Tópicos | Atrofia Muscular Espinhal

No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular Espinhal (AME), no mês em que se registra a conscientização mundial da doença. O Hospital Pelópidas Silveira (HPS), no Recife, lembra da importância do diagnóstico precoce e dos tratamentos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), disponíveis nos equipamentos de referência que atendem doenças raras em Pernambuco. 

Segundo a neurologista do HPS, Renata Andrade, especialista em Doenças Neuromusculares, apesar de não ter cura, pacientes podem ter acesso a um tratamento que possibilita a convivência com a doença. "Nosso maior objetivo, neste mês, é informar que a doença, apesar de ser uma condição grave e não ter cura, tem tratamento e está acessível no SUS. O diagnóstico e o tratamento precoces podem oferecer uma melhora na qualidade de vida desses pacientes, que apresentam uma repercussão na função motora. O uso dos medicamentos é muito efetivo pelo fato de aumentar o nível da proteína que se tem déficit, e quanto mais cedo a confirmação da doença melhores são os resultados", avalia a médica. 

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Renata Andrade, médica neurologista do HPS. Foto: Assessoria/HPS 

Considerada uma doença neurológica, rara e degenerativa, a AME possui cinco graus de classificação, de 0 a 4, de acordo com a sua gravidade. O tipo 0 é detectado ainda antes do nascimento, enquanto o 4 é mais comum na segunda ou terceira década de vida, a depender do comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Os tipos mais frequentes da AME são 1 e 2, quando os sintomas aparecem nos primeiros anos de vida. 

Doenças Raras - De acordo com o Ministério da Saúde (MS), existem cerca de 8 mil tipos de doenças raras no mundo, incluindo a Atrofia Muscular Espinhal (AME). Para ser considerada rara, a doença tem que atingir 65 a cada 100 mil pessoas. Estudos apontam que 80% das doenças raras decorrem de fatores genéticos e 20% estão distribuídos em causas ambientais, infecciosas e imunológicas. 
 

Saiba quais são os principais sinais e sintomas da AME:


- Perda do controle e forças musculares; 

- Incapacidade/dificuldade de movimentos e locomoção; 

- Incapacidade/dificuldade de engolir; 

- Incapacidade/dificuldade de segurar a cabeça; 

- Incapacidade/dificuldade de respirar. 

*Com informações da assessoria do HPS e do Ministério da Saúde. 

 Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a família de Rafael Melo, o “Rafinha”, de um ano e sete meses, corre contra o tempo para conseguir o tratamento da criança, que possui Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo um. Como completará dois anos em breve, o menino precisa iniciar o tratamento com o fármaco zolgensma imediatamente, para lhe garantir qualidade de vida e até mesmo a sobrevivência. No entanto, este medicamento é considerado o mais caro do mundo e custa R$ 9 milhões. O tipo um da doença é o mais agressivo, e é bastante raro que crianças que sofrem dele cheguem aos dois anos de idade.

No próximo dia 24, a família de Rafinha terá uma audiência que decidirá se a União vai ou não arcar com esse custo. A fim de reforçar o apelo, os pais da criança coletaram mais de 30 mil assinaturas em uma petição (http://www.change.org/salvem-rafinha-melo), que será anexada ao processo judicial. O abaixo-assinado está hospedado na plataforma Change.org.

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Andreia dos Santos Melo, mãe de Rafinha, conta que a luta é pelo direito a uma vida com qualidade ao filho. “Nós fazemos um apelo ao TRF-5, Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que aprecie com urgência esse pedido. O Rafinha precisa dessa medicação. Que entendam que para o Rafinha esse é o tratamento adequado. O único tratamento que lhe trará, de fato, conforto e vida”, explica Andreia. “Peço que todos assinem essa petição, que deem voz ao meu filho, que quer tanto viver”, completa sobre a importância do abaixo-assinado.

O pequeno está em busca do medicamento desde setembro do ano passado, quando seus pais entraram na Justiça. Foram abertos dois processos - um na justiça estadual, contra o plano de saúde e outro no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, pedindo que a União arque com os custos do medicamento. Embora aprovado pela Anvisa, no ano passado, o Zolgensma não está disponível no hall de medicações oferecidas pelo SUS.

Atualmente, Rafinha faz tratamento com o remédio Spinraza, que é fornecido pelo Governo do Estado de Pernambuco, e também considerado de alto custo (cerca de R$ 145 mil a dose).

“O remédio Spinraza, outro tratamento para AME, foi incorporado no SUS em 2019, porém, é um tratamento invasivo e demanda muitas aplicações, feitas a cada quatro meses”, destaca trecho do abaixo-assinado criado pela campanha “Ame Rafinha Melo”. “As duas medicações estão entre as mais caras do mundo, mas o Zolgensma tende a ser mais econômico a longo prazo”, acrescenta a petição online.

Os pais de Rafinha acreditam que o “medicamento mais caro do mundo” será capaz de mudar a vida do filho. A petição online foi lançada por uma voluntária da campanha “Ame Rafinha Melo”, que além do abaixo-assinado também conta com uma página no Instagram, com mais de 11 mil seguidores, e uma vaquinha para ajudar na compra do remédio. O Zolgensma possibilita uma terapia gênica, tida como a melhor para pacientes com AME tipo um.

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Um decreto assinado pelo Governo de São Paulo autoriza a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no processo de importação dos medicamentos mais caros do mundo para o estado. A ordem que reduz o custo das substâncias aplicadas no tratamento da doença rara Atrofia Muscular Espinhal (AME), passou a valer na última quarta-feira (21).

Junto à determinação do poder público estadual, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) exigiu que um Projeto de Lei (PL) seja elaborado pelo governo e encaminhado à Assembleia Legislativa paulista. Caso aprovado pelos deputados estaduais, a isenção de ICMS para fármacos como Zolgensma e Nusirnesena/Spinraza pode passar a vigorar, de maneira permanente.

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Os medicamentos são prescritos para pacientes com AME e, para serem trazidos de fora do Brasil, têm o custo de cerca de USD 2 milhões (cerca de R$ 11,2 milhões). A doença degenerativa é rara e acomete uma a cada dez mil crianças nascidas no mundo.

O diagnóstico recomenda que os remédios estimulantes à produção da proteína SMN1, considerada fundamental para que o sistema motor dos pequenos se estabeleça, sejam administrados até os dois anos de idade. Além de não desenvolver os movimentos, a síndrome também atrapalha a consolidação do aparelho respiratório e leva as crianças à morte.

A pequena Aysha Goerigk, de apenas seis meses de vida, morreu no último sábado (26), antes de receber a medicação que esperava para curar a rara Atrofia Muscular Espinhal (AME). Os pais da criança, que moram na cidade de Americana (a 127 km da capital paulista) tentavam arrecadar quase R$ 12 milhões para importar o remédio Zolgensm, considerado o mais caro do mundo e usado nos casos mais graves da doença. O composto químico é o único capaz de auxiliar crianças que desenvolvem a síndrome no sistema motor.

O caso da menina do interior paulista ganhou repercussão nas redes sociais. A mãe e o pai de Aysha criaram uma conta no Instagram para angariar doações que ajudariam na aquisição do medicamento para salvar a criança. Além da tentativa de juntar o valor com os doadores da internet, um evento com alguns artistas que teria a arrecadação voltada ao tratamento foi mantido, embora a pequena tendo morrido horas antes. Os shows no esquema drive-in homenagearam Aysha e o valor da renda foi deixado à disposição dos pais e de outras entidades que prestam assistência às famílias vítimas da AME.

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Considerada uma doença incomum, a AME afeta um a cada dez mil nascidos. A síndrome não era passível de cura até a descoberta do Zolgensm e de medicamentos como Nusirnesena/Spinraza. O problema não permite que o corpo produza a proteína SMN, tida como fundamental para a vida dos neurônios motores. Sem a fabricação do composto orgânico, as vítimas ficam sem os comandos físicos e a força muscular para executar movimentos, além de terem a capacidade de respirar reduzida.

O pequeno João Miguel, de 1 ano e 9 meses de vida, morreu na manhã desta quinta-feira (17), meses depois de seu pai ser preso por ter desviado R$ 1 milhão que seria usado para o tratamento da criança que havia sido diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME).

O dinheiro desviado pelo pai havia sido arrecadado em uma "vaquinha virtual". Ao invés de ajudar no tratamento do filho, Mateus Henrique Leroy Alves, 37 anos, usou o dinheiro para viver uma vida de luxo em Salvador, na Bahia. Leroy acabou sendo preso em julho deste ano.

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Nesta quinta-feira (17), João Miguel saiu de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, com destino a Belo Horizonte, onde tomaria a segunda dose de um medicamento importante para o seu tratamento. No caminho o pequeno passou mal e morreu. 

Um homem identificado como Mateus Henrique Leroy Alves, de 37 anos, foi preso suspeito de usar o dinheiro arrecadado para tratamento do filho que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença degenerativa rara, para ostentar. Além disso, a polícia aponta indícios de que Mateus pretendia abrir uma casa de prostituição. 

A campanha para angariar dinheiro para a criança de 1 ano e 7 meses arrecadou, em quase um ano, mais de R$ 1 milhão. Em tese, todo o valor deveria custear os medicamentos do filho de Mateus, já que cada dose custa cerca de R$ 360 mil. Na prática, o suspeito gastou maior parte do arrecadado com passeios, perfumes caros, relógios e roupas de marca, além de financiar farras regadas de bebidas e muita droga.

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Mateus Henrique foi denunciado pela própria mulher, Karine Rodrigues, que suspeitou da atitude do marido e pediu o bloqueio judicial das quatro contas bancárias que o casal fez para transferir os valores arrecadados com a campanha solidária. 

Em entrevista ao G1, o delegado Daniel Gomes informou que o suspeito alega que gastou cerca de R$ 600 mil. "Ele efetivamente gastou, sendo que R$ 300 mil foram gastos com farra, mulheres, bebidas e drogas. No momento da prisão, inclusive, ele estava com porções de maconha e com restante do dinheiro". disse.

Mateus justificou a polícia que estava sendo extorquido por um traficante que descobriu a história da arrecadação. Junho foi o mês que os familiares pararam com a campanha solidária porque haviam conseguido na justiça o direito de receber do Sistema Único de Saúde (SUS) três doses do medicamento.

Agora, com a atitude do pai, a situação complicou para a criança portadora do AME. Com o dinheiro que estava na conta, a compra das outras três doses necessárias estavam garantidas, mas a situação agora é outra e a vida da criança pode estar em risco: sem dinheiro, sem medicamento.

O atacante do Liverpool e da seleção brasileira Firmino marcou um golaço. Mas esse foi fora das quatro linhas: ele e a esposa ajudaram financeiramente uma família com duas crianças portadoras de Atrofia Muscular Espinhal (AME).

O jogador doou R$ 286 mil para o tratamento dos pequenos João, de seis anos, e Miguel, de onze meses de idade. O valor corresponde extamente ao que faltava para completar os R$ 4 milhões que os pais das crianças estavam arrecadando através de uma campanha de solidariedade nas redes sociais.

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Alex José de Amorim e Gracieli Schlemmer publicaram um vídeo no perfil 'AME João & Miguel', no Instagram, em que compartilham informações sobre a doença e momentos com os filhos. "Na sexta-feira recebemos uma ligação que nos deixou sem ar, a Larissa @larissa_peereira esposa do jogador @roberto_firmino entrou em contato e deixou meu coração em paz 'Mãe nós estamos doando o valor que falta 286 mil reais' na hora eu chorei muito porque esperamos por esse momento a muito tempo", diz a postagem. Confira:

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Os pais de Jonatas, um menino de um ano portador de doença rara, se posicionaram no programa Fantástico do último domingo (18). Após pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça bloqueou o valor arrecadado pela campanha AME Jonatas, além de um veículo de R$ 140 mil em nome dos pais do menino. A campanha foi criada para custear os remédios necessários para o filho do casal.

O MPSC suspeita que o dinheiro possa estar sendo usado para custear turismo e compra de veículo em detrimento do tratamento do menino em Joinville. A Polícia Civil também investiga o crime de apropriação de rendimentos de pessoa com deficiência.

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A denúncia ao Ministério Público foi feita por Camila Clemente, irmã de Aline Openkoski, que é mãe da criança. Ela conta que o casal comprou dois celulares com o dinheiro da doação. Além disso, chamou a atenção uma viagem feita pelos pais do garoto ao Réveillon do Arquipélago de Fernando de Noronha, com passagem de R$ 8 mil.

Às acusações da tia de Jonatas, Renato Openkoski, o pai, disse que os gastos foram feitos pensando no garoto. "A mudança do padrão de vida não foi para benefício meu, benefício da Aline, foi necessária a mudança de padrão de vida para benefício do Jônatas", disse ao Fantástico.

O casal também afirmou ter comprado os celulares para benefício do filho. "O que a gente fez: a gente vai comprar o celular porque a gente precisa pra campanha, pra bater foto do Jonatas, porque a foto saía horrível e não tinha como postar aquele tipo de foto nas redes sociais", resumiu Aline.

Sobre a viagem, Renato disse ter comprado com seu dinheiro. Ele é palestrante em igrejas evangélicas e vende camisetas com o nome do filho.

Em outubro de 2017, Renato e Aline estiveram no Fórum de Joinville, onde assumiram o compromisso de depositar todo o dinheiro arrecadado na campanha em uma conta judicial. Entretanto, não fizeram o depósito e não prestaram conta. "Nós, como responsáveis pelo Jonatas, temos todo direito de responder por ele", justificou o pai. Foram reunidos quase R$ 4 milhões.

A criança de um ano sofre do tipo mais grave de Atrofia Muscular Espinhal (AME). A doença afeta o sistema nervoso e gradativamente reduz os movimentos do corpo. A campanha contou com a participação de famosos, como o ator André Gonçalves e a atriz Danielle Winits.

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