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Uma vacina de origem canadense contra o Ebola, que causou mais de 11.000 mortes na África Ocidental, pode ter "até 100%" de eficácia, declarou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nenhum caso de Ebola foi registrado entre as cerca de 6.000 pessoas que receberam essa vacina na Guiné no ano passado, contra os 23 casos em pessoas não vacinadas. O que sugere "claramente que a vacina é muito eficaz e poderá ter uma eficácia de até 100%", disse à AFP a vice-diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny.

A equipe de pesquisadores de Kieny calculou que no caso de uma epidemia de grandes proporções, há 90% de possibilidades de que a vacina experimental, denominada rVSV-ZEBOV, seja mais de 80% eficaz.

"Finalmente após 40 anos, temos agora a priori uma vacina eficaz contra a doença do Ebola" comentou o cientista americano independente Thomas Beisbert na revista médica The Lancet, que publicou na sexta-feira os resultados finais do ensaio.

Estes confirmam que a vacina rVSV-ZEBOV tem uma eficácia de 100% nos dez dias posteriores à administração de uma dose por injeção intramuscular em uma pessoa não infectada mas em contato com doentes.

Vacinação em anel

A vacina, cujos direitos de comercialização foram comprados pela empresa americana Merck, poderia ser registrada em 2018, depois que o dossiê for apresentado às autoridades americanas (FDA) e europeias (EMA). O processo padrão de aprovação leva geralmente uma década, e às vezes mais, destacou Kieny.

"Se houvesse um caso de ebola e uma nova epidemia, agora estamos prontos para responder", acrescentou. Os testes foram realizados em uma região litorânea da Guiné que ainda registrava casos de Ebola quando começaram, em 2015. "Com a vacina Merck, a proteção ocorre muito rápido após a vacinação, mas não sabemos se a proteção continua seis meses depois", disse Kieny.

Durante o ensaio, não foi possível reunir amostras biológicas de pessoas vacinadas com a finalidade de analisar sua resposta imunológica. Mas outros estudos estão sendo realizados sobre esse aspecto, especialmente com trabalhadores que estão na linha de frente do Ebola na Guiné.

O ensaio foi realizado usando um método chamado vacinação em anel, ou seja, em círculos ou grupos de pessoas que estiveram em contato com um doente - primeiro pessoas próximas, depois indivíduos que estiveram em contato com eles e assim por diante. Essa foi a estratégia utilizada para erradicar a varíola.

Após o término do teste, houve poucos casos na Guiné e em Serra Leoa, e a equipe usou a mesma estratégia: a vacinação das pessoas em contato, com a autorização da FDA para usar a vacina fora de um ensaio clínico, disse Kieny.

Efeitos adversos

Em caso de epidemia de Ebola antes da comercialização da vacina, 300.000 doses de urgência poderiam ser fornecidas para controlá-la, graças a um acordo entre a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi) e a Merck. Alguns sintomas brandos, como dores de cabeça, fadiga e dores musculares, foram apresentados pouco depois da vacinação, mas desapareceram após alguns dias.

Houve ainda dois efeitos adversos mais sérios - uma reação febril e uma alérgica - e um terceiro possível (síndrome gripal), mas com recuperação nos três casos, sem efeitos a longo prazo.

Inicialmente excluídas do ensaio, as crianças de mais de seis anos foram beneficiadas. Ainda falta determinar a segurança da vacina para as mulheres grávidas e as crianças menores.

Esta é a primeira vacina contra o Ebola testada com tal eficácia no terreno, mas outras vacinas serão necessárias, especialmente para proteger os trabalhadores sanitários, garantindo uma proteção de longa duração. Muitas estão em desenvolvimento.

Uma vacina está sendo desenvolvida para oferecer proteção contra a cepa do Sudão, diferente da chamada Zaire, presente na África Ocidental, segundo a OMS.

Surgida no sul da Guiné no final de 2013, a recente epidemia na África Ocidental foi a pior desde a identificação do vírus na África Central em 1976, com mais de 28.000 casos notificados, entre eles 11.300 mortes.

Mais de 99% das vítimas foram registradas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, onde a doença desorganizou os sistemas de saúde e devastou as economias.

Catorze pessoas infectadas pelo vírus Ebola em Serra Leoa nunca ficaram doentes, constataram especialistas, quase um ano depois do fim da epidemia mais mortal desta febre hemorrágica no oeste da África.

Segundo um estudo publicado nesta terça-feira (15), cientistas detectaram anticorpos que neutralizam o vírus Ebola no sangue destes indivíduos, indicando que foram infectados no passado.

Doze das catorze pessoas disseram não ter tido nenhum sintoma durante o período de transmissão ativa em suas comunidades. As outras duas lembram ter tido apenas febre quando o vírus se manifestou na região.

O vírus Ebola, que causa febre, vômitos e diarreia severa, deixou mais de onze mil mortos em dois anos e gerou pânico em todo o mundo devido à sua periculosidade. A Organização Mundial da Saúde anunciou neste ano o fim da epidemia da doença na África ocidental.

O estudo confirma suspeitas anteriores de que a severidade dos sintomas de uma infecção pelo vírus Ebola varia e que algumas pessoas não apresentam qualquer sinal da doença, destacou o doutor Gene Richardson, da Universidade de Stanford, na Califórnia, principal autor da pesquisa.

O surto de Ebola na Guiné acabou, anunciou nesta quarta-feira (1°) a Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando que aquele país entra, agora, em uma fase de "vigilância reforçada" de 90 dias.

Em um comunicado, a agência da ONU declara o "fim da transmissão do vírus Ebola" na Guiné, depois que o país superou 42 dias - o dobro do período máximo de incubação - sem nenhum caso novo desde o segundo exame com resultado negativo do último paciente.

A origem exata da infecção do último surto não foi determinada, mas de acordo com a OMS parece "provavelmente" relacionado com a exposição aos fluidos corporais infectados de um sobrevivente. Mas ainda existe o risco de novos casos, advertiu a OMS.

"Temos que seguir vigiando para assegurar a detecção rápida dos novos casos", afirmou Abu Beckr Gaye, representante da OMS no país.

A epidemia de Ebola na África ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus em 1976, começou em dezembro de 2013 na Guiné, antes de atingir Libéria e Serra Leoa. Os três países concentraram mais de 99% dos casos.

Um novo caso de ebola foi confirmado na Libéria, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um revés para o país, que havia declarado estar livre de transmissões do vírus em 14 de janeiro. A Libéria já havia anunciado o fim da epidemia em maio do ano passado, mas novos casos emergiram duas vezes, o que forçou as autoridades a reiniciar o combate à doença.

A OMS reiterou que o ebola não é mais uma ameaça de saúde internacional, mas observou que novos casos, com frequência decrescente, são esperados. Também houve novas transmissões da doença em Serra Leoa e na Guiné, mas autoridades de saúde dizem que eles não estão ligados à cadeia original de disseminação.

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De acordo com a organização, houve oito casos de ebola e sete mortes na Guiné desde fevereiro. O caso mais recente é o de uma menina de 11 anos que está sendo tratada em uma instalação específica para essa doença em Nzerekore e está com condições estáveis. Seis dos mortos eram da mesma família, que vive na vila de Koropara.

Uma mortífera epidemia de ebola provocou mais de 11,3 mil mortes desde dezembro de 2013 em Serra Leoa, Libéria e Guiné. Atualmente não há casos da doença relatados em Serra Leoa. Fonte: Associated Press.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse hoje que o surto de Ebola no oeste da África não se qualifica mais como uma emergência internacional de saúde, embora tenha alertado que sobreviventes do sexo masculino podem infectar seus parceiros sexuais até um ano após a recuperação.

A decisão vem na esteira de crises que emergiram na Guiné, Libéria e Serra Leoa depois que autoridades declararam que a transmissão do vírus havia acabado. Alguns dos novos casos se tornaram públicos poucas horas depois dos anúncios.

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"Complacência, nesta fase, seria completamente errado", disse Robert Steffen, o vice-presidente do comitê para a emergência do Ebola na OMS.

Embora novos casos tenham sido observados, autoridades de saúde disseram que não há ligação com as cadeias originais de transmissão de 2013.

Mais de 11 mil pessoas morreram principalmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa desde dezembro de 2013. Não há mais casos observados na Libéria ou Serra Leoa, embora a Guiné tenha reportado recentemente dois casos confirmados e três possíveis casos. Fonte: Associated Press.

Duas pessoas foram confirmadas com Ebola na Guiné, meses após o surto ter sido declarado como erradicado, informou o governo, horas depois de Serra Leoa anunciar o fim do surto mais recente em sua região.

Os dois casos na Guiné surgiram em pessoas da mesma família na cidade de N Zerekore, que fica cerca de 1.000 quilômetros da capital do país, Conakry, disse Ibrahima Sylla, porta-voz da coordenação nacional da luta contra o Ebola.

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Sylla disse que há outros três casos prováveis e que as autoridades de saúde estão tomando medidas adequadas para evitar a propagação. Uma reunião de emergência será realizada na sexta-feira (18) com o Ministério da Saúde, disse Sakoba Keita, coordenador nacional da luta contra o Ebola.

Na quinta-feira, o vice-diretor geral do hospital regional de N Zerekore, Zoba Guilavogui, disse que um homem e uma mulher da mesma família morreram de uma doença com os sintomas parecidos aos do Ebola, mas os exames ainda não foram concluídos.

Guiné foi declarada livre do Ebola no dia 29 de dezembro e o período de vigilância terminaria no fim de março. O mais mortal surto de Ebola na história já matou mais de 11.300 pessoas, principalmente em Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Em Serra Leoa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da doença 42 dias, que compreende dois ciclos de 21 dias de incubação do vírus, desde a última paciente confirmada com o vírus.

Pelo menos três pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (27) no norte de Serra Leoa no âmbito de protestos de jovens enfurecidos com as medidas anti-ebola que enfrentaram a polícia, segundo testemunhas e uma fonte médica contatada pela AFP em Freetown.

Atos de violência foram registrados em Barmoi Luma, no distrito de Kambia, onde a situação estava muito tensa desde o fim de semana passado por causa do fechamento de mercados, lojas e outros estabelecimentos comerciais, decidido pelas autoridades para tentar limitar os riscos de propagação do vírus, segundo moradores.

Serra Leoa anunciou na semana passada o falecimento de uma jovem mulher, uma estudante de 22 anos, em consequência do Ebola, horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o fim da epidemia na África Ocidental.

Mais de uma centena de pessoas que estiveram em contato com a jovem foram colocadas em quarentena, durante a qual uma tia da vítima morreu.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta quinta-feira (21) um novo caso de ebola em Serra Leoa, o segundo desde que, na semana passada, foi declarado o fim da epidemia na África Ocidental.

"Há um novo caso confirmado", afirmou, por e-mail à AFP, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. Ele acrescentou que se trata da tia de uma estudante de 22 anos que morreu em consequência do vírus.

A última epidemia de ebola deixou oficialmente 11.300 mortos, entre os mais de 28.000 casos confirmados, um balanço que a OMS calcula abaixo da realidade. A maioria dos casos ocorreu na Guiné, Serra Leoa e Libéria, três países fronteiriços.

Um cadáver teve teste positivo para ebola na Serra Leoa, afirmou uma autoridade nesta sexta-feira, um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que a região do oeste da África estava livre da epidemia da doença.

Testes em uma mulher de 22 anos que morreu neste mês no norte de Serra Leoa mostraram que ela possuía o vírus, disse Francis Langoba Kellie, porta-voz do Escritório de Segurança Nacional, em entrevista a uma rádio local. A mulher era oriunda do distrito de Kambia Norte e havia ido para o distrito de Tonkolili Norte para receber cuidados médicos, disse o funcionário. Autoridades agora buscam saber que contatos ela teve e mandaram equipes para a área para investigar. Certas áreas serão isoladas, segundo o porta-voz.

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A OMS declarou o fim da mais mortífera epidemia de ebola já registrada nesta quinta-feira, após nenhum novo caso aparecer na Libéria. Faz pelo menos duas semanas que havia ocorrido o último caso de ebola em Serra Leoa ou na Guiné. Os três países foram os mais afetados pela epidemia iniciada há dois anos.

"Nosso nível de preparo e capacidade de resposta são muito altos e não há motivo para preocupação", disse Kellie. Ele lembrou que as pessoas devem seguir as orientações sobre a higiene e que regulações de emergência seguem em vigor.

Quase 4 mil pessoas morreram antes que a Serra Leoa fosse declarada livre de transmissões de ebola em 7 de novembro. A Guiné conseguiu isso em 29 de dezembro. A Libéria foi pela primeira vez declarada livre da doença em maio, mas novos casos apareceram duas vezes. A quinta-feira foi o primeiro dia em que ela havia sido declarada livre da transmissão.

O ebola já matou mais de 11.300 pessoas, em sua maioria no oeste africano, desde que a epidemia começou, no fim de 2013.

A OMS declara que a transmissão da doença acabou quando um país fica por dois períodos de incubação - cada um de 21 dias - sem aparecer um novo caso. Os países são colocados então em um período de monitoramento por 90 dias.

O ebola se dissemina pelo contato direto com os fluidos corporais de pessoas doentes ou com os corpos infectados. Fonte: Associated Press.

Em um golpe contra a Organização Mundial da Saúde (OMS), um novo caso de Ebola foi identificado em Serra Leoa, horas depois que a entidade, em Genebra, na Suíça, comemorou o fim do pior surto do vírus na história.

O país africano já tinha sido declarado livre do Ebola em 7 de novembro e, na quinta-feira (14) o fim da transmissão na Libéria levou a OMS a organizar coletivas de imprensa e anunciar que a batalha tinha sido vencida na região. Mas um teste em uma pessoa que havia morrido no norte de Serra Leoa no início da semana comprovou, na noite desta quinta-feira, que a vítima havia sido contaminada pelo vírus.

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Apesar de festejar o fim da doença, a OMS havia alertado que novos casos surgiriam. Ninguém na entidade, porém, imaginava que o primeiro deles viria horas depois da declaração, deixando a direção da OMS em Genebra visivelmente constrangida.

A vítima, para deixar o cenário ainda mais complicado, morreu em Serra Leoa, mas vinha de uma área próxima à fronteira com a Guiné. Em dezembro de 2013, a OMS se recusou a admitir a existência de um surto na região e, em março de 2014, quando a declaração de emergência foi lançada, o vírus já estava fora de controle.

Só em Serra Leoa foram mais de 4 mil mortes - em toda a região, foram mais de 11 mil. A comunidade internacional gastou mais de US$ 1,6 bilhão para frear o avanço da doença que devastou as economias dos países do oeste da África.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira o fim do surto do vírus Ebola na África ocidental depois que nenhum novo caso surgiu na Libéria, mas afirmou, no entanto, que o mundo ainda não pode ser totalmente declarado livre da doença que matou mais de 11.300 pessoas durante um período de dois anos de surto.

A Libéria, que junto com Serra Leoa e Guiné foi um epicentro do mais recente surto, foi o primeiro país a ser declarado livre da doença em maio do ano passado, mas novos casos surgiram duas vezes.

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"Embora este seja um marco e um passo muito importante, temos que dizer que o trabalho ainda não está feito", disse Rick Brennan, diretor de avaliação de riscos e resposta a emergências humanitárias da OMS, em uma entrevista coletiva em Genebra. "Isso é porque ainda há risco permanente de ressurgimento da doença devido à persistência do vírus na proporção de sobreviventes", acrescentou.

Bruce Aylward, representante especial para o Ebola da OMS, disse em um comunicado que "o risco de reintrodução da infecção está diminuindo à medida que o vírus desaparece gradualmente a partir da população sobrevivente, mas nós ainda não descartamos um retorno e devemos estar preparados para isso".

Segundo Brennan, o vírus pode persistir nos fluidos corporais de alguns sobreviventes - e o mais importante, no sêmen dos sobreviventes masculinos por um período de até 12 meses. Ele disse que a OMS estima que há cerca de 1.200 sobreviventes na Guiné, 5 mil em Serra Leoa e 4 mil na Libéria.

A doença surgiu pela primeira vez na Guiné rural em dezembro de 2013 e se espalhou para a capital do país e além das fronteiras com a Libéria e Serra Leoa. Casos também apareceram no Mali, Senegal e Nigéria. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou oficialmente nesta quinta-feira (14) o fim da epidemia de Ebola na África Ocidental, ao declarar a Libéria, o último país afetado, livre da doença, que matou mais de 11.000 pessoas em dois anos. "Hoje, a Organização Mundial da Saúde declara o fim da epidemia de Ebola na Libéria e afirma que todas as cadeias conhecidas de transmissão na África Ocidental cessaram", anunciou a OMS.

A OMS advertiu que "o trabalho não terminou" e indicou que "novos focos são esperados". "Devemos seguir comprometidos", afirmou em Genebra Peter Graaff, coordenador da resposta ao Ebola na OMS.

O anúncio da organização foi feito 42 dias depois dos resultados negativos para os últimos casos de Ebola na Libéria. Esta foi a epidemia mais grave e letal desde a identificação do vírus há 40 anos.

A epidemia foi declarada em dezembro de 2013 no sul da Guiné e depois se propagou rapidamente para a Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados, depois para Nigéria e Mali. Em dois anos afetou 10 países, incluindo Espanha e Estados Unidos, e, oficialmente, provocou a morte de 11.315 dos 28.637 contagiados.

A Rússia produziu duas vacinas contra o vírus ebola, anunciou nesta quarta-feira o presidente russo Vladimir Putin - no momento em que a OMS irá declarar o fim da epidemia na África Ocidental que matou mais de 11.000 pessoas.

"Temos uma boa notícia. Patenteamos um medicamento contra a febre ebola que (...) se revelou muito eficaz, mais eficaz até mesmo do que os remédios usados até agora em todo o mundo", declarou Putin, citado pela agência estatal Ria Novosti, durante um conselho de ministros em sua casa perto de Moscou.

Uma das vacinas foi concebida especificamente para as pessoas acometidas com o vírus HIV, "multiplicando por 35 a imunidade celular" do paciente, infirmou durante o conselho a ministra da Saúde, Veronika Skvortsova.

A outra, "única no mundo", permite neutralizar em 100% o vírus e "não existe nada parecido em outro lugar", explicou.

Segundo a ministra, a Guiné, onde a epidemia começou antes de se espalhar para a Libéria e Serra Leoa, encomendou com a Rússia vacinas para o próximo mês. De acordo com ela, o país está "pronto" para atender esta demanda.

Em outubro de 2014, a Rússia anunciou ter criado três vacinas contra o vírus ebola que ainda precisavam ser testadas.

Iniciada em dezembro de 2013 no sul da Guiné, a epidemia de ebola atingiu dez países, e segundo os números oficiais matou 11.315 pessoas de 28.637 casos registrados - um balanço considerado subestimado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Entre as vacinas em curso de elaboração contra o ebola, a VSV-EBOV - desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá e cuja licença é detida pelos laboratórios americanos NewLink Genetics e Merck - foi a primeira a se mostrar eficaz, segundo as revistas médicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciará o fim da epidemia de Ebola na quinta-feira, quando a Libéria será declarada livre da doença. O anúncio de Genebra "marcará 42 dias desde que os últimos casos do Ebola deram negativo na Libéria", afirmou nesta quarta-feira a OMS em um comunicado, dois anos depois da explosão da epidemia na África Ocidental.

Inicialmente, a previsão era de que o anúncio aconteceria na sexta-feira, mas a OMS não apresentou nenhuma explicação para a mudança. A epidemia de Ebola na África Ocidental foi a mais letal desde a identificação do vírus há 40 anos, com pelo menos 11.000 vítimas.

O problema foi detectado em dezembro de 2013 no sul da Guiné e se propagou aos países vizinhos, Libéria e Serra Leoa, e depois para Nigéria e Mali.

Quatro dos cinco pesquisadores do Senegal que participaram ativamente do combate à epidemia de ebola na África desembarcaram ontem em São Paulo para ajudar cientistas brasileiros a lidar com o zika vírus. O chefe da equipe, um renomado especialista em controle de epidemias, deve chegar na sexta-feira (8). Eles vão se juntar à rede de pesquisadores paulistas que foi formada em caráter emergencial para responder ao surto e é coordenada pelo pesquisador Paolo Zanotto, da Universidade de São Paulo (USP).

A previsão é de que a equipe do Senegal passe pelo menos uma semana no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), trocando informações e treinando pesquisadores brasileiros em técnicas de isolamento e cultivo do vírus. "Os dias que o vírus zika era invisível estão contados", disse Zanotto à reportagem.

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A grande dificuldade em responder à epidemia é que muito pouco se sabe sobre o zika, que praticamente não existia no país até o ano passado. Para montar uma estratégia eficiente de combate, os cientistas precisam entender melhor como ele funciona, seu ciclo na natureza, como interage com o mosquito Aedes aegypti e como ele se comporta dentro do organismo humano. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas e não se sabe ainda como o vírus interfere no desenvolvimento do sistema nervoso dos fetos, levando à microcefalia.

Precaução

Sem esse conhecimento básico, não há como planejar qualquer tipo de intervenção - além da precaução básica de se evitar contato com o mosquito. Uma das prioridades é acelerar o desenvolvimento de testes rápidos de diagnóstico, que permitam detectar e rastrear a disseminação do vírus.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Guiné está livre do vírus ebola e elogiou a população e o governo pelo feito. Uma cerimônia está sendo realizada nesta terça-feira (29) para celebrar o progresso do país do oeste africano, onde a pior epidemia de ebola da história começou, em dezembro de 2013.

O ebola causou a morte de mais de 2,5 mil pessoas na Guiné e mais 11,3 mil em todo o mundo, principalmente na Libéria e em Serra Leoa. Segundo Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África, essa é a primeira vez em que os três países pararam de transmitir o vírus.

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Serra Leoa foi declarada livre do ebola em 7 de novembro. Já a Libéria recebeu esse status duas vezes, mas entrou em uma terceira fase de alerta.

Um adolescente morreu de ebola na Libéria, informou nesta terça-feira (24) uma autoridade do setor de saúde do país. Trata-se da primeira morte desde julho pela doença em um dos três países do oeste da África que tem sido os mais assolados pela maior epidemia dessa enfermidade na história.

O jovem de 15 anos morreu na noite de segunda-feira, informou o médico Francis Kateh, diretor interino do Sistema de Controle de Ebola da Libéria. O garoto, que vivia no distrito Paynesville, foi o primeiro paciente da doença no país desde setembro, quando o país foi declarado pela segunda vez livre da enfermidade.

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O pai e um irmão do jovem também testaram positivo e foram levados a um centro de tratamento de ebola, junto com a mãe e outros dois irmãos. Funcionários do setor de saúde identificaram quase 160 pessoas que corriam o risco de contrair a doença, entre eles oito trabalhadores do setor médico que "estão em alto risco porque tiveram contato direto com o garoto", disse Sorbor George, porta-voz do ministro da Saúde do país.

A Libéria informou nesta segunda-feira que buscou ajuda de dois especialistas dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos EUA, para determinar a causa dos últimos casos.

Mais de 11.300 mortes foram registradas durante toda a epidemia, confirmada pela primeira vez em março de 2014 e concentrada na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Libéria já teve mais de 4.800 mortes e mais de 10.600 casos. Fonte: Associated Press.

Um novo caso de Ebola foi confirmado na Libéria, país que tinha sido declarado livre do vírus - disse um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Há um caso confirmado", declarou o porta-voz, Tarik Jasarevic, sem dar mais detalhes.

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No início de setembro, a OMS, anunciou o fim da transmissão do vírus do Ebola da Libéria, onde a epidemia deixou cerca de 4.000 mortos de um total de 10.600 casos.

O suspeito de infecção pelo vírus ebola, que não teve o nome divulgado, recebeu alta neste sábado, 14, da internação do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro. Não foi informado o local para onde o paciente foi encaminhado. Em nota oficial, o Ministério da Saúde afirmou apenas que o segundo exame realizado no paciente deu negativo e que ele continuará recebendo tratamento para malária em Minas Gerais.

"O caso está descartado e será notificado à Organização Mundial da Saúde, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), segundo previsto no Regulamento Sanitário Internacional (RSI)", informou o ministério em nota.

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O brasileiro de 46 anos, suspeito de estar infectado com ebola, retornou ao Brasil, vindo de Nova Guiné, na África Ociedental, no dia 6 deste mês. Depois de dois dias no País, começou a apresentar sintomas como febre alta, dor muscular e dor de cabeça. Na noite do dia 10, foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). E, na última quarta-feira, foi encaminhado à Fiocruz, no Rio.

O Ministério da Saúde destaca que as medidas de vigilância para identificação de um possível caso suspeito serão mantidas. "Qualquer pessoa que chegar da Guiné (África), único país com transmissão ativa do vírus Ebola atualmente, e apresentar febre até 21 dias após a chegada ao Brasil, será considerada caso suspeito e ser isolada imediatamente para aplicação do protocolo internacional", informa.

O ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 50%. A doença foi identificada pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão.

O teste de malária feito no paciente brasileiro com suspeita de Ebola deu positivo, segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo. As medidas de isolamento serão mantidas até a conclusão do exame de Ebola, cujo resultado deve sair na tarde desta quinta-feira (12). Há uma possibilidade teórica, ainda que remota, de um paciente ser infectado simultaneamente por Ebola e malária, daí a necessidade de as precauções serem mantidas.

Oriundo da Guiné, o paciente está com quadro de saúde estável e sem apresentar febre desde que chegou ao Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. Segundo o vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rodrigo Stabeli, o homem, que não teve o nome revelado, apresentou um pequeno quadro de diarreia pela manhã, que pode ter sido causada por nervosismo.

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Internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, na sede da Fiocruz, em Manguinhos, na zona norte do Rio, ele está colaborando com todos os exames e protocolos. Segundo Stabeli, o paciente chegou sem apetite, mas conseguiu almoçar no início desta tarde. Ele está recebendo soro por ter chegado ao Rio muito desidratado. O paciente toma medicamentos para malária.

"Um paciente com Ebola apresenta muita febre e o seu quadro vai piorando como um paciente que está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O paciente está estável, mas ainda não dá para tirar uma conclusão", explicou Stabeli. "São necessários dois exames negativos, um em 24 horas e outro após 48 horas."

O Ministério da Saúde deve anunciar o resultado do primeiro exame por volta das 20 horas desta quinta-feira, mas o paciente só será liberado após os resultados dos dois testes darem negativo.

A investigação do caso começou nesta quarta-feira (11), em Belo Horizonte. O paciente, de 46 anos e vindo da Guiné, na África, procurou a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Pampulha na noite de terça-feira com febre alta, dor muscular e dor de cabeça.

Ele chegou ao Brasil em 6 de novembro. Depois de isolado, o paciente foi transferido para o Rio, onde passou por exames para identificar a presença do vírus da doença. A Fiocruz ressaltou que ele não circulou pelas áreas de maior risco de contaminação de Ebola em seu continente.

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