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As bolsas europeias operavam em alta na manhã de hoje, enquanto os investidores avaliavam a promessa feita no fim de semana pelos países do G-20 de resolver a crise de dívida da zona do euro. O tom positivo, no entanto, perdeu força após comentários desanimadores de autoridades europeias sobre a situação da região.

Às 9h05 (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,45%, Paris avançava 0,01% e Frankfurt tinha queda de 0,31%.

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Os ministros de Finanças do G-20 afirmaram que vão garantir que os bancos estão adequadamente capitalizados e terão acesso suficiente a financiamentos e disseram que um plano abrangente para solucionar a crise da zona do euro será anunciado na cúpula da União Europeia marcada para 23 de outubro. Como resultado, as bolsas da Europa abriram em forte alta.

Porém, os índices de ações recuaram das máximas depois que o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que a cúpula da próxima semana não trará um solução final para a crise. Além disso, segundo um porta-voz, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que "o sonho de resolver todos os problemas na cúpula da UE" é impossível.

O clima otimista dos mercados também foi prejudicado por alertas de operadores e investidores de que a reunião dos ministros de Finanças do G-20 não produziu resultados concretos ainda. Outro fator negativo foi o comentário do Deutsche Bank de que a nota de risco da dívida da França está sob ameaça. "Nós consideramos que a deterioração nas condições econômicas está criando um risco destacável de que a França seja colocada sob observação negativa pelas agências de rating antes do fim deste ano", disse o banco. As informações são da Dow Jones.

A reunião do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) em Pretória, na próxima terça-feira, servirá para que os três países emergentes coordenem posições comuns a serem levadas ao G20, no início de novembro, em Cannes. Apesar da crise econômica ainda não ter afetado duramente nenhum deles, o agravamento dos problemas enfrentados por Europa e Estados Unidos deve dominar a cúpula que reúne a presidente Dilma Rousseff, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Dilma viaja hoje à noite. Irá ainda a Moçambique e a Angola. A intenção é que, mesmo que não haja uma concordância total, o Ibas possa ter uma posição comum para pressionar, especialmente os governos europeus, a tomarem medidas para solucionar a crise financeira. Na reunião com os demais presidentes, Dilma deve voltar ao tema do risco que as economias emergentes correm por conta da crise. "O primeiro item na agenda é, sem dúvida, a crise e a participação dos três países no G20", informou a embaixadora Maria Edileuza Fontinele Reis, subsecretaria de políticas do Itamaraty.

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Dilma deve chegar a Pretória na tarde de segunda-feira. Na terça, participa de reunião bilateral com o presidente sul-africano e, à tarde, da plenária do Ibas. Depois do jantar oferecido por Zuma a seus colegas, Dilma fará a segunda parte da viagem, com visitas a Moçambique e Angola. Países de língua portuguesa, ambos são de interesse estratégico para o Brasil, especialmente por conta das obras de infraestrutura e da exploração de minérios e petróleo, em que há um envolvimento crescente de empresas brasileiras. Dilma volta ao Brasil na quinta-feira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O papel do Fundo Monetário Internacional (FMI) na crise da Europa se tornou o ponto de polêmica do G-20. Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do grupo, reunidos hoje em Paris, discutiram o tema, mas não chegaram a definições concretas. Uma decisão só poderá ser tomada depois que a União Europeia apresentar um plano de ação para enfrentar a turbulência.

Alguns integrantes, como Brasil e França, sugerem ampliar a capacidade de empréstimos aos países da zona do euro com dificuldades. Mas há divergências: os Estados Unidos e a Alemanha, por exemplo, se posicionam contra a medida. A visão da maioria, que prevaleceu no comunicado divulgado hoje, é a de que o "FMI deve ter recursos adequados para cumprir suas responsabilidades sistêmicas e espera discussão sobre isso em Cannes".

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A decisão, portanto, ficou para o encontro de cúpula do grupo, a ser realizado nos dias 3 e 4 de novembro. "As discussões estão em andamento", disse o ministro de Finanças da França, François Baroin, em coletiva após a reunião realizada hoje, em Paris. Segundo ele, os participantes do encontro não chegaram a definir os valores que seriam necessários para o fundo, que hoje conta com US$ 400 bilhões.

O Brasil deixou sua posição clara e inclusive entregou texto com propostas. O País sugere o uso de linhas de crédito bilaterais que ficariam à disposição para serem usadas se necessário. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, seria importante dar uma sinalização de que o FMI está fortalecido para enfrentar a crise, o que já contribuiria para restaurar a confiança dos mercados. Ele lembrou que, no acordo de 2009, o Brasil se comprometeu com US$ 14 bilhões para o FMI, mas ainda não chegou a desembolsar nem US$ 10 bilhões, porque não foi preciso.

Um reforço do fundo agora representaria um "momento Londres", como aponta a proposta brasileira, numa referência ao encontro realizado na capital britânica em abril de 2009, que definiu um aumento dos recursos do FMI de US$ 250 bilhões para US$ 1 trilhão. De qualquer forma, a decisão de fortalecer o fundo só será possível se a União Europeia conseguir chegar a um plano para solucionar sua própria crise. Medidas como a recapitalização dos bancos, ampliação do fundo de resgate europeu e a negociação sobre a dívida da Grécia estão sendo discutidas e devem ser definidas na reunião de cúpula da UE, em 23 de outubro. Amarrado, o G-20 pressiona e espera por definições.

Envolvidos em dificuldades fiscais, os Estados Unidos não querem colocar mais dinheiro no FMI, até porque isso teria de passar pela aprovação do Congresso, como lembrou Mantega. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, avalia que o FMI já está preparado e não precisa de mais dinheiro. "Sabemos qual é a posição dos Estados Unidos", disse o ministro francês.

Para os países ricos, outra barreira seria o aumento do poder dos emergentes no fundo, que invariavelmente viria com as novas condições de crédito. Mantega fez questão de ressaltar que não deve haver atraso na implantação do cronograma de reforma do FMI, no qual os países em desenvolvimento ganham maior peso na distribuição de cotas.

O Brasil também apoia a sugestão da França de realizar uma nova emissão de direitos especiais de saque (SDR, na sigla em inglês), a " a cesta de moeda do FMI", como foi feito em 2009, para fortalecer as reservas do fundo. "O Brasil, como a França, acredita que o SDR é um elemento potencialmente fundamental na transição de longo prazo para um sistema monetário internacional mais balanceado, que reflete melhor a economia mundial cada vez mais multipolar", diz a proposta brasileira. O G-20 está discutindo a ampliação do número de moedas que formam o SDR, debate que deve prosseguir em Cannes.

Os ministros das finanças do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e os principais países emergentes do mundo) encerraram neste sábado uma reunião de dois dias, em Paris, defendendo que os riscos à economia global "precisam ser enfrentados com determinação para restaurar a confiança, estabilidade financeira e crescimento" e apelando aos líderes europeus que apresentem um amplo plano de combate à crise fiscal da zona do euro.

Os participantes do encontro disseram esperar que a União Europeia chegue a um acordo de plano decisivo para superar os problemas da região na reunião de cúpula marcada para o dia 23 de outubro.

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O plano que está em discussão se baseia em três pilares: mais ajuda financeira à Grécia, capitalização dos bancos atingidos pela crise europeia e mais recursos para o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

"Nós continuamos comprometidos a tomar todas as medidas necessárias para preservar a estabilidade dos sistemas bancários e mercados financeiros", afirmou o G-20, no comunicado final de sua reunião na capital francesa. "Nós garantiremos que os bancos sejam capitalizados adequadamente e tenham acesso suficiente a financiamentos para lidarem com os riscos atuais".

Ainda no comunicado, os ministros do G-20 disseram que os bancos centrais vêm tomando medidas firmes e estão prontos para suprir liquidez aos bancos quando necessário. "As políticas monetárias manterão a estabilidade dos preços e continuarão a apoiar a recuperação econômica", dizia o comunicado.

Os ministros afirmaram também ter avançado numa proposta de "plano de ação coordenada" do G-20 para impulsionar o crescimento global e superar a crise internacional.

O G-20, no entanto, deixou em aberto o debate sobre o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional, que seriam direcionados aos países mais afetados pela crise. Algumas das principais economias emergentes defendem que o FMI necessita de mais recursos para conter a crise fiscal europeia, ideia esta rejeitada pelos Estados Unidos, Canadá e outras nações desenvolvidas.

"Recursos adicionais do FMI não podem substituir o compromisso da zona do euro de alocar recursos seus para sustentar sua própria moeda", afirmou o ministro britânico das Finanças, George Osborne. As informações são da Dow Jones.

O Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) continuará garantindo que os bancos tenham capital suficiente e a União Europeia vai trabalhar para maximizar o impacto de seu fundo de ajuda, no valor de 440 bilhões de euros, segundo comunicado divulgado neste sábado em Paris.

Ministros das finanças que encerram hoje um encontro de dois dias na capital francesa disseram que seus bancos centrais estão prontos para fornecer liquidez aos bancos quando necessário, informa o documento. Eles afirmaram também ter avançado numa proposta de "plano de ação coordenada" do G-20 para impulsionar o crescimento global e superar a crise internacional.

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O plano que está em discussão se baseia em três pilares: mais ajuda financeira à Grécia, capitalização dos bancos atingidos pela crise grega e mais recursos para o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

O G-20, no entanto, deixou em aberto o debate sobre o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional, que seriam direcionados aos países mais afetados pela crise. Algumas das principais economias emergentes defendem que o FMI necessita de mais recursos para conter a crise fiscal europeia, ideia esta rejeitada pelos Estados Unidos, Canadá e outras nações desenvolvidas.

"Recursos adicionais do FMI não podem substituir o compromisso da zona do euro de alocar recursos seus para sustentar sua própria moeda", disse hoje o ministro britânico das Finanças, George Osborne.

A reunião de Paris acontece em meio à crescente ameaça de a crise europeia interromper a já anêmica recuperação econômica global e gerar um novo colapso financeiro mundial. As informações são da Dow Jones.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que é preciso criar uma nova governança global para encarar a crise. Ele avalia que o G-20 precisa aproveitar a próxima reunião, em novembro, para se consolidar como o fórum de tomada de resoluções. "Não dá para os países tomarem decisões unilateralmente", afirmou hoje, durante palestra em evento organizado pela revista britânica The Economist, em Londres.

Lula avalia que o G-8 perdeu importância, diante da entrada de novos atores no cenário mundial. Ele também disse que o G-20 não cumpriu as promessas feitas na reunião de 2009, em Londres, de democratizar o grupo, regular o sistema financeiro e acabar com os paraísos fiscais. "Para os Estados Unidos e a Europa, a crise já estava resolvida, mas não estava."

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O ex-presidente disse que, nas reuniões do G-20, "parece que não existe problema". "Só percebemos que existem problemas pela imprensa", afirmou.

Representantes do G-20, grupo das principais nações industrializadas e emergentes, realizaram teleconferência para discutir possível ação coordenada para minimizar a volatilidade nos mercados depois do rebaixamento da classificação soberana dos Estados Unidos, disse um oficial sul-coreano.

Os vice-ministros das Finanças do G-20 conversaram, na manha de hoje, segundo uma fonte sul-coreana. Não houve detalhes, mas o oficial disse que "sérias discussões" prosseguem, à medida que o G-20 busca conter uma ruptura nos mercados, em face do rebaixamento do rating soberano dos EUA e da turbulência no endividamento europeu.

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A teleconferência parece marcar o primeiro esforço para coordenação política entre as principais economias desde o rebaixamento dos EUA pela Standard & Poor's, na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

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