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O Ministério da Saúde informou na manhã desta quarta-feira (11) que investiga um caso suspeito de Ebola em Belo Horizonte (MG). O paciente, de 46 anos e vindo da Guiné, procurou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Pampulha na noite da terça-feira (10) com febre alta, dor muscular e dor de cabeça. Ele chegou ao Brasil no dia 6 de novembro.

Ao ser constatada a suspeita da doença, o paciente foi isolado. Ele será encaminhado na tarde desta quarta para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio, referência nacional para casos de Ebola. O transporte será feito em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

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A UPA da Pampulha foi fechada e os pacientes e funcionários que tiveram contato com o imigrante estão sendo monitorados pela Secretaria Municipal da Saúde de Belo Horizonte. A UPA fica no bairro Santa Terezinha, na região norte da cidade, e atende cerca de 300 pessoas por dia.

É o segundo caso suspeito de Ebola no País. Em outubro de 2014, um imigrante também vindo da Guiné procurou uma unidade de saúde em Cascavel, no Paraná, com sintomas da doença. Ele foi encaminhado para o Rio para exames, mas a doença foi descartada.

Segundo o Ministério da Saúde, o Ebola é transmitido por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais do paciente contaminado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado Serra Leoa livre de Ebola, um vírus que provocou a morte de milhares de pessoas e uma brutal recessão econômica.

"Hoje, 7 de novembro de 2015, a OMS declara o fim da epidemia de Ebola em Serra Leoa", anunciou Anders Nordstrom, diretor da agência da ONU para Serra Leoa, em uma cerimônia na capital do país, Freetown. O anúncio foi recebido com muitos aplausos.

A epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado na região central da África em 1976, provocou mais de 11.300 mortes entre quase 29.000 casos registrados, um balanço que na realidade pode ser ainda maior, admite a OMS.

Um país é considerado isento do Ebola quando registra dois períodos de 21 dias - a duração máxima da incubação do vírus - sem o registro de nenhum novo caso.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado que Serra Leoa está livre de transmissões do vírus ebola, mas vai manter o país em vigilância reforçada pelos próximos 90 dias, na eventualidade de novos casos da enfermidade serem reportados. Segundo a entidade, há 42 dias não foram identificados novos pacientes com suspeita do vírus. O período equivale ao dobro do tempo de incubação do ebola, o que corrobora para a tese de que o país agora está livre da doença.

Quase quatro mil pessoas morreram em Serra Leoa devido à enfermidade, na que foi considerada a pior epidemia do ebola na história. O país foi um dos mais atingidos e, junto com a Guiné e a Libéria, somou 11 mil vítimas fatais no surto. A Guiné está há 21 dias sem registrar novos casos. A OMS organizou parte da resposta à enfermidade e do contingenciamento da situação e tem sido alvo de críticas de representantes que consideram que a organização teve uma liderança fraca no processo. Fonte: Associated Press.

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O Royal Free Hospital, de Londres, informou que a enfermeira que se recuperou de Ebola no ano passado, Pauline Cafferkey, foi hospitalizada novamente e está sendo tratada de uma complicação tardia incomum. Sua condição é descrita como séria.

Um avião militar levou Cafferkey de sua casa na Escócia para Londres no início desta sexta-feira (9). O hospital disse que ela estava sendo tratada em sua unidade de isolamento.

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Autoridades médicas disseram que o risco do vírus ser transmitido é baixo, mas autoridades de saúde pública na Escócia estão monitorando pessoas com quem ela teve um contato próximo. O vírus Ebola é transmitido através do contato direto com o sangue ou com fluidos corporais.

Cafferkey foi diagnosticada com Ebola em Dezembro depois de retornar de Serra Leoa. Ela foi tratada no mesmo hospital durante várias semanas e liberada em janeiro. O vírus matou mais de 11.200 pessoas no Oeste da África no ano passado.

"Este tipo de caso não é surpresa", disse Ben Neuman, virologista da Universidade de Reading. Segundo ele, tem havido crescente evidência dos problemas de saúde mental e física em sobreviventes de Ebola que podem durar por anos depois que o vírus é eliminado da corrente sanguínea. Existem milhares de sobreviventes de Ebola na África Ocidental sofrendo de efeitos colaterais a longo prazo da doença, muitos dos quais não têm acesso ao tratamento. Fonte: Associated Press.

A enfermeira britânica Pauline Cafferkey, que contraiu e se curou do vírus do ebola há oito meses e meio, se encontra em estado grave devido a um complicação relacionada à doença, informou o hospital Royal Free de Londres. "Cafferkey está grave", acrescentou a fonte, horas depois de anunciar sua recaída.

"Podemos confirmar que Pauline Cafferkey foi transferida do hospital Queen Elizabeth de Glasgow (Escócia) para o hospital Royal Free durante a manhã por uma complicação tardia incomum vinculada a sua doença precedente", explicou à Paul Cosford, diretor médico do órgão de saúde pública Public Health England (PHE). "Ela foi transportada em um avião militar sob a supervisão de especialistas. Será tratada em isolamento", acrescentou.

Cafferkey, 39 anos, contraiu a doença em Serra Leoa, onde trabalhava para a organização de caridade Save the Children, e foi tratada com um medicamento antiviral experimental e com plasma sanguíneo de alguém que havia se curado da doença. Em 24 de janeiro de 2015 os médicos certificaram seu completo restabelecimento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quarta-feira que, pela primeira vez desde 2014, não há registro de casos de ebola em uma semana. A última epidemia que assolou o oeste da África é a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976, causando a morte de 11.312 pessoas desde dezembro de 2013.

O composto ZMapp, droga experimental contra o ebola, ganhou nesta quinta-feira o status de "fast-track" (aceleração de promoção comercial) pela Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos - o que pode acelerar sua chegada ao mercado.

Larry Zeitlin, presidente das farmacêuticas LeafBio e Mapp Biopharmaceutical, chamou a decisão da FDA de "marco importante".

O ZMapp foi usado para tratar alguns dos profissionais de saúde infectados com o vírus ebola durante a última epidemia que afetou o oeste da África, embora o remédio ainda não tivesse passado por um teste clínico de larga escala.

Nem todos os pacientes que usaram a droga sobreviveram, mas quem se curou credita o sucesso ao ZMapp.

Um teste clínico do ZMapp está sendo realizado nos países afetados pelo ebola no oeste africano.

A droga está em desenvolvimento há mais de uma década, mas ela é derivada de folhas de tabaco e a empresa disse que há poucas quantidades da droga disponíveis.

Antes de receber o status de "fast-track", o ZMapp já havia conseguido a designação de "medicamento órfão", que prevê incentivos regulatórios e financeiros para incentivar o desenvolvimento do remédio.

"Estamos esperançosos de que este passo acelere o acesso ao ZMapp uma vez que sua eficácia e segurança estejam demonstradas pela FDA", afirmou Kevin Whaley, CEO da LeafBio e Mapp Biopharmaceutical, sediada em San Diego, Califórnia.

Os aproximadamente 500 habitantes de Masesbe, uma aldeia de Serra Leoa onde o vírus Ebola reapareceu recentemente, comemoraram neste sábado (15) o fim do isolamento imposto há 21 dias a fim de evitar a propagação da doença.

Segundo um comunicado divulgado neste sábado pelas autoridades, o presidente Ernest Bai Koroma cortou na sexta-feira a faixa amarela que rodeava o povoado, colocando fim ao maior isolamento -em proporção ao número de habitantes- decretado desde o começo da epidemia. "Nenhum morador teve resultado positivo para o Ebola", afirmou neste sábado uma autoridade do ministério da Saúde.

Em discurso pronunciado na sexta-feira Masesbe e divulgado neste sábado pela rádio nacional, o presidente Koroma saudou "um dia especial". "Somente dois pacientes (ambos no distrito setentrional de Bombali) se encontram em centros de tratamento no país", comemorou com os moradores em festa. "Mas não podemos baixar a guarda até que o Ebola seja erradicado", alertou.

Nessa cidade agrícola, a cerca de 200 km da capital, foi detectado há três semanas um caso de Ebola, em um comerciante que havia chegado da capital Freetown. Ele não resistiu à doença e faleceu.

A epidemia de Ebola na África ocidental deixou desde dezembro de 2013 quase 11.300 mortos entre os cerca de 28.000 casos de contágio, principalmente na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mais de 99% das vítimas fatais foram registradas nesses três países.

A epidemia de ebola, que matou milhares de pessoas na África ocidental e provocou uma catástrofe humanitária e econômica, pode ser vencida ainda este ano se forem mantidos os esforços neste sentido, afirmou a chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante um encontro sobre a doença.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, advertiu nesta quinta-feira aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas que ainda pode haver um revés, mas os três países mais duramente atingidos pela epidemia - Guiné, Libéria e Serra Leoa - poderão começar 2016 totalmente livres de ebola.

Segundo Chan, se for mantida a atual intensidade de detecção de casos e a política de rastreamento de todas as pessoas que estiveram em contato com os doentes - que implica em um controle de 21 dias para ver se foram infectados -, o vírus poderá ser derrotado até o final do ano.

A epidemia de ebola deixou desde dezembro de 2013 cerca de 11.300 mortos entre os quase 28.000 casos registrados principalmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria, segundo a OMS.

Uma vacina contra o vírus Ebola mostrou-se 100% eficaz durante um teste clínico realizado na Guiné com mais de 4.000 pessoas, anunciaram nesta sexta-feira os principais participantes do projeto.

"Uma vacina eficaz contra o vírus ebola está ao alcance da mão em escala mundial", assegurou, em um comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que falou de um "avanço muito promissor".

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A revista britânica Lancet publicou resultados dos testes da vacina, havia anunciado mais cedo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. Se isso for confirmado, estes resultados, que são "emocionantes e promissores", vão "mudar a gestão da crise do Ebola", disse Chan, sem fornecer mais detalhes.

A epidemia do ebola na África Ocidental, a maior crise desde a identificação do vírus em 1976, teve início no sul da Guiné, em dezembro de 2013. O vírus infectou 27.748 pessoas e matou 11.279 desde o ano passado no oeste da África. Mais de 99% das vítimas se encontram na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) comemorou nesta quarta-feira que o número de infecções semanais pelo vírus Ebola tenha atingido seu nível mais baixo em mais de um ano na África ocidental, mas manifestou sua preocupação com Serra Leoa.

Não houve mais do que quatro casos confirmados na Guiné e três em Serra Leoa na semana de 20 de julho, informou a OMS em seu último relatório semanal sobre a epidemia.

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A organização alertou, contudo, que um dos casos em Serra Leoa - um paciente morto após ter ido à capital Freetown, na região de Tonkolili (centro) - representava "um risco consequente de transmissão posterior".

O paciente foi diagnosticado positivo para o vírus após sua morte no hospital, em 23 de julho. A OMS estima que ele manteve contato com pelo menos 500 pessoas, todas elas em Tonkolili, "várias delas consideradas de alto risco". Tonkolili registrou seu primeiro novo caso em julho, encerrando um período de 150 dias sem novas infecções.

A situação é melhor na Libéria, onde não houve novos casos durante a mesma semana, após um breve ressurgimento do vírus há um mês.

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, anunciou no último domingo um plano de retomada pós-Ebola para redirecionar a economia, a saúde e a educação, e erradicar o vírus no país.

Este plano foi divulgado após a cúpula de 10 de julho de Nova York durante a qual os três países mais afetados pela epidemia de Ebola (Serra Leoa, Guiné e Libéria) receberam de doadores promessas de financiamento de 3,4 bilhões de dólares para ajudar a impulsionar suas economias.

A epidemia de Ebola na África ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na África central em 1976, começou em dezembro de 2013 no sul da Guiné. A crise deixou mais de 11.200 mortos em 27.700 casos identificados, segundo a OMS.

Mais de 99% das vítimas se concentram na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, onde a doença desorganizou os sistemas de saúde, devastou as economias e afugentou os investidores internacionais.

Serra Leoa anunciou nesta segunda-feira um alerta sanitário devido à fuga por algumas horas de dois pacientes com o vírus Ebola, enquanto o país tenta conter a propagação da epidemia, em alta após quase dois meses.

Os dois pacientes são uma mulher de 38 anos e uma menina de oito anos, sem ligação entre si, que conseguiram escapar juntas no sábado do centro de tratamento onde eram tratadas em Hastings, nos subúrbios de Freetown, a capital, informou o Centro Nacional de Luta contra o Ebola (NERC).

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Ambas foram encontradas no sábado à noite em um local não especificado após advertências por rádio e foram levadas ao centro, de acordo com a mesma fonte.

Atualmente, "nossas equipes de investigação de vizinhança e agentes de monitoramento estão refazendo o percurso das duas, para identificar as pessoas com quem estiveram em contato durante o período de sua fuga", afirmou um porta-voz do NERC.

Na semana passada, Serra Leoa anunciou a extensão, por um período indefinido, do toque de recolher noturno (18h00 - 06h00), em vigor desde 12 de junho, nas regiões de Kambia e Port Loko (noroeste).

Esta medida foi originalmente promulgada por um período de 21 dias, tempo máximo de incubação do vírus, e deveria terminar no dia 7 de julho.

Desta vez, deve durar "até chegarmos a zero casos", declarou o chefe do NERC, Palo Conteh, durante uma coletiva de imprensa em Freetown, em 8 de julho.

O surto de Ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus na África Central em 1976, começou na Guiné, em dezembro de 2013.

Já deixou mais de 11.200 mortos de um total de 27.600 casos, um balanço abaixo da realidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 99% das vítimas estão concentradas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, três Estados vizinhos.

As autoridades da Libéria confirmaram nesta quarta-feira dois novos casos de ebola relacionados ao caso anunciado ontem, o primeiro no país depois de três meses.

Mais duas pessoas acusaram positivo depois de terem tido contato com o adolescente de 17 anos, cuja morte foi anunciada na véspera, segundo Cestus Tarpeh, porta-voz das autoridades sanitárias na província de Margibi, leste de Monróvia, a capital.

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"Ainda estamos esperando os resultados de outros exames de sangue", acrescentou.

O vírus Ebola reapareceu na Libéria, mais de três meses após o último caso conhecido no país, que foi declarado oficialmente livre da epidemia.

As autoridades identificaram e colocaram em quarentena todos os que estavam em contato com o paciente que morreu.

O anúncio deste revés ocorreu no momento em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acabara de parabenizar a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, por eliminar os casos no país e seus esforços para manter o estado de alerta, de acordo com uma declaração divulgada na segunda-feira pela presidência.

A Libéria foi oficialmente declarada livre do vírus em 9 de maio pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - 42 dias após a morte do último caso conhecido da doença no país. Este período representou duas vezes a duração máxima de incubação.

Mas as autoridades sanitárias alertaram sistematicamente para um risco de ressurgimento enquanto os vizinhos Serra Leoa e Guiné ainda estivessem enfrentando a epidemia.

A área onde o novo caso foi registrado está localizada a leste da capital Monróvia, muito longe das fronteiras com a Guiné e Serra Leoa.

Depois de uma queda acentuada desde o início do ano em todos os três países, a epidemia teve uma alta na Guiné e Serra Leoa, em maio.

O surto de Ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus na África Central, em 1976, iniciada em dezembro de 2013 do sul da Guiné, causou mais de 11.200 mortes em 27.500 casos - um balanço subestimado, como a própria OMS reconhece.

Mais de 99% das vítimas estão concentradas nestes três países vizinhos.

O governo da Libéria colocou em quarentena duas famílias devido a morte de um menino de 17 anos por Ebola, aumentando a tensão sobre a suspeita de que o país possa enfrentar outro surto da doença dois meses após ser considerado livre de Ebola.

"A Libéria está com uma nova infeccção de Ebola", disse o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyenswah, líder da equipe de contenção de Ebola.

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O menino morreu em sua casa e foi enterrado de maneira segura para evitar o contágio da doença, informou Nyenswah. A área na qual o menino morreu, Nedowein, fica próximo ao aeroporto internacional da Libéria, 48 quilômetros ao sul da capital, Monróvia.

Equipes estão investigando como o menino foi infectado, disse Nyenswah. A região não fica perto das fronteiras com Serra Leoa e Guiné, países vizinhos que ainda têm casos de Ebola.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Libéria livre de Ebola dia 9 de maio, após passar 42 dias sem registrar nenhum novo caso. Fonte: Associated Press.

O Ebola reapareceu na Libéria, seis semanas depois de o país ter sido declarado isento do vírus, anunciaram autoridades nesta terça-feira.

"Um novo caso de Ebola foi registrado no condado de Margibi. O paciente faleceu e foi confirmado positivo antes da morte", disse o vice-ministro da Saúde, Tolbert Nyensuah.

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As autoridades identificaram e colocaram em quarentena todas as pessoas que estiveram em contato com o paciente, segundo o vice-ministro, que não revelou informações sobre a vítima. "Estamos investigando para determinar a origem do novo caso. Pedimos aos liberianos e a todas as pessoas que vivem na Libéria que adotem medidas preventivas", afirmou.

Serra Leoa e Guiné, vizinhos da Libéria, ainda enfrentam a epidemia que provocou mais de 11.000 mortes nos três países. O condado de Margibi, onde foi registrado o novo caso de Ebola, fica ao leste de Monróvia, longe das fronteiras com os dois países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informada sobre a descoberta do vírus.

Um teste de diagnóstico rápido do vírus Ebola, autorizado desde fevereiro pela Organização Mundial de Saúde (OMS), se mostrou tão confiável quanto o método clássico de diagnóstico - segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista médica britânica The Lancet.

O teste, batizado ReEBOV e produzido pela empresa norte-americana Corgenix, foi testado em 105 pacientes suspeitos de terem sido infectados pelo vírus em dois centros médicos de Serra Leoa, assim como em 284 amostras sanguíneas recuperadas em laboratório.

Os resultados foram comparados aos obtidos pelo método tradicional, que consiste em efetuar um exame de sangue e enviar o material, de maneira segura, a um laboratório especializado onde o vírus é detectado graças a um procedimento que permite destrinchar o material genético do vírus (teste RT-PCR).

Este método pode levar alguns dias e apresenta alguns riscos à equipe encarregada pela coleta, transporte e do exame propriamente dito.

O teste ReEBOV, em contrapartida, dura apenas cerca de 15 minutos. Ele consiste em colocar uma gota de sangue do dedo do paciente num pedaço de papel e colocá-la num tubo de ensaio com anticorpos que capturam uma proteína específica do vírus.

O teste rápido permitiu detectar todos os casos positivos identificados pelo método tradicional, mas apenas 92% dos casos negativos.

Os pesquisadores, liderados pela médica Nina Pollock, do Hospital Infantil de Boston, também descobriram que o teste RT-PCR não era uma referência completamente confiável, na medida em que um pequeno número de infecções detectadas pelo exame ReEBOV e um outro método tradicional passaram batido.

O teste ReEBOV é o primeiro teste rápido a conseguir uma autorização de uso emergencial por parte da OMS e da agência norte-americana encarregada pela liberação de medicamentos, a FDA.

Mas vários outros testes rápidos estão atualmente em fase de desenvolvimento ou experimentação. É o caso, por exemplo, de um exame rápido desenvolvido pelo Instituto Pasteur de Dakar e que é objeto de provas na Guiné.

Uma equipe de pesquisadores japoneses anunciou em abril ter confirmado o nível de segurança de um exame de detecção do vírus em menos de 12 minutos, desenvolvido pelo médico Jiro Yasuda.

A estirpe do vírus Ebola que circulou na África Ocidental em 2014 e causou uma epidemia sem precedentes da febre hemorrágica, é realmente menos virulenta do que quando apareceu pela primeira vez no centro do continente, em 1976.

A pesquisa feita por virologistas americanos em macacos rhesus nos Instituto Nacional de Saúde (NIH) mostrou que a infecção na África Ocidental, que causou pelo menos 11.000 mortes, não está se tornando mais grave. "Na verdade, o novo estudo sugere que a atual cepa do vírus chamado Makona é menos capaz de causar sintomas no modelo animal usado, em comparação com a estirpe de 1976", mostrou o estudo.

A cepa anterior é conhecida como Mayinga, enquanto a que afetou recentemente Libéria, Guiné e Serra Leoa é identificada como Makona.

Em 1976, o surto de Ebola foi limitado. Causou a morte de 318 pessoas na República Democrática do Congo - antigo Zaire - e 425 em Uganda. Mas seu impacto foi baixo porque ocorreu em áreas rurais e muito pouco povoadas. No experimento do NIH, foram infectados dois grupos de animais com uma ou outra cepa do Ebola.

Em três dias, ambos grupos estavam contaminados com o vírus. Os infectados com a cepa Mayinga desenvolveram erupções no quarto dia e estavam gravemente doentes nos dias quinto e sexto.

Mas os macacos infectados com a estirpe Makona não desenvolveram erupções até o sexto dia e os sintomas não apareceram até o sétimo. Além disso, o dano hepático, que é um resultado típico da infecção de Ebola, apareceu nos macacos infectados com a cepa Makona dois dias depois daqueles com a Mayinga.

Finalmente, o sistema imunológico dos animais com estirpe mais fraca -- Makona -- produziram quase o triplo de proteínas antivirais daqueles com a mais forte.

Os virologistas que conduziram o estudo planejam investigar mais a forma como reagem os sistemas imunológicos em ambas as estirpes do Ebola, mas supõem que seja necessário um intervalo mínimo de sete dias após a infecção para o corpo responder de forma eficaz.

Aparentemente, os macacos infectados com a estirpe Mayinga não desenvolveram qualquer forma de proteção imunitária porque a doença progrediu muito rapidamente. Atualmente, na África, estão sendo conduzidos três testes clínicos de fase 3 de duas vacinas contra a cepa Makona. Até agora, eles têm mostrado resultados promissores.

O chefe da Missão da ONU contra o Ebola (UNMEER) na Guiné denunciou nesta segunda-feira (1°) a violência no oeste do país, que "coloca em perigo" a luta contra a epidemia de febre hemorrágica.

Cerca de sessenta pessoas foram presas após distúrbios na semana passada, informaram à AFP autoridades e moradores locais. Em comunicado, o líder da UNMEER na Guiné, Abdou Dieng, pediu à população que "apoie e colabore com os atores internacionais na luta contra o Ebola".

Ele ressaltou que os incidentes "dos últimos dias atrapalharam seriamente o trabalho notável dos trabalhadores humanitários e colocam em perigo o tratamento das pessoas infectadas".

"Em Kamsar, edifícios públicos foram danificados. Em Tanéné, uma ambulância da secretaria de Saúde foi queimada. Na prefeitura de Fria, parceiros na luta contra o Ebola foram atacados, resultando em intervenção da polícia", explicou.

O envio de equipes envolvidas na luta contra a epidemia de Ebola "deve ser acompanhado de boa comunicação para garantir que a população esteja preparada para suas intervenções e para evitar qualquer estigmatização dos casos declarados", ressaltou.

Além disso, o ministro da Justiça da Guiné, Cheick Sako, desmentiu informações divulgadas na semana passada de que seis pessoas teriam sido presas num posto policial enquanto transferiam em um táxi um parente morto por Ebola, que usava óculos de sol para parecer que estava vivo.

Como os cadáveres dos doentes de Ebola são particularmente contagiosos, o ritual fúnebre deve cumprir um protocolo de segurança - sem contato com o corpo, como manda a tradição local.

Dos três países mais afetados (Guiné, Libéria, Serra Leoa), é na Guiné - de onde a epidemia partiu, em dezembro de 2013 - que as reações à luta anti-Ebola são são mais violentas, particularmente no sul, cenário de tensão entre as comunidades e o governo central.

Guiné e Serra Leoa experimentaram um forte aumento dos casos de Ebola na semana passada, informou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), minando as esperanças de uma regressão da epidemia mortal.

A semana que terminou no domingo "teve o maior total semanal de casos confirmados de Ebola no período de um mês", afirmou a agência da ONU em seu último relatório.

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Trinta e cinco novos casos foram reportados durante a semana na Guiné e em Serra Leoa, contra apenas nove ao longo na semana precedente.

O vírus, segundo os últimos números, infectou um total de 26.933 pessoas e deixou 11.120 mortos, principalmente na Guiné e em Serra Leoa, mas também na Libéria vizinha, declarada livre da epidemia no último 9 de maio.

A Guiné, onde a epidemia começou no final de 2013, foi o país mais afetado na semana passada, com 27 casos registrados, contra sete na semana anterior.

Serra Leoa, que parece se orientar na mesma direção que a Libéria, também viu o número de casos novamente passar de dez para oito.

A progressão no país colocou fim a três semanas consecutivas de diminuição do número de novos casos registrados, segundo a OMS.

Pela primeira vez em cinco semanas um profissional da saúde, que trabalhava num centro de tratamento de Ebola perto de Freetown, foi testado positivo para o vírus da febre hemorrágica, informou a agência.

Desde o início da epidemia 869 profissionais da área de saúde foram atingidos pelo vírus, e 507 entre eles morreram, segundo dados oficiais da OMS.

A crise da epidemia de ebola na África Ocidental mostrou ao mundo que um plano de catástrofes globais é necessário para combater futuras epidemias, segundo a chanceler alemã Angela Merkel.

"A batalha (contra o ebola) só será vencida se não existirem novos casos e se aprendermos com as lições desta crise: nós precisamos reagir mais cedo", disse Merkel durante a Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, nesta segunda.

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A Organização Mundial da Saúde foi criticada por sua vagarosa resposta aos primeiros avisos da epidemia de ebola na África. Mais de 11 mil pessoas morreram desde que o primeiro caso se tornou público na área rural da Guiné, em março de 2014.

Um painel independente de especialistas está estudando a demora da OMC em responder aos sinais da epidemia. Em seu primeiro relatório, o painel declarou que "uma mudança profunda e substancial na OMC é necessária". Após analisar o que aconteceu de errado no caso, o painel disse que ainda não está claro o motivo da organização mundial ter demorado tanto para agir.

Em seu discurso, Merkel falou que a OMC precisa se tornar mais eficiente, sugerindo que a organização deve ser mais centralizada. A chanceler disse que a Alemanha pode doar 200 milhões de euros para ajudar países subdesenvolvidos a melhorarem a estrutura do seu sistema de saúde, o que ela disse ser essencial para o combate a futuras epidemias. Merkel também declarou que 70 milhões de euros seriam destinados exclusivamente aos países atingidos pelo ebola na África Ocidental.

"Se nós reagirmos e agirmos mais rápido, poderemos prevenir da melhor forma uma crise como a do ebola da próxima vez", disse a chanceler alemã para delegações de todos os países membros da OMC, que se reúnem anualmente em Genebra.

O vírus do ebola continua a se espalhar pela Guiné e Serra Leoa, enquanto a Libéria declarou estar livre da doença no começo deste mês. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Saúde da Itália informou nesta terça-feira (12) que uma enfermeira está com o vírus ebola. Ela viajou de Serra Leoa para a Itália na semana passada. O ministério disse que uma amostra de sangue foi enviada de Sardenha, onde a enfermeira chegou em 8 de maio, para Roma hoje para realizar os testes.

A enfermeira, que não foi identificada para proteger sua identidade, trabalhou para uma equipe de emergência não-governamental em Serra Leoa, um dos países africanos mais atingidos pelo vírus que pode ser fatal.

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O ministério disse que a enfermeira notou os primeiros sintomas no domingo à noite e foi internada na enfermaria de doenças infecciosas do hospital Sassai. Em breve, ela será transferida para o hospital de doenças infecciosas Spallanzani, em Roma, que obteve sucesso no tratamento de um médico italiano que contraiu ebola depois de trabalhar também em Serra Leoa. Fonte: Associated Press.

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