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"O mundo está em guerra", lamentou o papa Francisco nesta Sexta-feira Santa (15), algumas horas antes de presidir a Via Crucis noturna no Coliseu de Roma, na qual duas mulheres da Ucrânia e da Rússia levarão a cruz como mensagem de reconciliação aos dois países em guerra.

"Neste momento, na Europa, esta guerra nos atinge com força. Mas vamos olhar um pouco mais longe. O mundo está em guerra. Síria, Iêmen, e depois pense nos rohingya, nos expulsos, nos sem pátria. Em todo lugar há guerra", assegurou o argentino pontífice em entrevista ao canal público da televisão italiana Rai1.

"O mundo escolheu - é difícil dizer - o padrão de Caim e a guerra é implementar o Cainismo, ou seja, matar o irmão", explicou.

Entrevistado sobre a guerra, sobre as imagens recentes de corpos nas ruas da Ucrânia, sobre os crematórios móveis, os estupros, a devastação e a barbárie, o papa lamentou o que chamou de "esquema cainista".

"Eu entendo os governantes que compram armas, eu os entendo. Não os justifico, mas os entendo. Porque temos que nos defender, porque responde ao esquema de guerra cainista", acrescentou.

"Se fosse um modelo de paz, isso não seria necessário. Mas vivemos com esse esquema demoníaco, [que diz] que temos que nos matar pelo poder, pela segurança, por muitas coisas ", frisou.

Francisco presidirá novamente nesta sexta-feira no Coliseu Romano, símbolo do martírio dos cristãos, a Via Crucis noturna.

Na tarde desta terça-feira (11), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) reuniu trabalhadores na Praça do Derby, área central do Recife, para reivindicar o reajuste no piso salarial da classe e pedir melhores condições de trabalho. Com encenações da 'Via-Crúcis', os manifestantes fizeram uma sátira das reformas trabalhista e da previdência social, além de defenderem o Piso Nacional do Magistério. O protesto seguiu pela Avenida Agamenon Magalhães.

“Estamos tentando dialogar com a sociedade fazendo uma sincronização para associar as questões da religiosidade, como a via-Crúcis, com o nosso cotidiano, com toda a luta da categoria para poder exercer a sua profissão e garantir assim que o seu papel social seja cumprido. Essa é a via crucis do trabalhador em educação, que enfrenta problemas com a jornada excessiva, enfrenta problemas com a remuneração baixa, enfrenta problemas com a condição de trabalho, que não é adequada”, ressalta o presidente do Sintepe, Fernando Melo.

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Segundo Fernando Melo, o protesto “A via-crúcis dos trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco” é uma forma de reivindicar o reajuste do piso salarial dos professores, que já deveria ter sido feito pelo Governo do Estado desde o dia 1° de janeiro. “Está previsto um reajuste de 7.65% no salário da categoria, mas até agora o Governo não fez”, revelou o professor.

Greve – sobre a possibilidade de greve estadual dos professores, o presidente também falou a paralisação poderá ser formalizada na próxima assembleia entre o Sintepe e o Governo, no dia 19 de abril.

Com informações de Nathan Santos 

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizará um protesto com o tema “A via-crúcis dos trabalhadores e das trabalhadoras em Educação de Pernambuco” na tarde da próxima terça-feira (11).

Com concentração e ‘primeira estação’ na praça do Derby às 14h, os professores do sindicato realizarão encenações da via crucis e ladainhas, tendo como objetivo fazer uma sátira às reformas trabalhista e da previdência social, além da defesa do Piso Nacional do Magistério e da denúncia da situação dos trabalhadores da educação no Estado. A partir das 15h30 os professores seguirão em passeata fazendo a via-crucis pela avenida Conde da Boa Vista.

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Os católicos foram chamados nesta sexta-feira (3) à noite a rezar e trabalhar pela abolição total da pena de morte, contra a "profanação bárbara" de crianças vítimas de pedofilia e a perseguição religiosa, durante a Via Sacra no Coliseu, presidida pelo papa Francisco. "Nós te olhamos, Jesus, pregado na cruz. E questões urgentes surgem: Quando será abolida a pena de morte, ainda praticada em muitos Estados? Quando será suprimida toda forma de tortura e repressão violenta de pessoas inocentes?", foram uma das questões levantadas pelo texto da "Via Crucis".

Reunidos em torno do enorme anfiteatro Flavien, dezenas de milhares de fiéis, muitos dos quais carregando uma vela, acompanharam a cerimônia em um silêncio contemplativo. O papa Francisco, de 78 anos, presidiu a cerimônia sem carregar a cruz. Permaneceu sentado, muito recolhido, sob uma grande tenda vermelha.

O percurso da "Via Crucis" revive o calvário de Jesus desde a sua condenação até a sua crucificação, morte e sepultamento. Uma das meditações das 14 estações evocou as "crianças e adolescentes privadas de si mesmos, feridas em sua privacidade, barbaramente profanadas" pelo flagelo da pedofilia.

Também se referiu "às crianças-soldados e ao trabalho que se torna escravidão" e, mais amplamente, "ao tráfico de seres humanos". O Caminho da Cruz também fez referência à perseguição religiosa por parte dos Estados e grupos armados, incluindo jihadistas, um dia após o ataque dos islamitas shebab contra uma universidade queniana que fez 147 mortos, em sua maioria cristãos: "Senhor Jesus, apoie internamente os perseguidos. Que o direito fundamental à liberdade religiosa se espalhe".

"Homens e mulheres são presos, condenados ou até mesmo mortos apenas porque creem ou estão comprometidos com a justiça e a paz. Eles não têm vergonha da Cruz. Eles são exemplos maravilhosos", afirmava uma das meditações, citando o exemplo do "mártir" paquistanês católico, o ex-ministro para as Minorias Shahbaz Bahtti, assassinado em 2 de março de 2011.

"O importante papel das mulheres nos Evangelhos e o gênio feminino" também foram citados, bem como as divisões nas famílias: "Tantas tragédias familiares! Envolvendo mães, pais, filhos, avós." Por fim, a Via Sacra fez alusão ao próximo sínodo, a assembleia dos bispos no mês de outubro, que terá como tema a família, pedindo aos participantes para que sejam "dóceis ao Espírito Santo" e que "consigam um autêntico discernimento ".

Duas freiras iraquianas, dois franciscanos da Terra Santa, dois sírios, dois nigerianos, dois egípcios e dois chineses carregaram a cruz durante uma das 14 estações.

A pedido do Papa, a meditação, simples e comovente, foi escrita por um bispo italiano, Renato Corti, que se inspirou no espírito de Jesus para tentar expressar o que sentia.

O Papa Francisco presidiu nesta Sexta-feira Santa no Coliseu romano sua segunda Via Crucis, em que se recorda o calvário de Cristo até a sua crucificação. O pontífice chegou às 21H00 local (16H00 no horário de Brasília) ao famoso monumento romano, onde milhares de pessoas, turistas e religiosos, a maioria com tochas, estavam à espera do líder da Igreja.

Francisco, de 77 anos, participou, como no ano passado, do rito a partir do terraço do Palatino, em frente ao imponente anfiteatro romano, sem percorrer a pé as 14 estações. Segundo a lenda, foi no Coliseu onde os cristãos eram jogados aos leões durante as perseguições dos primeiros séculos depois de Cristo.

Este ano, a Via Crucis leva a marca de Francisco, que encomendou a redação das meditações que são lidas a cada estação ao bispo italiano de Campobasso (sul), Giancarlo Bregantini, conhecido por sua luta contra a máfia.

"A pesada cruz do mundo do trabalho e o peso de todas as injustiças que provocaram a crise econômica com suas consequências sociais" foram denunciadas desde o início do caminho.

A crise econômica, o desemprego, a violência contra a mulher, a solidão, a doença e a situação dos presos foram os temas abordados em cada uma das estações. Padre Giancarlo, que em sua juventude foi operário, também relatou em seus textos a situação dos refugiados, o tráfico de seres Humanos, as drogas, o álcool e o abuso da máfia, que no dia de sua ordenação como bispo, em 1994, colocou uma bomba sob seu altar.

A cada estação, a cruz era carregada por trabalhadores, empresários, imigrantes, prisioneiros, órfãos e doentes. Vários telões foram instalados para que os peregrinos e turistas que vieram a Roma para a Páscoa pudessem acompanhar o rito. A Via Crucis é transmitida ao vivo em 50 canais de televisão de muitos países.

"O papa não pensou em falar ao final da Via Crucis, não acho que vai improvisar, deseja orar em silêncio e dar a bênção", assegurou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi .

Nesta quinta-feira (14), os católicos devem percorrer ruas do centro do Recife em um cortejo de preparação para vivenciar a Semana Santa. Uma missa será celebrada na Igreja Madre de Deus, no bairro do Recife, a partir das 17h. Logo depois, os fiéis seguem em direção à Basílica Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio. 

Durante a procissão, os participantes recordarão o momento em que Jesus se retira para o Horto das Oliveiras para rezar e é preso. O andor com a imagem do Cristo seguirá coberta por um tecido roxo.

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Já na sexta-feira (15), o percurso é o inverso. O rito recebe o nome de Procissão dos Passos. Na Basílica do Carmo, com horário previsto para às 15h com a Celebração Eucarística. Só após, os participantes seguirão até a Igreja Madre de Deus. Na ocasião, os fiéis meditarão sobre os sete passos que marcaram o caminho de Jesus até o Calvário, onde foi crucificado. 

Olinda – Na próxima semana, as mesmas procissões serão realizadas na cidade de Olinda. Os cortejos percorrerão o caminho entre a Igreja Nossa Senhora do Carmo, que dá nome ao bairro, e a Igreja Catedral, Sé de Olinda. No dia 21, a Procissão do Encerro subirá o Alto da Sé a partir das 16h. No dia seguinte, a Procissão dos Passos faz o percurso contrário no mesmo horário.

 

O papa Bento XVI pediu aos ameaçados pelo desemprego e por problemas financeiros que tirem coragem e força do sofrimento de Jesus Cristo na cruz, no momento em que o pontífice chefiou a procissão Via Crucis na noite desta sexta-feira, à luz de tochas, no Coliseu e nas ruas perto do Fórum Romano.

O papa, que completará 85 anos em 16 de abril, não carregou a cruz durante a procissão que durou uma hora. Ele escutou um discurso de meditações sobre os sofrimentos de Cristo, feito por um casal de idosos italianos. Então, com a leitura da reflexão final, ele segurou a cruz durante alguns minutos.

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"A experiência do sofrimento e da cruz toca toda a humanidade. Todas as famílias também", disse Bento XVI, no final da procissão, acompanhada por romanos e turistas, com o Coliseu e o Arco de Constantino ao fundo. "Nesses dias, também a situação de muitas famílias piora com a ameaça do desemprego e os efeitos negativos da crise econômica", disse o papa. Após a procissão no Coliseu, o papa deverá rezar uma missa de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no final da tarde do sábado.

As informações são da Associated Press.

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