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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou nesta quinta-feira (30) o lançamento de cinco editais do programa Mais Inovação Brasil para financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. Os editais representam um investimento total de R$ 20,85 bilhões, sendo R$ 850 milhões em subvenção econômica. O lançamento dos editais será nesta sexta-feira, no Estande da CNI, na COP28.  Fruto de uma ação conjunta do MCTI com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Finep e BNDES, o programa Mais Inovação Brasil é uma das iniciativas mais relevantes da nova política industrial do país. 

Em entrevista coletiva em Dubai, onde participa da COP28, a ministra afirmou que a reindustrialização deve estar apoiada na inovação e alinhada aos desafios da agenda climática e ambiental, da transição energética e da transformação digital. 

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“Os recursos em subvenção econômica serão disponibilizados para as empresas realizarem seus projetos mais arriscados. Isso porque o Estado precisa compartilhar o risco tecnológico com o setor produtivo, para que as empresas possam ir além e desenvolvam tecnologias de ponta para solucionar os problemas da tão necessária transição energética”, disse a ministra.  Segundo ela, com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil reúne todas as condições para liderar a transição energética e chega com mais autoridade para o debate na COP. 

“Com esses editais, vamos apoiar tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis e para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Também estão no centro de nossas atenções a biotecnologia aplicada a biocombustíveis e os combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, além de projetos de descarbonização da mobilidade urbana e da aviação. Além disso, vamos apoiar iniciativas voltadas ao aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e industriais e de soluções sustentáveis para saneamento, moradia popular e infraestrutura”, explicou.

Editais

Os recursos totalizam R$ 20,85 bilhões, sendo:

R$ 10 bilhões em crédito pela Finep

R$ 10 bilhões em crédito pelo BNDES

R$ 850 milhões em subvenção econômica

Na área da Transição Energética e Bioeconomia, os editais contemplam duas linhas:

• Mais Inovação Energias Renováveis: tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis; tecnologias para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono; tecnologias para transmissão de energia e para segurança e resiliência do SIN; tecnologias para a captura, transporte, armazenamento, e/ou uso de CO2

• Mais Inovação Bioeconomia: Biotecnologia aplicada biocombustíveis, Biocombustíveis, combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, Bioprodutos e química verde   

Já nas áreas de Infraestrutura e Mobilidade, serão contemplados projetos em três linhas:

• Mais Inovação Mobilidade Sustentável: Tecnologias de Descarbonização do Transporte, Mobilidade Urbana Verde e Inteligente

• Mais Inovação Mobilidade Aérea – Aviação Sustentável: Tecnologias para Aviação mais sustentável, descarbonização do transporte aéreo, desenvolvimento de tecnologias de voos mais autônomos

• Mais Inovação Resíduos Urbanos e Industriais: Aproveitamento de Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos Industriais, Soluções Sustentáveis para Saneamento, Moradia Popular e Infraestrutura.

 

*Da assessoria 

O ano de 2023 não caminha apenas para ser o mais quente já registrado, como também para bater recordes em índice de concentração de gases de efeito estufa e nível do recuo do gelo na Antártida, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) no início da Conferência do Clima, a COP28 , em Dubai, nos Emirados Árabes.

A agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um relatório provisório sobre o estado do clima e chamou a atenção para "fenômenos extremos que deixaram um rastro de devastação e desespero".

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A OMM disse que considera "seguro" afirmar, mesmo sem considerar os dados dos últimos dois meses, que 2023 será o ano mais quente dos últimos 174 anos - todo o período em que há medição.

De acordo com a organização, até outubro, a temperatura média estava 1,4ºC acima do período pré-industrial (1850-1900), ou seja, já próximo de 1,5ºC, patamar estabelecido como limite no Acordo de Paris.

Esses 1,4ºC também estão bem acima dos excessos de temperatura registrados nos dois anos mais quentes até momento, 2016 (quando ultrapassou 1,29ºC) e 2020 (1,27ºC). "A diferença é tão importante que, com toda a probabilidade, os valores que serão registrados nos últimos dois meses do ano não terão impacto na classificação", concluiu a OMM, depois de comparar cinco bancos de dados meteorológicos globais.

O relatório prevê, também, que 2024 será ainda mais quente que 2023. Isso porque o El Niño, fenômeno normalmente associado ao aumento da temperaturas, começou a influenciar o clima global este ano e tende a provocar ainda mais calor no ano seguinte ao seu início.

Emissões de gases

A agência da ONU também indica, em seu relatório, que 2023 baterá recorde histórico sobre as concentrações de gases de efeito estufa. O registro deste ano, segundo a organização, deve ser superior ao de 2022, quando a quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera já era 150% superior à da era pré-industrial.

A concentração de metano (CH4), que em 2022 foi 266% superior à do período 1850-1900, e de óxido nitroso (N2O), 124% superior no ano passado, também já são evidentemente maiores este ano. As medições são feitas em estações meteorológicas estratégicas, como as de Mauna Loa (Havaí) ou Tasmânia (Austrália).

Descongelamento das geleiras

Outros registros preocupantes confirmados pela ONU foram feitos nos polos globais: a Antártida atingiu mínima histórica de área de extensão de gelo marinho, com apenas 1,79 milhões de quilômetros em fevereiro, valor mais baixo desde que começaram as medições de satélite, em 1979.

Dados igualmente perturbadores foram registrados no Ártico, onde o valor mínimo de extensão no ano (4,23 milhões de quilômetros quadrados em setembro) foi o sexto menor já registrado. E também nos Alpes Europeus, onde as medições na Suíça mostram que, em apenas dois anos, seus glaciares perderam 10% do seu volume. Com agências internacionais.

"Como veem, estou vivo", declarou a visitantes o papa Francisco em tom de brincadeira, após deixar de ir à COP28 em Dubai devido a uma "bronquite muito aguda".

"O médico não me deixou ir a Dubai", explicou o pontífice argentino de 86 anos aos participantes de um seminário de "Ética na gestão da saúde", citado em comunicado do Vaticano.

"A razão é que faz muito calor lá e se passa do calor para o ar-condicionado. E nesta situação de bronquite [não é conveniente]. Agradeço a Deus que não foi um pneumonia", afirmou.

"É uma bronquite muito aguda, infecciosa. Não tenho mais febre, mas continuam os antibióticos", detalhou.

Em sua audiência semanal de quarta-feira, o papa parecia cansado e com dificuldades para respirar e pediu a um assistente que lesse seu texto.

Seguindo os conselhos médicos, Francisco se viu obrigado a cancelar a viagem à cúpula anual do clima, a COP28, que este é celebrada em Dubai.

O pontífice, que na juventude foi submetido a uma ablação parcial de um pulmão, tinha programado um discurso no sábado, durante sua estadia nos Emirados Árabes Unidos agendada inicialmente de sexta-feira a domingo.

O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, representa a Santa Sé em Dubai.

O papa fez da defesa ao meio ambiente um dos pilares de seu pontificado e seria o primeiro chefe da Igreja Católica a participar desta cúpula da ONU desde sua criação em 1995.

Antes do início da COP28 em Dubai, o presidente da conferência climática da ONU, Sultan Al Jaber, dos Emirados, rejeitou nesta quarta-feira (29) querer usar a sua posição para promover os projetos petrolíferos do seu país no exterior, segundo os documentos revelados nesta semana.

Al Jaber, altamente criticado durante meses por ONGs e parlamentares ocidentais pelo seu duplo papel como chefe da COP28 e da companhia petrolífera nacional Adnoc, defende uma linha que descreve como realista e diz que quer ser uma ponte entre o Golfo e os países que exigem a saída rápida do petróleo.

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Mas os inúmeros documentos revelados na segunda-feira pelo grupo de investigação Center for Climate Reporting e pela BBC lançam dúvidas.

Os documentos, transmitidos por um "denunciante", são relatórios destinados a Sultan Al Jaber em que aparecem questões a serem abordadas com representantes de governos estrangeiros em reuniões que tratavam da COP.

Esses relatórios continham menções às duas empresas que dirige, a Adnoc e a empresa de energias renováveis Masdar, e foram utilizados em reuniões com cerca de 30 países.

Nos relatórios, foi mencionada a presença da Adnoc e da Masdar no país em questão e o seu potencial comercial, como no caso de um projeto de fornecimento de diesel e querosene da Adnoc no Quênia ou de um projeto petroquímico da Adnoc no Brasil.

"Essas acusações são falsas, incorretas, imprecisas", afirmou Sultan Al Jaber em Dubai, em resposta aos jornalistas durante um evento na sede da COP28, às vésperas da sua inauguração.

"Vocês acham que os Emirados Árabes Unidos ou eu precisamos da COP ou da presidência da COP para estabelecer acordos ou relações comerciais?", perguntou ele.

"Nunca, nunca vi essas formulações, nunca as usei", disse. "Às vezes me dizem que tenho que falar com os Estados e as empresas de petróleo e gás para pressioná-los, e às vezes me dizem que não posso fazê-lo", acrescentou, nas suas primeiras declarações públicas sobre o assunto.

- Tempestade na COP -

A presidência da COP28 não questionou a autenticidade dos documentos, que representam um grave golpe para a imagem de Al Jaber.

Durante duas semanas, negociadores de quase 200 países debaterão, em público e em particular, em Dubai, se devem mencionar explicitamente o petróleo e o gás nas decisões oficiais, algo que nenhuma COP conseguiu até agora.

Al Jaber foi pego "com as mãos na massa", disse a ex-chefe da ONU para o Clima, Christiana Figueres, na rede social X (antigo Twitter), comparando as revelações ao escândalo do diesel que atingiu a Volkswagen em 2015.

Vários senadores dos Estados Unidos, liderados pelo democrata Sheldon Whitehouse, que há meses denunciam a influência dos lobistas na COP, consideraram que estas revelações questionam "a integridade de toda a conferência".

O climatologista americano Michael Mann pediu a renúncia imediata de Al Jaber ou um boicote à COP28.

As ONGs, muito envolvidas na COP, não chegaram tão longe e, após meses de trabalho, aguardam decisões históricas sobre assistência financeira aos países vulneráveis.

A diretora da Climate Action Network, Tasneem Essop, que representa centenas de organizações, apenas lembrou por enquanto a "profunda responsabilidade" dos países organizadores da COP e a sua obrigação de "integridade, não contaminada por parcialidade ou vantagem nacional ou pessoal".

A vice-governadora Priscila Krause assumiu, nessa terça-feira (28), o comando do Governo de Pernambuco. A transmissão de cargo foi realizada no Palácio do Campo das Princesas. A governadora Raquel Lyra irá participar da 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes. Priscila Krause permanece como governadora em exercício até a próxima segunda-feira (4).

Integrando a comitiva do governo federal, Raquel Lyra fará palestras em diferentes painéis sobre energia eólica, ações de preservação da caatinga, e anuncia ações que colocam Pernambuco em posição de destaque no debate climático no Brasil. Até o momento a única governadora do Nordeste que irá falar no Local Climate Action Summit (LCAS), a gestora é uma das lideranças femininas dentro da Under2 Coalition, considerada a maior rede de governos subnacionais pelo clima. 

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A viagem da gestora se viabiliza através da Bloomberg Foundation, que busca a participação de líderes de todas as regiões do mundo no evento, arcando com passagem aérea e hospedagem. A Fundação tem como missão a melhoria da qualidade de vida das pessoas ao redor do mundo, atuando em diversas áreas.

A governadora irá para a COP 28 acompanhada dos secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti; de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, Ana Luíza Ferreira; e de Comunicação, Rodolfo Costa Pinto.

*Da Assessoria de Imprensa

De olho nas exigências de transição energética no planeta, o Brasil espera exercer um papel de protagonismo na COP28, cúpula climática da ONU que acontece entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai.

Em Riad, na Arábia Saudita, antes de seguir para os Emirados Árabes Unidos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), disse que o governo brasileiro vai aproveitar a ocasião para promover as "grandes potencialidades" do país em fontes renováveis.

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"Nós estamos indo para a COP para protagonizar a transição energética justa e inclusiva e queremos defender que ela seja obrigatória, como disse o papa Francisco, para que possamos proteger o planeta e gerar oportunidades de emprego e renda, combater a desigualdade e fazer a inclusão social", declarou.

Silveira apontou "potencialidades" do Brasil nos biocombustíveis para descarbonizar a matriz energética dos transportes, nas energias solar e eólica e no hidrogênio verde, aposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para "reindustrializar" o país.

O presidente também já está na Arábia Saudita e participará da COP28.

*Da Ansa

A governadora Raquel Lyra estará na 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro. Esta será a primeira vez que ocorrerá um evento co-promovido pela presidência da COP focado em governos estaduais e municipais de todo o mundo, e a chefe do Executivo pernambucano terá a oportunidade de se apresentar na ocasião. A gestora vai integrar a comitiva do governo federal na COP 28, a convite do presidente Lula.

Até o momento, Raquel é a única governadora da região Nordeste convidada para falar no Local Climate Action Summit (LCAS), além de ser uma das poucas lideranças femininas dentro da rede Under2 Coalition - maior rede de governos subnacionais pelo Clima. 

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“Essa agenda é importante porque precisamos cada vez mais entrar na rota da economia do futuro. A participação na COP será uma oportunidade única para apresentarmos a potencialidade do nosso Estado, anunciarmos ações e demonstrarmos de que maneira podemos contribuir para o desenvolvimento de boas políticas públicas de clima e crescimento sustentável”, aponta a governadora Raquel Lyra.

Ao todo, a governadora recebeu convites para palestrar em cinco eventos da COP 28, onde abordará temas como o fortalecimento das ações climáticas, investimentos para a preservação da caatinga, energia eólica, entre outros. 

Essa é a 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne os representantes dos países signatários do UNFCCC - Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. A COP serve para revisar o comprometimento dos países com a Convenção, com o Protocolo de Kyoto e com o Acordo de Paris.

*Da assessoria de imprensa

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não participará da reunião de cúpula das ONU sobre as mudanças climáticas em Dubai, depois de comparecer por dois anos seguidos ao evento com o objetivo de ressaltar a liderança americana.

Quase 70.000 pessoas, incluindo líderes de vários países e o papa Francisco, devem comparece à COP28, que começa na próxima quinta-feira (30) e pode ser a maior reunião sobre o clima da história das Nações Unidas.

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As agendas publicadas pela Casa Branca para Biden e a vice-presidente Kamala Harris não mostram viagens a Dubai esta semana.

Os compromissos de Biden incluem uma viagem ao estado do Colorado para destacar os investimentos em energia eólica, uma reunião com o presidente de Angola e a iluminação da árvore de Natal da Casa Branca.

Um funcionário do governo confirmou que Biden não planeja viajar à COP28 esta semana nem em uma etapa mais avançada da reunião, que termina em 12 de dezembro.

A fonte, que pediu anonimato, disse que a administração Biden ainda discute o envio de um representante de alto escalão à cidade dos Emirados Árabes Unidos.

John Kerry, enviado climático dos Estados Unidos, ex-secretário de Estado e senador, coordenará a delegação americana nas negociações da COP28.

O funcionário não apresentou explicações sobre a decisão de Biden, que se concentra há mais de um mês na guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas e também tenta destacar a agenda interna a menos de um ano das eleições presidenciais.

Antes das viagens de Biden, não era habitual que o presidente dos Estados Unidos participasse das reuniões do clima da ONU.

Em 2021, Biden viajou a Glasgow para prometer que os Estados Unidos retomariam um papel de liderança no tema, depois que seu antecessor Donald Trump retirou o país do Acordo do Clima de Paris.

Biden também compareceu à COP27, ano passado, em Sharm el Sheikh, Egito.

O democrata priorizou o clima na política nacional, com a chamada Lei de Redução da Inflação, que canaliza bilhões de dólares para a economia verde, incluindo incentivos para automóveis elétricos.

A mudança climática é uma ameaça multidimensional e crescente para a saúde humana, a ponto de a COP28, que começa na quinta-feira, ser a primeira a dedicar um dia inteiro a esse tema.

"Para evitar efeitos catastróficos na saúde e prevenir milhões de mortes", é necessário limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5ºC, o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris, defende a Organização Mundial de Saúde, uníssona ao lado de outros especialistas em saúde e organizações ambientais.

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Ao invés disso, o planeta se encaminha para um aquecimento de 2,5ºC a 2,9ºC até 2100, segundo a ONU.

São os mais vulneráveis e desfavorecidos, como as crianças, mulheres, idosos, migrantes e habitantes dos países menos desenvolvidos, os que estão expostos de maneira mais drástica e perigosa, segundo os especialistas.

- Ondas de calor -

O ano de 2023 perfila-se como o mais quente já registrado.

As ondas de calor mais frequentes e intensas prometem testar de maneira crescente o corpo humano.

Em 2022, os habitantes da Terra estiveram expostos, em média, a 86 dias de temperaturas potencialmente mortais.

Os mais vulneráveis pagam o preço mais alto. Por exemplo, o número de pessoas com mais de 65 anos que morreram devido ao calor aumentou 85% entre 1991-2000 e 2013-2022, segundo um relatório de referência publicado pela revista médica The Lancet nesta semana.

Somente na Europa, o calor teria causado mais de 70.000 mortes no verão passado, segundo pesquisadores que esta semana revisaram para cima a estimativa prévia de 62.000 vítimas.

Quase cinco vezes mais pessoas podem morrer no mundo devido ao calor extremo até 2050, segundo a "contagem regressiva" da The Lancet.

As secas mais frequentes também expõem milhões de pessoas à fome. Com um aquecimento de 2ºC até 2100, cerca de 520 milhões de pessoas a mais estariam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave até meados deste século.

E outros eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações ou incêndios, causam mortes e doenças.

- Poluição atmosférica -

Cerca de 99% da população mundial respira um ar cuja poluição supera os limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.

Acentuada pela mudança climática, a poluição atmosférica aumenta o risco de doenças respiratórias, acidentes cardiovasculares, diabetes ou câncer, ou, segundo alguns especialistas, tem efeitos comparáveis, e até mesmo superiores, aos do tabaco e do álcool.

A presença de gases, metais pesados, partículas e poeira, derivados principalmente das energias fósseis, no ar podem atravessar a barreira pulmonar e entrar no sangue.

O efeito mais prejudicial para a saúde está relacionado a uma exposição a longo prazo, em particular durante os picos de contaminação, quando aumentam as infecções respiratórias e as alergias.

Mais de quatro milhões de mortes prematuras, segundo a OMS, ocorrem todos os anos pela poluição.

Segundo a The Lancet, essas mortes prematuras, no entanto, diminuíram quase 16% desde 2005, graças principalmente a um menor consumo de carvão.

- Doenças infecciosas -

Ao alterar a temperatura e as chuvas, a mudança climática também agrava as doenças infecciosas e parasitárias.

Isso deve-se principalmente a novas áreas de propagação de mosquitos, aves e mamíferos envolvidos em epidemias causadas por vírus (dengue, chikungunya, zika , vírus do Nilo Ocidental...), bactérias (peste, doença de Lyma...), animais ou parasitas (malária).

A transmissão da dengue pode aumentar 36% com um aquecimento global de 2ºC até 2100, segundo o relatório da The Lancet. E com o aquecimento dos oceanos, mais áreas costeiras tornam-se propícias para a transmissão da bactéria vibrio, responsável pela cólera.

As tempestades ou enchentes também podem deixar água parada, propícias para a reprodução de mosquitos, enquanto as ondas de calor aumentam as infecções transmitidas pela água.

- Saúde mental -

Ansiedade, depressão ou estresse pós-traumático: a mudança climática também representa um risco para a saúde mental, especialmente em pessoas com transtornos psicológicos, segundo os especialistas.

Às consequências diretas de catástrofes naturais ou ondas de calor se somam efeitos indiretos, como a ecoansiedade, especialmente em adultos jovens.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou, neste sábado (15), nos Emirados Árabes Unidos, por volta das 7h15 (horário de Brasília), após viagem oficial à China. Em Abu Dhabi, o petista participa de uma reunião com o presidente do país asiático, xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan.

No encontro, os dois mandatários devem tratar de acordos comerciais, investimentos bilaterais e do meio ambiente. Segundo informações do governo brasileiro, o país localizado na península arábica, está entre os três principais parceiros comerciais do Brasil no Oriente Médio. 

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Os empreendimentos de propriedade de fundos soberanos dos Emirados Árabes no Brasil incluem investimentos diretos em setores diversos, como mineração, infraestrutura, educação, imobiliário, aquisição de ações e entretenimento. Pelo lado brasileiro, cerca de trinta empresas estão presentes no país, entre elas a Embraer, Tramontina, Marcopolo, Vale, WEG, Copacol, BRF, JBS, Odebrecht e o Banco Itaú.

Em 2022, o comércio bilateral movimentou US$ 5,7 bilhões, uma alta de 74% na comparação ao volume de 2021. Os produtos agropecuários do Brasil correspondem a quase 60% das exportações aos Emirados Árabes Unidos. 

Entre os itens mais comercializados para o país asiático, estão as carnes bovina e de frango. O Brasil é o maior exportador no mundo de frango halal, produzido com base nas tradições e preceitos da religião islã.

Outro assunto discutido será o meio ambiente. A nação comandada por Mohammed Al Nahyan sediará a 28ª Sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), no final do segundo semestre deste ano. Há investimento por parte do país em energias renováveis e no fim das emissões líquidas de gases de efeito estufa até o ano de 2050.

Esta é a terceira vez que um presidente brasileiro visita os Emirados Árabes Unidos. A primeira vez foi em 2003, no primeiro mandato do próprio líder petista. Além disso, em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também visitou o país em viagem oficial.

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