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Um recente estudo do pesquisador de câncer Matt Dun, da Universidade de Newcastle, na Austrália, revela que uma cepa específica e modificada de cannabis é capaz de destruir certos tipos de células cancerígenas sem oferecer risco a células saudáveis do corpo humano.

A cepa específica, batizada de Eve, possui uma alta quantidade de canabidiol (componente que apresenta eficácia no tratamento de sintomas de cânceres), mas foi modificada para conter menos de 1% da quantidade esperada de THC, o composto associado à sensação alucinógena causada pela maconha.

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Em parceria com a Autralian Natural Therapies Group (ANTG), a equipe de Dun realizou comparações entre cannabis com e sem THC, mas com níveis elevados de CBD. Eles descobriram que, tanto para leucemia quanto para glioma pediátrico de tronco cerebral, a variedade enriquecida com canabidiol era mais eficaz para matar células cancerígenas do que as variedades com THC.

"Existem ensaios em todo o mundo testando formulações de cannabis com THC como tratamento contra o câncer, mas se você pratica essa terapia, sua qualidade de vida é afetada", comentou o pesquisador em entrevista ao Hypeness. "Você não pode dirigir, por exemplo, e os médicos são justificadamente relutantes em prescrever a uma criança algo que possa causar alucinações ou outros efeitos colaterais".

Para a próxima fase do estudo, Dun afirma que irá investigar o que torna as células cancerígenas sensíveis ao tratamento com cannabis. "Precisamos entender o mecanismo para encontrar maneiras de adicionar outros medicamentos que ampliam o efeito, e semana após semana estamos obtendo mais pistas", finalizou o especialista.

 

A maconha não é mais proibida na Major League Baseball (MLB), a liga americana de Beisebol. O anúncio desta sexta-feira (13) que retirou a erva da lista de proibição manteve a cocaína e opioides como substância proibidas no exame antidoping.

Apesar de ficar de fora da lista de doping, atletas que tiverem a substância relacionadas a maconha flagrada no organismo precisarão passar pelo programa conjunto de tratamento, como diz o comunicado.

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"O programa prevê avaliação obrigatória, tratamento voluntário e a possibilidade de ação disciplinar pelo clube do jogador ou do Gabinete do Comissário em resposta a determinadas condutas envolvendo canabinóides naturais", diz um trecho da publicação.

A motivação da revisão de todo programa de ações contra as drogas na MLB foi devido a morte de Tyler Skaggs, dos Los Angels em julho deste ano. O jogador se engasgou no próprio vomito e morreu. No exame realizado foi constatado a presença de álcool e opioides em seu organismo.

 Conhecido pela sua defesa ao uso recreativo da maconha, o lutador do UFC Nate Diaz polemizou mais uma vez ao subir no treino aberto do Ultimate na Califórnia fumando um cigarro de maconha e realizar parte do treino desta quarta-feira (14). O lutador ainda entregou o cigarro para os torcedores e vários deles fumaram também, até um segurança estragar a 'festa'.

Nate nunca escondeu que fazia uso recreativo da erva, mas usar em treinos era improvável por conta de proibições, mas como o UFC 241 - que marca a volta do lutador ao octógono após três anos afastado - será realizado na Califórnia, Estado onde o uso recreativo é liberado, Nate aproveitou.

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Apesar da liberação na Califórnia, o UFC não permite que atletas utilizem maconha. Para poder fazer uso, Nate precisou declarar à Comissão Atlética local e a Agência Antidoping dos EUA (USADA) que possui autorização médica para uso do CBD. “Eu preciso fumar maconha, mas só vou fumar depois da luta", disse aos jornalistas após o treino.

Confira o vídeo:

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O Parlamento israelense anunciou nesta quarta-feira (26) a aprovação de uma lei que permite aos agricultores exportar cannabis para uso médico, o que vai gerar receitas significativas ao Estado.

Esta lei, aprovada na véspera, permite o cultivo de maconha para fins terapêuticos, desde que com permissão do Ministério da Saúde, da Polícia e da Autoridade de Controle dos produtores.

A exportação de maconha para fins médicos pode gerar uma receita de um bilhão de shequels (234 milhões de euros) ao ano a Israel, segundo estimativas do Parlamento.

Yoav Kisch, deputado do Likud (direita conservadora), o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que redigiu a lei, destacou o "enorme potencial econômico" para o Estado e os agricultores, e qualificou a maconha medicinal de um "produto bendito que mitiga o sofrimento dos doentes".

Oito empresas cultivam atualmente maconha para fins terapêuticos em Israel, mas muitas mais estão esperando a autorização oficial para fazê-lo, destacou o Parlamento em um comunicado.

Em 2016, o governo israelense aprovou este projeto de lei a favor da legalização das exportações.

O uso recreativo da maconha é proibido em Israel, mas em 2017 foi aprovado um projeto de lei que descriminaliza parcialmente o consumo a favor de um sistema de multas.

Por outro lado, o uso com fins terapêuticos é legalizado e até se recomenda por um período de dez anos.

Os produtores israelenses começariam a exportar em seis meses, segundo a iCAN, empresa com sede em Israel, que promove tecnologias para o cultivo da maconha medicinal.

Saul Kaye, gerente da iCAN, saudou o que chamou de uma "decisão bem-vinda".

Até agora, vinte países legalizaram o uso da maconha com fins médicos.

Quando ainda estava no ventre de sua mãe, a pequena Luiza - hoje com cinco anos - foi diagnosticada com uma síndrome rara, conhecida como Dandy-Walker, que acomete o cerebelo. Ela sofre de crises constantes de epilepsia que são controladas apenas com uso do canabidiol (CBD), medicação importada produzida a partir da folha da maconha.

A mãe afirma que Luiza fez uso de várias medicações, mas nenhuma surtia efeito. Quando a filha começou a fazer o uso do canabidiol nacional, as crises diminuíram, porém elas ainda aconteciam, foi então que decidiram usar o canabidiol importado, há dois meses. Entretanto o medicamento custa em média 370 dólares cada, cerca de 1,6 mil por mês.

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A família afirma que obtém a liberação da Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o remédio, mas atualmente a única renda da família para arcar com todo o tratamento é a do pai, John Lennon Sampaio. A família está com um processo em andamento na Justiça Federal de Novo Hamburgo, para obtenção do medicamento de forma gratuita. Ainda sem sucesso, os parentes de criança criaram uma campanha chamada "CBD para Luiza".

Por Jessika Tenorio

Filho do belga Faustin Havelange, um comerciante de armas radicado no Rio, Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, o João Havelange, nasceu em 8 de maio de 1916, na capital fluminense, e desde muito jovem teve a sua vida ligada ao esporte.

Atleta desde cedo, chegou a ser campeão carioca juvenil de futebol em 1931 com a camisa do Fluminense, seu clube do coração, aos 15 anos de idade. Porém, foi por meio da natação que começou a aparecer pela primeira vez como figura de destaque no mundo esportivo. Em tempos de amadorismo do esporte no Brasil, ele dividiu a vida de atleta por um período com a de estudante de Direito, pela qual se graduou pela Universidade Federal Fluminense na década de 30.

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Como nadador, defendeu o Brasil na Olimpíada de Berlim, em 1936, e depois disputou os Jogos de Helsinque, em 1952, como jogador de polo aquático. Quatro anos depois, liderou a delegação brasileira na Olimpíada de Melbourne. Em 1955, por sua vez, foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México.

E, antes de encerrar a carreira de atleta, Havelange já começou a traçar a sua trajetória como dirigente. Em 1948, na primeira experiência como cartola, ocupou um cargo na Federação Paulista de Natação, quatro anos antes de se tornar presidente da Federação Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos, a extinta CBD.

E não demorou para que Havelange se tornasse presidente da CBD em 1956, cargo que ocupou até 1974. A entidade, que cumpria o papel que hoje é da CBF, congregava 24 esportes, entre eles o futebol. No período da sua gestão, o Brasil ganhou as suas três primeiras Copas do Mundo, em 1958, 1962 e 1970.

O sucesso à frente da CBD foi um trampolim para sua chegada à Fifa. E ele presidiu a entidade máxima do futebol mundial entre 1974 e 1998, antes de ser sucedido por Joseph Blatter, seu ex-secretário - o posto é hoje ocupado pelo suíço Gianni Infantino.

Na Fifa, Havelange conseguiu fazer com que um caixa, antes deficitário, passasse a ostentar um patrimônio estimado de US$ 4 bilhões, fato que também levantou suspeitas de corrupção. Ele se tornou o primeiro homem - e único até hoje - de fora do continente europeu a ocupar o cargo mais alto da Fifa.

Considerado um dos maiores dirigentes de todos os tempos, Havelange foi eleito como membro do Comitê Olímpico Internacional em 1963 e seguiu no COI até o final de 2011, quando renunciou ao posto depois de ser acusado de corrupção em um caso envolvendo a agência ISL, que trabalhava com o marketing da Fifa.

Ele pediu demissão do cargo após o Comitê de Ética do COI exigir punições pesadas. Havelange corria o risco de ser condenado e expulso da entidade por corrupção, mas preferiu sair antes, alegando razões de saúde.

Altamente influente como dirigente, Havelange era ex-sogro de Ricardo Teixeira, que em março de 2012 renunciou ao cargo de presidente da CBF. Teixeira teve o nome envolvido no mesmo caso de corrupção da ISL, que ajudou a manchar a reputação do seu padrinho na entidade que dirige o futebol brasileiro.

Em julho de 2011, o dossiê do caso ISL, já encerrado pela Justiça suíça, veio a público e revelou que Havelange e Teixeira receberam R$ 45,5 milhões de suborno relacionado à venda dos direitos comerciais de Copas do Mundo durante os anos 1990.

Na semana seguinte à revelação do dossiê, a Fifa aprovou uma nova versão de seu código de ética, cuja maior novidade foi o fim da prescrição para casos de suborno e corrupção.

Blatter, pressionado a limpar o nome após recentes escândalos de corrupção da Fifa, passou a apoiar a saída de Havelange do cargo, alegando que o ex-presidente da entidade não poderia "continuar após esses incidentes". E Havelange renunciou, em abril de 2013, ao cargo de presidente de honra da Fifa.

Desde então, estava longe dos holofotes. Em julho chegou a passar um período internado em um hospital por causa de uma pneumonia. Agora, aos 100 anos, faleceu no Rio.

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