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O Flamengo confirmou o favoritismo e se classificou à segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma vitória sobre o Audax, por 2 a 0, nesta quinta-feira (11), no Estádio José Liberatti, em Osasco.

Com 100% de aproveitamento em três jogos, o Flamengo foi o líder do Grupo 19 e na segunda fase vai encarar o pernambucano Náutico. Quem comemorou o resultado foi o São Bento, que avançou como vice-líder e enfrenta o XV de Piracicaba. Os dois jogos serão no sábado.

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A partida foi movimentada no José Liberatti e o Flamengo saiu na frente aos 33 minutos. Depois de tanto insistir, Werton fez boa jogada individual dentro da área do Audax e finalizou cruzado.

O segundo tempo começou com os dois times desperdiçando boas oportunidades. O balde de água fria nas pretensões do Audax veio aos 24 minutos, quando Welinton aproveitou sobra dentro da área para sacramentar a vitória rubro-negra.

De olho na liderança da Taça Guanabara, o Vasco segue na perseguição aos líderes Flamengo e Fluminense no duelo contra o Audax, marcado para este domingo (20), às 18h30, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela oitava rodada.

Com cinco vitórias, um empate e uma derrota, o Vasco aparece na terceira posição, com 16 pontos. O clube cruzmaltino vem de triunfo frente ao Bangu, por 2 a 0, em São Januário.

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O Audax, por sua vez, tenta se recuperar da goleada sofrida frente ao Volta Redonda, por 4 a 0, na última rodada. Na tabela de classificação, aparece com sete pontos, ainda dentro da zona de classificação.

O técnico Zé Ricardo terá três desfalques para o duelo contra o Audax, todos suspensos. Os meias Nenê, Bruno Nazário e Juninho receberam o cartão amarelo diante do Bangu e, por isso, terão que cumprir suspensão automática.

O treinador não revelou os substitutos, mas a tendência é que Isaque ocupe a vaga de Nenê, um dos destaques do time na temporada. Quem também pode aparecer entre os titulares são Zé Gabriel, que briga por posição com Galarza, e Getúlio, respectivamente, nos lugares de Juninho e Bruno Nazário.

"Com relação aos desfalques para os próximos jogos, sabíamos que era bem provável que acontecesse isso. Dentro do nosso planejamento, o Nenê já estava fora desse jogo contra o Audax. Tanto Juninho, quanto Bruno Nazário fora são boas oportunidades para trabalharmos os atletas que temos no dia a dia, dar rodagem e confiança a todos do grupo", disse o treinador.

Do outro lado, o técnico Alex Alves não poderá contar com Romarinho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Em seu lugar, Léo Bueno deverá novamente aparecer entre os titulares. De resto, o time poderá ser bem semelhante ao que perdeu para o Volta Redonda.

Alex Alves poderá voltar à formação com três defensores. Com isso, Thiagão apareceria entre os titulares. Outra opção seria reforçar o meio de campo com Grafite. No ataque, não seria surpresa se Anderson Lessa fosse escalado.

"Sabemos que não é fácil brigar com esses gigantes. Está sendo tudo novo. Temos metas e objetivos ousados, mas nossa prioridade é a permanência na divisão", disse o treinador.

MC Livinho está de volta! Engana-se, porém, quem pensa se tratar dos palcos. Após passagem apagada pelo São Caetano, o funkeiro está retornando aos gramados e foi anunciado nesta quarta-feira como novo reforço do Audax, de Osasco (SP), para a disputa da Série A2 do Campeonato Paulista. "Hoje tu tá de volta pra mostrar que é capaz. Avisa lá que o Livinho tá de volta para casa", escreveu o clube nas redes sociais.

Livinho teve uma breve passagem pelo Audax em 2018, mas a ousadia mostrada em suas letras não chegou a ser mostrada em campo. Isso porque a agenda de shows do cantor o impediu de entrar em campo e atuar pela equipe, rescindindo o contrato pouco tempo depois. Anteriormente, passou por um período de testes no Oeste, de Barueri (SP), mas também não chegou a entrar em campo.

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A chegada da pandemia do novo coronavírus impediu a realização de eventos no País e o artista decidiu continuar seguindo o sonho de se tornar um jogador de futebol profissional. O São Caetano abriu as portas ao cantor no ano passado e Livinho finalmente estreou em setembro do ano passado.

O início como profissional parecia promissor. Logo nos primeiros minutos em campo, o cantor sofreu o pênalti que resultou no gol de empate contra a Portuguesa, pela Copa Paulista. Tudo mudou no jogo seguinte, quando tropeçou na bola e deu início à jogada do segundo gol na derrota por 3 a 0 para o Taubaté.

Atuando como atacante, Livinho deixou o São Caetano sem balançar as redes. O funkeiro anunciou sua despedida em novembro, através de um vídeo publicado em suas redes sociais. Emocionado, ele agradeceu o clube do ABC paulista pela oportunidade de realizar o sonho de ser jogador.

"Me dediquei todo esse tempo, todos esses dias, me concentrei, treinei. Sou muito grato a Deus por essa oportunidade, muito grato ao São Caetano por ter aberto essa porta para mim, realizar esse sonho. O ciclo se encerra por aqui hoje, mas quero agradecer a todos que torceram por mim", disse.

O Audax estreia na Série A2 paulista na próxima quarta-feira, dia 26, quando enfrenta o São Bento, em casa, pela primeira fase da competição.

Durou muito pouco a mudança de MC Livinho dos palcos para os gramados. O jogador foi anunciado pelo Grêmio Osasco Audax na segunda-feira (9), mas nesta terça-feira (10) o staff do cantor voltou a atrás e afirmou que Livinho não irá ser jogador de futebol. 

A apresentação do cantor, que teve até seu nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e estava apto para atuar, estava programada para esta terça-feira. O clube, por meio de nota, confirmou que a contratação foi cancelada e pediu desculpas à torcida e à imprensa. 

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"O Grêmio Osasco Audax foi informado que o MC Livinho foi impedido de seguir seu sonho de se tornar jogador, por conflito de agenda entre seus dois caminhos profissionais", declarou o clube. 

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A assessoria do atleta também se pronunciou: "O futebol vamos ter que deixar pra uma próxima não conseguimos bater agenda com os projetos deles".

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O funk sofreu uma baixa esta semana. MC Livinho, dono do sucesso Cheia de Marra, vai deixar a música um pouco de lado para se dedicar ao futebol. O cantor foi registrado como atleta do time paulista Audax, e regularizado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.

De acordo com o site do Globo Esporte, o clube afirmou que Livinho, cujo o nome verdadeiro é Oliver Decesary Santos, terá o seu contrato válido até o dia 31 de maio. Embora não esteja treinando com os outros jogadores, o músico, segundo o Audax, está capacitado para entrar em campo.

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Em breve, MC Livinho vai disputar a série A2 do Campeonato Paulista. Na internet, a notícia deu o que o falar. "Vem ser feliz no coringão, MC Livinho", brincou um dos usuários do Twitter. "Uma das coisas mais aleatórias do futebol é o MC Livinho virar jogador", ironizou outra pessoa.

Depois de conquistar o Campeonato Carioca, o Botafogo agora volta as atenções para a Copa Sul-Americana. Na quinta-feira, a equipe estreará contra o Audax Italiano, do Chile, fora de casa.

Teoricamente, o adversário não deve dar muita dor de cabeça para a equipe carioca. O Audax faz um péssimo Campeonato Chileno e ocupa a lanterna da competição com apenas cinco pontos conquistados em oito rodadas.

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Mas do outro lado, o Botafogo encontrará pela frente um antigo conhecido. Ídolo da torcida alvinegra, o centroavante Loco Abreu, de 41 anos, faz parte do elenco da equipe chilena. O jogador, no entanto, não tem feito um bom início de temporada e atualmente está no banco de reservas.

Apesar disso, o lateral-direito Marcinho pediu cuidado com Loco Abreu. "Joguei ano passado contra o Loco, quando ele estava no Bangu, e é muito perigoso. Se entrar no jogo, precisamos ter muito cuidado. Impõe muito respeito", afirmou.

Marcinho também acha que o elenco precisa esquecer a recente conquista e minimizou qualquer favoritismo, mesmo com o péssimo momento do adversário no campeonato local. "A gente ainda não teve esse tempo para analisar o Audax, mas é um clube de pouca expressão. Mesmo assim, vamos tratar com muito respeito. Esse título tem que nos dar forças. Vamos chegar com humildade para voltar com uma vitória", disse.

Os altos preços dos ingressos em alguns jogos da rodada inaugural do Campeonato Paulista não deverão se repetir ao longo da competição. A estratégia adotada por São Bento e Audax no último fim de semana não atrai os outros clubes. Eles temem cobrar caro demais e, com isso, causar o mesmo esvaziamento de estádios visto em Sorocaba e em Barueri. A Federação Paulista de Futebol (FPF) demonstrou preocupação com a baixa presença e vai orientar com ações para incrementar a bilheteria.

Contra o Corinthians, no sábado, o São Bento fixou os preços mais caros do estádio em R$ 120 e R$ 200. O jogo teve público de 6 mil pagantes, o suficiente para uma renda líquida (descontadas taxas e despesas) de R$ 305 mil. A aposta em ingressos mais caros teve efeito bem pior na Arena Barueri, onde o Audax recebeu o São Paulo para somente 2 mil torcedores. Com isso, a renda líquida foi de apenas R$ 3 mil.

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O ingresso custava a partir de R$ 100 e foi uma tentativa do presidente do Audax, o ex-jogador Vampeta, de obter lucro com o interesse dos são-paulinos em conferir a estreia oficial de Rogério Ceni como técnico. A ideia não teve o sucesso esperado e serviu como exemplo para demais clubes do interior.

"O bom de receber jogos com os grandes é a questão da renda, mas não adianta jogar o preço lá em cima. É arriscado e pode afugentar o torcedor", disse o presidente do São Bernardo, Thiago Ferreira.

O clube do ABC vai receber no estádio Primeiro de Maio jogos contra Santos e São Paulo, com bilhetes a R$ 60, valor 50% maior do que em encontros conta equipes menores. "Nosso lucro sai dos jogos com os grandes", explicou o dirigente.

O medo de, ao arriscar ganhar muito, ficar sem dinheiro nas mãos também atingiu o Linense. O clube ficou assustado com o borderô do jogo do Audax e disse ter visto o caso como exemplo para reforçar a política de não fixar preços elevados.

"Não vamos cobrar esse absurdo que foi no jogo do Audax. Nosso torcedor não pode pagar muito caro", afirmou o gerente de futebol da equipe, Fausto Momente. O clube promete cobrar R$ 60 para o jogo com o Palmeiras, dia 19, mesmo com a realização da partida na Fonte Luminosa, em Araraquara, para cumprir recomendação do Ministério Público por causa da falta de estrutura do estádio em Lins para receber partidas com grandes públicos.

Aumentar o preço para jogos contra os principais times do estado é também uma medida para cobrir os gastos. "O custo de receber um dos quatro grandes é elevado. Temos mais presença de torcida, maior custo com fiscais de público e taxa mais cara de policiamento", explicou o presidente do Mirassol, Edson Ermenegildo.

O clube vai ser mandante contra o Corinthians no sábado de carnaval e o preço será dobrado em comparação ao normal. O valor mais barato será R$ 80. "A parte financeira é importante, mas não é a prioridade. Temos de respeitar o público e a cidade. Por outro lado, colocar ingresso muito barato pode provocar tumulto na bilheteria, com excesso de gente em busca de entradas", disse.

SEM INTERVENÇÃO - A FPF estipula o preço mínimo de R$ 40 por ingresso para a competição, mas não determina um valor máximo que os clubes podem cobrar. O departamento de arrecadação da entidade tem discutido com os clubes estratégias em conjunto para atrair mais torcedores aos estádios durante o Estadual.

"Não limitamos preço máximo, pois se trata de uma decisão dos clubes. O baixo público no jogo entre Audax e São Paulo, porém, demonstrou que esta ação (de cobrar valores elevados) não foi bem-sucedida. A FPF tem conversado com os clubes para gerar ações que aumentem o público nos estádios", disse a entidade, por meio de comunicado.

Em 2016, a média do Paulistão foi de 7 mil pessoas por partida. A meta é chegar a 8 mil na atual edição.

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, admitiu o interesse na contratação do volante Yuri, do Audax. A afirmação foi feita na noite desta segunda-feira durante a premiação dos melhores do Campeonato Paulista. "É uma tentativa. Ele (Yuri) deve estar chegando aqui", declarou o dirigente.

Por respeito ao Audax durante as finais do Campeonato Paulista, o Santos não abriu negociações com o jogador. No último domingo, o time da Vila Belmiro venceu por 1 a 0 e conquistou o título paulista.

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O técnico Dorival Júnior já fez elogios ao jogador. O Santos, no entanto, não é o único interessado. O Braga, de Portugal, clube com o qual o Audax tem uma parceria, também já fez sondagens pelo jogador.

Para se reforçar para o Campeonato Brasileiro, o Santos já acertou a contratação do zagueiro Fabián Noguera, do Banfield, e do atacante Rodrigo, do Campinense. O clube também tem interesse em Emiliano Vecchio, do Qatar SC, e Jonathan Copete.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou nesta segunda-feira (9) a seleção do Paulistão, eleita por meio de uma votação que contou com a participação de dezenas de jornalistas de todo o Estado convidados pela entidade. E a equipe formada pelos especialistas trouxe a presença de seis jogadores do Santos, que se sagrou campeão estadual mais uma vez ao vencer o Audax por 1 a 0, no último domingo, na Vila Belmiro.

Vice-campeão, o time de Osasco teve dois atletas eleitos para a seleção, enquanto o Corinthians, eliminado nas semifinais pela equipe da Grande São Paulo, contou com outros dois nomes na escalação. O último jogador que completa o time ideal do campeonato é o atacante Roger, do Red Bull Brasil, que terminou o torneio como artilheiro isolado, com 11 gols.

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Desta forma, São Paulo e Palmeiras acabaram ficando sem nenhum representante na seleção do Paulistão. Isso depois de o time são-paulino ter sido goleado por 4 a 1 pelo Audax nas quartas de final, em Osasco, e a equipe palmeirense derrotada nos pênaltis pelo Santos nas semifinais, após empate por 2 a 2 no tempo normal, na Vila - o Corinthians caiu da mesma forma contra o time osasquense, em Itaquera.

Curiosamente, Ricardo Oliveira, autor do belo gol que deu o título estadual ao Santos no último domingo, acabou ficando fora da seleção, que teve Gabriel, da equipe santista, e Roger como dupla de ataque eleita. A seleção formada por meio da votação da FPF foi a seguinte: Vanderlei (Santos); Fagner (Corinthians), Felipe (Corinthians), Gustavo Henrique (Santos) e Zeca (Santos); Thiago Maia (Santos), Camacho (Audax), Tchê Tchê (Audax) e Lucas Lima (Santos); Gabriel (Santos) e Roger (Red Bull Brasil). Já Fernando Diniz, que realizou grande trabalho sob o comando do Audax nesta surpreendente campanha do time neste ano, foi eleito o técnico da seleção do campeonato.

Um estádio centenário e uma história vencedora deram ao Santos mais um Campeonato Paulista, o segundo seguido, sustentando uma década de hegemonia no Estadual. Após dois jogos, o novato Audax sucumbiu à tradição - e a um lance de gênio do atacante Ricardo Oliveira, autor do gol que garantiu a vitória por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro.

Foi o quinto título paulista do Santos conquistado em oito finais consecutivas (desde 2009 o time jogou todas as decisões). A série arrasadora, que só pode ser comparada a Era Pelé (oito finais, seis títulos), fez com que o clube santista igualasse o Palmeiras em títulos estaduais (22 a 22), superando o São Paulo (21) e só atrás do Corinthians (27).

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Foi também um prêmio para a Vila Belmiro, o "alçapão" do time, que completa 100 anos em outubro deste ano. E o estádio, que recebeu 16 mil pessoas, ajudou (e muito) o Santos no segundo tempo, quando o Audax atacava e pressionava o time do técnico Dorival Júnior, que perdia gols, colocando o título em risco.

Apesar de perder o título que seria inédito, o Audax deixou uma lição: é possível jogar de igual para igual (e até vencer) os grandes de São Paulo jogando um futebol bonito e montando elenco gastando pouco dinheiro - a folha salarial é de R$ 350 mil por mês; a do Santos, R$ 4,5 milhões.

O primeiro tempo foi 80% Audax. Teve domínio de jogo, trocou de passes e finalizou mais. O condutor, Camacho: jogou de uma intermediária a outra e armou o time. Não fosse a trave, a equipe do técnico Fernando Diniz teria aberto o placar no primeiro tempo.

A estratégia de Dorival Júnior não deu certo. Foi um erro escalar o meia Lucas Limas, que, claramente, não tinha condição de jogo. A contusão no tornozelo fez com que o melhor jogador do time fosse uma peça nula dentro de campo.

Até os 25 minutos do primeiro tempo, quando foi substituído, Lucas Lima nem criava e muito menos dava combate. Foi como jogar com 10 contra uma equipe completa. E essa marcação frouxa sem a bola fez com que o Audax se impusesse. A entrada de Paulinho deu ao Santos um homem a mais no primeiro combate.

O Santos, contudo, também tinha suas armas. Uma delas: o contra-ataque. Quando Vitor Bueno lançou Ricardo Oliveira, o atacante ganhou o campo adversário e mostrou porque, aos 36 anos, ainda é convocado para a seleção brasileira. Deu uma caneta no zagueiro e marcou um golaço, aos 44 minutos.

O alçapão explodiu. Fogos do lado de fora, sinalizadores e muita fumaça na arquibancada. O primeiro tempo terminou com um bate-boca entre jogadores dos dois times por causa de uma entrada forte no atacante Gabriel.

Na segunda etapa, ainda que o Audax tenha buscado o empate e Fernando Diniz tenha feito alterações na equipe, como a entrada de mais um atacante, o Santos conseguiu segurar a pressão. Dorival Júnior postou a sua equipe na defensiva, fechou os espaços e explorou mais os contra-ataques.

Foi uma decisão arriscada, ao passo que o Audax rondava a área do goleiro Vanderlei. A situação do Santos ficou delicada porque Ricardo Oliveira, cansado, deu lugar ao camaronês Joel. Sem seu artilheiro e já sem Lucas Lima, coube a Gabriel liderar o time.

A conquista poderia ter sido mais fácil se o gol de Joel tivesse sido anotado e não anulado pelo bandeirinha e se Ronaldo Mendes não tivesse perdido um gol inacreditável, sozinho, dentro da área, aos 45 minutos.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 1 x 0 AUDAX

SANTOS - Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno (Ronaldo Mendes) e Lucas Lima (Paulinho); Gabriel e Ricardo Oliveira (Joel). Técnico: Dorival Júnior.

AUDAX - Sidão; Francis (Rodolfo), Yuri, Bruno Silva (Felipe Rodrigues) e Velicka; Camacho, Tchê Tchê e Juninho (Wellington); Mike, Ytalo e Bruno Paulo. Técnico: Fernando Diniz.

GOL - Ricardo Oliveira, aos 44 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Victor Ferraz, Thiago Maia, Gabriel e Gustavo Henrique (Santos); Bruno Paulo e Velicka (Audax).

ÁRBITRO - Raphael Claus (Fifa).

RENDA - R$ 934.920,00.

PÚBLICO - 16.018 pagantes.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

Se a especulação de transferências de jogadores marcou os últimos dias de preparação do Audax para a final do Campeonato Paulista contra o Santos, pelo menos serviu como motivo de piadas para o elenco. Os jogadores passaram a colocar apelidos e tirar sarro de colegas que despertaram o interesse de outros clubes.

O meia Tchê Tchê, que já acertou com o Palmeiras, é um dos alvos. Os companheiros costumam debochar que por ele estar de saída para outra equipe não pode se reunir às rodas de conversa ou participar das brincadeiras do time. Já o atacante Yuri, cogitado com reforço do Santos, passou a ser chamado de Vila, em referência à Vila Belmiro.

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"Aqui no Audax é uma amizade, um clima, uma união que não se tem no futebol", afirmou o atacante Bruno Paulo, que deve se juntar ao Corinthians em breve e é outro a ser alvo dos companheiros de equipe. O bom humor é característica marcante nos treinos da equipe. Como passaram as três últimas semanas concentrados em Sorocaba (SP), os jogadores ficaram mais próximos e aproveitam a convivência até pelo clima de despedida existente.

A diretoria fez contratos curtos para montar o elenco. A maioria dos vínculos se encerrava na primeira fase do Estadual. A boa campanha obrigou o clube a prolongar a permanência de grande parte do time até o fim do Paulistão, quando muitos devem aceitar outras propostas. "É um grupo que se formou em quatro meses. Todo mundo se dá muito bem. O elenco vai se separar, mas faz parte", disse o meia Camacho, outro possível alvo do Corinthians.

A boa campanha também aumentou a procura dos jornalistas pelos treinos do time. Na atividade desta sexta-feira, a última aberta à imprensa antes da decisão, o campo ficou cercado pelos repórteres. Alguns titulares mais procurados para as entrevistas até demoraram a se juntar aos colegas para o início do treino. Quando as estrelas do time como Tchê Tchê, por exemplo, chegavam ao centro do gramado, eram aplaudidos pelos companheiros.

O técnico Fernando Diniz afirmou que as negociações durante a reta final serviram como incentivo ao trabalho. "Um dos objetivos do time é que os jogadores conseguissem ascensão nas suas carreiras. É motivo de alegria para nós, ainda mais em um momento de final", comentou.

A formação titular deve ter uma mudança para a final. Recuperado de lesão na panturrilha, o volante Francis, de 34 anos, ex-Palmeiras, deve voltar à equipe após três semanas. O jogador deve entrar na vaga de André Castro, suspenso.

TREINO - A incerteza da presença do meia Lucas Lima na final não alterou a rotina de treinos no Audax. Nas atividades fechadas ao longo da semana, a equipe continuou a ensaiar como anular o santista e quem fez o papel do armador nos trabalhos com os titulares foi Fernando Diniz.

Ex-atacante, ele costuma atuar como jogador quando precisa simular saídas de bola ou testar a marcação contra os adversários. Nos trabalhos recentes, Fernando Diniz atuou como Lucas Lima, ao carregar a bola e fazer movimentos e passes parecidos aos do santista, enquanto pedia aos comandados atenção à marcação.

A precisão nos lançamentos de Fernando Diniz e a forma como realizou os testes chamaram a atenção do elenco. O treinador prefere fazer treinos fechados, sem a presença dos jornalistas, para manter segredo sobre as estratégias e também para ter liberdade para dar broncas nos jogadores quando necessário.

O Audax se reapresentou nesta terça-feira (3) para começar a preparação para o segundo jogo da final do Campeonato Paulista, domingo (8), na Vila Belmiro, com o discurso de que o empate como mandante na primeira partida de decisão contra o Santos não será empecilho para buscar o título. Para o goleiro Sidão, o placar de 1 a 1 em Osasco, no último domingo, deixou a disputa pelo título ainda mais indefinida.

"Tudo ficou em aberto. A gente queria a vitória, mas infelizmente não veio em casa. Como qualquer resultado vale o título e o empate vai para os pênaltis, ainda estamos na luta", afirmou o goleiro. O time azarão na final abriu o placar com Mike, mas permitiu que Ronaldo Mendes igualasse a minutos do fim, em chute forte de fora da área.

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Na primeira fase as equipes se enfrentaram exatamente no estádio que será o local da decisão de domingo, a Vila Belmiro. O Santos levou a melhor, ao vencer por 2 a 1, em jogo com a presença de muitos reservas nos dois times, pois ambos apenas cumpriam tabela na ocasião por já estarem classificados para as quartas de final.

A semana de treinos do Audax será no CT do Atlético Sorocaba, espaço utilizado pela seleção da Argélia na última Copa do Mundo. O elenco esteve concentrado no mesmo local também nas três últimas semanas. "É por uma ótima razão que ficamos em Sorocaba, focados no jogo. Deixamos para a folga o tempo que a gente tem de curtir a família", explicou Sidão.

O Audax é o time que mais chamou atenção durante o Campeonato Paulista pela forma de jogar e o goleiro Sidão acredita que a chave para o time conquistar o título é manter as características de propor o jogo e valorizar a posse de bola, embora tenha que enfrentar o Santos na Vila Belmiro, domingo que vem.

"Esse é o nosso estilo de jogo e não tem como abrir mão dele agora. Vamos ver o que o Diniz vai armar para nós durante a semana, mas não tem como negar que chegamos aqui jogando desse jeito, que é propondo o jogo sem mudar a atitude dentro ou fora de casa", explicou um dos maiores ídolos da torcida osasquense.

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Com o empate por 1 a 1 no Estádio Prefeito José Liberatti, o Audax precisa de uma vitória simples para ser campeão. Em caso de empate, por qualquer quantidade de gols, a decisão vai para os pênaltis.

E o time de Osasco só não abriu vantagem na decisão graças a um belo gol marcado pelo meia Ronaldo Mendes. Sidão explicou que o efeito da bola acabou o enganando. "O chute veio muito forte e com efeito. Achei que ela ia vir mais alta, ai fui só com uma mão na bola. Talvez, se fosse com as duas, poderia ter feito a defesa", analisou o goleiro.

Desde a classificação do Audax para a final do Campeonato Paulista, os jogadores da equipe de Osasco (SP) passaram a ser cobiçados por grandes times do Brasil e alguns até já acertaram com outras agremiações. Neste domingo, o técnico Fernando Diniz reclamou da postura de Corinthians e Palmeiras, que têm acerto encaminhado com alguns atletas.

"Se chegaram a fazer contato direto com os jogadores, poderia ter sido evitado. Espera acabar o campeonato para não tirar o foco do jogador. Isso tira um pouco o brilho do campeonato. Teve alguns clubes do Brasil que me procuraram falando sobre jogadores e me avisaram que vão esperar o campeonato acabar para procurar os atletas", disse o treinador, que chegou a ser sondado pelo Sport.

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O Palmeiras acertou a contratação do meia Tchê Tchê, enquanto que o Corinthians tem conversas adiantadas com Camacho e Bruno Paulo. "Isso é um trabalho a mais para manter o atleta focado", lamentou Fernando Diniz.

Em relação ao jogo, o treinador aprovou a atuação da equipe e acredita que o empate ocorreu mais por méritos do adversário do que falhas de sua equipe. "O erro dele (Tchê Tchê) é um erro que todo mundo pode cometer. Hoje (domingo) foi mais felicidade do Santos do que infelicidade nossa", comentou.

Fundado na Inglaterra no ano de 1884, o modesto Leicester City em 2014 ocupava a última posição do campeonato tido como mais difícil torneio do mundo, a Premier League. Recém-promovido à elite do futebol inglês, a equipe acabou por se safar do rebaixamento em 2015, terminando em 14º lugar na tabela do campeonato. Em 131 anos de história, a maior glória do clube foi sagrar-se campeão da Copa da Liga Inglesa por três vezes - em 1963, 1997 e 2000. Agora, 16 anos após a conquista do último título, o Leicester vai atrás do grande feito de sua história. Da lanterna foi ao topo da liga, transformando-se na maior surpresa do futebol europeu nesta temporada. 

Talvez em um campeonato menos expressivo, de menor renda e menos equipes, mas uma história semelhante parece se delinear aqui pelas terras tropicais, no estado de São Paulo. Fundado em 1985 na cidade de Osasco, o Grêmio Osasco Audax, mais conhecido apenas por Audax, vem, a cada conquista, surpreendendo cartolas, clubes, imprensa e público. Sem entrar no mérito de gestão empresarial, a equipe é um dos melhores exemplos de trabalho de campo no Brasil nos últimos anos. Para isso, a diretoria precisou desafiar o que ditam o caso dos grandes clubes do país e apostar na manutenção do idealista Fernando Diniz no cargo de técnico. O mineiro treinou a equipe por três anos - 2013 a 2015 -, passou um tempo à frente do Paraná Clube e tornou ao paulista no início de 2016 para conduzir o time no Estadual. 

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Assim como fez Marcelo Bielsa em uma série de clubes pelos quais passou, dentro das quatro linhas, Diniz faz seu time jogar e correr riscos, custe o que custar. No Audax, Diniz ousou, fez e tomou gol, mas precisou do resultado para ser reconhecido. Investindo em uma troca de passes intensa, visando realizar a transição defesa-ataque com objetividade e qualidade, a equipe de Osasco garantiu sua vaga na final do Campeonato Paulista após eliminar o São Paulo nas quartas de final e o Corinthians nas semi, após uma disputa de pênaltis. 

O clube vai a pequenos passos trilhando seu caminho para atingir a maior conquista de sua história. A boa classificação no Estadual deu ao time uma vaga na última divisão nacional - Série D -, uma das metas da diretoria, bem como na Copa do Brasil de 2017 e no Campeonato Paulista do ano que vem. 

A decisão acontecerá contra o Santos, com jogos dentro e fora de casa, nos dias 1 e 8 de maio. Caso campeão, o Audax vai faturar R$ 4 milhões, verba que permitiria ao clube o sonho de contar até mesmo com reforços de um escalão superior. O segundo lugar, ainda, dará ao Audax R$ 1,5 milhão. Como encerra o diretor de futebol do clube, Nei Teixeira, "Para quem chegou até aqui, não custa nada sonhar mais um pouco”.

Confira no vídeo a festa da classificação: 

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O Audax voltou a treinar na manhã desta sexta-feira, em Osasco, visando o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, domingo, em casa, contra o Santos. Antes de ir ao gramado para trabalhar, porém, o lateral Tchê Tchê e o técnico Fernando Diniz tiveram que atender aos jornalistas e não escaparam de falar sobre a inevitável debandada de jogadores da equipe, que ganhou muita visibilidade ao eliminar São Paulo e Corinthians na reta decisão da competição estadual.

O primeiro com saída já confirmada da equipe após as finais do Paulistão é justamente Tchê Tchê, que acertou sua ida para o Palmeiras por três temporadas. O jogador de 23 anos assinará contrato após o término do torneio, mas nesta sexta se recusou a falar sobre o assunto, tendo em vista o fato de que no momento está exclusivamente focado nos confrontos decisivos diante do Santos.

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O atleta chegou para dar entrevista coletiva acompanhado pela assessoria de imprensa do Audax e, ao ser questionado sobre o acerto com o Palmeiras, se limitou a dizer: "Não tenho nada a declarar".

Já ao falar sobre como o elenco do time osasquense vem lidando com o assédio de outros clubes, o lateral também desconversou ao lembrar que agora é o momento de pensar apenas nos jogos contra o Santos. "Falamos pouco sobre isso. Estamos focados nas finais do campeonato e o que vem depois a Deus pertence", afirmou. "O assédio é consequência do trabalho que já vem sendo feito, mas isso nunca foi o foco principal. Sempre focamos na equipe como um todo, e não em se destacar individualmente", completou.

O técnico Fernando Diniz, por sua vez, minimizou o peso do assédio aos jogadores do Audax ao destacar que a saída de atletas para equipes de maior expressão é um caminho inevitável, tendo em vista sucesso que o time vem tendo no Paulistão e o próprio interesse do clube em lucrar com possíveis transações.

"Pra gente a saída de jogadores é um motivo de alegria e fortalecimento. Isso não tira o foco do time. Pelo contrário, nosso time foi feito para isso, para que os jogadores crescem profissionalmente e evoluam em suas carreiras como atletas", afirmou o comandante, também em entrevista coletiva nesta manhã.

O treino que o Audax realizou no final da manhã desta sexta-feira foi fechado para a imprensa, mas a tendência é a de que Diniz mantenha o mesmo time titular que iniciou o confronto diante do Corinthians, no último sábado, no Itaquerão, pelas quartas de final do Paulistão. O goleiro Sidão, que assumiu o posto de titular após a lesão sofrida por Felipe Alves, seguirá na equipe depois de ter sido decisivo na disputa por pênaltis que levou o time de Osasco às finais.

A surpreendente campanha do Audax no Campeonato Paulista dará uma guinada na carreira de vários titulares do time do técnico Fernando Diniz. Grandes clubes demonstram interesse em jogadores como Tchê Tchê (já fechou com o Palmeiras), Bruno Paulo e Camacho. Além disso, outros atletas, como Juninho e Mike, poderão retornar de empréstimo aos seus clubes com outro status e perspectiva.

O ex-jogador Vampeta, presidente do Audax, confirmou que seus jogadores devem trocar de time após os dois jogos contra o Santos na decisão do Estadual, nos dois próximos domingos. "A boa campanha fez com quem muitos jogadores já tenham sido procurados por outras equipes", afirmou.

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A diretoria do Audax tenta "blindar" os atletas do assédio, mas é uma tarefa muito difícil. Principalmente porque a maioria dos titulares tem contrato curto, que terminam logo após o fim do Paulistão.

Alguns jogadores, como o goleiro Sidão e o atacante Mike, tinham contratos até este sábado e os acordos tiveram de ser prorrogado por um mês apenas para que pudessem atuar nos dois jogos da final. Ou seja: o desmanche do Audax já ocorreria mesmo se a campanha não tivesse sido acima do esperado. Isso acontece porque o calendário é ingrato para os clubes pequenos. O Audax, por exemplo, só estreia na Série D do Campeonato Brasileiro em junho. Ate lá o time será remontado.

Mas quem atuou na campanha do Paulistão só tem o que comemorar. "Tudo no Campeonato Paulista foi acontecendo aos poucos e sempre foram coisas boas para mim e para o time. Se a gente não chegasse longe, nosso time não seria lembrado", disse o meia Camacho, na mira do Corinthians.

Camacho não é único atleta que interessa ao clube do Parque São Jorge. Bruno Paulo também entrou na mira do time alvinegro, cujos dirigentes têm boa relação com o presidente Vampeta, ex-jogador e ídolo da equipe.

O caso de Bruno Paulo só reforça o quanto a campanha do Audax pode influenciar no seu futuro. Revelado pelo Flamengo, o atacante de 26 anos já tinha assinado um pré-contrato com o Joinville, que disputa a Série B do Brasileiro. Porém, o jogador pode assinar com outro clube caso receba uma proposta mais vantajosa.

Para o meia Juninho, a campanha do Audax poderá fazer com que ele seja aproveitado pelo Palmeiras, onde foi revelado nas categorias de base e com quem tem contrato. Ele havia sido emprestado, mas seu desempenho no Paulistão já chamou a atenção do técnico Cuca.

O "assédio" de clubes tradicionais fez com que a diretoria levasse o time para uma semana de preparação em Sorocaba (SP), em regime de concentração para o primeiro jogo da final. "É até bom para a gente se concentrar e evitar o ‘oba-oba’ da torcida e da agitação. Temos que nos preparar para a decisão", disse o meia Velicka. Na mesma cidade a equipe também se refugiou antes de enfrentar o São Paulo e o Corinthians.

Até mesmo o treinador Fernando Diniz, cujo contrato termina após o Paulistão, deve trocar de clube. No ano passado ele deixou o time ao fim do Estadual para dirigir o Paraná na Série B do Brasileiro.

ABISMO FINANCEIRO - Para os clubes grandes, é muito mais fácil contratar jogadores do Audax ou de outros times pequenos porque o poder de investimento é maior. Por exemplo: nenhum jogador do clube de Osasco (SP) recebe mais de R$ 20 mil por mês - a maioria ganha menos da metade e só chega ao teto salarial se cumprir metas de produtividade. A folha de pagamento é de R$ 350 mil.

O Corinthians gasta por mês 20 vezes mais que o Audax com o elenco. A folha salarial do time alvinegro é de R$ 7 milhões e um bom número de atletas recebe entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.

O Santos será o visitante na primeira partida da decisão do Campeonato Paulista, contra o Audax, no Estádio José Liberatti, mas terá direito à maior parte dos ingressos para a torcida. A partir desta quarta-feira, serão disponibilizados sete mil bilhetes para os santistas - a carga total é de aproximadamente 13 mil. Com isso, os donos da casa terão seis mil entradas.

Os ingressos serão vendidos pelo valor de R$ 60, com direito a meia-entrada (a R$ 30). As vendas acontecerão a partir das 11 horas de quarta-feira, na Vila Belmiro e na sub-sede do clube santista, em São Paulo.

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Para decidir em seus "alçapões", Audax e Santos abriram mão de jogar em estádios com capacidade de público maior, como o Pacaembu, por exemplo, o que aumentaria as rendas das partidas. As razões foram distintas: o Audax quer se aproximar de sua torcida; o Santos acompanhou pedido da comissão técnica e jogadores.

Estreante em finais, o Audax preferiu jogar em casa para estreitar os laços com a cidade. "Futebol envolve dinheiro, mas não é só isso. Estamos criando uma identidade com o município", argumenta o ex-volante Vampeta, presidente do clube. "Não são 100 mil ou 200 mil que vão resolver todos os problemas do clube. Podemos ganhar de outras formas", continua o jogador pentacampeão com a seleção em 2002.

No caso do Santos, a diretoria decidiu seguir a opinião dos jogadores, que preferem decidir torneios em casa. Com o empate por 2 a 2 diante do Palmeiras, o Santos chegou a 26 partidas de invencibilidade na Vila Belmiro, com 22 vitórias e 4 empates. Além disso, o clube completa sua 8ª final seguida no Estadual. "É importante jogar na Vila Belmiro, é uma vantagem atuar no nosso estádio", disse o presidente Modesto Roma Junior.

Uma reunião do Conselho Técnico da Federação Paulista de Futebol, realizada na manhã desta segunda-feira (25), confirmou que Audax e Santos farão as duas finais do Campeonato Paulista em suas respectivas casas. O primeiro jogo da decisão será no próximo domingo, 1º de maio, às 16 horas, no Estádio Municipal Prefeito José Liberatti, em Osasco. Com melhor campanha entre os finalistas, o Santos vai decidir em casa, na Vila Belmiro, no outro domingo, 8 de maio, às 16h.

A reunião que determinou os locais das finais do Paulistão contou com a presença dos presidentes dos dois clubes: Vampeta, do Audax, e Modesto Roma Junior, do Santos. A decisão está alinhada ao desejo dos dois clubes e oficializa uma tendência que já havia se desenhado na noite deste domingo. O mando da decisão pertence à federação paulista e havia uma remota possibilidade de os dois jogos serem realizados no Pacaembu. A comissão técnica e os jogadores do Santos preferiam a Vila Belmiro.

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"Nós já acertamos com o Vampeta e existe o interesse dos dois clubes em fazer a final em seus estádios", declarou o presidente do Santos, Modesto Roma Junior ainda na noite de domingo. O Santos chega à oitava final consecutiva do Campeonato Paulista e tenta seu quinto título nessa sequência de decisões. O Audax chega à sua primeira final. Na primeira fase da competição, os dois clubes se enfrentaram na última rodada, na Vila Belmiro. O Santos venceu por 2 a 1, mas o time de Osasco fez um jogo equilibrado e incomodou os donos da casa.

Jogaço! Não é exagero definir dessa maneira a semifinal do Paulista que Corinthians e Audax fizeram neste sábado à noite, no Itaquerão. No fim, o Audax passou à final pela primeira vez em sua história, com a vitória por 4 a 1 nos pênaltis após o 2 a 2 no tempo normal. Mas a partida foi eletrizante. Cheia de alternativas, com time ousados, agressivos, buscando insistentemente o gol. Teve erros, falhas, mas também teve lances de rara beleza. Foi um grande espetáculo.

O Corinthians amarga a segunda eliminação de um Paulista na semifinal em sua casa, e nos pênaltis. No ano passado, caiu diante do Palmeiras também nas penalidades. E o mesmo Palmeiras estará em campo na outra semifinal da competição, neste domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro.

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Quem gosta de duelos táticos certamente fica satisfeito com uma partida como a disputada por Corinthians e Audax. Times que têm treinadores preocupados com o padrão de jogo, com alternativas. Tite gosta de marcação forte, triangulações, jogadas pelos lados e de compactação. Valoriza a posse de bola. É eficiente, competitivo.

Fernando Diniz é falado, e não é de hoje, por defender o toque de bola em qualquer situação, por preferir o jogo bonito, com rapidez e movimentação constante, entre outros aspectos. Valoriza posse de bola. É assim que joga o Audax.

A equipe de Osasco é ousada mesmo sob risco e, como consequência, comete erros. Eles são conhecidos e neste sábado, no primeiro tempo, foram vários, muitos forçados pela forte e adiantada marcação do Corinthians.

Erros como o cometido pelo goleiro Sidão ao perder a bola para André num lance em que por pouco Alan Mineiro não faz o gol, ainda no início da partida, dão a impressão de que a defesa do Audax é frágil. Não é bem assim. Claro, não é uma superfortaleza, mas tem seus méritos. Os zagueiros sempre recebem a ajuda dos volantes, e os laterais também são auxiliados. E o time ataca tocando a bola com rapidez, com triangulações. E com muita gente.

O Audax é compacto e neste sábado o Corinthians não foi na maior parte do primeiro tempo. Enquanto conseguiu marcar alto e diminuir espaço, dominou. Quando afrouxou um pouco, foi dominado.

O gol do Audax, um belo chute de Bruno Paulo no ângulo de Cássio, foi em jogada individual. Mas coletivamente o time de Fernando Diniz superou o de Tite na primeira etapa.

Duelo tático também se equilibra, e se ganha, com mudanças de peças. Tite sabe disso e agiu no intervalo. Tirou os inoperantes Guilherme e Alan Mineiro e colocou Romero, para forçar o jogo pelo lado direito, e Rodriguinho, para dar qualidade às bolas pelo meio.

O Corinthians voltou aceso, pressionando e em sete minutos chegou ao empate, com a cabeçada de André. A equipe de Osasco não renunciou ao ataque e foi recompensada aos 25 minutos. Novo golaço! Desta vez foi Tchê Tchê, que de fora da área acertou o ângulo de Cássio. Mas o Audax descuidou de Romero. E o paraguaio possibilitou a André novo empate.

Até o final, o jogo continuou eletrizante. Mas, pelo que as duas equipes fizeram, foi até mais justo, embora também seja cruel, que a vaga na final fosse decidida nos pênaltis.

Então, Fagner acertou a trave e Rodriguinho parou em Sidão. Velicka, Tchê Tchê, Ytalo e Camacho colocaram o Audax na inédita final. O Corinthians foi eliminado, mas não saiu derrotado.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 2 (1) x 2 (4) Audax

CORINTHIANS - Cássio; Fágner, Felipe, Yago (Luciano) e Uendel; Bruno Henrique; Elias, Guilherme (Rodriguinho), Alan Mineiro (Romero) e Lucca; André. Técnico: Tite.

AUDAX - Sidão; Tchê Tchê, André Castro, Bruno Silva e Velicka;, Yuri (Felipe Rodrigues), Camacho e Juninho (Wellington); Mike, Bruno Paulo e Ytalo. Técnico: Fernando Diniz.

GOLS - Bruno Paulo, aos 25 minutos do primeiro tempo; André, aos 7, Tchê Tchê, aos 25, e André, aos 33 do segundo.

ÁRBITRO - Thiago Duarte Peixoto.

CARTÕES AMARELOS - Sidão, Yuri, Bruno Henrique e Elias.

PÚBLICO - 41.343 pagantes.

RENDA - R$ 2.574.271,00.

LOCAL - Itaquerão, em São Paulo (SP).

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