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  Três pessoas da mesma família morreram em decorrência da Covid-19, em um intervalo de apenas 23 dias, na cidade de Macaparana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Maria Áurea de Oliveira, de 67 anos, não resistiu às complicações da doença, assim como seus filhos Allef Ferreira de Oliveira, de 25 anos, e Ademilson Ferreira de Oliveira, de 34 anos. O irmão mais velho dos dois, Adeilton Ferreira de Oliveira, de 39 anos, está intubado na UTI do Hospital Geral de Areias, na Zona Oeste do Recife.

De acordo com a esposa de Adeilton, a dona de casa Adriana Creusa Conceição, o primeiro a falecer foi Allef. “Foi para o médico dizendo que estava com Covid. O doutor passou alguns remédios e mandou ele voltar para casa. No dia seguinte, com falta de ar, ele procurou o hospital [Joaquim Francisco, em Macaparana] novamente e ouviu que estava ansioso”, lamenta. No dia 7 de março, com dificuldade para respirar, Allef ligou para Adeilton pedindo ajuda. “Meu marido correu para socorrer o irmão, mas quando eles chegaram no hospital, ele já estava morto”, conta.

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Depois de comparecerem ao velório de Allef, foi a vez de Ademilson e de Maria Áurea sempre contaminados pelo novo coronavírus. Adeilton, então, levou o irmão para sua casa, na tentativa de oferecer os cuidados necessários. “Meu cunhado acordou chamando meu marido, que também levou o irmão para o hospital. Ele acabou falecendo de madrugada, no dia 20 de março”, explica. Dez dias depois, a doença também matou Maria Áurea.

Intubação de Adeilton

Abalado com a morte dos irmãos e da mãe, Adeilton também manifestou os sintomas da Covid-19, sendo socorrido por Adriana para o Hospital Joaquim Francisco, onde seus familiares tinham falecido. “Quando chegamos lá, o médico era o mesmo que havia visto os irmãos dele morrerem e disse que não perderia ele também. Mandou que ele fosse imediatamente intubado”, lembra Adriana.

Com a piora do quadro, Adeilton foi transferido para o Recife. “Ficamos conhecidos como a família da Covid. É muito difícil essa situação. Quando vai dando a hora de sair o boletim dele, me dá logo uma angústia no peito. Moramos juntos há 16 anos e é a primeira vez que ficamos afastados”, comenta Adriana, que permanece em Macaparana, na companhia do filho, de 4 anos, e da filha, de 16 anos.

De acordo com a dona de casa, a situação do marido é estável e de pequenas evoluções. “Os médicos disseram que tiraram o oxigênio dele por meia hora e ele respondeu bem. É assim, aos pouquinhos”, comemora.

Em casa, enlutada pelos parentes e acompanhando a situação de Adeilton a partir da comunicação por telefone com os médicos, Adriana luta para manter as contas em dia. “Meu marido trabalhava para ele mesmo como caminhoneiro e agora ficamos sem renda, vivendo da ajuda dos outros. A assistência social nunca veio aqui. A prefeitura não nos acolheu”, queixa-se.

A cidade de Monte Alegre, no Pará, só dispõe de oxigênio hospitalar até a noite desta sexta (22). Diante da iminente falta do produto, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) encaminharam ofícios à Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) e à Prefeitura da cidade, recomendando a adoção de medidas imediatas.

Os órgãos de justiça também querem saber quais providências estão sendo tomadas para evitar que o município fique sem oxigênio. De acordo com o MPF, Monte Alegre possui 19 pacientes internados com covid-19. Além disso, as informações enviadas pela secretaria de Saúde de Monte Alegre ao MPPA dão conta de que a empresa responsável por fornecer oxigênio ao município disse que está impossibilitada de entregar o produto nesta sexta-feira e no sábado, por falta de estoque na distribuidora.

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A secretaria municipal de Saúde colocou ainda que, até às 22 horas da última quinta-feira (21), possuía 28 cilindros de oxigênio hospitalar, quantitativo considerado baixo para atender a demanda. O MPF e o MPPA também enviaram ofício à prefeitura de Santarém, solicitando auxílio humanitário ao município de Monte Alegre, através da reposição emergencial do estoque do insumo.

O poeta pernambucano Miró da Muribeca está com Covid-19, segundo anúncio publicado, na tarde desta quinta (5), em sua conta oficial do Instagram, administrada por amigos. O artista descobriu que estava acometido pela doença depois de realizar uma bateria de exames para investigar possíveis sequelas do alcoolismo, do qual vem se tratando desde o início do ano. Miró está hospitalizado e seu quadro de saúde é estável.

O artista vinha contando com a ajuda de amigos e fãs para custear o serviço de dois cuidadores e algumas despesas de sua estadia no hospital. Amigos acreditam que o isolamento social e a dificuldade para exercer seu ofício durante a pandemia da covid-19 explicam a piora de seu estado de saúde.

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Miró é acompanhado pelo poeta e médico Wilson Freire e havia conseguido uma internação gratuita em uma clínica particular, que vinha oferecendo tratamento para seu quadro de alcoolismo. O poeta segue recebendo doações, através de sua conta bancária:

Caixa Econômica Federal

João Flávio C da Silva

Agência 0050

Operação 013

Poupança: 00004781-8

CPF: 341.126.264-87

Dúvidas: tratar via direct pelo Instagram @mirodamuribeca

Nesta terça (21), a Câmara dos Deputados vota a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15 que transforma o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em uma política pública permanente. O fundo, composto por recursos federais, estaduais e municipais, corresponde a 63% dos recursos para o financiamento da educação básica pública brasileira, mas será extinto em dezembro caso a proposta não seja aprovada. A deputada Jandira Feghali (PCdoB) escreveu que “governistas estão boicotando a sessão de votação”.

De acordo com o Blog do Esmael, uma hora e vinte minutos depois do início da sessão deliberativa- marcada para começar às 13:55- ainda não havia quórum. O governo sugeriu que o fundo seja restabelecido apenas em 2022 e que parte dos recursos sejam destinados à transferência direta de renda, o programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família.

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As sugestões foram rechaçadas pela oposição. “Se, na quarta-feira, o governo continuar emperrando a votação da PEC, nós teremos que entrar em obstrução, porque a educação brasileira merece, sim, que botemos o pé na parede e defendamos os estudantes, principalmente porque a educação brasileira foi uma das mais prejudicadas por causa da pandemia do coronavírus”, afirma a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a comunicação com o Planalto. “O governo está dialogando, quer apresentar uma proposta, e é um direito do governo”, comenta.

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