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Os investidores estrangeiros ainda estão pessimistas em relação ao Brasil em meio às recentes medidas anunciadas pelo governo que, embora beneficiem a economia local, prejudicam as empresas, na avaliação de Guilherme da Nóbrega, economista do Itaú BBA. O economista acaba de retornar de uma rodada de conversas com investidores europeus. Nóbrega citou as mudanças nos preços do setor de energia, a preocupação em relação ao setor de infraestrutura com possíveis alterações nos pedágios, que impactam as concessionárias de rodovias, as punições para empresas de telefonia, além da pressão sobre os bancos para ofertarem mais crédito a um juro menor como os fatores que estariam pesando.

"Ninguém vai fazer uma grande aposta no Brasil agora. Há muitas incertezas em relação aos setores-chave da bolsa. Quando o País voltar a crescer e os efeitos das medidas permanecerem, o cenário deve se normalizar", analisou ele, durante workshop para jornalistas, organizado pelo Centro de Estudos em Finanças (GVCef) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), em parceria com a BBDTVM - área de fundos do Banco do Brasil.

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Segundo Nóbrega, o ponto positivo do cenário atual é o esforço do governo em contribuir para a competitividade e produtividade da economia brasileira, com uma agenda mais voltada para as empresas. No entanto, Nóbrega lembrou que protecionismo é ruim. "O Brasil deveria estar mais focado em inflação baixa. É bom mudar, mas protecionismo é ruim. As mudanças ainda estão confusas e acontecendo aos trancos e barrancos", observou o especialista.

Sobre o setor bancário, ele explicou que a agenda do governo com este segmento é "muito melhor do que parece",apesar da pressão para os bancos baixarem juros e os spreads e ofertarem mais crédito. Para 2013, Nóbrega vê uma atuação menor dos bancos públicos com a retomada da economia brasileira. Este ano, segundo ele, a oferta de crédito via bancos públicos, sem o BNDES, está crescendo no patamar de 30% neste ano enquanto via instituições privadas a expansão está em torno de 10%.

"Os bancos públicos estão sendo usados como engrenagem de política econômica. Com a economia crescendo em um ritmo mais forte, os bancos públicos poderão tirar o pé do acelerador", avaliou Nóbrega. De acordo com ele, isso vai ocorrer não por um possível aumento da inadimplência, mas pela atividade mais forte da economia brasileira.

Os investidores estrangeiros migraram para a posição líquida comprada (aposta na alta) em índice Bovespa futuro, pela primeira vez neste mês de setembro. Segundo dados atualizados pela BM&FBovespa até a quarta-feira (12), os investidores não residentes estão comprados em derivativo com 3.084 contratos em aberto, resultado de 114.725 contratos na compra e 111.641 contratos na venda. Um dia antes, na terça-feira, os investidores não residentes estavam vendidos (aposta na baixa) em índice futuro com 1.473 contratos em aberto, estratégia que contava com 115.170 contratos na compra e 116.643 contratos na venda.

Ainda conforme os números disponibilizados pela BM&FBovespa, é a primeira vez desde 14 de agosto que os investidores estrangeiros ficam "comprados" em índice futuro. Na ocasião, eles contavam com 16.165 contratos em aberto na compra, posição que foi invertida no dia seguinte. Em 15 de agosto, quando ocorreu o vencimento do contrato futuro do índice referente ao mês passado, os não residentes encerram "vendidos" com apenas 64 contratos em aberto. Essa posição vinha sendo ampliada entre o fim de agosto e o início de setembro.

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O Ministério da Justiça anunciou nesta quarta-feira mudanças na forma de transformar o visto temporário em permanente para estrangeiros com vínculo empregatício no Brasil. Agora, o pedido poderá ser feito por quem tiver contrato de trabalho com duração de dois anos. Antes, eram necessários quatro anos (dois prorrogáveis por mais dois). As adequações foram baseadas em parecer da Advocacia Geral da União (AGU), a partir de análise da legislação trabalhista.

Pela nova regra, divulgada em nota à imprensa, caso o funcionário e a empresa desejem prorrogar o contrato de trabalho, deverão requerer, junto ao Departamento da Polícia Federal, a transformação do visto temporário em permanente com, pelo menos, 30 dias de antecedência ao fim do prazo original. A mudança também vale para os estrangeiros que cumpriram os dois primeiros anos de vínculo e obtiveram a renovação por mais dois.

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"Essa medida vai diminuir a burocracia tanto para o estrangeiro quanto para o Estado, que não precisará prorrogar o visto temporário por mais dois anos", explica a diretora do Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, Izaura Miranda, na nota.

Apesar da alteração, o estrangeiro seguirá vinculado à empresa durante quatro anos, mesmo depois de receber a permissão permanente. Caso seja demitido antes do período, não poderá continuar vivendo no Brasil, ficando os antigos empregadores responsáveis pelo processo de repatriação, isto é, de retorno ao país de origem.

De acordo com dados da Coordenação Geral de Imigração (CGig) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 32.913 profissionais obtiveram permissão para trabalhar no Brasil, de janeiro a junho deste ano. Do total, 29.065 receberam autorização temporária e 3.848, permanente.

O fluxo de capital estrangeiro na Bovespa já atingiu R$ 2,164 bilhões em agosto, o maior volume mensal de ingressos desde janeiro. A condições macroeconômicas externas e internas mais positivas e a mudança de postura do governo brasileiro, com o anúncio das novas concessões na área de infraestrutura, são apontadas como os motivos da reversão do fluxo de capital externo na Bolsa, que neste ano só foi positivo nos meses de janeiro e de abril.

"Quando a (presidente) Dilma (Rousseff) anunciou o pacote de infraestrutura, houve uma mudança de paradigma no governo, a favor das privatizações, e o investidor voltou a ver o Brasil com bons olhos. Além disso, os indicadores econômicos apontam que as medidas para estimular a economia começam a surtir efeito", diz o chefe do departamento de análise da SLW Corretora, Pedro Galdi. Ele lembra ainda que a Bovespa, cujo principal índice acumula alta de 4,4% em 2012, está defasada em relação a outras Bolsas no mundo.

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Para o analista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, o maior responsável pela reversão foi a melhora do ambiente externo, que elevou a disposição do investidor estrangeiro ao risco. "O conjunto de ações para evitar o colapso na Europa, a continuidade do crescimento nos Estados Unidos e os dados mostrando que a China deve ter um pouso suave e não forçado motivaram os estrangeiros a voltarem para nossa Bolsa", diz. Na sua opinião, também foi importante a mudança da visão do governo brasileiro com as privatizações. "O anúncio do pacote mostrou que o governo está com uma postura mais pró-investimentos e pró-iniciativa privada."

Galdi, da SLW, ressalta ainda que o maior volume de ingresso se deu no dia 15 de agosto, quando houve o vencimento de contrato de Ibovespa Futuro. "O saldo de capital externo nesse dia foi positivo em R$ 1,29 bilhão, e a maior aposta nos contratos de índice futuro foi de compra, mostrando que os estrangeiros estão acreditando na alta do Ibovespa", ressalta.

Na segunda-feira, dia 20, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 166,556 milhões na Bolsa. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em alta de 0,34%, aos 59.283,09 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 9,883 bilhões, dos quais R$ 3,97 bilhões foram do exercício de opções sobre ações.

O saldo positivo de agosto, de R$ 2,164 bilhões, é resultado de compras de R$ 44,588 bilhões e vendas de R$ 42,423 bilhões no período. No ano, a Bovespa acumula superávit de R$ 4,058 bilhões em recursos estrangeiros, o maior desde 10 de maio.

Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 141,019 milhões na Bolsa na última sexta-feira, dia 17. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em baixa de 0,61%, aos 59.082,37 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 5,681 bilhões.

Com o resultado, o saldo de capital externo na Bovespa em agosto está positivo em R$ 1,998 bilhão até esta data. A cifra é resultado de compras de R$ 40,832 bilhões e vendas de R$ 38,833 bilhões no período. No ano, a Bovespa acumula superávit de R$ 3,891 bilhões em recursos estrangeiros.

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Os investidores estrangeiros sacaram R$ 255,879 milhões da Bolsa na última quinta-feira. Naquele pregão, o Ibovespa caiu 1,37%, fechando em 55.520,40 pontos. O giro financeiro somou R$ 5,6 bilhões.

Com o resultado, o saldo de capital externo na Bovespa em agosto está negativo em R$ 256,369 milhões até esta data. A cifra é resultado de compras de R$ 5,052 bilhões e vendas de R$ 5,309 bilhões no período. No ano, a Bovespa acumula superávit de R$ 1,637 bilhão em recursos estrangeiros.

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Os investidores estrangeiros encerraram a última sexta-feira (dia 3) "comprados" (aposta na alta) em índice Bovespa futuro, revertendo a estratégia "vendida" (aposta na baixa) que prevalece ao longo deste ano. Segundo dados da BM&FBovespa atualizados até aquela data, os não residentes estão comprados com quase 3,4 mil contratos em aberto, resultado de 129.264 contratos na compra e 125.871 contratos na venda. O próximo vencimento de Ibovespa futuro está marcado para o dia 15 deste mês.

Operadores consultados pela Agência Estado afirmam que o otimismo dos mercados financeiros internacionais ao final da semana passada, diante do resultado melhor que o esperado na geração de emprego nos Estados Unidos em julho e uma releitura do discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, resultou em um movimento doméstico de zeragem de posições vendidas e busca por ofertas de ocasião entre as ações brasileiras no mercado à vista.

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Com isso, o Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 3,12%, no maior nível desde 14 de maio, quando foi interrompida a trajetória de alta que os negócios locais exibiam até então, inserindo-os em uma zona de indefinição, entre os 52 mil e os 57 mil pontos. O resultado daquele dia retornou a Bolsa brasileira para o positivo no acumulado do ano, com ligeira valorização de 0,88%.

O Banco Central realiza a partir da próxima segunda-feira, 30 de julho, a primeira edição do Censo Anual de Capitais Estrangeiros no Brasil. O levantamento é idêntico ao antigo Censo de Capitais Estrangeiros, que era realizado a cada cinco anos. O novo levantamento anual é obrigatório, mas para um número menor de declarantes: residentes com passivos externos mais representativos.

São obrigadas a declarar empresas sediadas no País com participação direta de não residentes no capital social em qualquer montante e com patrimônio líquido igual ou superior a US$ 100 milhões em 31 de dezembro de 2011; as pessoas jurídicas sediadas no Brasil devedoras de créditos comerciais de curto prazo (de até 360 dias) concedidos por não residentes com saldo devedor igual ou superior a US$ 10 milhões e também os fundos de investimento com patrimônio igual ou superior a US$ 100 milhões e que tenham participação estrangeira.

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Pessoas físicas, órgãos da administração direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, empresas devedoras de créditos externos concedidos por instituições sediadas no Brasil e entidades sem fins lucrativos mantidas por contribuição de não residentes não precisam declarar.

As declarações deverão ser entregues entre 9 horas do dia 30 de julho e 19 horas de

06 de setembro de 2012.

Os 300 estudantes africanos que estavam ameaçados de deportação por estarem em atraso com as mensalidades das universidades que cursam em Fortaleza ganharam nesta quarta-feira uma ação para evitar a volta a Guiné-Bissau. Com a decisão, a juíza da 3ª Vara Federal no Ceará, Germana Moraes, atendeu a uma ação da procuradora regional dos direitos do cidadão, Nilce Cunha Rodrigues. A ação, em caráter cautelar, determina à União, por meio do Departamento de Polícia Federal - Superintendência Regional no Ceará, que se abstenha de adotar qualquer medida com o intuito de deportação de todos os estudantes africanos.

Eles estão matriculados nas faculdades Fatene e Evolução, em situação irregular no Brasil por não terem o visto estudantil devido ao atraso no pagamento das mensalidades. A ação beneficia somente os alunos que desejam retomar as atividades estudantis, para as quais obtiveram visto temporário de permanência no Brasil. A ação cita o caso de Blowinda Comba Panamuny, que tinha esta quarta-feira como prazo final para retornar ao seu país de origem de forma voluntária. Essa determinação tinha sido expedida pela Polícia Federal na semana passada.

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A solicitação acatada do MPF-CE evita processos de deportação até que a situação irregular dos africanos se resolva na esfera administrativa ou judicial. Para isso, Nilce Cunha Rodrigues se reuniu com a embaixadora no País da República de Guiné-Bissau, Eugênia Pereira Saldanha Araújo, e com representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da Educação.

Segundo a assessoria de comunicação do MPF-CE, em nota a Embaixada da República de Guiné-Bissau informa que demonstra o interesse em ajudar os jovens estudantes. "É com profunda preocupação que temos acompanhado a situação dos alunos guineenses no Estado do Ceará. Embora seja do conhecimento público a situação financeira que a nossa Missão Diplomática enfrenta, iremos envidar todos os esforços para que se desloque ao Ceará o mais rapidamente possível o assessor jurídico da nossa Chancelaria, não só para se inteirar de forma cabal desta situação, mas também para que sejam renegociadas as dívidas com os estabelecimentos de ensino superior e se proceda a regularização da estadia dos nossos estudantes no Brasil", diz a nota da Embaixada.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas até a próxima sexta-feira (22) para preencher vagas para o doutorado em oceanografia nas áreas de Biótica e Abiótica. 

São disponibilizadas seis vagas, uma delas específica para servidores da UFPE. Os pré-requisitos é que os participantes devem ser brasileiros e estrangeiros portadores de certificados ou diplomas de mestre na área. Os interessados devem procurar a secretaria do programa para realizar a inscrição.

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O processo seletivo é composto por uma prova de conhecimentos em língua inglesa, que será realizada no dia 2 de julho, seguida de avaliação e defesa de pré-projeto de tese, nos dias 3 e 4 de julho. Já a última fase da avaliação é a analise dos currículos, realizada no dia 11 de julho. As aulas estão previstas para iniciar no dia 20 de agosto.

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o relatório da subcomissão criada no ano passado para analisar e propor medidas sobre a compra de terras por empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro. O relatório propõe o fim às restrições ao tamanho dos imóveis rurais para aquisição e arrendamento.

A norma hoje em vigor leva em conta um parecer de agosto de 2010 da Advocacia Geral da União (AGU) sobre a Lei nº 5.709/71. O parecer limita as compras e arrendamentos a 50 módulos para pessoas físicas e a 100 módulos para empresas estrangeiras, mediante aprovação prévia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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O relatório aprovado nesta quarta-feira libera as compras por parte de companhias de capital aberto com ações negociadas em bolsa de valores no Brasil ou no exterior, mas exclui organizações não-governamentais, empresas e fundos soberanos estrangeiros.

A próxima etapa depende de decisão do presidente da Câmara dos Deputados, pois o relatório pode ser encaminhado direto para votação pelo plenário ou antes passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Os investidores estrangeiros tiraram R$ 21,830 milhões da Bovespa na ultima segunda-feira, dia em que o Ibovespa fechou em alta de 1,38%, aos 55.212 pontos. Devido ao feriado nos Estados Unidos pelo Memorial Day, o volume financeiro foi o menor desde 26 de dezembro de 2011, de R$ 3,13 bilhões.

Naquele dia, os estrangeiros compraram R$ 805,195 milhões e venderam R$ 827,025 milhões, comparado a uma média diária de R$ 2,903 bilhões em aquisições e de R$ 3,051 bilhões em vendas realizadas na Bolsa paulista neste mês.

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Com o resultado da segunda-feira, o saldo de capital externo na Bovespa em maio está negativo em R$ 2,805 bilhões até aquela data, resultado de compras de R$ 55,173 bilhões e vendas de R$ 57,979 bilhões. No ano, a Bovespa acumula superávit de R$ 2,448 bilhões em recursos estrangeiros.

Os investidores estrangeiros já retiraram R$ 3,085 bilhões da Bovespa no mês de maio, até o dia 21. O valor mensal até o momento só é inferior ao registrado em outubro de 2008, em plena crise financeira internacional, quando os saques somaram R$ 4,685 bilhões. "É um número expressivo e um sinal claro de que o investidor internacional não quer manter uma posição de risco em um momento de incertezas", disse o analista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, lembrando que outubro de 2008 foi o auge da crise financeira mundial, após a quebra do Lehman Brothers, um mês antes.

Além dos problemas atuais na Europa, as dúvidas em relação ao desempenho das economias nos Estados Unidos e na China, e mesmo no Brasil, trazem mais cautela ao mercado. "As ações intervencionistas do governo brasileiro forçando a queda dos juros, o que prejudicou o desempenho das ações dos bancos, também acabam afastando os investidores", diz Campos Neto.

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Além da piora no cenário internacional, nas últimas semanas alguns bancos estrangeiros fizeram críticas ao modelo de crescimento da economia brasileira, questionando se seria sustentável no curto prazo, e censuraram a política do governo, de pressão para a redução dos spreads dos bancos, como lembra o analista da Leme Investimentos João Pedro Brugger. "Acho um pouco exagerado, e não dá para acreditar que esse sentimento de piora venha apenas dessas avaliações negativas quanto ao cenário do País", diz.

Com a atual conjuntura mundial não há perspectiva de alteração neste fluxo de capital externo, na avaliação de Campos. "São fatores que não tendem a se dissipar tão cedo", afirma.

Na visão de Brugger, no curto prazo o movimento de saída dos estrangeiros da Bovespa deve continuar, mas haverá uma volta para o mercado brasileiro no médio e longo prazo, "até porque há ações baratas e com a alta do dólar a Bolsa do País ficou mais atraente ainda", diz, estimando que este retorno se dê mais para o final deste ano.

O diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, concorda que não há fundamentos para uma reversão deste fluxo no curto prazo. "Com os ativos cedendo nesta velocidade, não há perspectivas de mudança", diz.

Movimento diário

Só no dia 21, os saques dos investidores estrangeiros da Bovespa chegou a R$ 542,672 milhões. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em alta de 3,81%, aos 56.590 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10,541 bilhões, inflado pelo exercício de opções sobre ações.

Em maio, esses investidores compraram de R$ 42,225 bilhões e venderam R$ 45,310 bilhões na Bovespa. Com o resultado da segunda-feira, o superávit de recursos estrangeiros na Bovespa no ano, que chegou a R$ 8,9 bilhões no início de 2012, caiu para R$ 2,168 bilhões.

Após o técnico da seleção masculina de handebol, o espanhol Javier Garcia Cuesta pedir demissão do cargo e o Brasil não ter obtido vaga para as Olimpíadas de Londres, não significou o fim da era dos treinadores estrangeiros no comando da seleção. O presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb ), Manoel Luiz de Oliveira acredita que isto não implicará na mudança de filosofia da entidade.

“Tenho um enorme respeito pela classe dos treinadores brasileiros, mas mesmo os nossos técnicos estão conscientes de temos a necessidade de procurar profissionais com mais bagagem e experiência internacional no comando das seleções brasileiras”, afirmou Oliveira, que vê na presença destes treinadores como um fator de desenvolvimento da própria modalidade no país. "Necessitamos ter jogos e campeonatos mais fortes, tanto no nível interno como no continente. Entendemos que para isso acontecer, é preciso ter alguém com muita experiência dirigindo as seleções”, disse o dirigente.

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Manoel Luiz de Oliveira acredita que o nome do novo treinador será anunciado até julho. Antes disso, o Brasil disputará o Campeonato Pan-Americano de handebol, em junho, evento que é classificatório ao Mundial de 2013, sendo comandado pelo auxiliar do técnico Javier, o brasileiro Valmir Fassina.

 

Pesquisa feita pelo Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN) mostra que 42% dos brasileiros acreditam que a entrada de estrangeiros no mercado de trabalho nacional é benéfica para o País e 40% pensam exatamente o contrário. "A contratação de estrangeiros por empresas locais divide a opinião pública", afirma o instituto, em nota distribuída à imprensa.

A sondagem foi realizada, entre os dias 8 e 12 de dezembro do ano passado, com 52.913 entrevistados em 58 países, sendo que no Brasil foram consultadas 2.002 pessoas.

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De acordo com o Ibope, na média global os trabalhadores estrangeiros são vistos com bons olhos: 38% dos entrevistados acham ruim a chegada deles em seus países, 35% acreditam ser bom e 23% dizem que o fato não é bom ou ruim. Para o instituto, a entrada de estrangeiros no mercado de trabalho é vista tanto como qualificação da mão de obra local quanto como concorrência pelas vagas de emprego.

A pesquisa revela também que apenas 13% dos brasileiros têm capacidade alta ou moderada de ler ou entender a língua inglesa.

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 349,604 milhões da Bolsa na segunda-feira (13). Naquele pregão, o Ibovespa fechou em alta de 2,65%, aos 65.691,53 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 13,188 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões referentes ao exercício de opções. Foi o terceiro pregão de 2011 em que houve resgate líquido de recursos estrangeiros da Bovespa.

Com o resultado, a Bolsa tem superávit de R$ 476,559 milhões em capital externo no mês fevereiro. A cifra é resultado de compras de R$ 29,207 bilhões e vendas de R$ 28,730 bilhões no período.

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No ano, o ingresso destes recursos supera a retirada em R$ 7,644 bilhões.

A recente evolução da economia brasileira pode ser medida de muitas maneiras. Dos grandes números da produção aos bilhões do comércio exterior, muitos dados têm mostrado avanço, fato que chama atenção do mundo. Mas uma cifra pequena, que muitas vezes não chega à casa do milhar, revela uma mudança econômica radical: as remessas feitas por trabalhadores mostram que o Brasil deixou de ser um mero receptor de dólares enviados por brasileiros espalhados pelo mundo. Agora, o País também é fonte de dinheiro para milhares de famílias estrangeiras no exterior.

Há menos de 20 anos, em 1995, o Brasil era um típico receptor de remessas: a entrada de dólares era quase 25 vezes maior que o envio de dinheiro feito por estrangeiros que trabalhavam no País. Dados do Banco Central mostram que a diferença diminuiu gradualmente ao longo do tempo. Em 2008, com o estouro da crise nos Estados Unidos, o movimento se acelerou. Até que no ano passado estrangeiros que trabalham no Brasil enviaram US$ 1 para cada US$ 2,43 que entraram no País, a menor diferença da história.

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O recente crescimento da economia brasileira e a pior crise sofrida pelos países ricos nas últimas décadas explicam o fenômeno. Em bairros paulistanos como o Bom Retiro e o Brás, é possível ver o poder de atração de um país em crescimento: nessas regiões, existem muitos empregos considerados bons por trabalhadores de países vizinhos como a Bolívia, Peru e Paraguai. Muitas dessas vagas são precárias e ilegais.

Já os brasileiros que trabalham ao redor do mundo perdem a capacidade de enviar dinheiro. No ano passado, as remessas vindas dos Estados Unidos somaram US$ 603 milhões, valor 53% menor que o visto em 2008, ano do estouro da crise passada, e o pior resultado desde 2001. Do Japão, a queda é ainda mais expressiva: 60% em três anos. Em 2011, dekasseguis enviaram US$ 289 milhões ao Brasil, menor valor da série histórica iniciada em 1995. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado argentino aprovou ontem à noite, por 62 votos a favor e apenas um contra, o projeto que limita a compra de terras por estrangeiros. Somente 15% do total das terras argentinas poderão pertencer a estrangeiros e cada pessoa ou empresa estrangeira só poderá adquirir 1.000 hectares de terras no país. Do total de participação estrangeira, não mais que 30% podem pertencer a pessoas ou companhias de um mesmo país. A lei não prevê efeitos retroativos, mas estabelece uma barreira para frear a onda de compras indiscriminadas de terras argentinas por pessoas físicas e jurídicas de outros países.

Embora tenha despertado polêmica, assim como o pacotão de leis aprovado nas duas últimas semanas pela Câmara e pelo Senado, a lei foi respaldada pelos parlamentares sem nenhum problema, já que o governo de Cristina Kirchner conta com maioria em ambas as Casas. Em discurso durante a posse do segundo mandato, no último dia 10, Cristina Kirchner demonstrou pessoal interesse na aprovação dessa lei, ao pedir sua rápida aprovação. A senadora governista María Rosa argumentou que a lei é necessária para inibir os movimentos dos especuladores que buscam terras produtivas para aproveitar a volatilidade dos preços internacionais de alimentos.

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Outro senador governista, Juan Manuel Irrazábal, ressaltou que "a lei é fundamental para a recuperação de faculdades soberanas do Estado e isso fica claro ao receber apoio das bancadas opositoras na defesa dos interesses nacionais". O ex-piloto de Fórmula Um Carlos Reutemann, senador governista da província de Santa Fe, uma das principais produtoras de grãos do país, afirmou que a "Argentina é vista como o celeiro do mundo, um celeiro localizado em um solo específico e, por isso, é necessário protegê-lo".

Embora tenha votado com o governo, o opositor socialista Rubén Giustiniani ponderou que a matéria "tem que ser complementada com uma lei integral de uso e propriedade de terra que limite a concentração, e determine a proteção dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico". Como não existe um levantamento detalhado da quantidade de terras em mãos de estrangeiros, a lei estabelece a realização de um censo e um cadastro geral de propriedade. Para os analistas, a lei não vai afetar o volume de investimentos no país, mas sim a forma de aplicação, já que não se poderá adquirir grandes extensões de terras.

O Programa de Apadrinhamento 2012.1 de alunos estrangeiros, promovido pela Cooperação Internacional da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está com inscrições abertas. O objetivo da ação é o de ajudar estudantes de outros países em seus primeiros momentos na nova cidade e universidade escolhidas, referentes ao programa de intercâmbio em questão. 

Os padrinhos desta iniciativa devem ser alunos matriculados na UFPE que, além de ajudar os estudantes estrangeiros, ganham a oportunidade de enriquecimento cultural e aperfeiçoamento em outros idiomas. As pessoas que desejam participar do programa devem preencher o formulário de apadrinhamento, através do site, e direcioná-lo para o seguinte e-mail: secci@ufpe.br. Também é possível entregar o formulário diretamente na Cooperação Internacional, até às 17h do dia 28 deste mês.

Em meio aos pré-requisitos básicos para o programa estão ter finalizado o 1º ano acadêmico com total aprovação nas disciplinas cursadas, ter coeficiente de rendimento escolar igual ou superior a 7, e possuir no máximo 1 reprovação nos demais períodos. A coordenação da Cooperação Internacional fica localizada na Av. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária, nas instalações da UFPE.


O deputado federal Homero Pereira (PSD-MT), presidente da subcomissão que trata da questão da compra de terras por empresas estrangeiras, disse hoje que a instrução normativa anunciada hoje pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre o assunto é "irrelevante", pois apenas coloca em prática a recomendação dada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Homero Pereira comentou que estava na expectativa de um acordo com o governo para se chegar a um texto de consenso na revisão do parecer da AGU. A reunião prevista para a última quarta-feira com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, não foi realizada.

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Na opinião do deputado é preciso um fato novo, como o relatório de sua autoria sobre o assunto, que foi protocolado na semana passada na Comissão de Agricultura da Câmara. Ele justificou que encaminhou o parecer a uma instância acima (da subcomissão especial que trata do tema) para "precipitar o debate".

Homero Pereira é relator de um projeto de lei de autoria do deputado Beto Faro (PT-AC), que por sua vez é o relator da subcomissão especial que trata do tema, onde apresentou um parecer considerado altamente restritivo ao capital estrangeiro. Faro propôs limite de 5 mil hectares. A normativa do Incra publicada hoje não estabelece limites, apenas condiciona as compras acima de 10 mil hectares à aprovação do Congresso.

Já a proposta de Homero Pereira elimina as restrições as companhias de capital aberto com ações negociadas em bolsa de valores no Brasil ou no exterior, equiparando-as às empresas brasileiras. Ele propõe a proibição de compra de terras por organização não-governamental estrangeira; fundações ou empresas estrangeiras com sede no exterior; e fundos soberanos constituídos por estados estrangeiros. Homero Pereira diz que a intenção "é preservar a soberania nacional e dar segurança jurídica ao investidor estrangeiro".

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