas, comunicação por rádio, sistema de controle de energia, painel solar, estrutura (uma espécie de esqueleto do satélite), computador de bordo, sistemas de posicionamento e de propulsão. A diferença é que todas elas estão em apenas um compartimento.

A estrutura de custos nas operações de comércio exterior brasileira tem levado o Brasil a perder, ano após ano, participação na pauta mundial de exportações de produtos manufaturados, disse nesta quarta-feira, 10, durante o VI Encontro Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Medrano. Ele reiterou que as exportações de manufaturados na pauta mundial hoje são de 20% e estão na 33ª posição no ranking global. Enquanto isso, as exportações de commodity chegam a 80%.

De acordo com Medrano, de 2008 a 2012, o Brasil não evoluiu nada em seu posicionamento nas exportações de produtos manufaturados. "É claro que as ações promocionais têm reforçado a marca Brasil lá fora, mas, quando a gente olha para o comércio exterior brasileiro, ele cresce em commodity, mas cai em produtos manufaturados. Isso é reflexo dos elevados custos", disse.

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No caso do ICMS, por exemplo, disse ele, a cabotagem, que à primeira vista parece não ter nada a ver com mercado internacional, tem ligação. No mercado mundial, disse ele a título de exemplificação, os grandes armadores, para serem mais competitivos, têm construído navios cada vez maiores e formado joint-ventures internacionais que permitem o transporte de cargas de um número cada vez maior de armadores. Ocorre que no Brasil, segundo ele, por causa da deficiência da infraestrutura, não há muitos portos para receber esses navios.

"Então são erigidos alguns hubs logísticos, como Santos. Muitos exportadores porém não têm acesso a linhas de navegação para determinadas regiões do globo porque esses navios não conseguem chegar nas regiões onde eles estão, e assim dependem de um transporte doméstico de grandes distâncias, o que encarece demais a competitividade do produto brasileiro lá fora", disse o diretor da AEB.

A cabotagem, de acordo com Medrano, atua não só na carga doméstica, mas exerce seus reflexos também nos preços dos produtos que são exportados. "Ocorre o que chamamos de feeder service. Ou seja, o produto importado chega a Santos e é transportado para outros Estados através da cabotagem. E quando a gente compara o ICMS no combustível dos navios de longos cursos, que é zero, com o para os navios de cabotagem, que transportam todas as nossas cargas, ele não é zero. A gente paga toda a cadeia de impostos e, quando olha a lei, ela nos diz que o custo do combustível tem que ser o mesmo", afirmou.

"E o que respondem para gente é que o preço é o mesmo e que os impostos é que são diferentes. Essa é uma explicação interessante, mas que encarece e faz com que o produto brasileiro perca competitividade lá fora. A quantidade de empresas exportadoras se mantém constante, e até com uma leve queda, enquanto a quantidade de empresas importadoras cresce exponencialmente", disse Medrano.

Isso significa, segundo ele, que o Brasil passa a importar cada vez mais produtos manufaturados, contribuindo para a desindustrialização, e perde participação no mercado de produtos manufaturados, deixando de gerar valor para a economia brasileira. "Se a base é mais baixa, é claro, se paga menos impostos, mas é um absurdo dizer que 25% dos custos das exportações de soja é com infraestrutura", criticou.

De acordo com ele, o Brasil tem alguns problemas que são solucionáveis com muito esforço, empenho e pressão do empresário brasileiro no governo. "Temos muitas coisas que precisam ser mudadas urgentemente para assegurar a competitividade dos produtos brasileiros. Se não rompermos algumas barreiras, vamos continuar na 33ª posição entre os países exportadores. Em 2005, a participação das exportações no mundo era de 1,3%. Esse numero chegou a 1,4% em 2011 e em 2012 caiu para 1,3% de novo, porque cresce commodity e cai produto manufaturado, que é o que agrega valor."

Saiu no Diário Oficial da União, desta quinta-feira (14), a abertura do concurso público para o provimento do seu quadro de pessoal da Agência Espacial Brasileira (AEB). O certame contará com 66 oportunidades distribuídas em diversas carreiras de dois níveis de escolaridade. As taxas de participação variam de acordo com as escolhas dos cargos.

As vagas de apoio administrativo exigem nível médio e a remuneração inicial é de R$ 3.607,47. As de nível superior são as de desenvolvimento tecnológico, variam de R$ 6.308,88 até R$ 8.480,53; as desenvolvimento tecnológico, de R$ 4.897,58 a R$ 4,316,11; gestão de política espacial, R$ 4.897,58 a R$ 6.308,88 e a de gestão administrativa, R$ 4.316,11 a R$ 6.308,88. 

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Todos os cargos estão de acordo com títulos acadêmicos (especialização, mestrado e doutorado). Os vencimentos já estão somados ao auxílio-alimentação. As inscrições poderão ser feitas do dia 22 deste mês até 10 de setembro, por meio do site da organização do processo seletivo.

O Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, afirmou nesta quinta-feira, 7, que não é "absurdo" estimar que o País poderá dobrar seu volume de comércio exterior nos próximos dez anos. Para uma plateia de empresários céticos, em Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), o ministro defendeu metas "ousadas" e a capacidade de o País atingir o volume de US$ 1 trilhão em volume exportado na próxima década. Segundo ele, o multilateralismo no comércio exterior é a "grande opção estratégica" para o País.

"Se falássemos na década de 2000 que a meta seria triplicar, ninguém acreditaria. É importante ter metas ousadas. Olhando a nossa historia, uma economia fechada, chegar a um comércio de US$ 500 bilhões é um marco. Em pouco mais de dez anos aumentamos três vezes o volume de comércio exterior. Se tivermos nos próximos dez anos uma meta de dobrar, não é absurdo", defendeu.

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Segundo o ministro, para alcançar a meta "ousada" é preciso ter uma estratégia comercial "precisa". "Se for equivocada ou fora de foco, não vamos atingir esse objetivo", completou.

Para Borges, essa estratégia passa pelo multilateralismo. "A opção pelo multilateralismo tem uma razão de ser. Temos interesses econômicos concretos que mostram que ela é a grande opção estratégica, não é uma teimosia do governo brasileiro forçar o multilateralismo", pontuou.

Ele citou os esforços do País para formalizar um acordo comercial com a União Europeia. Borges também destacou a elaboração de acordos de cooperação técnica com os Estados Unidos e a ampliação da parceria com a China.

Banco do Brics

A estratégia multilateral do governo brasileiro para o comércio exterior passa pelos negócios de infraestrutura na África e por forte apoio de financiamento do Banco do Brics, criado no último mês, segundo Borges.

Para Borges, o banco permite a criação de diversos instrumentos de fomento e financiamento complementares ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), com as mesmas condições técnicas. O ministro também destacou que os aportes e os recursos de contingência previstos no novo banco são maiores que os previstos nas outras instituições.

"O banco é um instrumento de magnitude incrível. Não é uma ação paralela ou aventureira ou competitiva, ela fortalece a função do FMI", avaliou. O ministro também destacou que são aportes que não são feitos pelo BNDES e que a atuação do banco será fundamental na estratégia comercial brasileira. "Se criarmos instrumentos com o novo banco de fomento, podemos equacionar a agenda de infraestrutura da África com o comércio brasileiro."

Borges destacou ainda a atuação do ministério para antecipar acordos comerciais com países latinos para 2016. A ideia é contemplar países que não integram o Mercosul e com quem o Brasil pode avançar nas relações comerciais, como México, Chile e Peru.

"O objetivo é transformar o acordo de complementação econômica com o México em um acordo geral, de livre comércio, no conjunto da América Latina. Com isso vamos caminhar na integração produtiva, que trará ganho de escala para a indústria", completou.

As exportações brasileiras devem somar US$ 228,240 bilhões em 2014, o que representará uma queda de 5,8% ante o volume exportado em 2013, que alcançou US$ 242,179 bilhões. A previsão é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). No fim do ano passado, a AEB previa que as exportações deste ano teriam um desempenho melhor, alcançando US$ 239,053 bilhões.

Já a previsão para as importações do País este ano está em US$ 227,605 bilhões, redução de 5,0% em relação aos US$ 239,621 bilhões realizados em 2013. A previsão anterior, divulgada em dezembro de 2013, era de importações de US$ 231,830 bilhões.

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Como resultado, a AEB espera que a balança comercial registre um superávit de US$ 635 milhões, um tombo de 75,2% em relação aos US$ 2,558 bilhões gerados em 2013. A estimativa inicial da AEB era de um superávit de US$ 7,223 bilhões este ano. (Daniela Amorim - daniela.amorim@estadao.com)

Industrializados

As exportações brasileiras de produtos industrializados devem somar US$ 109,455 bilhões em 2014, o equivalente a uma queda de 11,5% ante o volume exportado em 2013, que alcançou US$ 123,616 bilhões, prevê também a AEB.

A previsão para as exportações de semifaturados está em US$ 29,254 bilhões, redução de 4,2% em relação aos US$ 30,526 bilhões realizados em 2013.

Já as exportações de manufaturados devem somar US$ 80,201 bilhões, queda de 13,8% ante 2013, quando totalizaram US$ 93,090 bilhões.

Por outro lado, as exportações de produtos básicos deve aumentar 0,4%, passando de US$ 113,023 bilhões em 2013 para US$ 113,492 bilhões em 2014.

Na opinião do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o Brasil "abandonou o mercado americano como comprador". Parte da perda está relacionada ao câmbio, que tirou competitividade do produto nacional nos últimos anos, mas parte foi por "questões ideológicas", diz ele.

O Mercosul passou a ser o grande foco do Brasil, até porque o produto nacional, atualmente, só é competitivo em alguns mercados da América do Sul e a logística de transporte é mais barata. Mas, além da crise na Argentina - maior comprador de produtos brasileiros na região -, os chineses ocuparam espaços na região antes dominados pelo Brasil.

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Com a atual melhora da taxa cambial e a economia americana voltando a crescer, Castro vê uma chance de recuperação de mercados perdidos. Ele ressalta, contudo, que os Estados Unidos voltam a ser "um mercado novo que precisa ser conquistado e isso não ocorre da noite para o dia".

O presidente da AEB lembra que, há uma década, sete dos dez produtos brasileiros mais exportados para os Estados Unidos eram manufaturados. Entre eles estavam aviões, celulares, calçados e automóveis. No ano passado, a relação só tinha dois itens: aviões e motores geradores.

Os manufaturados representam 38,4% das exportações totais brasileiras, ante 46,8% em 2008. "Perdemos mercado de manufaturados para todos os países, com exceção de Argentina e Venezuela", afirma Thomaz Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Câmbio

O executivo também vê chances de reversão desse quadro, desde que o real se mantenha em "patamar razoável", entre R$ 2,50 e R$ 2,60. Mas, atualmente, ele está preocupado com a concentração das vendas para a Argentina, de 19,4% nas exportações de manufaturados. Na pauta total, que inclui as commodities, a Argentina é destino de 8% das vendas brasileiras.

Bruno Lavieri, economista da consultoria Tendências, pondera que, apesar de ser o maior comprador de produtos manufaturados, a concentração na Argentina não é comparável, por exemplo, ao que ocorre no México, onde 70% das exportações vão para os Estados Unidos. "Na crise americana, parou tudo."

A saída para o Brasil, diz Lavieri, seriam novos acordos bilaterais, "mas, infelizmente, eles não existem por enquanto". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal anunciou hoje (24) o Programa Ciência sem Fronteiras Espacial, voltado para o intercâmbio de alunos e especialistas em questões espaciais nas áreas de engenharia, pesquisa e indústria. A previsão inicial é conceder 300 bolsas de estudos em graduação, doutorado, pós-doutorado e desenvolvimento de pesquisas. Além de estudantes brasileiros, o programa dará a 150 pesquisadores visitantes oportunidade de atuar no país.

A iniciativa é uma parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento e Científico e Tecnológico (CNPq) e Agência Espacial Brasileira (AEB) para ampliar a formação de estudantes na área espacial, pouco atrativa para os profissionais brasileiros.

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“A medida é fruto de uma necessidade de integração, de formação de recursos humanos. O número de pessoas que atuam nessa área é muito pequeno”, disse o presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho. “Não nos preocupamos somente em mandar o estudante para fora, mas para lugares adequados, em que eles passem pela universidade e também pela indústria [espacial]”, completou.

O programa foi lançado durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Antes do anúncio, ex-bolsistas do Ciência sem Fronteiras relataram suas experiências no exterior.

O estudante Bruno Koff, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, passou um ano estudando engenharia mecânica no Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, o Kaist (apelidado de "MIT coreano"). “No começo a gente se choca. Assusta ir para Ásia e pensar em comer carne de cachorro, mas é preciso se adaptar e falar outros idiomas, se comunicar com outros países, e o Ciência sem Fronteiras é a chave para tal oportunidade”, disse Bruno.

Já o estudante Pedro Doria Nehme, da Universidade de Brasília (UnB), estagiou na Agência Espacial Americana (Nasa), no Goddard Space Flight Center, em Greenbelt, após o período letivo na Universidade Católica da América (UCA), em Washington. Depois dessa experiência, Nehme será o segundo brasileiro no espaço, ao ganhar uma promoção mundial realizada pela companhia aérea holandesa KLM. Em 2014, Nehme fará uma viagem suborbital, que deve atingir altitude de até 100 quilômetros.

“É uma filosofia diferente de ensinamentos [no exterior]. Nesse tempo [estudando fora], percebi uma aproximação maior do que se estuda na universidade e o que se usa, de fato, na pesquisa”, descreveu.

Entre as barreiras destacadas pelos alunos, estão a dificuldade em aproveitar os créditos das matérias que fizeram em outros países e as limitações ainda impostas pelo idioma. No entanto, dez dos 11 ex-bolsistas que apresentaram suas experiências na reunião da SBPC afirmaram que seria impossível, financeiramente, fazer intercâmbio sem o suporte do programa.

“É um desafio o idioma, ter aula todos os dias em outra língua, mas nos acostumamos rápido. A maior dificuldade mesmo é ficar longe da família”, ressaltou Lídia Mesquisa, estudante de biologia da UFPE. Lídia passou um ano em Melborne, na Austrália.

A presidenta da SBPC, Helena Nader, criticou a falta de regras para aproveitamento, pelas universidades brasileiras, das matérias cursadas durante o intercâmbio. “A universidade tem que aprender a valorizar os cursos feitos fora do país”, disse Helena. Para a pesquisadora, o programa é ousado, pois "não é trivial enviar 101 mil estudantes para o exterior”.

 

Ela aposta que a ciência brasileira poderá ver resultados práticos já nos próximos anos.

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, declarou nesta quarta-feira, 17, que a estimativa para o déficit da balança comercial neste ano pode superar a cifra de US$ 2 bilhões, anunciada pouco mais cedo pela entidade. "As causas para a queda das exportações é a cotação de commodities, em função do cenário externo, sobre o qual o País não tem controle. Se o cenário de hoje se mantiver, a tendência é aumentar o déficit", afirmou Castro.

Após 13 anos de superávits, a AEB projeta o primeiro déficit comercial em 2013. Na previsão da associação, as exportações caem 5% neste ano, para US$ 230,511 bilhões, enquanto as importações, sobem 4,2%, para US$ 232,519 bilhões.

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Castro mencionou ainda a retração nas exportações de petróleo e derivados. "Esses são os problemas brasileiros. Há forte queda de exportação de petróleo até junho, com a queda de 11% no preço."

Câmbio

O presidente da AEB prevê em R$ 2,25 o câmbio médio do País para este ano e, segundo ele, ainda assim a cotação seria insuficiente para tornar a venda de manufaturados competitiva no mercado internacional. "Hoje temos o câmbio variando de acordo com Banco Central e o governo tem todo interesse em baixar (o câmbio), por conta da inflação", afirmou Castro. Na visão dele, uma taxa confortável para aliviar os exportadores giraria entre R$ 2,40 e R$ 2,50, "o que dificilmente acontecerá".

O caos logístico observado nos arredores do Porto de Santos (SP) em meados de março, com o início dos embarques da safra recorde de soja, tende a se agravar entre maio e junho, na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. "O problema foi observado com o embarque da parcela menor da soja, imagina quando coincidir o restante da safra com as safras de açúcar e milho", sugeriu, sinalizando que a dificuldade de março foi "virtual" e se transformará em "real" entre maio e junho.

De acordo com Castro, uma eventual queda das cotações das commodities e a manutenção dos atuais patamares de custo logístico farão com que o País perca competitividade. "Hoje, o cenário é cômodo, enquanto as cotações atuais estiverem elevadas, mas se voltarmos às condições de 2000, o País quebra", disse, durante apresentação na conferência Infraportos, que se realiza paralelamente à feira Intermodal, em São Paulo. Ele lembrou que às cotações de soja, açúcar e minério dão sinais de terem entrado em viés de baixa. "A soja chegou a US$ 580-US$ 590 a tonelada, hoje está em US$ 530 e devem cair quando a começar a safra nos Estados Unidos", disse. Castro também alertou que os custos logísticos elevados e a ineficiência operacional afastam o Brasil da globalização e inibem a atração de investimentos.

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O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, também avaliou que o País precisa melhorar a infraestrutura portuária para elevar os padrões de competitividade do País. Segundo Brito, um ambiente regulatório com regras claras e duradouras, além da redução da burocracia, são condições para a atração de investimentos.

"Leva-se 5,7 dias para liberar uma carga no Brasil, em relação a um dia em países mais avançados e dois nos países asiáticos. Isso não é condizente com o que queremos", disse. "A fatura desse custo vai para a carga, o usuário, o exportador, o importador", acrescentou. Ele defendeu o desenvolvimento de rotas alternativas de escoamento, mais baratas e "mais compatíveis" com a questão ambiental, por exemplo, usando os Portos Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA) para o embarque de soja. Também salientou a necessidade de investimentos em armazenagem, uma vez que o país hoje tem capacidade para armazenar apenas 30% da safra anual. "Nos Estados Unidos, a capacidade é de dois anos de safra", comparou.

Para o vice-presidente da Associação dos Exportadores Brasileiros (AEB), José Augusto de Castro, a ampliação para cinco anos do prazo para operações de pagamento antecipado das exportações foi feita pensando no comportamento de câmbio e não em ajudar os exportadores. "Essa medida foi tomada pensando no Banco Central (e sua atuação no câmbio) e não no exportador", disse Castro à Agência Estado.

De acordo com ele, a autoridade monetária tem visto a demanda por dólares aumentar e, por isso, está tentando estimular as empresas a antecipar o ingresso de divisas no País para diminuir a pressão de alta sobre o dólar. "Está tentando, porque acho que não haverá grande adesão à medida", disse o executivo da AEB. A avaliação dele é a de que, para se fazer uma operação como essa, bancos e empresas precisam ter uma previsibilidade de longo prazo do cenário econômico. "Nestes momentos de crise temos os bancos e as empresas, mas não temos o cenário externo", disse.

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Nestes momentos de pressão sobre o dólar, afirma o vice-presidente da AEB, o governo tem duas alternativas: antecipação de ingresso de divisas ou usar as reservas internacionais. "Nas reservas ele não quer mexer. Então está tentando fazer estes ACCs (Adiantamento de Contratos de Câmbio) de cinco anos", disse Castro. Ele explica que estas operações geralmente são feitas por grandes empresas exportadoras de commodities.

Apesar de considerar que a medida não tem como objetivo principal ajudar os exportadores, Castro diz que a AEB não é contrária à mudança. "A medida dá mais liberdade para as empresas. O prazo para pagamento antecipado das exportações havia sido reduzido e agora volta a ser ampliado", disse, acrescentando que depois que o governo passou a cobrar IOF de 6%, estas operações ficaram paralisadas.

As reservas internacionais do Brasil não são suficientes para proteger o País de turbulências como as que atingiram os Estados Unidos e Europa, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A economia brasileira só estaria fortalecida caso investisse no processo produtivo, afirmou Benedicto Fonseca Moreira, presidente da instituição, nesta quinta-feira durante abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio.

"Tenho medo hoje quando dizem que o Brasil está defendido porque tem uma reserva de US$ 300 bilhões. Isso não é nada. O que é importante é ter uma estrutura firme de produção", declarou Moreira, referindo-se às reservas internacionais brasileiras que totalizam US$ 378,635 bilhões, segundo informou na quarta-feira pelo Banco Central.

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O presidente da AEB reclamou que o País, após o processo de abertura da economia, saiu de um controle direto para um controle indireto. "O País é controlado até hoje, é extremamente normatizador. Não há uma grande obra pública que não seja controlada por algum órgão do governo. O Ministério Público manda parar a obra, o Ibama manda parar, é uma loucura", afirmou.

Moreira defendeu o fim da burocracia e lembrou que há planos do governo que não se realizam por excesso de obstáculos. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff tem boa vontade, mas "está presa" por questões políticas e tecnocráticas com as quais é preciso romper.

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) elaboraram o modelo da nova política espacial para o Brasil. O objetivo é estimular a produção nacional de satélites e o domínio de tecnologias consideradas críticas pelo governo para o desenvolvimento desse meio de comunicação. A nova política faz parte da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que a presidente Dilma Rousseff lançará ainda este mês.

A proposta ainda inclui a criação do Conselho Nacional de Política Espacial, vinculado à Presidência da República, e um novo do modelo de governança para projetos de satélite. A ideia é replicar a forma de gestão do programa do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) — em que um comitê diretor (no caso, composto pelo MCTI, Ministério da Defesa, Ministério das Comunicações e Telebras) aprova planos, orçamentos, cronogramas para a construção do equipamento e é o responsável final pela operação do sistema.

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O SGB, criado para atender demandas militares e o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), será desenvolvido em parceria entre a Telebras e a Embraer. No começo do mês passado, as duas empresas assinaram um memorando de entendimento para constituição de sociedade (com participação de 51% da Embraer e 49% da Telebras).

“A escolha da Embraer como parceira da empresa que ficará responsável pela construção do satélite vai permitir a formação de um consórcio maior de empresas dispostas a investir em um projeto que é caro e demanda recursos intensivos”, afirmou Marco Antonio Raupp, presidente da AEB, em audiência pública na semana passada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) no Senado Federal.

O desenho de governança do projeto da SGB esvaziou as participações do Instituto Nacional de Políticas Espaciais (Inpe) e do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) na antiga política espacial e criou um arranjo institucional, com a participação da iniciativa privada, o que pode, segundo Raupp, dar mais agilidade à indústria nacional.

“Isso é um corolário da nossa política de incrementar o número de projetos e passar esses projetos para as empresas, não ficar nas mãos exclusivas dos institutos de governo. Por que esses institutos de governo estão sob o regime legal que atrapalha demais a condução de um projeto industrial. Não é o universo legal adequado para a execução de um projeto”, defendeu o presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, em entrevista à Agência Brasil após a audiência.

A preocupação do presidente da agência é “criar carga para a indústria para que ela tenha condições de investir em capacitação”. A falta de continuidade das encomendas do programa espacial brasileiro é apontada por especialistas como um dos entraves para o estabelecimento, no Brasil, de uma indústria no setor.

Membro da CCT, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu a parceria público-privada entre a Telebras e a Embraer. “É uma parceria importante. Cabe ao governo brasileiro um controle maior para que esse investimento possa ser feito e que a gente possa ter domínio sobre a operação, a destinação e o uso do satélite.”

*Com informações da Agência Brasil

Um salto nas vendas brasileiras de petróleo e produtos siderúrgicos para os Estados Unidos está amenizando a desaceleração das exportações para a Europa, que sofre com o agravamento da crise. Mesmo com uma economia cujos indicadores de crescimento não empolgam os mercados internacionais, os EUA voltaram a ganhar peso nas exportações brasileiras, empurrados por fatores conjunturais, depois de nove anos perdendo relevância.

Segundo levantamento da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), entre 2002 e 2010, a fatia dos Estados Unidos nas vendas externas brasileiras caiu ano a ano, de 25,4% para 9,5%. Entre janeiro e outubro deste ano, o porcentual registrado foi levemente superior: 9,7%.

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Para especialistas, no entanto, ainda é cedo para se falar em uma reversão da tendência de queda da participação americana. "O petróleo é o grande sustentáculo desse crescimento. Se a fatia dos EUA crescer daqui para a frente, é por causa do petróleo", afirma Fernando Ribeiro, economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

Ele avalia que as perspectivas para produtos industrializados, que competem com itens chineses, continuam desfavoráveis, especialmente num momento em que a economia americana não vive a melhor fase. "Os EUA são um país bastante aberto, as tarifas são muito baixas para calçados e bens de capital. Mesmo que fizéssemos acordo comercial, não faria muita diferença", diz.

Os números da balança comercial deste ano são resultado, em grande parte, de um empurrão dado em Santa Cruz, bairro da zona oeste no Rio, pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). É de lá que a usina de € 5,2 bilhões inaugurada pela ThyssenKrupp e pela Vale há menos de um ano e meio está embarcando sua produção de placas de aço para os Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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