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Rodoviários do Grande Recife travam o centro do Recife na manhã desta quarta-feira (30) em protesto contra os problemas diários que enfrentam e em luta pelo dissídio coletivo que está, segundo o rodoviário Josival Costa, parado no Tribunal Superior do Trabalho de Brasília (TST) desde o ano passado. Essa ação  havia sido conquistada pela categoria no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em 2017; foram 6% de aumento do salário e 8% no aumento do Ticket. No entanto “o patronato recorreu ao TST e por conta disso está parado há um ano”, explica Josival.

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A categoria, que faz toda essa mobilização hoje (30) de forma espontânea, sem o envolvimento do Sindicato dos Rodoviários, diz-se também a favor da greve dos caminhoneiros - que já se arrasta por 10 dias seguidos de reivindicações em todo o país. “Nós também (a categoria) sofremos com todos esses desmandos que estão acontecendo no país”, aponta o representante. Os rodoviários alertam que hoje é um dia nacional de luta e que vários sindicatos prometem greve em diversos locais do território nacional.

Toda essa mobilização parece contar com o apoio de alguns passageiros. “É isso mesmo, estão correto pela atitude. A gente já não aguenta mais ter que pagar passagem cara e não contar com um transporte de qualidade”, Ponderou um senhor que não quis ser identificado. Segundo os protestantes, a manifestação de hoje não tem hora para acabar e enquanto isso apenas carros e motos poderão passar “tranquilamente pelo centro do Recife. “Nós não temos hora para liberar o trânsito. Enquanto sentirmos que ainda devemos continuar aqui, vamos continuar”, exclama Josival.

Mais Protesto no Recife

 

A oposição dos Rodoviários, O Guará, convocou toda categoria rodoviária para participar nesta quarta-feira (30) da reivindicação pela redução do preço do gás de cozinha e do combustível. O protesto acontecerá na Praça do  Derby, às 15h.

Durante assembleia realizada na noite desta quarta-feira (13), os metroviários decidiram suspender a greve programada para a quinta (14) e sexta-feira (15). A categoria considerou que a paralisação poderia prejudicar o julgamento do dissídio, que tem audiência de conciliação marcada para o próximo dia 20. 

“A categoria entendeu que o movimento poderia se confundir com o julgamento do dissídio e é melhor não misturar as coisas, pode atrapalhar o julgamento. A convocação da audiência foi feita no dia 8, após decretarmos a greve no dia 5”, respondeu Levi Arruda, diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE).

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A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) já emitiu nota informando que, como a paralisação foi cancelada, não haverá mais o esquema de funcionamento apenas no horário de pico, o sistema funcionará normalmente das 5h às 23h. O Grande Recife também havia informado que linhas especiais seriam criadas para auxiliar as pessoas que usam metrô, o que não deve mais ocorrer. 

Os metroviários de Pernambuco suspenderam a assembleia da segunda-feira (23) e a ameaça de greve após a Companhia Brasileira de Trens Urbanos ingressar com o pedido de instauração de Dissídio Coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quinta-feira (19). A categoria pede um reajuste salarial em torno de 10%.

Na última reunião, realizada na segunda-feira (16), em Brasília, a CBTU havia se comprometido a levar a questão salarial para a Justiça. Caso o fato não ocorresse até esta sexta-feira (20), os metroviários pretendiam fazer uma nova assembleia para discutir uma paralisação.

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Inicialmente, a categoria também reivindicava alguns pontos dos seus benefícios. Após negociação, o Vale Cultura foi convertido em dois tíquetes-refeição, chegando a 30 tíquetes por mês. A quantidade de toalhas fornecidas pela empresa também aumentou para quatro unidades ao ano, ao invés de duas. 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu manter o reajuste linear de 9,3% no salário e no tíquete alimentação para os rodoviários de Pernambuco em julgamento realizado na segunda-feira (14) em Brasília. A decisão, que deixou insatisfeitos tanto sindicato quanto a oposição, reacende as tensões existentes entre os dois representantes da categoria.

Para o representante do sindicato Genildo Pereira, o resultado foi considerado péssimo. “Tínhamos reajuste de 9,5% de salário e 27% de auxílio alimentação na mesa de negociação. Mas pessoas que não têm comprometimento com a categoria tumultuaram a assembleia e induziram os rodoviários ao erro”, relata.

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Genildo se refere à oposição do sindicato. Segundo ele, a categoria havia conseguido um bom resultando em negociação com a classe patronal. Além dos reajustes já citados, eles conseguiriam o pagamento do tíquete alimentação durante as férias, plano de saúde e participação nos lucros das empresas. Em assembleia, realizada em julho deste ano, os trabalhadores rejeitaram a proposta, decisão, que segundo Genildo, foi tomada por manipulação da oposição, que estaria apenas interessada em enfraquecer o sindicato. “O nosso departamento jurídico informava das grandes possibilidades da campanha obter um reajuste linear se fosse julgado em dissídio. Foi o que aconteceu”, lamenta.

Já a oposição, liderada por Aldo Lima, aponta que quem tentou ludibriar a classe foi o sindicato. “Eles falaram que os 9,5% era uma conquista histórica, mas ano passado foi de 10%. Sobre o tíquete, que eles dizem que é um avanço, com 27% ia haver um aumento de R$ 32, que significa R$ 1,23 a mais por dia. Isso é esmola”, provoca Aldo. 

De acordo com Aldo Lima, as demais conquistas apresentadas pelos representantes da categoria não são verdadeiras. “Todo trabalhador já tem direito a tíquete nas férias. É obrigação do sindicato entrar com uma ação judicial cobrando o cumprimento disso. Não é para ser usado como barganha. Quanto ao plano de saúde  e participação no lucro, Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE (sindicato das empresas de ônibus), disse que isso se daria de acordo com cada empresa. Ou seja, não havia nada assegurado”, aponta.

O Sindicato dos Rodoviários alega que vai acatar a decisão e não pretende fazer mobilizações. A oposição do sindicato pretende fazer visita a garagens e integrações para consultar a opinião dos rodoviários. 

Terminou sem acordo a audiência de conciliação realizada na tarde desta quarta-feira (15) entre rodoviários e a classe patronal. A sessão ocorreu na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Cais do Apolo, área central do Recife.

Com esse resultado, foi marcado um novo encontro. O dissídio coletivo será definido às 18h no TRT. Na ocasião, haverá também o julgamento da legalidade da paralisação da categoria, que entrou hoje no seu segundo dia.

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Os rodoviários apontam questões salariais para justificar a greve. A categoria pede 12% de aumento salarial, além de tíquete-refeição de R$ 300. Na última reunião com a Urbana-PE, realizada na quinta-feira (9), a proposta das empresas foi de R$ 220 na alimentação e reajuste de 9,5%. 

Motoristas, cobradores e fiscais ainda exigem intervenções no plano de saúde, gratificações e recebimento do vale-refeição durante as férias. Na manhã de hoje, a categoria se uniu aos policiais civis do Estado em uma passeata pelo Centro.

O número de processos no Tribunal Regional do Trabalho relacionados a dissídios teve um forte aumento em 2013. Entre janeiro e setembro, foram computadas 109 ações, acima da 61 recebidas em todo o ano passado.

O aumento considerável indica a dificuldade de negociação entre trabalhadores e empresas num cenário de economia fraca. "Houve um aumento substancial. A grande maioria vem por causa da Participação nos Lucros e Resultados", afirma Rilma Hemetério, vice-presidente judicial do TRT da 2ª Região, que engloba os municípios da grande São Paulo e da Baixada Santista. "Temos feito a mediação e procuramos apontar caminhos para que os casos sejam solucionados por meio do nosso núcleo. E os resultados têm saído." De acordo com Rilma, no núcleo, em alguns meses, as soluções chegam a 60% dos casos.

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O primeiro semestre já mostrou que o cenário de negociação seria mais difícil este ano. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que 84,5% das negociação resultaram em ganho acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O resultado é inferior ao verificado em 2012, quando 96,3% das negociações superaram o índice, mas acima do verificado em 2011.

"É um cenário mais complicado, ainda que a economia deva crescer mais do que no ano passado. Mas agora o contexto é diferente: houve um aumento da inflação, a retomada da alta dos juros e a renda cresceu numa velocidade menor", afirma José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese. "Tem-se o sentimento de que a economia patina."

A expectativa do Dieese é DE que a quantidade de ganho real no segundo semestre fique no mesmo patamar dos primeiros seis meses de 2013. Normalmente ocorre o contrário: as negociações dos último semestre são marcadas por grandes categorias com melhor organização e, portanto, mais poder de barganha. "No segundo semestre, havia uma expectativa de um resultado melhor do que no primeiro semestre por causa das categorias com maior poder de negociação e pelo fato de a inflação estar cadente. Mas, pelo visto, deve manter a tendência do período anterior", diz Oliveira.

Balanço

Um balanço da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT do Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP) indica bem essa maior dificuldade de ganho neste ano. De 33 categorias de metalúrgicos que negociaram desde janeiro em todo o País, todas tiveram ganho real, mas em apenas sete o reajuste superou o de 2012.

Os bancários e A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) também travam uma negociação difícil. Na terça-feira, 8, a greve dos trabalhadores do setor completou 20 dias. Os bancários pedem um reajuste salarial de 11,93%, e a Fenaban ofereceu 7,1%.

Negociação

Apesar da economia mais fraca, as grandes categoria que ainda não encerraram negociações devem pedir reajustes expressivos. O Sindicatos dos Químicos de São Paulo propõe um aumento de 13%. A pauta foi entregue na semana passada, e as rodadas de negociações começam no dia 16.

"Estou espantando com a disposição dos trabalhadores. Antes do início das negociações, já temos duas fábricas paradas e outras quatro querendo parar. É uma situação diferente dos anos anteriores", afirma Osvaldo Bezerra, coordenador-geral do sindicato.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes está fazendo reuniões setoriais para com os trabalhadores para "mobilizar a categoria", segundo Sales José da Silva, diretor do sindicato. No ano passado, os trabalhadores tiveram ganho de 8%. "Este ano a meta é ultrapassar esse valor", afirma. O aumento real a ser debatido ainda não foi definido pela entidade."Dificuldade de negociação todo ano tem", afirma ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de agências bancárias que fecharam nesta quarta-feira em todo o País, no segundo dia de greve dos bancários, subiu para 7.324, ou cerca de 33% do total de 21.714 unidades. Nesta terça-feira (18), no primeiro dia da paralisação, o número era de 5.132 agências - pouco menos de 25%. O balanço foi divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com dados enviados pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários até as 17h45 desta quarta-feira.

No ano passado, 6.248 agências ou centros administrativos fecharam no segundo dia de greve. "Os banqueiros pagaram pra ver e estão vendo a força da greve", disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, que espera que a paralisação ganhe novas adesões a cada dia.

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A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5 pontos porcentuais de aumento real. Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais, no dia 12 e no dia 17 deste mês.

Segundo informou Cordeiro, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não procurou os trabalhadores para nova negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros. Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.

Em São Paulo, Osasco e Região, 24.500 trabalhadores participaram da paralisação no segundo dia da greve. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a greve já está mais forte este ano do que no segundo dia de mobilização de 2011. "É um pouco maior que o segundo dia do ano passado e nós estamos preparados para fortalecer a greve até que a Fenaban nos chame para negociar", disse.

Cerca de 46 mil metalúrgicos do ABC, em São Paulo, que não conseguiram fechar acordos salariais, começam greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (18). A decisão foi aprovada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na noite de sexta-feira (14) e confirmada nesta segunda-feira (17).

Na região, 64 empresas ignoraram grupos patronais e fecharam acordos para evitar a paralisação das fábricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que estão em campanha salarial no ABC não farão greve. Além disso, não participarão 1,2 mil funcionários do setor de fundição que fechou acordo de 8% de reajuste.

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Os metalúrgicos do Estado de São Paulo pedem reajuste de 8%, que cobre a inflação de 5,39% do período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e dá aumento real de 2,5%. Não haverá greve nas fábricas em que o aumento de 8% foi fechado no ABC.

"Isto não significa que o acordo da campanha salarial 2012 já foi fechado. Ele só será fechado pela FEM-CUT. Quem não quiser que sua empresa entre em greve deve entrar em contato com a diretoria do sindicato e oferecer os 8% de reajuste", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, em nota distribuída à imprensa. Fora o grupo da fundição, os demais grupos patronais fizeram propostas inferiores aos 8% reivindicados. As ofertas foram rejeitadas no ABC na assembleia de sexta-feira.

Categorias

A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) negocia por trabalhadores da categoria em todo o Estado. Diante das propostas feitas até a última sexta-feira, os sindicatos decidiram aprovar a proposta do setor de fundição e rejeitar as ofertas dos demais grupos patronais - grupos 2 (máquinas e eletrônicos), 3 (autopeças, forjaria e parafusos), grupo 8 (que reúne setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros), 10 (lâmpadas, material bélico, entre outros) e estamparia. Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011.

Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana. Na região de Sorocaba, por exemplo, os funcionários fizeram paralisações hoje nas fábricas da Gerdau e da Lupatech, segundo a FEM. As demais fábricas locais estão trabalhando em "operação tartaruga", na qual os funcionários reduzem o ritmo de produção. Em Salto, Itu e Araraquara, os trabalhadores também realizaram atrasos e paralisações hoje. O grupo 2 tem rodada de negociações com a FEM terça-feira às 13 horas. A FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado.

Força

Os metalúrgicos da Força Sindical têm data-base de campanha salarial unificada em 1º de novembro, mas terça-feira (18) dirigentes dos sindicatos da base se reúnem para discutir a estratégia da campanha deste ano e o apoio aos metalúrgicos da CUT. "Estamos preocupados com o andamento da campanha salarial do ABC e interior. Parece que os sindicatos patronais fizeram um pacto para não dar aumento real de salário e vamos enfrentar essa situação com unidade na luta, dando apoio a esses companheiros e com ações conjuntas", disse Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical.

Os bancários se reúnem em assembleias por todo o País a partir das 19h desta quarta-feira para decidirem sobre uma greve por tempo indeterminado com início marcado para a próxima terça-feira, dia 18, conforme anunciado pelo Comando Nacional dos Bancários na última semana. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, cerca de 130 assembleias simultâneas no País devem aprovar a greve.

A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentaram proposta de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%, o que está longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real.

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No dia 17, a categoria realiza novas assembleias, dessa vez com o objetivo de organizar a greve. "Até o dia 17 estamos dispostos a negociar. Estamos aproveitando para dar prazo à Fenaban para retomar as discussões e fazer uma proposta decente", disse Cordeiro.

Após mais uma rodada fracassada de negociação com os bancos sobre o dissídio da categoria, os bancários decidiram entrar em greve no próximo dia 18. Antes disso, o Comando Nacional dos Bancários fará uma assembleia no dia 12 e outra, na noite do dia 17. A expectativa da categoria é de que a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresente nova proposta antes disso e reabra as negociações.

Nesta terça-feira, representantes dos bancários ficaram reunidos com a Fenaban das 15h até o início da noite, sem que uma nova rodada de discussão fosse marcada. "Não tivemos avanços hoje, o que significa que eles não estão querendo resolver a campanha na mesa de negociação", avalia a presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite. A Fenaban não quis dar entrevistas.

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Os banqueiros reapresentaram a mesma proposta já comunicada na última semana, de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real. "Os bancos vieram para a mesa e não apresentaram nenhuma outra proposta. A gente já havia discutido essa proposta atual e dito que era insuficiente", disse Juvandia. "Nós estamos dando prazo inclusive para que eles revejam a decisão. Temos duas assembleias antes da greve e a Fenaban pode chamar o comando para fazer nova proposta", completou.

Na semana passada, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, já havia alertado que a categoria estava mobilizada para ir à greve caso o acordo fosse insatisfatório. A expectativa do Comando Nacional dos Bancários era de que a Fenaban apresentassem hoje nova proposta que se aproximasse mais das reivindicações.

Representantes de sindicatos de bancários se reuniram nesta terça-feira no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) para discutir a proposta de 6,0% de reajuste salarial, feita pela instituição à categoria. No início do mês, os bancários entregaram à Fenaban pauta da campanha salarial com pedido de reajuste de 10,25%, sendo 5% de aumento real.

A proposta da Fenaban prevê ainda participação nos lucros ou resultados (PLR) de 90% do salário acrescido de valor fixo de R$ 1.484,00, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado. A reivindicação dos bancários à Fenaban era de PLR de três salários mais R$ 4.961,25 de parcela fixa.

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Os bancários pediam também piso salarial de R$ 2.416,38 e plano de cargos para toda a categoria. A proposta dos banqueiros é de piso para trabalhadores de escritório de R$ 1.484,00 e piso para caixa de R$ 2.014,38. A Fenaban propõe também aos trabalhadores auxílio refeição de R$ 20,97; auxílio cesta alimentação de R$ 359,42 (mesmo valor da 13ª cesta alimentação); auxílio creche de R$ 301,94; e requalificação profissional de R$ 1.032,50.

Agora, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) negociam com a comissão de negociação da Fenaban. Em todo o País, a categoria reúne 500 mil funcionários.

A rodada de negociações desta terça-feira prevê discussão também de questões de saúde e segurança no trabalho, cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho do setor e igualdade de oportunidades.

Reunidos neste fim de semana em Curitiba (PR) para discutir a pauta da campanha salarial de 2012, bancários de todo o País decidiram levar à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a reivindicação por um aumento de 10,25% nos salários, o que significa reposição da inflação mais 5% de reajuste real. A categoria soma 500 mil trabalhadores em todo território nacional. Entre 2004 e 2011, a categoria conseguiu aumento real acumulado de 13,93%. A data-base dos bancários é 1.º de setembro.

Os cerca de 700 delegados que representam funcionários de bancos públicos e privados de todo o País, reunidos de sexta-feira até este domingo na 14ª Conferência Nacional, decidiram pedir ainda piso salarial no valor de R$ 2.416,38 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,25.

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No documento que será entregue a representantes das empresas financeiras no dia 1.º de agosto, os bancários vão discutir ainda vales-refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 622), relaxamento de metas "abusivas", segurança, empregos, redução de spreads bancários, fim do fator previdenciário, inclusão bancária e combate ao assédio moral.

Em nota distribuída nesta segunda-feira à imprensa, a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, afirma que as instituições financeiras têm "plenas condições" de atender aos pedidos da categoria. "O lucro líquido do setor, somente dos seis maiores bancos em 2011, superou os R$ 52 bilhões", diz.

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