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Ana Furtado resolveu fazer uma revelação em seu perfil do Instagram na última sexta-feira (1º). Viajando por Nova York, nos Estados Unidos, a esposa de Boninho afirmou que está na fase final do seu tratamento de câncer de mama.

"Dia primeiro de setembro, eu estou aqui em um voo, estou indo para Nova York, de férias e eu queria dividir com vocês uma coisa que é extraordinária [...] Falta um mês para terminar de tomar o meu bloqueador hormonal e ser considerada totalmente curada. Vitória ali ó, pertinho, um mês".

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Na publicação, alguns amigos famosos demonstraram apoio e carinho à Ana:

"Uau! Que data especial. Estamos já celebrando", comentou Marcos Mion.

"Glória a Deus, em nome de Jesus, amém", disse Tatá Werneck.

Vale lembrar que a ex-apresentadora da TV Globo descobriu o tumor em 2018. Desde lá, ela já passou por diversas sessões de quimioterapia.

Um estudo da Universidade Sapienza de Roma abriu uma nova perspectiva de cura para tumores, através de um tratamento feito com fortes luzes.

O grupo de pesquisa também contou com profissionais de outras instituições italianas, como o Instituto de Sistemas Complexos do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, a Universidade Católica do Sagrado Coração e a Fundação Policlínica Universitária Agostino Gemelli.

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A investigação, publicada na revista Nature Communications, se baseou no uso de feixes de laser capazes de penetrar profundamente nos tumores.

Segundo um comunicado dos cientistas responsáveis, a maior parte dos tecidos biológicos absorve a radiação, o que não permite atingir com precisão os tecidos cancerosos.

No novo estudo, os especialistas descobriram que, no interior do tumor, é possível formar "tsunamis óticos", ondas luminosas de intensidade extrema que podem ser usadas para guiar os lasers dentro do tecido.

O modelo foi testado em amostras tridimensionais de tumor pancreático.

"Nossa pesquisa mostra que as ondas extremas são capazes de transportar energia espontaneamente através dos tecidos, técnica que pode ser usada em novas aplicações biomédicas", explicou Claudio Conti, da Universidade Sapienza.

"Mostramos como essas luzes podem aumentar as temperaturas até a morte das células cancerosas, e isso tem implicações importantes para as terapias fototérmicas. Poderemos buscar e tratar regiões específicas de um órgão de maneira não invasiva", concluiu Massimiliano Papi, da Universidade Católica.

Da Ansa

Médicos e especialistas afirmam que vacinas contra o câncer e demais doenças poderão começar a ser desenvolvidas a partir de 2030. Segundo Paul Burton, diretor médico da farmacêutica Moderna, o desenvolvimento de vacinas foi acelerado graças ao sucesso que muitas empresas tiveram com a vacina contra Covid-19 nos últimos anos. Estudos mostram ainda que o avanço de cerca de 15 anos de trabalho foi feito nos últimos 12 a 18 meses.

De acordo com Burton, o desenvolvimento dos imunizantes pode ser feito em cerca de cinco anos. “Teremos essa vacina e ela será altamente eficaz e salvará muitas centenas de milhares, senão milhões de vidas. Acho que seremos capazes de oferecer vacinas personalizadas contra o câncer contra vários tipos diferentes de tumores para pessoas em todo o mundo”, declarou ao portal The Guardian.

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O médico explica que a criação dessas vacinas será feita com o uso da tecnologia baseada em m-RNA, que foi largamente estudado para o desenvolvimento das vacinas contra Covid-19. “Acho que teremos terapias baseadas em m-RNA para doenças raras que antes não eram medicamentosas e acho que daqui a 10 anos estaremos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, alterar e reparar, usando a tecnologia baseada em m-RNA”, afirmou Burton.

No entanto, a preocupação mais recorrente entre os especialistas é o fato de que, para continuar o desenvolvimento nas pesquisas, será preciso grande aporte de investimento financeiro. Sem o capital suficiente, todas as pesquisas realizadas nos últimos três anos teria sido um desperdício, alertam o médicos.

Uma senhora de 63 recebeu a notícia da própria filha de que estava curada do câncer, e não se contentou com a alegria no corredor do Hospital Geral de Palmas (HGP). Ela saiu correndo e pulando, e o momento foi registrado pela filha, Fernanda Alves, que publicou nas redes sociais na última segunda-feira (3).

Maria Aparecida Alves dos Santos, moradora de Gurupi, interior do Tocantins, descobriu um tumor no ovário e, após a cirurgia de retirada, foi identificado um câncer no estágio II. No entanto, os médicos não encontraram mais o câncer depois de uma biópsia. O intervalo entre o diagnóstico do tumor e a cura do câncer foi de menos de um ano. Em dezembro de 2022, Maria Aparecida passou por cirurgia para retirar o tumor.

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Na última consulta, após biópsia, os médicos não encontraram nenhuma outra anomalia no corpo, e a cura foi confirmada, sem precisar de quimioterapia. “Eu saí do escritório, me despedi de todo mundo, subi a rampa e comecei a correr. Me veio uma alegria, uma alegria, que eu não sei te explicar. Estou feliz com o meu Deus. Primeiramente, é Deus na minha vida. E segundo, as pessoas que oraram por mim, que intercederam, que lutaram comigo. Deixo uma mensagem às mulheres que não desanimem, não, que toda vez entrarem em um consultório e forem fazer a cirurgia, que vão em frente, vão à luta. Deus continua sendo o mesmo Deus”, declarou Maria Aparecida.

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Gravar uma música dirigida a seu ex-companheiro Gerard Piqué com o produtor argentino Bizarrap foi um "alívio" para superar a separação, disse a cantora e compositora colombiana Shakira na primeira entrevista para a televisão após o divórcio.

"Minhas músicas são a melhor terapia, são mais eficazes do que uma visita a um psicanalista", disse ela à rede mexicana Televisa, com quem conversou por quase meia hora e cuja entrevista foi transmitida na noite de segunda-feira.

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A artista colombiana lançou a música "BZRP Music Session #53" em janeiro, na qual se refere expressamente ao ex-jogador de futebol e sua atual companheira, a espanhola Clara Chía. Em questão de horas, a música já havia sido ouvida mais de 30 milhões de vezes e incendiou as redes sociais.

"Entrei no estúdio de uma forma e saí de outra (...), foi uma grande libertação que foi necessária também para minha própria cura, para meu próprio processo de recuperação", explicou Shakira.

"Acho que estaria em um lugar muito diferente se não tivesse essa música, a chance de me expressar, de pensar sobre a dor", acrescentou.

Ela também revelou que foi por sugestão de seu filho Milan, de 10 anos, que decidiu gravar com o produtor argentino.

"Ele me disse 'você tem que fazer alguma coisa com o Bizarrap, ele é o deus argentino'", contou a cantora sorrindo ao se lembrar das palavras do menino.

Shakira, de 45 anos, e Piqué, de 35, anunciaram a separação em junho de 2022, após mais de uma década juntos. Além de Milan, eles têm Sasha, de 7 anos.

O percentual de cura das crianças com câncer nos países da América Latina e do Caribe é de 55% e cai para 20% naqueles de menor renda, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta terça-feira (14).

Uma a cada 360 crianças e adolescentes é diagnosticada com câncer a cada ano, "mas menos da metade dos países da região (46%) conta com uma política nacional de detecção precoce da doença", incluindo os cânceres infantis, aponta a organização em seu comunicado.

"Na América Latina e no Caribe, cerca de 29.000 crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer a cada ano", diz o médico Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas, citado na nota. "Embora a taxa regional geral de sobrevivência do câncer infantil seja de 55%, ela varia significativamente segundo o país."

Nos países de menor renda da região, as taxas podem chegar a 20%, enquanto nos mais ricos chegam a 80%, aponta o escritório para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que atribui essa diferença, "principalmente, a atrasos no diagnóstico, à falta de atendimento especializado, ao acesso e disponibilidade limitados de medicamentos anticancerígenos e à mortalidade evitável devido a infecções".

Com o objetivo de alertar os pais e profissionais de saúde para os primeiros sinais dos cânceres mais comuns em menores, a Opas lançou a campanha "Em Suas Mãos", juntamente com o St. Jude Children's Research Hospital e o Childhood Cancer International.

Alguns dos sintomas comuns, explica, são fadiga, hematomas inexplicáveis, caroços ou inchaço, perda de apetite, dor de cabeça persistente, tontura, vômito e dor nos ossos.

Os cânceres infantis mais comuns apresentam "sintomas precoces detectáveis e são altamente curáveis com terapias comprovadas", afirma Marcela Zubieta, responsável pela rede latino-americana da Childhood Cancer International, citada no comunicado.

A doença de Alzheimer, que provoca a perda progressiva da memória, afeta mais de 30 milhões de pessoas em todo mundo e ainda não tem cura - lembraram especialistas na véspera do Dia Mundial dessa enfermidade.

- O que é Alzheimer? -

Descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer, essa doença "neurodegenerativa" leva a uma deterioração progressiva das habilidades cognitivas até que o paciente perca sua autonomia. Entre os sintomas, estão esquecimentos frequentes, problemas de orientação, transtornos da função executiva (planejar, organizar, gerenciar o tempo, ter pensamentos abstratos), ou transtornos da linguagem.

- Quantos sofrem da doença? -

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 55 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de demência, sendo o mal de Alzheimer a forma mais comum: representa 60%-70% dos casos de demência, ou mais de 30 milhões de pessoas.

Prevê-se que o número de pessoas com demência triplicará até 2050, devido ao aumento de casos em países de renda baixa e média, de acordo com a OMS. Esta explosão vai aumentar a pesada carga social da doença sobre as famílias dos doentes e os sistemas de saúde.

Alzheimer e demência já estão entre as principais causas de incapacidade e de dependência entre os idosos.

- Quais são as causas? -

Embora o mal de Alzheimer seja a demência mais comum, suas causas e mecanismos precisos ainda são amplamente desconhecidos.

Dois fenômenos são consistentemente encontrados entre os pacientes de Alzheimer. De um lado, a formação de placas das chamadas proteínas amiloides, que comprimem os neurônios e acabam destruindo-os. De outro, um segundo tipo de proteína, conhecida como Tau, presente nos neurônios, acumula-se nos pacientes e também acaba causando a morte das células afetadas.

Não está claro, porém, como esses dois fenômenos estão relacionados. Também se desconhece o que causa seu aparecimento e até que ponto explicam a doença.

Cada vez mais se questiona a suposição, de longa data, de que a formação de placas amiloides é sempre um fator desencadeador da doença, e não a consequência de outros mecanismos.

- Quais são os remédios? -

Isso se deve, em grande parte, às dificuldades em encontrar os fatores desencadeadores da doença. Apesar de décadas de pesquisa, nenhum tratamento hoje permite curar, ou mesmo prevenir seu aparecimento.

O principal avanço há 20 anos é um tratamento do laboratório americano Biogen voltado para as proteínas amiloides. Obteve alguns resultados e foi aprovado para alguns casos pelas autoridades dos Estados Unidos. Seus efeitos são, no entanto, limitados, e se discute seu interesse terapêutico.

- Quais são os fatores de risco? Como prevenir? -

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina (Inserm) da França, o principal fator de risco é a idade: a possibilidade de contrair Alzheimer aumenta a partir dos 65 anos e dispara após os 80 anos.

Quando não controlados na meia-idade, fatores de risco cardiovascular - como diabetes e hipertensão - também se associam a uma maior frequência da doença, embora ainda não se saiba por quais mecanismos. O sedentarismo é outro fator de risco, assim como os microtraumatismos cranianos observados em determinados atletas, como os boxeadores.

Na direção contrária, estudar e ter uma atividade profissional estimulante, assim como uma vida social ativa, parecem retardar o aparecimento dos primeiros sintomas e sua gravidade.

Nesses casos, o cérebro se beneficia de uma "reserva cognitiva" que lhe permite compensar, pelo menos por um tempo, a função dos neurônios perdidos. Esse efeito estaria relacionado com a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade de adaptação do cérebro.

Mais de cem anos se passaram desde que o primeiro caso da doença de Alzheimer foi descrito por um médico alemão. Até hoje, porém, pacientes com a doença não têm um tratamento eficaz. O caminho para desvendar o Alzheimer e descobrir a cura parece até uma investigação criminal complicada: por muitos anos, enquanto cientistas miravam um só suspeito para a degeneração do cérebro, outros agentes biológicos atuavam.

Agora, os alvos estão mudando. Investigadores ampliaram suas hipóteses para descobrir quem é o vilão causador da perda de memória e da capacidade de fazer tarefas do dia a dia. Ou quais são. Estão na mira da ciência novos suspeitos: acredita-se que a neuroinflamação, falhas na conexão entre um neurônio e outro e até defeitos no trabalho de eliminar o "lixo" do cérebro podem estar por trás do Alzheimer.

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A doença começa de forma sorrateira e atinge mais os idosos a partir de 65 anos. Parte dos cientistas acredita que o Alzheimer começa a se desenvolver cerca de 15 anos antes dos primeiros sintomas de perda de memória. Os lapsos têm início com dificuldades de formar novas memórias. É comum esquecer onde deixou as chaves ou qual o número do prédio onde mora.

Depois, até as lembranças antigas deixam de ser acessadas e há dificuldade de fazer tarefas simples, como comer e escovar os dentes. É como se houvesse um curto-circuito no cérebro que faz com que os neurônios parem de se comunicar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 55 milhões de pessoas com demência, incluindo o Alzheimer, em todo o mundo - só no Brasil, são 1,2 milhão de casos, a maioria ainda sem diagnóstico confirmado.

'Eu me perdi', dizia primeira paciente com Alzheimer

O primeiro caso conhecido da doença foi o de Auguste Deter, uma mulher de 51 anos, atendida em um hospital psiquiátrico de Frankfurt por Alois Alzheimer, o neuropatologista alemão que acabou batizando a doença. Ao atender Auguste, o médico notou que ela não entendia perguntas simples, não se lembrava de objetos vistos anteriormente nem do nome do marido. E repetia sempre: "Eu me perdi".

Depois que Auguste morreu, Alzheimer descobriu, por meio de necropsia, que o cérebro da paciente tinha algo de anormal: havia placas, chamadas, naquela época, de placas senis. Por oitenta anos, pouco se avançou na caracterização dessas estruturas por falta de recursos técnicos, até que, na década de 1980, cientistas mostraram que elas eram formadas por uma proteína - a beta-amiloide.

As placas de beta-amiloide entre os neurônios - além de outras estruturas emaranhadas dentro das células neurais, formadas pela proteína tau - se tornaram os marcadores da doença. Ou seja, são as características biológicas principais de quem tem Alzheimer.

E, como eram as marcas mais evidentes do Alzheimer, os cientistas apostaram suas fichas nisso para encontrar tratamentos. O que parecia ser o grande vilão do Alzheimer, no entanto, se revelou o "mordomo", diz Sergio Ferreira, professor dos Institutos de Biofísica e Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Parecia o culpado claro. Mas talvez não seja."

O fato de haver placas de beta-amiloide no cérebro de pessoas com Alzheimer não significa, necessariamente, que esta é a causa - ou a única causa - da doença. Algumas pesquisas dão força a essa hipótese. Estudos já demonstraram que mesmo pessoas com alta concentração de beta-amiloide no cérebro não têm sintomas de demência: são os chamados cérebros resilientes.

Outra pista vem dos próprios tratamentos: o primeiro medicamento aprovado como uma terapia para o Alzheimer (e não apenas para aliviar sintomas) no ano passado nos Estados Unidos ataca justamente as placas de beta-amiloide. Os resultados do aducanumab, no entanto, foram decepcionantes: embora ele destrua essas placas, pouco efeito tem na melhora da condição de pessoas com Alzheimer.

"Uma das coisas que causou um pouco de atraso, dentro de um contexto em que não se tinha muito dinheiro para pesquisa, foi que a comunidade científica tentou o que parecia mais lógico: ir atrás da teoria da cascata amiloide. Se apagou todo o resto de possibilidades", diz a neuropatologista Lea Grinberg, professora da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA).

"Existe um efeito talvez discreto dessas drogas, mas não é a panaceia", completa ela, que ressalta a importância de pesquisas que mirem outros alvos e passem a entender cada vez mais o que ocorre, em nível molecular, em cada uma das células.

Os estudos com medicamentos que focam na destruição das placas de beta-amiloide devem continuar - a Biogen, farmacêutica que desenvolveu o aducanumab, se comprometeu a apresentar novo estudo clínico com a droga. Outras farmacêuticas também preveem concluir pesquisas com seus medicamentos anti-amiloide em breve.

Parte da comunidade científica defende que ainda é preciso fazer novos testes com esses medicamentos de forma mais precoce, em pessoas sem sintomas de Alzheimer, antes de descartar os remédios. E que medicamentos que atuam contra a beta-amiloide podem ser úteis se combinados com outras estratégias. Outra parte tem se mostrado cética em relação aos resultados de pesquisas que seguem nesta linha.

Em artigo publico em julho no The Journal of Prevention of Alzheimer's Disease, dois neurocientistas destacaram que até recentemente, as proteínas amiloide e tau eram o foco da maioria dos medicamentos em desenvolvimento. "Os dados acumulados sugerem que é improvável que os anticorpos anti-amiloide sozinhos sejam suficientes para interromper ou reverter o curso da doença", escreveram Yuko Hara e Howard Fillit, da Fundação para Descoberta de Drogas contra o Alzheimer, nos Estados Unidos.

Eles dizem que a doença está ligada ao envelhecimento, mas uma série de processos parece contribuir para agravar o Alzheimer, como inflamações e problemas vasculares. "Uma combinação de drogas para tratar muitos desses problemas pode ser necessária para tratar de forma eficaz. Nos últimos anos, um número crescente de medicamentos direcionados a esses processos biológicos surgiu no pipeline de desenvolvimento de medicamentos."

Estruturas solúveis e neuroinflamação

Para Ferreira, embora ainda existam pesquisadores que defendem a teoria das placas de amiloide como causa, o peso da literatura científica tem recaído em outras estruturas menores - oriundas da beta-amiloide - que passeiam pelo cérebro e são mais difíceis de detectar: os oligômeros.

"Hoje sabemos que eles se ligam às sinapses, o ponto através do qual os neurônios se comunicam, e promovem alterações bioquímicas que fazem com que a sinapse pare de funcionar direito."

Mas, se o cérebro é complexo, a doença de Alzheimer consegue ser ainda mais: é provável que mais de um mecanismo leve às falhas e à morte dos neurônios. E aí entra outra linha de investigação: a de que essas estruturas solúveis participem de um ciclo vicioso prejudicial. Elas seriam responsáveis por ativar um sistema de células de defesa do cérebro. E essa perturbação provocaria, então, um processo de neuroinflamação que leva à degeneração dos neurônios.

Para entender, é só lembrar da covid-19: boa parte dos sintomas mais graves foi explicada não pelo vírus em si, mas pela tempestade inflamatória provocada pelo corpo em reação ao vírus. Processos inflamatórios que ocorrem em outras partes do corpo também podem estar ligadas ao desenvolvimento do Alzheimer, segundo sugerem pesquisadores.

O problema é que não basta tomar um ibuprofeno: estudos tentam descobrir drogas capazes de barrar a inflamação e preservar o cérebro da degeneração. Entre os ensaios clínicos com medicamentos apoiados pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos, há oito pesquisas que miram a neuroinflamação - todas ainda em fases iniciais.

Insulina, estresse oxidativo e as células 'lixeiras'

Outros estudos buscam remédios capazes de restaurar as funções sinápticas, ou seja, o mecanismo de comunicação entre neurônios. Também entram nessa equação pesquisas para avaliar como a resistência à insulina - ou seja, a redução da capacidade da insulina de exercer suas funções no cérebro - está ligada ao declínio cognitivo e à demência.

Há, ainda, linhas de investigação que acreditam que o Alzheimer começa com um comprometimento cognitivo leve causado por um estresse oxidativo. Medicamentos poderiam ajudar as células cerebrais a se livrarem de compostos oxidantes em excesso, mas ainda estão em fase inicial de teste.

Também pouco estudado, o papel de outras células do cérebro, que atuam como "lixeiros" para garantir o bom funcionamento do órgão, ganha força. O foco aqui é entender por que essas estruturas - chamadas de células da glia - param de remover substâncias tóxicas e deixam de fazer seu papel original de proteger os neurônios.

Ciclo vicioso e processo individual

As linhas de estudo se cruzam em muitos momentos - e é possível que vários fatores combinados estejam por trás do início e progressão da doença de Alzheimer. "Provavelmente, são frentes combinadas, é difícil ter uma coisa só. É como se fosse um ciclo vicioso, uma cascata de coisas que vão acontecendo (no cérebro) de forma errada", diz Lea.

Também é provável que os mecanismos biológicos ligados à doença variem de pessoa para pessoa, mas cheguem ao sintoma final comum: a perda de memória, afirma Marcio Balthazar, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "No futuro, pode ser possível mapear individualmente as características do seu João e da dona Maria e dar um remédio diferente a cada um deles para tratar o mesmo problema."

Estudos miram prevenção

Enquanto medicamentos capazes de mudar o rumo da doença não estão disponíveis, os cientistas também investem em entender quais hábitos podem ajudar a evitar que uma pessoa desenvolva o Alzheimer ou, pelo menos, retardar o avanço da doença: são os estudos de intervenção não farmacológica.

Pesquisas ligadas à prevenção focam, principalmente, em descrever o papel da atividade física, do sono, da escolarização e da saúde cardiovascular. Retardar o avanço da doença é particularmente importante em casos de demências que atingem mais idosos: adiar em dez anos, por exemplo, as primeiras perdas de memória pode significar, na prática, ter uma rotina normal até o fim da vida.

Tiago Leifert usou as redes sociais para compartilhar um trecho de sua entrevista com Rico Perroni, no podcast Tapa na Cara. No vídeo, o apresentador fala sobre o câncer da filha Lua, de um ano de idade. A pequena foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo raro de câncer nos olhos.

Ao ser questionado sobre o que teria aprendido com essa experiência difícil, Leifert disse ter fé e comparou o câncer com uma pedra para carregar.

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"Era uma pessoa muito mais ansiosa, e o câncer é uma masterclass em calma. Porque às vezes você não enxerga nada além de um mês, às vezes três semanas, e os médicos falam isso claro para você. Aprendi que não dava para fazer plano. E essa ansiedade que seria fatal para muita gente, você aprende a lidar com ela. E outra coisa é que por que eu?, mas por que não eu? [...] Acredito em Deus muito mais agora, tenho fé monstra na cura da minha filha, mas quando ele criou isso aqui, não criou ninguém especial e imune, e eu não sou diferente de ninguém. Todo mundo tem uma pedra para carregar - essa é a minha", disse.

Na legenda, o apresentou explicou que recuperou o vídeo da entrevista para fazer uma homenagem ao Dia do Médico Oncologista.

"Hoje é o Dia do Médico Oncologista. Eu, Dai e Lua somos muito gratos a esses profissionais, especialmente à Dra Carla Macedo e ao Dr Luiz Fernando Teixeira, nem sabemos como agradecer por tudo. Aprendemos muito com eles e com as equipes que tivemos contato nesses últimos 9 meses. Na entrevista ao Rica, contei um pouco sobre a nossa experiência. Feliz dia aos nossos Anjos", declarou.

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Leonid Shapova, um menino ucraniano de cinco anos com leucemia, ia receber esta semana um transplante de medula óssea. Porém, devido à invasão russa, fugiu com sua família para Irlanda, onde agora espera ser tratado graças à generosidade da população local.

Neste momento, deveria estar se recuperando em um hospital de Kiev, mas o pequeno se encontra na casa de sua tia-avó, no sudeste da Irlanda, onde seus pais relatam a fuga de seu país devastado pela guerra, agravada pela enfermidade de seu filho.

A mãe de Leonid, Yana de 31 anos, seu marido Serhiy de 30 e o menino saíram de Cherkasy, na região central da Ucrânia, somente com uma uma mala com seus pertences, incluídos os documentos médicos de Leonid. É "o mais importante que tínhamos", disse Yana à AFP.

Dirigiram até a Polônia, tomando caminhos de terra para evitar as zonas de combate, e seu carro foi sacudido, às vezes, pelas explosões próximas, antes de chegar finalmente Pa fronteira.

Devido ao estado de saúde do filho, foram escoltados para cruzar a fronteira com urgência, evitando uns 20 quilômetros filas. Cinco dias depois chegaram a Dublin via Zurique, onde tiveram que convencer as autoridades suíças de que o governo irlandês os havia permitido entrar sem os requisitos habituais de visto.

Sua chegada ao aeroporto de Dublin, onde sua família o recebeu com a bandeira ucraniana, foi um momento de "alívio tingido por amargura", descreveu Yana.

"Senti que aqui estaríamos a salvo e que nos ajudariam, que se faria todo o possível para cuidar" de Leonid, disse sua mãe. Porém esta psicóloga confessa, ao mesmo tempo, que sofre da "síndrome do sobrevivente", sentindo-se culpada por ter sobrevivido ao sangrento completo.

O hospital em que Leonid passou grande parte dos últimos oito meses após o diagnóstico de leucemia sofreu danos por causa da invasão russa, explica Yana.

Porém, apesar do perigo, muitas crianças permanecem ali, "Estas crianças estão passando especialmente mal agora (...) da muito medo de ver o que está acontecendo", afirma.

- "Inquietudes" -

Durante sua fuga, a família entrou em contato com o deputado irlandês Michael Collins, que foi alertado de sua situação pela tia-avó de Leonid, Victoria Walden, e seu marido David, com quem os Shapoval vivem agora.

"Estivemos em comunicação com o Ministério das Relações Exteriores", explica Collind, destacando "que havia muita preocupação"

O deputado esta ajudando a família nos esforços para tratar Leonid na Irlanda com o apoio da população local que se comoveu com a situação do garoto.

"Todo mundo quer fazer algo e é muito amável e, francamente, tipicamente irlandês", afirma.

Uma arrecadação de fundos online permitiu a família juntar mais de 65.000 euros (360 mil reais), superando bastante o objetivo inicial de 1.000 euros (5.500 reais).

No dia seguinte de sua chegada à Irlanda, Leonid foi examinado pelos doutores em um centro médico local e logo enviado ao hospital da cidade de Cork.

Agora deve ser atendido no hospital infantil de Dublin, onde a família espera que possa submete-lo a um transplante de medula óssea.

"Obrigada a todos que estão nos ajudando, estamos muito contentes", disse sua mãe, que afirma estar "surpresa de ver o quanto todos são amáveis e o quanto todos querem ajudar"

Leonid também está grato: "Obrigado às pessoas que nos ajudam", afirma.

O pequeno e sua família formam parte dos cerca de 1800 refugiados ucranianos que chegaram à Irlanda desde que começou a invasão russa em 24 de fevereiro.

A Irlanda, que possui uma população de 5 milhões de habitantes, disse estar disposta a receber 100 mil pessoas que fugiram da Ucrânia.

  A herpes labial está entre os assuntos em alta no Brasil, após o participante do BBB Eliezer apresentar algumas feridas labiais. Acontece que o participante, trocou beijos com duas mulheres no programa. Essas atitudes causaram questionamentos nas redes sociais sobre a infecção e o LeiaJá consultou uma determatologista para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto.

A dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), Dra. Rossana Vasconcelos, esclareceu que existem dois tipos de herpes, esse em questão é a herpes simples que pode ser causada pelo vírus tipo um e dois. Em geral é localizado ou no lábio ou na região genital. Acredita-se que 90% da população já teve o contato com o vírus do herpes, porém a manifestação cutânea é dependente da imunidade específica. Sendo assim, algumas pessoas são naturalmente imunes e acabam não manifestando.

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Segundo Rossana, a manifestação pode ser causada por estresse, exposição solar, tanto doenças como medicamentos que afetam a imunidade. No início você tem uma base avermelhada na pele, seguida pela formação de pequenas bolhas agrupadas nessa base. Além daquilo que vemos visualmente, existe uma sensação de pinicação da pele, normalmente aparece antes da formação das lesões. Geralmente a herpes se  manifesta no mesmo local e em situações que abaixem a imunidade, citada acima. 

Transmissão 

Segundo a professora de medicina, a transmissão acontece pelo contato no período em que a pessoa está com a lesão. Sendo assim, a pessoa que tem herpes, não transmite o tempo todo só quando essas lesões aparecem. Outro ponto de alerta, é quando se faz algum procedimento que rompe barreiras, como peeling, algum procedimento a laser ou alguma alergia na pele, essas coisas podem facilitar as manifestações cutâneas, causadas pelo vírus da herpes simples. Com essa barreira rompida,  as lesões podem se disseminar, o que ficaria localizada no canto da boca, com essa barreira rompida poderia pegar a região toda em que sofreu aquela exposição. 

Tratamento

  O tratamento pode ser feito com uso de antiviral oral, método mais eficaz, antiviral tópico, além de soluções secativas nas lesões, ou também algum tratamento regenerador depois que esses ferimentos secam. Atualmente existem algumas vitaminas que podem aumentar a resistência, em relação ao vírus, onde se faz uma manutenção prolongada naquelas pessoas que estão tendo a herpes de repetição. Existe a opção do antiviral mais prolongado com uma dose menor de prevenção, existem algumas vacinas em desenvolvimento.

"Apesar de muitas vezes a gente controlar com esses tratamentos todos, tratando principalmente na época adequada, na fase inicial. O paciente pode ficar anos sem manifestar, aquela pessoa que tem pré-disposição é difícil a gente falar 'Olha você curou e nunca mais vai ter', porque as vezes em uma situação de baixa imunidade ela pode voltar", acrescentou a dermatologista.  

Prestes a completar 7 anos no próximo dia 26, o estudante Matheus Vinicius Caetano Amaral já pode dizer que é vencedor de um tipo de câncer que acomete as crianças. Ele tinha apenas dois anos quando os pais receberam o diagnóstico da Leucemia Linfóide Aguda (LLA).

“Nenhuma mãe imagina receber o diagnóstico de leucemia. Matheus nasceu prematuro de 31 semanas, e quando estávamos superando a prematuridade, descobrimos a leucemia. No primeiro momento perdemos o chão. Mas depois, graças a Deus, à doutora Ana Luiza, que é um anjo em nossas vidas, e toda a equipe de profissionais que nos assistiram, vimos que era possível superar a doença com muito amor, fé e dedicação”, contou, emocionada, a mãe do Matheus, a nutricionista Gislaine Caetano, de Curitiba (PR).

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O tratamento do Matheus teve duração de dois anos e meio. “Devido ao diagnóstico precoce e a ele responder bem ao tratamento, não houve indicação de transplante de medula óssea (TMO), mas foi realizado um tratamento intenso e doloroso cujo protocolo seguia a combinação de quimioterápicos”, revelou Gislaine.

Cada quimioterapia era um passo para vencer a doença, detalha a mãe do Matheus. “Sempre comemoramos cada quimioterapia realizada, cada pequeno progresso, sempre mostrando ao Matheus algo de positivo em meio ao mundo oncológico, sempre em contagem regressiva para o término do tratamento, agradecendo sempre. Hoje agradecemos porque Matheus superou a doença e tudo o que passamos nos tornou mais gratos. Hoje vivemos mais intensamente e comemoramos cada pequeno detalhe do que é a vida”.

Matheus está em remissão total desde setembro de 2019, e faz exames de acompanhamento a cada dois meses, antes eram mensais. “Mas já acreditamos na cura plena!”, comemora a nutricionista.

O Matheus não precisou de transplante de medula óssea, mas muitas crianças precisam, por isso para conscientizar sobre a patologia e estimular para que mais pessoas se tornem doadoras de medula óssea, todo ano, o mês de fevereiro é dedicado à campanha Fevereiro Laranja.

A cor laranja foi escolhida para simbolizar a conscientização sobre a leucemia e a importância dos doadores de medula óssea.

A leucemia é um tipo de câncer que tem origem na medula óssea, onde são produzidas as células do sangue. As células leucêmicas, da medula, atingem o sangue e infiltram os gânglios linfáticos, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, os testículos e outros órgãos.

Na criança que desenvolve leucemia, essas células se tornam anormais, não realizam suas funções e se multiplicam rapidamente, tomando o lugar das células saudáveis na medula e no sangue.

Fatores

A oncologista pediátrica Ana Luiza de Melo Rodrigues, médica do Matheus, explica que os fatores de risco e prognósticos para a LLA são a idade da criança no diagnóstico, a contagem de leucócitos (células de defesa) no hemograma, além dos exames como imunofenotipagem e cariótipo, que revelam o comprometimento do sistema nervoso central ao diagnóstico e resposta precoce à terapia.

No caso da leucemia mieloide aguda (LMA), são fatores de risco: exposição pré-natal (ao álcool, pesticidas e infecções virais), exposição ambiental (radiação ionizante, infecções virais, pesticidas, solventes orgânicos como o benzeno, dentre outros), além de doenças hereditárias e doenças adquiridas.

Sintomas e sinais das leucemias

Nas leucemias agudas infantis, geralmente os sintomas são cansaço, palidez, aumento do abdome por hepatomegalia (fígado aumentado de tamanho) e/ou esplenomegalia (baço aumentado de tamanho), dor óssea, linfadenopatia (aumento dos linfonodos, em especial na região cervical), febre (em consequência de infecções), petéquias (pontos vermelhos no corpo, que não somem quando pressionadas), hematomas, sangramentos - em especial de gengiva e nariz -, hipertrofia  gengival, nódulos e infiltrações cutâneas.

O oncologista pediátrico tem papel fundamental no tratamento da criança. “Cabe ao oncologista gerenciar o atendimento ao paciente durante todo o curso de sua doença e isso já começa com o diagnóstico, ao explicar sobre a doença, o estágio, as formas de tratamento, as opções e como deverá ser conduzido, para que se obtenha o melhor prognóstico. Ele vai guiar a família e a criança pelo caminho que vai do diagnóstico até a cura”, pontua a médica, que é coordenadora do Grupo de Estudos de Leucemia Mielóide Aguda Infantil da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica e do Protocolo Brasileiro para tratamento de Leucemia Mieloide (Sobope) aguda em crianças e adolescentes e professora de Hematologia  do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Tratamento

A quimioterapia é o tratamento-padrão para as leucemias infantis, explica Ana Luiza, que atende no Centro de Oncologia do Paraná (COP), onde Matheus faz o acompanhamento.

“A quimioterapia é administrada por via oral, intravenosa, intramuscular ou intratecal, quando o remédio é injetado no líquido cefalorraquidiano. A medicação, ou combinação de drogas, cai na corrente sanguínea e atinge todas as áreas do corpo".

Segundo a médica, para algumas crianças com leucemias de alto risco, a quimioterapia em altas doses pode ser administrada junto com o transplante de medula óssea. Outros tipos de tratamentos, como cirurgia, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia de alta dose e transplante de células-tronco são utilizados em circunstâncias especiais.

Além da parte física, o tratamento psicológico é fundamental para cuidar da parte emocional da criança e da família. Entender como será o tratamento, de forma lúdica, contribui para a evolução e reflete na recuperação, como explica a psicóloga Michelle Servelhere, do Centro de Oncologia do Paraná:

“As atividades lúdicas servem como um grande facilitador de aproximação da criança com seu cotidiano. Para a criança que está passando pelo tratamento, é muito importante o brincar, o lúdico. A brincadeira é um meio utilizado para aproximar a criança com a sua vida normal. Ela faz essa essa reintegração, ela vai restabelecendo a sua condição de ser criança e descobre também a si mesma. Alguns estudos também apontam o brincar como um recurso para estimular as principais funções cognitivas. Os resultados promovem melhora no humor, reduz a ansiedade, o choro e também melhora o enfrentamento da doença”.

Os pais também precisam devem ter acompanhamento psicológico, indica a profissional. “Os pais com certeza precisam buscar um acompanhamento e um suporte psicológico, não tem como fugir disso. Cada um trabalhando na sua terapia, não é em casal, não é trabalhar os pais como casal, e sim cada um na terapia individualmente”.

Para os pais que estão passando por esta fase, com filhos em tratamento contra o câncer, a Gislaine, mãe do Matheus, tem um conselho. “Aos pais que estão passando pelo mundo da oncologia, eu não sei o motivo pelo qual passamos por isso, mas sei que fomos especialmente escolhidos para cuidar dos nossos pequenos guerreiros, e podemos aprender muito com o mundo da oncologia, principalmente a viver a vida como ela deve ser vivida, com muito amor e intensidade. Tenham fé porque é no impossível que os milagres acontecem”.

O carinho da equipe médica também fundamental, acredita a oncologista Ana Luiza. “Tem uma frase que gosto muito que é sobre o dever do médico: ‘Curar às vezes, aliviar muito frequentemente e confortar sempre’ [Oliver Holmes]. Ao escolhermos a medicina como profissão, devemos saber de antemão ser esta uma área onde há necessidade de grande comprometimento e responsabilidade, pois o nosso principal instrumento de trabalho é o ser humano, a vida”.

E a vida do Matheus foi tão bem acolhida pela médica que o Matheus vai fazer parte de um momento importante da vida da Ana Luiza.  Ela vai se casar em abril e Matheus vai ser o pajem. Livia, outra paciente curada, vai ser a dama de honra. “É muito amor de ambas as partes", frisou a oncologista.

Vida após o tratamento

Periodicamente devem ser feitas reavaliações através de exames e consultas, por no mínimo cinco anos após o último dia de tratamento. “Isso porque consideramos uma criança curada, quando ela completa cinco anos do último dia do seu tratamento. Pode ser que algum órgão tenha sido afetado pelo tratamento e essa criança tenha alguma sequela, nesses casos, muitas vezes é necessária reabilitação, medicamentos de uso contínuo e cuidados especiais.

Os cuidados psíquicos também continuam, lembra a psicóloga Michelle Servelhere Gizzi.

“Essa criança vai ficar com sequelas cognitivas da quimioterapia, então é muito importante que essa criança tenha um acompanhamento neuropsicológico através de testes, justamente para que se possa aferir quais foram as deficiências e as sequelas cognitivas. No período escolar, é importante uma assistência integral e também o monitoramento do seu desenvolvimento escolar, justamente para que essas dificuldades possam ser minimizadas e a criança não sinta tanto o impacto”, enfatizou a especialista.

Taxa de sobrevida

A taxa de sobrevida é utilizada pelos médicos como uma forma padrão para discutir o prognóstico de um paciente com câncer. A taxa de sobrevida em cinco anos se refere à porcentagem de crianças que vivem pelo menos cinco anos após o diagnóstico da doença. Entretanto, muitas crianças vivem muito mais tempo do que cinco anos e muitas são curadas definitivamente.

“As taxas de sobrevida são, muitas vezes baseadas em resultados anteriores de um grande número de crianças que tiveram a doença, não sendo possível prever o que vai acontecer com cada criança individualmente. Conhecer o tipo de leucemia é importante na estimativa do prognóstico de cada criança. Muitos outros fatores podem afetar o prognóstico de uma criança, como idade, localização do tumor e como a doença está respondendo ao tratamento”, observou a oncologista.

Genética e leucemia

Certas doenças hereditárias podem aumentar o risco de leucemia, mas a maioria dos casos de leucemia em crianças não parece ser causada por mutações hereditárias. “Geralmente, as alterações do DNA relacionadas com a leucemia se desenvolvem após o nascimento, finalizou a médica.

A ousadia e complexidade dos movimentos da Cia. de Dança Deborah Colker foram comprovadas mais uma vez no espetáculo Cura, que ocupa o palco do Teatro Guararapes nos dias 20 e 21 de novembro. Com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e trilha original de Carlinhos Brown, a montagem é fruto de uma angústia pessoal de Deborah Colker, da busca de uma solução para a epidermólise bolhosa, doença genética incurável que seu neto Théo tem.

O projeto vai muito além do aspecto biográfico, trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A coreógrafa concebeu o projeto em 2017, mas foi no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que encontrou o conceito.

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Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física. Deborah percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. "Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura", conta Deborah.

A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas a pandemia não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões. "A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina", afirma.

Há dores mostradas no palco, mas há esperança no final. Deborah diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Um ingrediente para isso foi a semana que passou em Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das muitas dificuldades.  "Fui procurar a cura e encontrei a alegria", reflete.

Logo no início, conta-se a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas. As palhas que Yemanjá usa para cobrir o corpo enfermo de Obaluaê abrem o espetáculo com sua história e o ritmo de tambores ao fundo. Com mergulhos nos elementos das culturas africanas, indígenas e orientais e viagens pelo Brasil e pela África, o processo de construção trouxe além de uma rica cenografia, elementos novos, como o canto.

Com estreia nacional no Globoplay, Cura segue em turnê pelo Brasil e Recife ganha duas apresentações: dia 20, a partir das 21h e no dia 21, a partir das 20h, no Teatro Guararapes. Os ingressos custam entre R$25 e R$160 e começam a ser vendidos a partir do dia 25 de outubro na Bilheteria do Teatro Guararapes e através do Sympla.

Serviço

Espetáculo Cura

20 e 21 de novembro | Sábado, 21h, Domingo, 20h

Teatro Guararapes, Centro de Convenções de Pernambuco - Olinda

Ingressos: Inteira R$ 160 / Meia R$ 80

- Promocional inteira R$50 (vendas limitadas à 10% da capacidade)

- Promocional meia 25 (vendas limitadas à 10% da capacidade)

Vendas: Bilheteria do Teatro Guararapes e SYMPLA (já disponível para venda)

*Da assessoria

Maria José de Melo Oliveira, 98 anos, recebeu alta do Hospital de Clínicas, localizado em Campina Grande, Paraíba, na última quinta-feira (09), após se recuperar da Covid-19. A idosa já tinha sido vítima do vírus e, pela segunda vez, conseguiu vencer a doença.

Após 11 dias de internação, a alta de dona Maria José foi comemorada com alegria e alívio pelos filhos e netos. “Esse é um momento de muita alegria para nossa família, estamos contando vitória pela segunda vez. Muito obrigado a cada um de vocês que cuidaram da minha avó”, agradeceu o neto Paulo Sérgio.

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Segundo o Governo da Paraíba, os profissionais da unidade também celebraram a recuperação da idosa, que foi aplaudida na saída do hospital onde estava internada. A equipe médica celebrou a evolução de dona Maria. 

 “Normalmente, a Covid-19 nos idosos têm tendência de ser mais grave e com acometimento pulmonar maior, mas dona Maria respondeu muito bem a oxigenoterapia", explicou o diretor-geral do Hospital de Clínicas, Jhony Bezerra. 

Para se recuperar nos 11 dias em que ficou internada, a paciente demandou cuidados com fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e psicólogos. Para a equipe médica, isso foi importante para evitar outros problemas que pudessem prejudicar a saúde da idosa.

A Faculdade de Medicina e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) irão participar de uma rede global de pesquisa que pretende encontrar a cura definitiva para a infecção HIV, o vírus causador da aids, por meio de engenharia genética. A nova abordagem de combate ao vírus buscará o bloqueio completo do HIV dentro das células e sua posterior eliminação. 

“As últimas décadas representaram avanços muito importantes no tratamento e controle do HIV e AIDS. Mas o paciente segue precisando se tratar continuamente e o risco de agravamento em caso de interrupção permanece. Esta nova abordagem significará um passo fundamental. Poderá ser, finalmente, a cura do HIV”, destacou o professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, Esper Kallás, que coordenará o grupo brasileiro.

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Atualmente, o combate ao HIV é feito principalmente com o uso de medicamentos retrovirais, que precisam ser tomados pelos pacientes por toda a vida. No entanto, essas drogas eliminam o vírus que está circulante no sangue, mas atua com menor intensidade nas células infectadas.

Com a nova abordagem proposta pela pesquisa, os cientistas buscarão maneiras de bloquear e trancar o HIV dentro das células, deixando-o inativo, o que deverá ser feito com drogas que agirão no material genético do vírus. A ideia é encontrar os caminhos para modificar o vírus dentro da célula a ponto de destruí-lo, eliminando-o do paciente.

A rede, conhecida em inglês como HIV Obstruction by Programmed Epigenetics (HOPE) Collaboratory, é liderado por Gladstone Institute, Scripps Research Florida e Weil Cornell Medicine, e receberá investimentos de U$ 26,5 milhões para desenvolver a pesquisa.

Após cumpridas as fases experimentais iniciais pela rede de pesquisas, ensaios clínicos deverão ser conduzidos no Hospital das Clínicas da FMUSP.

 

Com ampla cobertura vacinal da população adulta e poucos casos de Covid-19 nas últimas semanas, Fernando de Noronha informa que mais dois moradores se recuperaram do vírus nessa sexta-feira (30). Conforme o levantamento, a ilha acumula 725 infectados ao longo da pandemia.

Atualmente, dois pacientes seguem na luta contra a doença em isolamento domiciliar. Apesar dos cinco óbitos confirmados, a crise sanitária aparenta ter sido controlada na ilha, que comemora 718 curas clínicas.

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Do total de diagnósticos apontados pela gestão, 643 foram por transmissão local e 82 casos foram considerados importados.

Após alguns dias acamada por conta da Covid-19, Zilu Camargo está curada. A influenciadora compartilhou a notícia com seus seguidores, no último domingo (28), postando o exame de resultado negativo para o coronavírus em seu organismo. Ela agradeceu o apoio dos fãs e comemorou a novidade.

Zilu havia testado positivo para a Covid no dia 17 de março. Ela apresentou febre, tosse e fadiga e, após submeter-se ao exame, detectou a doença. Aos 62 anos, a influenciadora não precisou ser internada e fez o tratamento na casa onde mora nos Estados Unidos.

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No último domingo (28), no entanto, ao repetir o teste, o resultado negativo trouxe o alívio. Ela compartilhou em seu perfil a boa notícia e agradeceu aos seguidores pelo apoio durante os últimos dias. “Eu venci a Covid.  Obrigada por tanto carinho e amor, e pela força que recebi de vcs no decorrer desses dias!!!! Gratidão, gratidão e gratidão!!!!! Que nosso Senhor cure todas as pessoas que estão enfermas desse vírus e proteja todos nós deste mal”.

Nessa quinta-feira (25), Fernando de Noronha não registrou nenhum caso da Covid-19 e avança com a taxa de recuperados. Com apenas dois óbitos da infecção que já matou mais de 303 mil pessoas no Brasil, a ilha segue aberta com protocolo sanitário para turistas.

Ao invés de notificar novos contaminados nas últimas 24h, o boletim foi positivo e informou que mais três pacientes se recuperaram do vírus. Atualmente, Noronha acomoda apenas sete pacientes em quarentena e totaliza 582 curados.

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Desde o início da pandemia já foram confirmados 591 casos da novo coronavírus na região, sendo 509 de transmissão local e 82 considerados casos importados, calcula a Administração.

O ex-governador de Rondônia Ivo Cassol aparece em um vídeo usando solda elétrica como tratamento contra a Covid-19. A gravação com o método sem comprovação científica viralizou nas redes sociais.

Cassol diz no vídeo que soube de um caso semelhante ocorrido em São Francisco do Guaporé-RO. Segundo ele, pessoas que se submeteram à exposição de luz de solda teriam sentido melhoras e até conseguido a cura. 

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"Um cara estava com coronavírus, foi soldar e se curou. Levou os funcionários, soldou, se curou", fala o ex-governador.

Em seguida, Cassol faz o teste com um borracheiro, que é seu funcionário e havia sido testado positivo para Covid-19. Ao G1, ele disse que no dia seguinte ao teste o funcionário já estava melhor.

"Eu não sou médico, não sou cientista, mas eu quero deixar claro que a solda, no meu ponto de vista, aquela claridade dela pode, de repente, transmitir vitamina D ou a claridade em si, e ela de repente mata o coronavírus", afirmou.

Segundo o médico Rodrigo Almeida, ouvido pelo G1, o uso de claridade e calor emitido pela solda elétrica faz mal ao corpo humano. A solda pode queimar os olhos e causar problemas pulmonares por causa da fumaça. Para o médico, nos casos em que pacientes dizem ter se curado após usar a técnica, pode ter ocorrido uma reação natural do corpo. 

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O fármaco Flutamida, frequentemente utilizado no tratamento do câncer avançado de próstata, é a nova aposta das 'fake news' que circulam nas redes sociais, propagando uma suposta ‘cura’ para a Covid-19. Em nota publicada na última sexta (19), o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) esclareceu que a notícia é falsa e alerta para o perigo de usar medicamentos não autorizados como alternativa para o tratamento de casos leves e graves.

As denúncias chegaram ao órgão através das redes sociais, por meio de formulário único que viabiliza a checagem de informações e alerta de 'fake news'. O caso do Flutamida tornou-se popular após um médico que atua no município de São Gabriel, no interior do Rio Grande do Sul, publicar um vídeo afirmando que o medicamento seria a cura para a Covid, doença que já causou a morte de 290 mil brasileiros. Na legenda das imagens, o profissional escreveu que “a Covid-19, como conhecemos, acabou! Flutamida a partir do 7⁰-8⁰ dia, com acompanhamento médico, nos casos que não evoluem para a remissão após a primeira fase!”.

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No esclarecimento, o Cremers informou que não há evidências científicas que comprovem que o uso do medicamento seja eficiente no tratamento contra a Covid-19. Mesmo nos casos de pesquisa científica e clínica, há um rigoroso procedimento a ser seguido e que depende de autorização de diversas entidades, dentre as quais o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM n.º 1982/2012). O exemplo vale para outros fármacos sem comprovada eficácia.

Medicamentos usados para indicações não previstas em bula podem trazer riscos à saúde da população. Em 2004, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alerta sobre o uso da Flutamida de forma inadequada com destinação ao público do sexo feminino, para uso contra alopecia, hirsutismo e acne, causando o óbito de pacientes.

Medicações para uso off label

O Cremers divulgou, em julho de 2020, nota técnica que orienta sobre a viabilidade, durante a pandemia, de os médicos receitarem medicamentos para uso off label — o uso de drogas farmacêuticas que não seguem as indicações homologadas para aquele fármaco. Os princípios do Código de Ética Médica, de respeito à autonomia, de beneficência e de não-maleficência devem nortear as decisões clínicas. No entanto, o medicamento em questão já apresentou sintomas adversos que causaram o óbito de pacientes quando não usado para sua indicação medicamentosa.

“A prescrição de medicamentos é de inteira escolha e responsabilidade do profissional médico, desde que respeitados os preceitos da autonomia, da beneficência e da não-maleficência”, reitera o presidente do Cremers, Carlos Isaia Filho.

Tratamento experimental

O profissional aponta um estudo da sua própria autoria, sem publicação e revisão científica, como resultado do experimento. Segundo o vídeo, 300 pacientes receberam a medicação e outros 300 um placebo, sendo que 150 dos que receberam o placebo morreram e apenas 12 entre os pacientes tratados com flutamida vieram a óbito.

“A disseminação desse tipo de conteúdo têm preocupado a classe médica. Esse foi um tratamento experimental, não científico, que precisa ser averiguado pelos especialistas antes de informado á população sobre seu real benefício”, esclarece o vice-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.

O Cremers protocolou as denúncias recebidas e dará as devidas providências sobre o caso junto ao Ministério Público Estadual.

 

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