Neste sábado (7) é comemorado no Brasil o dia do jornalista. Uma profissão que trabalha com informação a todo o tempo, busca notícias, e tem a missão de mostrar para a sociedade tudo o que acontece no mundo. Muitas pessoas consideram o jornalismo como a “voz do povo”, a partir do momento em que a sociedade utiliza os meios de comunicação para reivindicar os seus direitos e denunciar seus problemas.
No ano de 2009 no Brasil, os profissionais de jornalismo sofreram com uma decisão política. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o profissional da área não precisaria de diploma para exercer a profissão. O relator do caso na época foi o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que usou como justificativa que a exigência do diploma feria a Constituição Federal, uma vez que ia de encontro às liberdades de expressão e informação.
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A decisão gerou muita polêmica, e o que se pode ver é que grande parte da sociedade ficou de lado dos jornalistas formados e diplomados. A movimentação da categoria junto aos sindicatos pela volta da obrigatoriedade do diploma teve efeito. No final de novembro do ano passado, o plenário do Senado aprovou em primeiro turno uma emenda constitucional que exige o diploma para o exercício da profissão. “Essa questão está sendo conduzida pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que está acompanhando a tramitação no Senado e na Câmara. É uma luta que tem movimentado muita gente, mas, por enquanto, ainda não tivemos um resultado concreto”, explica o diretor-secretário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope), Geraldo Bringel.
Mercado de trabalho
Além dos grandes veículos de comunicação (rádio, televisão, jornal impresso e jornalismo online), o jornalista pode atuar na área de assessoria de comunicação. Os assessores trabalham com comunicação empresarial, assessoria de imprensa, e de uma forma geral, com comunicação integrada, que atenda a essas áreas citadas anteriormente, e muito mais atividades.
De acordo com Bringel, Pernambuco possui em média seis mil jornalistas profissionais, e grande parte deles está trabalhando em assessorias. Bringel também comenta sobre o piso. “Alguns estados brasileiros já têm o piso salarial definido. Em Pernambuco, a gente tem um valor que serve como parâmetro para os jornalistas e as empresas que os contratam, que é de R$ 1.650. No dia 11 de abril, será realizada uma discussão em Brasília para estabelecer o Piso Nacional do Jornalista, que gira em torno de 5 a 6 salários mínimos”, conta o jornalista.
A essência da profissão
Formado em jornalismo desde o ano 2009, o editor de esportes do Portal LeiaJá, Luiz Mendes, tem uma vasta experiência em veículos de comunicação e assessorias. Para Mendes, o jornalismo deve ser feito em prol da sociedade. “O jornalismo para mim é um prestador de serviços para a sociedade. Você passa informações com o máximo de verdade. A notícia tem que ser levada ao público de uma forma mais fiel possível. Você nunca pode está conformado com a sociedade, e sim fazer o jornalismo para mudar, tornando o mundo melhor e uma sociedade mais justa, pois, esse é um dos princípios do jornalismo”.