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Depois de um processo de restauração nos últimos meses, o grande mural em homenagem a Ayrton Senna localizado na região central da cidade de São Paulo será reinaugurado na semana que vem. A obra feita pelo muralista Eduardo Kobra intitulada A Lenda do Brasil foi entregue em 2015 e passou por diversos reparos para continuar como um dos cartões postais dos arredores da avenida Paulista.

Tanto a inauguração como o restauro foram bancados pela Audi, marca de carros trazida pelo próprio Senna ao Brasil pouco antes de morrer em um acidente fatal durante o GP de San Marino de Fórmula 1 em 1994. O mural está localizado na rua da Consolação e traz uma imagem do tricampeão mundial de capacete, decorado de cores variadas e a imagem da bandeira do Brasil.

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A decisão de restaurar o mural foi tomada depois de ações do tempo deteriorarem a pintura. Kobra e uma equipe de artistas cuidaram nos últimos meses de fazer os reparos necessários. O local foi descascado para a retirada de imperfeições, ganhou uma camada seladora extra e teve uma aplicação de verniz para reforçar a proteção. A expectativa é que esses cuidados possam fazer a obra ter uma durabilidade de até oito anos.

"A deterioração se deu mais rápido do que o normal porque além de fatores externos como chuva, frio e calor, o prédio é antigo e tem infiltrações de água e problemas de encanamento. Isso aos poucos foi criando algumas fissuras no material e gerou um estrago maior do que o esperado. Em geral os murais de rua aguentam até 10 anos sem precisarem de manutenção", explicou Kobra.

O muralista faz trabalhos inspirados em Ayrton Senna desde 1993 e foi o autor de obras em Interlagos e em Ímola, local do acidente do tricampeão. "A figura do Senna sempre me inspirou", disse o artista. "Eu estava incomodado com o estado da obra porque foi uma das primeiras que fiz sobre o Senna em grande escala. Pintei 10 diferentes murais sobre ele, mas este tem uma questão em especial por eu ser paulistano e o mural ficar em uma região central da cidade", completou.

Kobra garante que apesar da complexidade, o trabalho de restauração é recompensador. "Quando se trata de restauração, a pintura é a parte mais fácil e prazerosa. O processo leva mais tempo, até alguns meses, por causa de burocracia e de autorizações para se fazer a obra", completou.

Nove anos depois do adeus definitivo de Michael Schumacher à Fórmula 1, o seu filho Mick, de 21 anos, fará a sua estreia na categoria em 2021. Nesta quarta-feira (2), a Haas anunciou oficialmente a contratação do piloto alemão para a próxima temporada. Ele vai fazer dupla com o russo Nikita Mazepin, confirmado na última terça (1°) pela equipe americana.

"O alemão Mick Schumacher se junta à Haas como parte da nossa nova dupla de pilotos para a temporada de 2021 de Fórmula 1", publicou a Haas em suas redes sociais. "Estou muito feliz por confirmar Mick Schumacher como nosso piloto para a próxima temporada e mal posso esperá-lo para recebê-lo em nossa equipe. A Fórmula 2 tem servido há muito tempo como local para os jovens talentos provarem suas qualidades e o grid desse ano, sem dúvidas, tem sido um dos mais competitivos dos últimos anos. Mick venceu corridas, esteve em pódios e se sobressaiu contra grandes talentos", disse Gunther Steiner, chefe da Haas.

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O piloto gravou um vídeo, já com o uniforme da escuderia, em que repercute o anúncio. "Oi, pessoal, muito orgulhoso de anunciar oficialmente que correrei pela Haas na temporada de 2021. Gostaria muito de agradecer a todos envolvidos, a Ferrari (e ao programa de jovens pilotos), Gene Haas, Gunther (Steiner). Obrigado a todos por me receberem no time. Estou muito ansioso pelo desafio do ano que vem e é algo que sempre sonhei e que agora virou realidade. Estou muito feliz e explodindo de emoção. Queria agradecer a todos pelas mensagens e pelo grande apoio", afirmou Mick.

Piloto da Academia Ferrari, o filho mais velho de Michael Schumacher, sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, compete desde os nove anos, tendo começado no kart, onde desde cedo se destacou, mesmo não usando o sobrenome do pai.

Mais do que apenas um sobrenome famoso, Mick Schumacher pode chegar à Fórmula 1 com um currículo já recheado. Em 2018, foi campeão da Fórmula 3 europeia e é neste momento líder da Fórmula 2, o principal campeonato de entrada à Fórmula 1, com 14 pontos de vantagem antes das duas últimas provas, que serão realizadas neste final de semana no Bahrein.

Mick será o sexto filho de um campeão mundial a tentar repetir os passos do pai na Fórmula 1. Além dele, a categoria já teve os pares Keke e Nico Rosberg, Graham e Damon Hill, Nelson Piquet e Nelson Piquet Jr., Jack e David Brabham e Mario e Michael Andretti. Desses, apenas Damon e Nico repetiram os feitos de seus pais ao também se consagrarem campeões mundiais.

Seu pai, maior campeão da Fórmula 1 agora junto com o inglês Lewis Hamilton, se recupera do traumatismo craniano que sofreu após o acidente em uma pista de esqui, em dezembro de 2013, na França. Após deixar o hospital, na época, o alemão passou a se tratar em casa e seu estado de saúde é mantido sob sigilo severo por sua família.

O francês Romain Grosjean deu nesta terça-feira a sua primeira entrevista depois do grave acidente que sofreu no último domingo, no GP do Bahrein de Fórmula 1, para dar sua versão sobre o que aconteceu. Em um relato à TV francesa TF1, o piloto da Haas revelou que disse a si próprio que precisava sair de dentro do carro pelo bem de seus filhos.

"Não sei se a palavra milagre existe ou pode ser usada, mas eu diria que não era meu momento (de morrer). Pareceu mais longo que 28 segundos. Eu vi meu visor ficando laranja. Vi as chamas do lado esquerdo. Pensei em muitas coisas, inclusive em Niki Lauda (que sofreu o mesmo tipo de acidente em 1976), e achei que não seria possível terminar como ele, não agora. Não podia terminar minha história na F1 assim", disse. "E pensei nas minhas crianças. Eu disse a mim mesmo que precisava sair. Coloquei minhas mãos no fogo e senti o calor no chassi. Quando eu saí, senti alguém me puxando pelo macacão, então sabia que estava fora".

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Grosjean bateu na primeira volta da corrida, acertando o guard-rail na saída da curva 3 a mais de 200 km/h, resultando em uma força de mais de 50G. O carro da Haas partiu-se ao meio e pegou fogo imediatamente, deixando o francês com a tarefa de escapar do cockpit que estava no meio da barreira. Com sorte, ele conseguiu escapar rapidamente, sofrendo apenas queimaduras nas mãos e evitando fraturas.

O francês revelou ainda que seu filho de cinco anos, Simon, acredita que ele tem "poderes mágicos" e que "um escudo mágico de amor" o protegeu. "São palavras fortes das crianças. Minha mais velha, Sacha, de sete, é mais racional e tentou entender. Meu mais novo fez um desenho para os machucados na minha mão", afirmou o piloto, que reconheceu a necessidade de discutir um trauma como esse de um acidente grave.

"Tinha medo pela minha família e amigos, obviamente meus filhos, que são meu maior orgulho e fonte de energia. Pensava mais neles do que em mim. Acho que é necessário algum trabalho psicológico porque eu vi a minha morte chegando. Mesmo Hollywood não conseguiria fazer imagens assim. É a maior batida que vi na minha vida. O carro explodindo, pegando fogo, a bateria em chamas, adicionou muita energia ao impacto", relatou.

Grosjean seguirá no hospital em Manama, capital do Bahrein até esta quarta-feira, pelo menos, perdendo o GP de Sakhir, a próxima etapa da Fórmula 1 neste final de semana, mas segue esperançoso de um retorno em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, no domingo seguinte, no que seria a sua última corrida na Fórmula 1.

Neste final de semana, o francês será substituído na Haas pelo brasileiro Pietro Fittipaldi. Nesta terça-feira, a equipe americana confirmou o novo titular de uma das vagas disponibilizadas por Grosjean e Kevin Magnussen, que não renovarão contrato: o russo Nikita Mazepin, atual piloto da Fórmula 2.

O piloto Lewis Hamilton, da Mercedes, testou positivo para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) e ficará de fora do Grande Prêmio de Sakhir de Fórmula 1. Em um comunicado, a Mercedes informou que o heptacampeão mundial apresentou na segunda-feira (30) "sintomas leves" da Covid-19 e já está isolado.

O britânico ainda dependerá de outros exames para conseguir retornar em Abu Dhabi, última prova da atual temporada. Hamilton testou negativo em três exames feitos antes do GP do Bahrein, mas ele foi informado que uma pessoa com quem entrou em contato havia apresentado resultado positivo para a doença.

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A Mercedes ainda não informou quem vai substituir Hamilton no GP de Sakhir, mesmo que o piloto reserva da escuderia, Stoffel Vandoorne, já seja esperado nesta terça-feira (1°) no Bahrein. O mexicano Esteban Gutiérrez é a outra opção da equipe britânica.

Com Hamilton, três pilotos da Fórmula 1 já testaram positivo para o novo coronavírus na temporada. O primeiro foi o mexicano Sergio Perez e em seguida o canadense Lance Stroll, ambos da Racing Point.

Da Ansa

Duas recentes evoluções tecnológicas da Fórmula 1 foram as responsáveis por salvar a vida do francês Romain Grosjean, que sobreviveu a um grave acidente durante o GP do Bahrein, no último domingo. Se não fossem o halo fixado ao cockpit e o macacão aprimorado para aguentar por mais tempo as chamas, o piloto da Haas teria sérias complicações. Agora ele se recupera no hospital e deve ter alta nesta terça-feira.

O forte impacto do francês no guardrail seguido de um incêndio mostraram ao mundo do automobilismo o quanto os carros atuais estão mais seguros. Segundo o diretor médico do GP Brasil e vice-presidente da comissão médica da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Dino Altmann, a situação de Grosjean é bastante animadora diante da gravidade do episódio.

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"O halo foi o fator principal para ele escapar com vida. Antes existia um medo de que com uma batida tivesse a deformação do halo e que isso dificultaria a remoção do piloto. Mas agora ficou atestado nesse acidente que o resultado foi muito bom", explicou ao Estadão.

O halo é utilizado de forma obrigatória desde 2018 na Fórmula 1 e foi desenvolvido para ser fixado ao cockpit e proteger a cabeça do piloto. A inovação foi trazida para evitar acidentes como o sofrido por Felipe Massa, em 2009, quando uma mola se soltou de outro carro e o atingiu na cabeça durante uma volta.

Inicialmente o halo recebeu críticas por deixar os carros mais feios e interferir na visão dos pilotos. "O halo é o resultado de vários acidentes que tivemos no passado em que a cabeça do piloto foi atingida", explicou Altmann.

A importância do halo foi comprovada porque na hora da batida, o carro do francês atravessou o guardrail. Caso não fosse a peça, a cabeça do piloto estaria mais exposta no momento em que a barreira foi "rasgada" pela Haas. "Eu não era fã do halo, mas sem ele eu não conseguiria estar aqui falando com vocês hoje", disse o francês em vídeo gravado dentro do hospital.

O halo foi desenvolvido após uma bateria de testes. O acessório é feito de titânio, pesa cerca de 14 quilos e suporta até aproximadamente 12 toneladas de impacto. Os engenheiros garantiram que a peça sozinha é capaz de aguentar o peso de um ônibus de dois andares. Após ser implementado na categoria em 2018, apenas agora houve de fato um acidente capaz de mostrar a sua importância.

De acordo com Altmann, assim como o halo foi resultado de lições aprendidas em acidentes anteriores, a batida de Grosjean certamente vai motivar outras inovações. "Para todo e qualquer acidente, a FIA faz uma análise minuciosa. Isso inclui avaliar desde o primeiro instante até a resposta das equipes de segurança. Com certeza vamos responder com algumas soluções para o futuro", explicou.

MACACÃO MAIS RESISTENTE - Além da batida, o francês teve de sobreviver também ao fogo. As imagens da TV mostraram que entre o início das chamas e a saída do carro, o piloto levou cerca de 28 segundos. Parte desse tempo ele esteve diretamente exposto às labaredas e, por isso, recebe cuidados agora no hospital para tratar de queimaduras nas mãos.

A situação só não foi mais perigosa porque novamente uma inovação recente da Fórmula 1 ajudou o francês. "O macacão atual está mais resistente ao calor. Pode parecer ridículo, mas antes o tempo de resistência do macacão ao fogo era de 10 segundos. No ano passado, passou para 12 segundos. Esse ganho de 20% é importante. Essa conta entra na matemática de sucesso do acidente", explicou Altmann.

Segundo o médico, as mãos dos pilotos estão mais expostas ao fogo porque as luvas têm somente uma camada de proteção, enquanto os macacões possuem três. A diferença se explica pela necessidade de os competidores terem sensibilidade na palma das mãos para conduzirem o volante. Toda a vestimenta deles é preparada para evitar chamas. Até mesmo peças como meias e ceroulas são feitas de materiais especiais.

Pietro Fittipaldi vai realizar um sonho de infância no próximo domingo (6). O piloto de 24 anos vai estrear no grid da Fórmula 1, no GP de Sakhir, seguindo os passos da família. E não esconde a alegria pela chance e também por levar mais uma vez o sobrenome Fittipaldi a uma corrida da categoria. "Estou preparado", garante o neto do bicampeão Emerson.

"É muito legal poder seguir o caminho do meu avô, do meu tio-avô Wilson, do meu tio Christian. E também do meu tio Max Papis, que também pilotou na Fórmula 1", disse Pietro ao Estadão, referindo-se a Massimiliano Papis, que pertence a outro ramo da família. "Para mim, é incrível. Desde pequeno, todo piloto tem o sonho de correr na F-1."

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Ele garante estar preparado para a preciosa chance, após dois anos atuando como piloto reserva e de testes para a equipe Haas. "Você nunca sabe quando a oportunidade vai vir. Eu estava atuando como reserva da Haas neste e ano passado, e sempre estava me preparando. Sabia que precisava estar preparando para o caso de precisar subir no carro."

Pietro conta que recebeu a boa notícia nesta segunda-feira, pela manhã, pelo horário local do Bahrein. "Hoje de manhã eu recebi uma mensagem do Günter para vir para a pista. Estava no hotel. Sentei com ele e perguntou se eu estava preparado. Eu disse que sim. Ele falou: é você quem vai pilotar no fim de semana. Sempre tive um bom relacionamento com ele. Sempre foi um cara muito direto comigo. Estou grato a ele, ao Gene Haas e a toda equipe pela oportunidade", afirmou o brasileiro, referindo-se a Günter Steiner, chefe da Haas.

Apesar de celebrar a oportunidade rara na categoria, ele não deixou de lamentar as circunstâncias da sua estreia no grid. "Não é a melhor circunstância, mas o importante é que o Romain está bem. Poderia ter sido muito pior. Graças a Deus, ele está bem. Vou fazer o meu melhor possível, no meu primeiro fim de semana de F-1."

A chance surgiu em razão do forte acidente protagonizado por Romain Grosjean, no domingo, no início do GP do Bahrein. Após ser tocado pelo russo Daniil Kvyat, o francês acertou com força o muro de proteção e seu carro se partiu em dois, em meio a uma forte explosão. Surpreendentemente, Grosjean saiu consciente e andando do local do acidente. Mesmo assim, sofreu queimaduras nas duas mãos e ficou impossibilitado de correr no domingo que vem.

A corrida será disputada novamente no Bahrein, mas com nome diferente: GP de Sakhir. Pietro será o 31º brasileiro a disputar uma corrida de F-1, encerrando um jejum que durava desde o fim de 2017. Foi quando Felipe Massa se despediu da Williams e também da categoria.

"Estou muito feliz pela oportunidade, pela confiança da equipe e por poder representar o Brasil no grid da F-1. É uma grande honra para mim, vou fazer o meu melhor", prometeu o brasileiro.

A princípio, Pietro foi convocado para disputar somente o GP do próximo domingo. Mas, se Grosjean não se recuperar a tempo, o brasileiro poderá pilotar também na última corrida do ano, em Abu Dabi, no dia 13 de dezembro. "Eu não sei ainda como vai ser a última corrida do ano. Agora estou focado neste final de semana, junto com toda a equipe."

O Brasil enfim voltará a ter um piloto no grid de largada da Fórmula 1, ainda que por apenas uma corrida. Nesta segunda-feira (30), a Haas confirmou que Pietro Fittipaldi vai substituir o francês Romain Grosjean no GP de Sakhir, disputado no mesmo circuito do Bahrein que recebeu a prova do último domingo (29).

Será a estreia do neto de Emerson Fittipaldi na principal categoria do automobilismo mundial. Pietro, de 24 anos, atua como piloto reserva do time norte-americano há duas temporadas. Ao alinhar no grid, no próximo domingo, ele se tornará o 31º brasileiro a disputar um GP de F-1 na história, repetindo os feitos do avô e dos tios Wilson e Christian Fittipaldi. Até então, Pietro só havia participado de treinos livres com a Haas.

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O brasileiro foi convocado para defender as cores da Haas na pista de Sakhir porque um dos dois titulares do time, Romain Grosjean, sofreu um forte acidente no domingo, no início do GP do Bahrein. Após ser tocado pelo russo Daniil Kvyat, o francês acertou com força o muro de proteção e seu carro se partiu em dois, em meio a uma forte explosão. Surpreendentemente, Grosjean saiu consciente e andando do local do acidente.

No entanto, ele sofreu queimaduras nas duas mãos e, ainda na noite de domingo, gravou um vídeo no hospital para afirmar que estava bem, apesar das lesões. A Haas, então, decidiu deixar Grosjean fora da próxima corrida. "Decidimos que o melhor para Romain era deixá-lo fora de ao menos uma corrida. A decisão de colocar Pietro no carro foi muito fácil", afirmou Günther Steiner, chefe da Haas.

"Ele tem familiaridade conosco e com o carro, está com a equipe há duas temporadas, como piloto reserva e de testes. Foi a decisão certa a tomar e, obviamente, será uma boa oportunidade para ele. Ele tem sido paciente e sempre esteve preparado para esta oportunidade, que agora chegou. É por isso que queremos ele no carro. Tenho certeza de que fará um bom trabalho", disse o dirigente do time americano.

O Brasil não tem um piloto na pista da F-1 desde o fim de 2017, quando Felipe Massa defendeu a Williams no GP de Abu Dabi. Desde então, Pietro e Sergio Sette Câmara, atual piloto reserva e de testes da Red Bull e AlphaTauri.

Dependendo da recuperação de Grosjean, Pietro poderá disputar também a última corrida da temporada, em Abu Dabi, no dia 13 de dezembro. Em comunicado, o brasileiro admitiu que "não era a situação ideal" para ganhar esta chance. "Será empolgante fazer minha estreia em uma corrida na F-1. Vou dar tudo o que posso e já estou ansioso para o primeiro treino livre, na sexta-feira", disse o brasileiro.

A oportunidade vem em boa hora para o neto de Emerson porque tanto Grosjean quanto o dinamarquês Kevin Magnussen, o outro titular da Haas, não vão permanecer na Haas em 2021. Os mais cotados para ocupar estas vagas são Mick Schumacher, filho do heptacampeão Michael Schumacher, e Nikita Mazepin.

Em uma corrida marcada pelo grave acidente envolvendo Romain Grosjean, que se enroscou com Daniil Kvyat na largada e viu seu carro explodir, Lewis Hamilton dominou de ponta a ponta e venceu neste domingo o GP do Bahrein, a 15ª e antepenúltima etapa da temporada 2020 da Fórmula 1. Max Verstappen foi o segundo colocado e seu companheiro de Red Bull, Alexander Albon, fechou o pódio na prova que teve outros incidentes e terminou com bandeira amarela, quase duas horas depois do horário previsto.

Hamilton foi seguro e manteve a liderança nas três largadas no circuito de Sakhir. O heptacampeão mundial controlou a corrida à sua maneira e não foi ameaçado em nenhum momento, correndo em outro patamar em relação aos adversários. Foi um passeio para ele no Bahrein, onde já havia dito que não iria tirar o pé. Pelo contrário, afirmou que iria dirigir "mais leve" e com menos pressão depois de ter assegurado o sétimo titulo na categoria há duas semanas, na Turquia.

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Foi a 95ª vitória de Hamilton na Fórmula 1, ampliando o próprio recorde, e o 11º triunfo em 15 provas na temporada 2020, absolutamente dominada por ele. "Fisicamente foi uma corrida muito desgastante. Max tinha muita velocidade hoje. Eu definitivamente estava sentindo isso. Estou muito grato ao time. Que privilégio ter outro resultado como esse", avaliou.

Verstappen teve um bom desempenho e, com o segundo lugar, ganhou força na briga pelo vice-campeonato contra Valterri Bottas, que decepcionou e terminou apenas em oitavo. O finlandês da Mercedes ainda ocupa o segundo lugar no Mundial de Pilotos, mas viu sua vantagem em relação ao holandês da Red Bull diminuir para 12 pontos (201 a 189).

O tailandês Alexander Albon herdou a terceira colocação depois que o mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, teve o motor de seu carro quebrado e provocou a entrada do safety car a três voltas do fim.

A McLaren colocou seus pilotos na quarta e quinta colocações, com o britânico Lando Norris à frente do espanhol Carlos Sainz Jr. O francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, foi o sexto, seguido do australiano Daniel Ricciardo, Renault. Atrás de Bottas vieram o francês Esteban Ocon e o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, fechando o top 10.

O carro de segurança salvou no fim Ricciardo e Bottas, que tinham problemas nos seus carros - suspensão e pneu furado, respectivamente - e conseguiram completar o corrida.

ACIDENTE EXPLOSIVO - O acidente com Grosjean paralisou a corrida por 1h30 para que fosse arrumada a barreira de proteção que foi atingida em cheio pela Haas do piloto francês, que, apesar do forte impacto e de ter ficado 29 segundos no cockpit em chamas, sofreu queimaduras leves nas mãos e está bem. Existe, também, a suspeita de fratura nas costelas.

Grosjean foi tocado por Kvyat na saída da curva 3, bateu forte na barreira de proteção e viu seu carro explodir e ficar completamente destruído, partido em dois. Assustado, o piloto da Haas recebeu ajuda da equipe de resgate e conseguiu sair logo do veículo. Dois fiscais de pista apagaram o fogo rapidamente com extintores de incêndio. Ele foi atendido no centro médico do autódromo de Sakhir e depois foi encaminhado de helicóptero a um hospital no Bahrein próximo do circuito.

Houve outro incidente envolvendo Kvyat. Na segunda largada da corrida, o piloto russo tocou no carro de Lance Stroll, que capotou, mas conseguiu sair de sua Racing Point sozinho e sem ferimentos. Já o piloto da AlphaTauri parou nos boxes e teve de pagar a punição de 10 segundos antes de realizar sua troca de pneus.

A Fórmula 1 volta no próximo fim de semana, com o GP do Sakhir, novamente no Bahrein, a 16ª e penúltima etapa da temporada 2020. O campeonato será encerrado no dia 13 de dezembro, com o GP de Abu Dhabi.

Confira a classificação do GP do Bahrein:

1°) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), em 2h59min47s515

2º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1s254

3º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), 8s005

4º) Lando Norris (GBR/McLaren), a 11s337

5º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 11s787s

6º) Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 11s942

7º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault, a 19s368

8º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 19s680

9º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a 22s803

10º) Charles Leclerc (MON/Ferrari), a uma volta

11º) Daniil Kvyat (RUS/AlphaTauri), a uma volta

12º) George Russel (GBR/Williams), a uma volta

13º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a uma volta

14º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a uma volta

15º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

16º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo)

17º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

Abandonaram a prova:

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Lance Stroll (CAN/Racing Point)

Sergio Perez (MEX/Racing Point)

Um grave acidente marcou o GP do Bahrein de Fórmula 1 neste domingo. Logo após a largada, Romain Grosjean se enroscou com Daniil Kvyat, da AlphaTauri, na saída da curva 3, bateu forte na barreira de proteção e viu seu carro explodir e ficar completamente destruído. O piloto da Haas recebeu ajuda da equipe de resgate e conseguiu sair do veículo após ficar 29 segundos no cockpit em chamas.

Na confusão, o francês saiu às pressas do carro sem uma das sapatilhas. Dois fiscais de pista apagaram o fogo rapidamente com extintores de incêndio. Ele foi atendido no centro médico do autódromo de Sakhir e depois foi encaminhado de helicóptero a um hospital no Bahrein próximo do circuito.

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As informações preliminares indicam que houve queimaduras leves nas mãos e tornozelos e existe suspeita de fratura de costela, mas o piloto da Haas está bem e permaneceu consciente após o acidente.

"Romain está bem. Não quero fazer comentários a respeito do estado de saúde, mas ele teve queimaduras leves nas mãos e tornozelos. Claro que ele está tremendo. Quero agradecer às equipes de resgate e da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que agiram muito rápido. Foi assustador", disse Gunther Steiner, chefe da Haas.

Nas redes sociais, o heptacampeão Lewis Hamilton, que manteve a liderança após a largada, alertou para os riscos que os pilotos correm. "Muito grato por Romain estar bem. O risco que corremos não é piada, para quem esquece que colocamos nossa vida em jogo por esse esporte que amamos. Obrigado à FIA pelos enormes avanços em segurança para que Romain pudesse sair andando disso tudo de forma segura", escreveu o britânico da Mercedes.

A prova foi interrompida com a bandeira vermelha porque a barreira de proteção ficou muito danificada. Os responsáveis pela infraestrutura do circuito começaram imediatamente o trabalho de reconstrução. A previsão inicial era de que a corrida ficasse paralisada por 45 minutos, mas esse prazo não foi cumprido e a segunda largada aconteceu após quase 1h30.

Grosjean não permanecerá na Haas em 2021. A tendência é de que se transfira para a Fórmula Indy na próxima temporada. Com a suspeita de fratura nas costelas, é muito provável que o francês não corra mais na Fórmula 1. Além da prova deste domingo, restam outras duas corridas para o fim da temporada 2020.

Se isso se confirmar, o brasileiro Pietro Fittipaldi e o suíço Louis Deletraz são os reservas da Haas, e um deles deve ser acionado para correr as duas etapas derradeiras do campeonato, nos próximos dois fins de semana, novamente no Bahrein, e em Abu Dhabi.

Max Verstappen superou a dupla da Mercedes e um problema na asa móvel de sua Red Bull para ser o piloto mais rápido do terceiro treino livre para o GP do Bahrein de Fórmula 1, a 15.ª e antepenúltima etapa da temporada de 2020. Neste sábado (28), o holandês dominou boa parte da atividade e anotou 1min28s355, à frente do heptacampeão Lewis Hamilton, com 1min28s618, e de Valtteri Bottas, com 1min28s721.

Verstappen sobrou em praticamente todo o treino livre. Logo depois de entrar na pista, o piloto holandês cravou o melhor tempo da sessão, com boa vantagem sobre os adversários, inclusive sobre a dupla da Mercedes. Ele, aliás, briga com Bottas pelo vice-campeonato da temporada.

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Na segunda metade da sessão, o piloto da Red Bull teve um problema com a asa móvel, que ficou balançando quando estava aberta, mas ainda assim continuou andando rápido e melhorou seu tempo. Depois, a equipe consertou o problema nos boxes.

Hamilton também passou por problema no carro, e a Mercedes começou a trabalhar para resolvê-lo. No fim da atividade, os mecânicos começaram um trabalho frenético. O piloto britânico ainda tentou sair dos boxes no minuto final, mas ficou parado no fim do pit Lane.

Depois do desempenho ruim nos primeiros treinos livres, Alexander Albon reagiu neste sábado. Pressionado e sob risco de perder a vaga na Red Bull em 2021, o tailandês deu uma resposta e, com novo chassis após o acidente de sexta-feira, fechou em quarto, a seis décimos de Verstappen.

A McLaren conseguiu colocar seus pilotos na quinta e sétima colocações, com o espanhol Carlos Sainz Jr à frente do britânico Lando Norris. O francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, ficou entre eles, no sexto lugar.

O russo Daniil Kvyat, parceiro de Gasly na AlphaTauri, terminou em oitavo, seguido da dupla da Racing Point, com o canadense Lance Stroll em nono e o mexicano Sergio Pérez completando os dez primeiros.

A cachorrinha que invadiu o traçado em Sakhir e provocou a paralisação do segundo treino livre na sexta-feira por alguns minutos foi resgatada pela sociedade protetora dos animais do Bahrein, que pediu sugestões de nomes para o animal nas redes sociais. Ela está bem.

Mais uma vez a Ferrari não foi bem. Vettel obteve a 13ª colocação e o monegasco Charles Leclerc teve um piora em seu rendimento com relação aos primeiro treinos livres e fechou na 15.ª posição.

Os pilotos voltarão a acelerar em Sakhir neste sábado na sessão de classificação para a definição do grid de largada, que começará às 11 horas (de Brasília). A largada para o GP do Bahrein será às 11h10 do domingo.

Um dos esportistas mais bem pagos do mundo, Lewis Hamilton disse não se opor ao teto salarial que será imposto para os pilotos de Fórmula 1 a partir de 2023. O heptacampeão mundial, no entanto, considera que a proposta tem de ser cuidadosa para não prejudicar os maiores talentos do esporte.

A Fórmula 1 tem discutido um limite para os salários dos pilotos como parte de um esforço mais amplo para nivelar a disputa entre as equipes mais ricas e as que possuem menos recursos.

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"Não me oponho pessoalmente a isso", opinou o britânico em entrevista coletiva nesta quinta-feira, às vésperas do GP do Bahrein, marcado para o próximo domingo. Será a antepenúltima etapa da temporada de 2020. O piloto da Mercedes se igualou a Michael Schumacher no número de títulos ao conquistar a Fórmula 1 pela sétima vez. Ele assegurou a conquista no GP da Turquia.

"Eu penso sobre as próximas estrelas jovens que estão surgindo e não vejo por que eles deveriam ser prejudicados se estão trazendo algo enorme para o esporte", ponderou Hamilton.

A categoria já estipulou um limite de 145 milhões de dólares (cerca de R$ 772 milhões) para as equipes dentro do orçamentos geral para o próximo ano. O valor será reduzido anualmente até chegar no teto orçamentário de US$ 135 milhões (cerca de R$ 718 milhões) entre 2023 e 2025.

O teto salarial, no entanto, não faz parte dessas medidas orçamentárias e ainda está um pouco distante. A proposta foi apresentada à Comissão da Fórmula 1 em outubro deste ano e pede que o valor máximo de US$ 30 milhões (cerca de R$ 159 milhões) seja implementado em 2023.

"Se você olhar para outros esportes, existem tetos salariais em alguns desses esportes. Acho que a única diferença é que as pessoas podem explorar suas imagens em muitas áreas, eles podem tentar maximizar sua imagem em outro lugar", disse Hamilton. "Já o automobilismo controla praticamente a imagem do piloto", acrescentou o piloto de 35 anos.

O piloto da Mercedes ganha cerca de US$ 50 milhões por ano (R$ 266 milhões) e está em negociações com a equipe alemã para estender o seu contrato, que expira no final deste ano.

"Os pilotos foram as estrelas do esporte e a Fórmula 1 precisava reconhecer isso", observou Hamilton que superou Schumacher no número de vitórias, pódios e pole position e se estabeleceu como um dos maiores pilotos da história. "É um esporte de bilhões de dólares e eles deveriam ser recompensados pelo que eles trazem para ele", concluiu.

O ex-craque Pelé parabenizou neste domingo (15) o piloto Lewis Hamilton, da Mercedes, pelo seu sétimo título mundial de Fórmula 1. O brasileiro escreveu a mensagem em seu perfil oficial do Instagram. O britânico republicou a homenagem em sua conta e agradeceu o ex-jogador do Santos.

"Esse menino me lembra o porque eu amo corrida, assim como fazia o meu grande amigo Michael Schumacher. Parabéns, Lewis Hamilton, por suas conquistas. Continue dirigindo e fazendo história. Ninguém pensou que veríamos sete novamente, mas leve isto até 10. Mal posso esperar para ver você chegar ao oitavo. E acima de tudo, parabéns e continue lutando por todos nós", escreveu Pelé.

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Hamilton recebeu centenas de homenagens pelo título conquistado, entre eles estavam mensagens de Felipe Massa, Neymar e David Beckham, além de muitos torcedores.

O britânico venceu o Grande Prêmio da Turquia e conquistou seu sétimo título mundial com três corridas de antecipação, igualando Michael Schumacher como maior campeão da história da categoria.

O piloto da Mercedes soma 307 pontos na tabela e não pode ser mais alcançado pelo seu companheiro de equipe Valtteri Botas, que tem 197.

Da Ansa

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, afirmou que o ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher, que sofreu um grave acidente de esqui há quase sete anos, "continua lutando".

As verdadeiras condições de saúde do heptacampeão mundial de F1 ainda são um mistério, já que poucas pessoas têm acesso à casa de Schumi.

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Todt, que é um grande amigo pessoal do ex-piloto alemão, visitou Schumacher e comentou que ele vem sendo "muito bem cuidado".

"Ele continua lutando. Só podemos desejar a ele e à sua família que as coisas melhorem. O Schumacher é muito bem cuidado", disse Todt em entrevista à emissora francesa "RTL".

Há alguns meses, Todt informou que a família de Schumi está "trabalhando" para que o alemão realize a sua primeira aparição pública desde o acidente em 2013, quando o ex-piloto se desequilibrou em uma pista de esqui em Méribel, no sul da França, e bateu a cabeça em uma rocha. O impacto gerou graves lesões cerebrais.

A família tenta manter seu estado de saúde em silêncio absoluto. Em uma das raras declarações públicas sobre o tema, Corinna Betsch, esposa de Schumi, deu a entender que o alemão segue reagindo lentamente.

Mick Schumacher

Todt também comentou sobre o piloto Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher, que está na liderança da atual temporada da Fórmula 2.

Para o presidente da FIA, o alemão poderá ganhar uma chance na F1 em 2021.

"Provavelmente correrá na F1 no próximo ano, estamos muito contentes por ter novamente um Schumacher no mais alto nível do automobilismo", disse o francês.

Romain Grosjean e Kevin Magnussen deixarão a Haas no final da atual temporada e Schumacher vem sendo especulado para assumir uma das vagas, assim como o russo Nikita Mazepin.

Da Ansa

Ao se sagrar heptacampeão mundial, Lewis Hamilton não apenas se igualou ao alemão Michael Schumacher no número de títulos. O inglês alcançou um dos últimos recordes da Fórmula 1, considerado quase inatingível por especialistas. O piloto da Mercedes é o maior da história também em número de vitórias, pole positions, pódios, pontos e quilômetros na liderança.

Mas Hamilton ainda está longe de dominar todos os recordes da categoria, boa parte deles ainda nas mãos de Schumacher. Um dos principais que ele ainda busca é o de maior número de voltas mais rápidas nos GPs. No momento, ele soma 53, bem abaixo das 77 do alemão. Para superá-lo, o inglês precisaria disputar mais duas temporadas na Fórmula 1. No momento, seu contrato com a Mercedes se encerra neste ano.

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Quando o assunto é cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, o inglês almeja dois feitos: o recorde de triunfos consecutivos e a marca histórica de vitórias em uma só temporada. No primeiro quesito, o recorde são nove do alemão Sebastian Vettel, em 2013. Com quatro vitórias consecutivas, igualaria o rival se vencesse as últimas três provas do ano e as duas primeiras de 2021.

Em uma só temporada, o inglês já venceu 11 - em 2014, 2018 e 2019. Porém, nunca faturou 13 em apenas um campeonato, recorde estabelecido por Schumacher em 2004 e igualado por Vettel em 2013. Como já venceu 10, pode empatar este recorde se levar a melhor nas últimas três provas de 2020.

O piloto da Mercedes já é o recordista de poles, com 97, mas fica atrás de Ayrton Senna quando a estatística é o número de poles consecutivas. Hamilton já conseguiu sete. O ídolo brasileiro tem oito no currículo.

Hamilton também fica atrás de grandes ídolos quando o assunto são "Hat Trick" e "Grand Chelem". Fazer um "hat trick" consiste em obter a pole, fazer a volta mais rápida e vencer a corrida, tudo em um mesmo GP. O inglês fez isso 18 vezes até agora. Schumacher lidera a estatística, com 22.

O "Grand Chelem" inclui ainda no mesmo pacote a vitória de ponta a ponta. O inglês obteve este feito por seis vezes em sua carreira. O recorde pertence ao compatriota Jim Clark, com oito na década de 1960.

Mas talvez o recorde mais distante de Hamilton seja o de número de GPs disputados. Hoje ele é apenas o sétimo colocado desta lista, com 264. O líder é Kimi Raikkonen, com 327. Ou seja, para ter alguma chance de alcançar a marca histórica, o piloto da Mercedes precisa seguir na Fórmula 1 por mais alguns anos e ainda torcer pela rápida aposentadoria do finlandês de 41 anos, que tem ao menos mais um ano de contrato com a equipe Alfa Romeo.

Mesmo ainda sem contrato para 2021, o inglês já avisou que a fome por novos recordes e conquistas ainda não acabou. "Vamos continuar a lutar por mais títulos. Vamos seguir tentando melhorar e continuar a correr e fazer o que fazemos, que é o que eu amo fazer", afirmou o novo heptacampeão mundial.

Lewis Hamilton fez história mais uma vez. O britânico da Mercedes venceu o GP da Turquia neste domingo com uma exibição fantástica e sagrou-se heptacampeão da Fórmula 1. Recordista em número de vitórias, ele se igualou a Michael Schumacher em títulos na categoria. O mexicano Sergio Perez, da Racing Point, terminou em segundo e o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, completou o pódio.

Hamilton foi absolutamente dominante em 2020, chegou à incrível marca de 94 vitórias na carreira em 264 provas e foi campeão antecipadamente, mais uma vez. O agora heptacampeão mundial triunfou em 10 das 14 corridas da temporadas até aqui e reforçou, a cada prova, que já está entre os maiores da história. Ele soma 307 pontos na classificação e já não pode ser alcançado por seu companheiro Valtteri Bottas, que decepcionou no GP turco e terminou fora da zona de pontuação, em 14°. O finlandês teve uma péssima atuação e rodou várias vezes. Agora, corre o risco de perder o vice para Max Verstappen.

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"É muito importante que as crianças vejam isso. Não acreditem quando disserem que vocês não podem fazer algo. Sonhem com o impossível. Trabalhem por isso, persigam, nunca desistam", reforçou Hamilton, que superou o preconceito e outras adversidades para se tornar um dos maiores ídolos do esporte mundial. Após a corrida, o britânico vibrou muito e se emocionou.

Neste domingo, o piloto da Mercedes largou em sexto depois de uma performance ruim no treino classificatório na "pista de gelo" em Istambul, molhada pela chuva e com pouca aderência em razão do recapeamento tardio. Não foi uma exibição brilhante, tanto que Hamilton chegou a errar e cair para sétimo no começo da corrida. No entanto, com pneus intermediários, com inteligência, paciência e talento, o piloto da Mercedes conseguiu se adaptar ao circuito e contou com as paradas dos adversários para trocar os pneus. Com arrojo e o talento de sempre, foi ganhando posições quando o asfalto começou a secar, até ultrapassar o mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, na 37ª volta, para assumir a liderança e de lá não sair mais.

Destruidor de recordes, o britânico chegou ao sétimo título com naturalidade. Assim como no ano passado, sobrou em relação aos rivais, mostrou que está em outro patamar já há algum tempo e impôs uma verdadeira dinastia na Fórmula 1, com sete conquistas, sendo quatro consecutivas.

Desde 2007, ano de sua estreia na categoria, e 2008, quando levantou seu primeiro troféu, o piloto evoluiu muito, e se consolidou também como um ídolo fora das pistas, com postura marcante contra o racismo e a favor dos direitos humanos e de causas sociais.

Em um ano marcado pelo movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e pela intensa discussão sobre ações afirmativas, Hamilton teve papel bastante relevante ao levar a preocupação com o racismo à principal categoria mundial do automobilismo. Mesmo com a ameaça de represálias, o único piloto negro da história da Fórmula 1 não se intimidou e reafirmou sua postura antirracista, tornando-se referência do movimento.

O britânico teve atitudes públicas nos últimos meses e que causaram reações controversas na Fórmula 1. Em julho, ele tentou organizar um protesto coletivo para que os 20 pilotos se ajoelhassem antes da prova. Seis não aderiram. Depois, Hamilton subiu ao pódio no GP da Itália com uma camiseta em que cobrava a prisão dos policiais responsáveis pela morte da jovem americana negra Breonna Taylor. Logo depois a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) proibiu o uso de outras vestimentas no pódio além do macacão. O supercampeão, porém, reiterou que continuaria protestando contra a discriminação racial e outros preconceitos, e assim o fez.

Na tumultuada prova na Turquia, com várias alternâncias de posições, destaque também para a Racing Point, com o segundo lugar de Sergio Perez, que chegou a liderar. Foi a primeira vez dele entre os três primeiros. A Ferrari, enfim, teve uma boa exibição e colocou seus pilotos no terceiro e quarto lugares. Charles Leclerc ficou muito perto de subir ao pódio, mas errou ao tentar passar o mexicano, perdeu o posto para Sebastian Vettel e finalizou em quarto.

O terceiro lugar foi um prêmio para o alemão tetracampeão, que subiu ao pódio pela primeira vez na temporada e se recuperou das péssimas corridas recentes. Ele havia largado em 11º.

O espanhol Carlos Sainz Jr, da McLaren, cruzou a linha de chegada em quinto, à frente dos dois carros da Red Bull, com o holandês Max Verstappen em sexto e o tailandês Alexander Albon em sétimo. O jovem britânico Lando Norris terminou na oitava posição, enquanto que o canadense Lance Stroll, da Racing Point, que havia feito a pole, não conseguiu se manter entre os primeiros, e foi o nono colocado. O australiano Daniel Ricciardo, da Renault, fechou o top 10.

Restam apenas mais três etapas para o fim da temporada de 2020 da Fórmula 1, que se encerrará no dia 13 de dezembro. A próxima corrida será o GP do Bahrein, daqui a duas semanas.

Confira a classificação do GP da Turquia:

1°) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), em 1h42min19s313

2º) Sergio Perez (MEX/Racing Point), a 31s633

3º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 31s960

4º) Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 33s858

5º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 34s363s

6º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 44s873

7º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 46s484

8º) Lando Norris (GBR/McLaren), a 61s259

9º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 72s353

10º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault, a 95s460

11º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a uma volta

12º) Daniil Kvyat (RUS/AlphaTauri), a uma volta

13º) Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a uma volta

14º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a uma volta

15º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

16º) George Russel (GBR/Williams), a uma volta

Abandonaram a prova:

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Romain Grosjean (FRA/Haas)

Nicholas Latifi (CAN/Williams)

Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo).

Depois de uma festival de rodadas na sexta-feira (13), o terceiro e último treino livre para o GP da Turquia, neste sábado (14), foi ainda mais caótico. Com a chegada da chuva, os pilotos tiveram dificuldades na pista em Istambul e foram incontáveis as escapadas. Em meio ao caos, Max Verstappen novamente levou a melhor e foi o mais rápido da atividade.

O holandês da Red Bull, que já havia liderado as últimas duas atividades na sexta-feira, anotou 1min48s485, 0s945 mais veloz que o segundo colocado Charles Leclerc, da Ferrari, e cravou o melhor tempo. Ele parece ter se adaptado melhor à pista recém-recapeada, com pouca aderência.

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Seu parceiro de Red Bull, o tailandês Alexander Albon, fez o terceiro melhor tempo, (1min50s059), à frente do francês Esteban Ocon, da Renault, que marcou 1min53s897. Na quinta colocação apareceu o jovem britânico Lando Norris, da McLaren.

O alemão Sebastian Vettel melhorou seu desempenho e colocou a sua Ferrari na sexta colocação, seguido do mexicano Sergio Pérez, da Racing Point, o sétimo. Com dificuldades para se adaptar à pista, o finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes, foi apenas o oitavo colocado. O dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, apareceu em nono, e o canadense Lance Stroll, da Racing Point, fechou o top 10.

Já Lewis Hamilton, que lidera o Mundial de Pilotos e pode faturar o heptacampeonato já neste domingo se marcar oito pontos a mais do que seu companheiro de equipe na corrida, não registrou tempo no terceiro treino na Turquia.

O asfalto da pista de Istambul, ainda sem a aderência ideal em razão do recapeamento recente, ofereceu mais dificuldades aos pilotos neste sábado por conta da chuva. Quase todos os pilotos rodaram em algum momento. Só o russo Daniil Kvyat rodou quatro vezes.

Na escapada mais perigosa do treino, Leclerc rodou na saída da curva 2 e por pouco não bateu no muro. Na mesma curva, Carlos Sainz Jr e Antonio Giovinazzi perderam tração, chegaram a deslizar na grama, mas não bateram. Mesmo com o cenário adverso, incrivelmente não houve nenhum acidente na sessão.

Os pilotos voltam a acelerar em Istambul neste sábado para a sessão de classificação, que começará às 9 horas. A largada para o GP da Turquia será às 7h10 (horário de Brasília) do domingo.

A Fórmula 1 está de volta à Turquia depois de nove anos. Nesta sexta-feira (13), as atividades de pista começaram com a primeira sessão de treinos livres e ela teve uma particularidade que deu dor de cabeça para os pilotos: a falta de aderência. Por se tratar de uma pista recém recapeada, todos tiveram trabalho para guiar seus carros e não perderam tempo ao saírem dos boxes assim que o cronômetro iniciou a regressiva de 90 minutos para ajudar também a melhorar as condições. O melhor deles foi Max Verstappen, da Red Bull.

Com o tempo de 1min35s077 na melhor de suas 29 voltas, o holandês até chegou a falar no rádio, ainda nos primeiros minutos do treino, que parecia que estava pilotando no gelo. Mais tarde, com um pouco mais aderência no asfalto, conseguiu a melhor marca e superou o seu companheiro de equipe, o tailandês Alexander Albon, que ficou em segundo com 1min35s318.

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No entanto, os tempos foram muito mais altos na comparação com o recorde da pista, que é de 1min24s770, estabelecido pelo colombiano Juan Pablo Montoya, com a McLaren, em 2005.

A Ferrari teve um bom desempenho nesta primeira sessão em Istambul e colocou o monegasco Charles Leclerc na terceira colocação, com o tempo de 1min35s507 e o alemão Sebastian Vettel em quinto (1min35s620). Entre eles ficou a AlphaTauri do francês Pierre Gasly, quarto com 1min35s543.

Em contrapartida, a Mercedes foi, de forma atípica, muito mal. O finlandês Valtteri Bottas, que até chegou a liderar a atividade na primeira meia hora, foi o melhor dos carros da escuderia alemã, em nono lugar (1min37s629), enquanto que o inglês Lewis Hamilton, que se queixou de equilíbrio na parte traseira do seu W11, foi apenas o 15.º com 1min40s225.

O russo Daniil Kvyat, em um treino muito positivo para a AlphaTauri, foi o sexto colocado, seguido pelo inglês Lando Norris, com a McLaren. Ele ficou à frente do italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, outra surpresa da atividade. Pouco atrás de Bottas, o francês Esteban Ocon, com a Renault, fechou a lista dos 10 primeiros.

O segundo treino livre será disputado a partir das 9 horas (de Brasília) desta sexta-feira (13). No sábado (14), a sessão de classificação terá início às 9 horas. A largada do GP da Turquia está agendada para as 7h10 de domingo.

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira que a cidade renovou contrato com Fórmula 1 para receber o GP do Brasil por mais cinco anos. Em entrevista coletiva, Doria disse que o acordo está assinado e garante, assim, a realização da etapa no Autódromo de Interlagos no ciclo entre 2021 e 2025. O atual contrato de São Paulo com a Fórmula 1 termina no fim deste ano.

"Tenho o orgulho de anunciar que a Fórmula 1 acaba de renovar a realização do GP do Brasil de Fórmula 1 até 2025. O autódromo de Interlagos foi confirmado como sede do GP do Brasil de Fórmula 1 pelos próximos cinco anos. O contrato será assinado pelo prefeito Bruno Covas e o Liberty Media (grupo dono da Fórmula 1)", disse o governador. Além de São Paulo, a Fórmula 1 admitia ter negociações para levar a prova ao Rio de Janeiro em um novo circuito a ser construído em Deodoro.

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O Estadão antecipou no início desta semana que o calendário provisório da Fórmula 1 para o ano que vem já traria a presença de São Paulo, mas com a ressalva de a etapa precisar de confirmação contratual. Na terça-feira, a categoria divulgou a lista de provas para 2021 com exatamente o mesmo cenário: Interlagos presente, porém com a necessidade de finalização do acordo.

Agora, nesta quinta, Doria revelou o término da negociação. "É uma grande vitória para a cidade de São Paulo, para o Estado de São Paulo e para o Brasil. Vitória do bom senso, do equilíbrio e a vitória determinada por um trabalho competente liderado pelo Bruno Covas", disse o governador. O projeto do novo autódromo do Rio tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a anunciar ano passado que o acordo com a Fórmula 1 estava quase fechado.

São Paulo tem sido a sede ininterrupta da prova desde 1990. O GP deste ano só foi cancelado por causa da pandemia do novo coronavírus, que acabou por causar uma radical mudança no cronograma da temporada. Com o acerto anunciado por Doria, a prova em São Paulo será disputada em 14 de novembro do ano que vem e será a antepenúltima do calendário.

Por enquanto não há informações sobre o valor a ser pago por São Paulo para realizar a corrida. A taxa de promoção que costuma a ser cobrada pelos donos da Fórmula 1 gira em torno de no mínimo R$ 150 milhões para etapas disputadas fora da Europa. O Rio chegou a acenar com um valor de até R$ 325 milhões entre taxas e receitas de ingressos VIP. Porém, o projeto de construção ainda não teve início porque depende de liberação de licenças ambientais.

Os promotores do GP do Brasil de Fórmula 1 negociam com a categoria para renovar o contrato de realização da corrida em São Paulo por mais cinco anos. A organização da prova confirmou ao Estadão nesta terça-feira que as conversas em andamento com a cúpula da categoria têm o intuito de estabelecer um acordo que terá ainda uma cláusula de renovação por mais outros cinco anos. Assim, será possível o autódromo de Interlagos manter a etapa até 2030.

Nas últimas semanas, os promotores do GP acompanhados de membros da Prefeitura de São Paulo intensificaram os contatos com o Liberty Media, grupo dono da Fórmula 1. O contrato em vigor para realização do GP do Brasil termina neste ano e embora o interesse da categoria fosse levar no ano que vem a prova para o Rio de Janeiro, a candidatura paulista ganhou força. O empreendimento carioca orçado em R$ 700 milhões pretende construir um autódromo em Deodoro, mas a obra ainda depende de liberação ambiental para começar.

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Como antecipado nesta segunda-feira em primeira mão pelo Estadão, a categoria divulgou nesta terça o calendário provisório de provas para 2021. A etapa brasileira está marcada para 14 de novembro, em Interlagos, porém está listada com a observação de que depende de questões contratuais para ser confirmada. Esse entrave é justamente o debatido no momento entre a Fórmula 1 e os promotores locais.

Ainda não foi revelada nenhuma informação sobre as condições financeiras apresentadas por São Paulo para manter a Fórmula 1. O projeto do Rio de Janeiro era o favorito justamente por ter se comprometido a pagar por ano cerca de R$ 325 milhões entre taxa de promoção e receita com ingressos VIPs. No ano passado, a cidade de São Paulo chegou a sinalizar uma proposta que chegou a somente um terço desse valor.

A Fórmula 1 pretende ter no próximo ano o número recorde de 23 GPs. A principal novidade é a entrada da Arábia Saudita no calendário. O Brasil recebe provas da categoria de forma ininterrupta desde 1973. O contrato atual previa a realização da etapa em Interlagos até neste ano, mas foi cancelado por causa da pandemia do novo coronavírus.

São Paulo deve ter até mesmo um outro promotor responsável pelo GP do Brasil. Há mais de 30 anos no cargo, Tamas Rohonyi deve sair e dar lugar a Alan Adler, do grupo IMM, que pertence ao fundo Mubadala, de Abu Dabi. Os dois não quiseram comentar o tema. A provável troca atende a um pedido da própria Fórmula 1 para se ter no comando do evento uma pessoa mais alinhada aos novos donos.

A tendência é Tamas continuar no projeto pela experiência em organizar provas. Responsável pelo GP do Brasil desde a década de 1980, o húngaro naturalizado brasileiro também atuou como promotor dos GPs de Hungria e Portugal nos anos 1980 e 1990. Adler também tem experiência em eventos, em especial como organizador do torneio de tênis Rio Open.

A Fórmula 1 vai divulgar o calendário da próxima temporada com a presença do GP do Brasil e a previsão de realização da prova no autódromo de Interlagos, em São Paulo, mas com uma ressalva. O Estadão apurou que a categoria vai divulgar a lista de provas da temporada 2021 nesta terça-feira com a informação de que a etapa brasileira dependerá da formalização de contrato com o promotor para ser realizada. Neste ano, o GP do Brasil não foi realizado por causa da pandemia.

O comunicado oficial da categoria vai trazer o GP do Brasil com um asterisco. A observação terá como complemento de que a prova necessita da finalização do acordo para poder ser realizada em 2021. Esse expediente é comum por parte da Fórmula 1 e já foi utilizado em outras ocasiões. Para 2017, por exemplo, a prova em Interlagos foi divulgada inicialmente com a ressalva de "sujeita à confirmação" e, meses depois, isso foi assegurado.

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Durante os últimos meses, São Paulo disputou com o Rio de Janeiro o título de cidade-sede do GP do Brasil a partir de 2021, ano que sucede a finalização do atual contrato para promoção da prova. O Estadão apurou que, em outubro, uma outra versão do calendário prévio da próxima temporada foi apresentado para dirigentes e chefes de equipes com informação diferente sobre a etapa brasileira. O calendário indicava o Rio de Janeiro como provável sede da corrida, porém trazia também a mesma ressalva com um asterisco: dependia da formalização do contrato com o promotor.

Em contato com a reportagem, a organização do GP do Brasil em São Paulo disse que está mais perto de receber a prova do que o Rio. "Aparentemente a FOM abandonou a ideia de tentar levar o evento para o Rio, mas mantém a conversa com São Paulo. Entretanto, até o momento nada foi concluído", disse, via assessoria de imprensa.

Como revelou o Estadão em junho, o consórcio Rio Motorsports havia encaminhado com a Fórmula 1 a finalização do acordo para receber o GP do Brasil em um autódromo a ser construído em Deodoro. O projeto de R$ 700 milhões ainda aguarda o processo de liberação ambiental para ter início e era o favorito do grupo dono da F-1, o Liberty Media, para sediar o GP do Brasil. Em setembro, o atual chefe da Fórmula 1, Chasey Carey, enviou carta ao governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, em que confirmou o término das negociações para mudar o GP do Brasil de sede. Também ressaltava a necessidade de liberação das licenças ambientais para prosseguir com o projeto.

"Estou escrevendo para atualizá-lo de que nós agora finalizamos os acordos para uma corrida com o Rio Motorsports LLC, que vai sediar, organizar e promover eventos da Fórmula 1 no Rio de Janeiro. Esses acordos estão prontos para execução e anúncio por parte da Fórmula 1 assim que todas as licenças necessárias forem expedidas pelas autoridades relevantes", escreveu Carey.

Porém, depois de uma reviravolta nas negociações, São Paulo é quem desponta nesse momento como o mais provável destino do GP do Brasil. A tendência é a prova ter um outro promotor responsável pela organização. Responsável pelo evento há mais de 30 anos, Tamas Rohonyi deve ser substituído. O favorito a ocupar o posto é Alan Adler, do grupo IMM, que pertence ao fundo soberano Mubadala, de Abu Dabi.

Procurada pela reportagem, a Rio Motorsports explicou que não comenta negociações em curso com a F-1. O projeto carioca despontou como o favorito para a entidade por ter apresentado garantias financeiras melhores que São Paulo, como o pagamento anual de cerca de R$ 325 milhões entre taxa de promoção e receita com ingressos VIP. Até o momento, no entanto, o autódromo não saiu do papel. O terreno existe, mas não há nenhum indício de que obras no local estejam para começar. A F-1 não tem opção de autódromo no Brasil a não ser Interlagos.

Não se sabe ainda, no entanto, se a categoria pretende fazer contrato com a cidade de São Paulo por dez anos, como queria o prefeito Bruno Covas, ou se por apenas mais uma temporada a fim de compensar o cancelamento deste ano. A etapa seria realizada neste mês de novembro, mas acabou cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. Vale lembrar que as eleições municipais vão apontar os novos prefeitos das cidades a partir do ano que vem. E toda essa negociação terá de ser feita com o vencedor do pleito em São Paulo.

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