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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fez fortes críticas nesta terça-feira ao que chamou de "tendências obstrutivas" na regulação de bancos paralelos, pedindo às nações do G-20 que avancem na legislação para o setor durante a reunião de cúpula de dois dias prevista para começar na quinta-feira, em São Petersburgo.

Falando na câmara baixa do Parlamento alemão, Merkel disse que vai combater esforços para adiar a regulação do setor, que inclui fundos de hedge e veículos estruturados de investimento e que teria contribuído para a instabilidade do sistema financeiro global.

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"Infelizmente, tivemos pouco progresso na regulação de bancos paralelos", disse Merkel aos parlamentares. "O G-20 vai ser ridicularizado se não fizermos avanço." Merkel falou quase três semanas antes das eleições nacionais da Alemanha, no próximo dia 22.

A comunidade internacional tem pressionado para que a regulação do setor paralelo seja aprimorada após a falência do Lehman Brothers, em 2008, levar à insolvência de muitos bancos e ameaçar a estabilidade dos sistemas financeiro e bancário mundiais.

Atualmente, os bancos estão sujeitos a uma supervisão mais rígida e a maiores exigências de capital. O setor bancário paralelo, no entanto, é pouco regulado apesar do enorme impacto que tem sobre o sistema financeiros ao movimentar trilhões de euros em investimentos. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chanceler alemã Angela Merkel disse neste sábado (31) que vai pressionar por um avanço sobre a regulamentação dos mercados financeiros no encontro do G-20, que ocorre na próxima semana em São Petersburgo, na Rússia. Em um vídeo, Merkel afirmou que a "Alemanha irá, juntamente com outros países, exercer pressão para que não se abandone a regulamentação dos mercados financeiros".

Merkel afirmou que existem progressos na regulamentação dos bancos tradicionais, mas que os esforços para regular e fiscalizar os agentes financeiros, como bancos de investimentos e fundos de hedge (chamados de "sistema financeiro à sombra"), estão paralisados. A chanceler quer que os líderes do G-20 estipulem um "calendário vinculativo" sobre o assunto. Ela também disse que espera avanços nas discussões sobre evasão fiscal.

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A reunião do G-20 antecede as eleições na Alemanha, no dia 22 de setembro, onde Merkel busca o seu terceiro mandato. Fonte: Associated Press.

Os banqueiros centrais do G-20 saudaram o sucesso da nova estratégia de comunicação do Banco Central Europeu (BCE) e não pediram diretrizes mais concretas, afirmou o membro do Conselho do BCE Jens Weidmann. Ele também alertou que qualquer atraso na saída do Federal Reserve de sua política acomodatícia somente acentuaria os efeitos negativos do contágio em outros países.

"As diretrizes foram eficientes", garantiu Weidmann. Segundo ele, o BCE está agora em uma posição melhor para orientar as expectativas do mercado. "Não houve discussão sobre acrescentar mais detalhes a essas diretrizes e foi reconhecido que esse foi um passo importante."

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Após os primeiros comunicados do Fed sobre redução de estímulos apertarem as condições monetárias da zona do euro em junho, o BCE resolveu ser mais específico ao dizer que as taxas de juros devem permanecer em 0,5% ou abaixo por um "período prolongado".

Weidmann reiterou que essas diretrizes não foram uma mudança na estratégia de política monetária nem um "compromisso incondicional por um certo caminho para a taxa de juros". Em vez disso, foram uma tentativa de fornecer uma comunicação mais clara "em tempo de incerteza" para ajudar os mercados a entenderem que a zona do euro está em uma situação econômica diferente que a dos EUA, disse Weidmann.

Contágio

Weidmann disse que a reação do mercado após o anúncio inicial do Fed "deixou claro que uma saída das políticas de dinheiro fácil ocorre com contágios". Mesmo assim, ele disse que os banqueiros centrais do G-20 concordaram que esses contágios devem ser aceitos e que todas as autoridades de política monetária precisam continuar a atender seus respectivos mandatos.

"Os contágios não podem ser um motivo para adiar uma saída que é necessária", disse Weidmann. "Esses impactos negativos aumentam quanto mais durar o período de taxas muito baixas." Fonte: Market News International.

Os ministros do G-20 concordaram em colocar o crescimento antes da austeridade após dois dias de reunião, o que representa uma vitória das visões norte-americanas em meio à preocupação com a fraca recuperação global. Depois dos debates na capital russa, os ministros declararam que "a prioridade de curto prazo é impulsionar o crescimento e a criação de empregos".

O resultado evidencia uma mudança de pensamento na Europa e marca também a diferença em relação às reuniões anteriores do G-20, que enfatizaram a necessidade de consertar os orçamentos nacionais.

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A Alemanha tem pressionado o G-20 a adotar rígidas metas para reduzir as dívidas dos países após o fim, em 2016, do atual acordo do grupo para diminuir déficits orçamentários. Mas esse esforço encontrou forte oposição nos EUA e as autoridades alemãs receberam pouco apoio dos outros países desta vez.

"Com seu forte comunicado neste fim de semana, o G-20 reconheceu a necessidade de buscar políticas que impulsionem crescimento e empregos", disse hoje o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, ao Wall Street Journal. Citando o exemplo dos EUA, ele afirmou que "está claro que uma política macroeconômica inteligente, centrada em empregos, é a melhor forma de motivar o crescimento econômico, seguida pela consolidação fiscal quando o crescimento da demanda privada estiver estabelecido".

No entanto, as autoridades alemãs prometeram voltar a esse assunto novamente quando os líderes do G-20 se reunirem em São Petersburgo daqui a seis semanas.

Ainda não está claro se o novo tom do G-20 vai se transformar em alguma ação. Em certo grau, a União Europeia e seu mais poderoso membro - a Alemanha - já começaram a conceder a países como Espanha, Irlanda e Portugal mais tempo para escaparem da recessão antes de um aperto mais forte dos cintos.

Mas a reunião em Moscou destacou que a austeridade não é mais uma opção por enquanto. "A prioridade no curto prazo é crescimento, crescimento, crescimento", disse o ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici.

"Infelizmente não foi possível atualizar de forma confiável as metas estabelecidas previamente em Toronto", disse o presidente do banco central alemão, o Bundesbank, Jens Weidmann, após a divulgação do comunicado do G-20. Já o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que houve um "intenso" debate sobre orçamentos nacionais e sugeriu que ele voltará a esse assunto em setembro. "Ainda é importante desenvolvermos metas específicas e razoáveis para os países do G-20", frisou.

A reunião dos ministros de Finanças e banqueiros centrais do G-20 ocorreu com a intenção de pavimentar o caminho para a reunião de cúpula do grupo em São Petersburgo, em setembro. A decisão mais concreta do encontro foi apoiar um plano da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que visa combater a evasão fiscal por parte de companhias multinacionais.

Política monetária

Diversos países em desenvolvimento também expressaram o temor de que suas economias sofram quando o Federal Reserve (o banco central norte-americano) começar a reduzir o seu programa de compra de ativos. As compras do Fed, elaboradas para manter baixas as taxas de juros, injetaram dinheiro em países como o Brasil e a Coreia do Sul na medida em que investidores buscaram retornos maiores fora dos EUA.

Agora, essa liquidez abundante está em risco enquanto o Fed tenta cuidadosamente iniciar sua saída das políticas monetárias acomodatícias, fazendo com que as moedas dos países emergentes caiam fortemente e suas taxas de juros avancem.

Os russos, que atualmente detêm a presidência do G-20, disseram que os membros do grupo concordaram em definir uma "troca de informações" para melhorar a comunicação sobre política monetária entre as autoridades. No entanto, uma fonte norte-americana negou que os EUA tenham se comprometido com isso e o comunicado final do G-20 disse somente que futuras mudanças nas políticas monetárias "continuarão a ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas". Fonte: Dow Jones Newswires.

O risco de a economia chinesa ter um pouso forçado não foi considerado neste encontro ministerial do G-20 em Moscou, apesar de o país estar com uma pressão cada vez maior para baixo no crescimento, disse o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, à agência de notícias Xinhua no sábado. "O tema não entrou na agenda do encontro uma vez que nenhum participante acredita na existência desse risco", afirmou Jiwei.

Embora o Produto Interno Bruto (PIB) da China não esteja tão alto como no ano passado, o país registrou maior criação de empregos e mais investimentos diretos na indústria de serviços, o que mostra melhora na vitalidade da economia, segundo explicou o ministro.

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Jiwei não fez nenhuma menção à expectativa de crescimento da economia este ano. No início do mês, ele criou confusão a respeito da expansão para 2013 quando foi citado pela Xinhua dizendo que esperava que o crescimento do país em 2013 ficasse em 7%. A agência corrigiu depois dizendo que a projeção era de 7,5%, que é a meta oficial estabelecida no início do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos países do G-20, que se reuniram nesta sexta-feira  (19) e sábado (20) em Moscou (Rússia), expressaram preocupações com o fim das ações de estímulo nos Estados Unidos. Eles pressionaram para que o Federal Reserve seja cuidadoso e claro na comunicação sobre a redução dos estímulos, mas indicaram que os países emergentes terão de agir por conta própria para lidar com o impacto dessas medidas nos seus mercados e economias.

O comunicado final do encontro destacou os potenciais efeitos colaterais negativos do relaxamento monetário prolongado e ressaltou os prejuízos que a volatilidade nos mercados de câmbio e nos fluxos de capital pode causar. "Em períodos de estagnação econômica, o relaxamento monetário é justificado. A questão é o que fazer depois disso, sem riscos e implicações negativas para outras economias. Não existem receitas prontas para isso", disse o ministro de Finanças russo, Anton Siluanov.

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Embora os banqueiros centrais tenham reconhecido a necessidade de explicar seus ações para os outros membros do G-20 e levar em conta os efeitos colaterais de suas políticas, há um limite para o que pode ser feito, na prática, no nível internacional. "Políticas macroeconômicas sólidas e estruturas prudenciais fortes vão ajudar a resolver a potencial volatilidade", diz o comunicado, indicando que os emergentes precisarão lidar de forma individual com esse novo cenário.

Segundo o ministro de Finanças da Coreia do Sul, Hyun Oh-Seok, comentários feitos por autoridades dos EUA sugerem que "o fim do relaxamento monetário no país vai acontecer de maneira ordenada e que os países emergentes terão de elaborar sua própria política de resposta". Sinais de que o Fed pode começar em breve a reduzir suas compras de bônus desencadearam fortes quedas nas moedas, bônus e mercados de ações de países emergentes nas últimas semanas.

O ministro de Finanças da China, Lou Jiwei, disse que o Fed precisa adotar uma abordagem estável para o fim das suas medidas de estímulo. De acordo com ele, a redução nas compras de bônus promovidas pelo banco central dos EUA pode causar turbulência nos mercados financeiros em todo o mundo.

Política fiscal

Em relação à política fiscal, os membros do G-20 continuam a encontrar dificuldades para chegar a um consenso sobre o equilíbrio adequado entre as medidas de austeridade para reduzir os déficits orçamentários e a necessidade de estimular a economia. O comunicado oficial do encontro diz que foram feitos progressos no desenvolvimento de estratégias fiscais de médio prazo "credíveis, ambiciosas e específicas para cada país", mas não deu nenhum dado concreto para corroborar essa análise.

A Alemanha tem argumentado fortemente que os governos precisam reduzir suas dívidas para permitir um crescimento sustentável e queria definir metas de médio prazo para o período após 2016, quando termina um cronograma estabelecido em Toronto (Canadá), em 2010. Entretanto, segundo fontes que participaram do evento, a proposta não obteve apoio. Países como os EUA, por exemplo, estão mais preocupados em incentivar o crescimento econômico no curto prazo. Segundo o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, o debate sobre as estratégias orçamentárias nacionais foi "intenso".

O comunicado do G-20 também alega que a prioridade no curto prazo é impulsionar a criação de empregos e o crescimento. Segundo o texto, a recuperação global segue frágil, com desigualdade e desemprego altos. O documento diz ainda que o crescimento das economias emergentes continua, porém em ritmo mais lento.

"Nós tivemos discussões construtivas sobre esses assuntos, incluindo o efeitos colaterais de políticas monetárias, as implicações da recente volatilidade nos mercados e a necessidade de estratégias fiscais equilibradas e credíveis. Nós também concordamos sobre a importância de reformas estruturais abrangentes para aumentar a produtividade, reduzir a rigidez e estimular o crescimento", afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Na questão da regulamentação financeira, o G-20 disse que aguarda por mais detalhes sobre o acordo de Basileia 3, que serão finalizados em 2014. O grupo explicou que deve receber em setembro um relatório do Conselho de Estabilidade Financeira sobre como lidar com os bancos "grandes demais para quebrar".

O G-20 afirmou também que um acordo recém anunciado entre os EUA e a União Europeia para reformas nos mercados de derivativos "é um grande avanço construtivo", mas ainda existe muito trabalho a ser feito.

As autoridades disseram ainda que endossam totalmente o plano de reforma tributária internacional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade desenvolveu o plano, de 15 pontos, para eliminar brechas que permitem que grandes companhias multinacionais paguem poucos impostos. Segundo o ministro russo, Siluanov, o plano é "a mais importante medida tributária em um século". Fonte: Dow Jones Newswires.

Autoridades do G-20 reunidas em Moscou, na Rússia, disseram neste sábado que endossam totalmente o plano de reforma tributária internacional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade desenvolveu o plano, de 15 pontos, para eliminar brechas que permitem que grandes companhias multinacionais paguem poucos impostos. O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, classificou o plano como "a mais importante medida tributária em um século".

Além disso, autoridades do G-20 destacaram a necessidade de comunicar cuidadosa e claramente a saída dos programas de estímulo à economia dos principais bancos centrais e indicaram que a responsabilidade estará com os países em desenvolvimento em limitar o impacto sobre seus mercados e suas economias.

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O comunicado final dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais destacou o potencial de efeitos colaterais negativos de políticas prolongadas de relaxamento monetário e ressaltou os danos que podem causar os movimentos cambiais voláteis e os fluxos de capital.

"Em épocas de estagnação econômica, a flexibilização quantitativa é justificada. A questão é o que fazer depois sem riscos e implicações negativas para as economias", disse Siluanov após a reunião, acrescentando que "não há receitas claras para isso e tudo depende das condições econômicas".

Embora os presidentes dos bancos centrais reconheçam a necessidade de explicar suas medidas para outros membros do G-20 e de levar em conta os efeitos colaterais negativos de suas políticas, há um limite para o que pode ser feito em nível internacional, disseram autoridades.

O comunicado do G-20 também alega que a prioridade no curto prazo é impulsionar a criação de empregos e o crescimento. Segundo o texto, a recuperação global segue frágil, com desigualdade e desemprego altos. O documento diz ainda que o crescimento das economias emergentes continua, porém em ritmo mais lento. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro de Finanças e secretário do Tesouro britânico, George Osborne, disse neste sábado que o G-20 apoia o plano da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para uma reforma tributária internacional. A OCDE desenvolveu o plano, de 15 pontos, para eliminar brechas que permitem que grandes companhias multinacionais paguem poucos impostos.

O plano foi discutido na reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G-20. Eles se reuniram nesta sexta-feira, 19, e se encontraram neste sábado novamente em Moscou, na Rússia, para preparar uma agenda e propostas que serão discutidas na reunião dos líderes do grupo em São Petersburgo, em setembro.

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"Estamos absolutamente satisfeitos que o G-20 tenha mostrado apoio ao plano e que vamos ter um sistema tributário justo", afirmou Osborne a jornalistas. "Nossas mensagem é muito clara: todo mundo deve pagar seus impostos." Fonte: Dow Jones Newswires.

Mudanças de política monetária têm de ser calibradas cuidadosamente e comunicadas claramente, enfatizaram autoridades financeiras do G-20 durante encontro em Moscou. Isso é essencial por causa dos riscos decorrentes de movimentos cambiais voláteis e fluxos de capital, de acordo com um rascunho de comunicado ao qual o jornal The Wall Street Journal teve acesso.

O documento diz ainda que está havendo progresso no desenvolvimento de estratégias fiscais de médio prazo "críveis, ambiciosas e específicas de cada país". Impulsionar a criação de empregos e o crescimento são as prioridades de curto prazo, segundo o rascunho. Indicações de que o Federal Reserve, o banco central americano, possa em breve iniciar a redução da quantidade de ativos que compra para estimular a economia dos EUA, uma política conhecida como relaxamento quantitativo, provocaram quedas das moedas, títulos e ações nos mercados emergentes.

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"Mudanças futuras às definições de política monetária vão continuar a ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas", diz o rascunho do comunicado. "Reiteramos que o excesso de volatilidade dos fluxos de capital e dos movimentos desordenados das taxas de câmbios têm implicações adversas para a estabilidade econômica e financeira." Fonte: Dow Jones Newswires.

Os efeitos colaterais de políticas agressivas de relaxamento monetário têm sido um dos principais temas de discussão entre as nações do G-20, mas quando os ministros de Finanças se encontrarem na Rússia no próximo mês, o foco das conversas deverá ser as consequências da outra extremidade: a estratégia de saída das medidas de flexibilização.

Essa mudança de foco deverá marcar uma mudança importante nas discussões internacionais sobre a política monetária, que até recentemente estavam centradas em torno das repercussões negativas de "dinheiro fácil" e preocupações de que isso poderia desencadear uma "guerra cambial" global de desvalorizações cambiais competitivas.

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Fontes do governo japonês dizem que os ministros de Finanças e chefes de bancos centrais do G-20 deverão debater como o "afunilamento" da política de relaxamento monetário afetará as economias emergentes, quando se reunirem em Moscou, em 19 a 20 de julho.

É "bem possível", caso isso já não tenha sido decidido ainda, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fique encarregado de examinar os efeitos gerais da redução da flexibilização monetária, afirmou uma fonte à Dow Jones Newswires nesta semana.

Os mercados globais têm se mostrado voláteis desde que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse na semana passada que o banco central dos EUA poderia começar a reduzir seu programa de compra de ativos, de US$ 85 bilhões mensais, até o final deste ano. Bernanke também afirmou que poderá interrompê-lo até meados de 2014.

O cenário financeiro global mudou drasticamente desde abril, quando ocorreu a última reunião do G-20, em Washington.

Ainda que a saída da política de flexibilização monetária tenha sido discutida durante a reunião, o foco residiu em grande parte sobre o início do programa do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e seus efeitos colaterais, como o enfraquecimento do iene. Havia temores de que tal política poderia desencadear uma guerra cambial em que os países tentariam diminuir o valor de suas moedas para aumentar as exportações em detrimento das economias alheias.

"A questão não é mais a desvalorização competitiva das taxas de câmbio", disse uma das fontes do governo japonês. "Os países emergentes estão em apuros pois suas moedas ficaram demasiadamente fracas."

As fontes disseram que, na próxima reunião em Moscou, os membros do G-20 também poderão se mostrar interessados em ouvir a China sobre a política monetária, considerando as recentes tentativas de reduzir a sua bolha de crédito através de um aperto de liquidez.

O presidente do Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês), Zhou Xiaochuan, geralmente participa dos encontros do G-20.

Contudo, o objetivo das discussões em Moscou deverá ser o compartilhamento de visões do G-20 sobre o impacto de negociações sobre reduções de política monetária de relaxamento, em vez de analisar medidas ou criticar o Fed, declarou uma das fontes japonesas.

"É natural que o Fed encerre seu programa de relaxamento se a economia se recuperar", disse a fonte, acrescentando que os bancos centrais estabelecem políticas ao considerar o que é melhor para suas economias. Isso é também "um desenvolvimento positivo" para a economia global, pois a economia dos EUA terá se recuperado o suficiente para que o Fed trace sua estratégia de saída, disse ele. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Brasil é a economia mais fechada do G-20 e uma das mais protecionistas do mundo. O alerta é da Câmara Internacional de Comércio, que, na terça-feira, 11, publicou seu informe bianual sobre as barreiras às exportações no mundo, assim como os entraves em infraestrutura e burocracia. Para a entidade, o Brasil é mais fechado hoje que no início do governo de Dilma Rousseff e está abaixo da média mundial em termos de abertura ao mundo.

Num ranking das 75 maiores economias, que representam quase a integralidade do comércio internacional, o Brasil aparece apenas na 68.ª posição entre os mais abertos. Apenas oito países seriam mais fechados que o Brasil, entre eles Quênia, Paquistão e Venezuela.

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Em comparação ao ranking de 2011, o Brasil subiu uma posição. Mas o cálculo mostra que o País é mais fechado hoje que há dois anos. Numa pontuação de 1 a 6, com 6 para as economias mais abertas, o Brasil somou apenas 2,2 pontos. Em 2011, tinha 2,3 pontos.

O resultado aponta que, entre as economias do G-20, nenhuma é tao fechada quanto a do Brasil. Economias como a da Argentina, frequentemente acusada de protecionista, seriam mais abertas que a brasileira. Estão ainda em situação melhor países como Índia, Egito, China, Rússia ou Arábia Saudita.

O resultado põe o Brasil no grupo de economias mais fechadas que a média mundial. Um dos piores resultados do Brasil é na política comercial. O País somou só 1,7 ponto nesse critério, além de 2,2 pontos no que se refere aos investimentos.

A avaliação leva em conta a política comercial, a abertura a investimentos e infraestrutura que permitam o fluxo de comércio. A liderança no ranking é de Hong Kong e Cingapura, as economias mais abertas. Os piores seriam o Sudão e a Etiópia.

Nos últimos meses, o Brasil tem sido alvo de duras críticas de governos, empresas, especialistas e até organismos internacionais. Todos apontam para as tendências protecionistas do País como exemplo do que não deve ser seguido.

Na Organização Mundial do Comércio (OMC), governos como o dos EUA já questionam até mesmo as políticas agrícolas do Brasil, numa demonstração de que estão de olho nas práticas comerciais do País mesmo em áreas que eram consideradas as mais competitivas do mundo.

Se o Brasil não se sai bem no ranking, a situação não é muito diferente para os demais países dos Brics. Salvo o caso da África do Sul, as demais economias do bloco têm indicadores abaixo da média mundial, mesmo diante da expansão econômica. Um dos principais problemas é a existência de regimes de comércio que privilegiam empresas locais, com altas tarifas.

Na avaliação da entidade, não é apenas o Brasil e os Brics que deixam a desejar. Para o grupo, o G-20 não está mostrando liderança no combate ao protecionismo. Apenas uma das economias do grupo está entre as 20 mais abertas do planeta. Trata-se do Canadá, na 19.ª posição.

O grupo já fez em diversas ocasiões promessas de que não iria recorrer ao protecionismo. "Os líderes do G-20 têm enfatizado de forma consistente a importância de abrir mercados. Mas nossa pesquisa mostra que eles estão abaixo do que o resto do mundo está fazendo", disse Jean-Guy Carrier, o secretário-geral da Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros das Finanças das maiores economias do mundo deverão emitir um mensagem familiar neste sexta-feira durante sua mais recente reunião com um pedido similar para que os países evitem desvalorização de suas moedas.

Dois funcionários que representam o G-20 afirmaram que não haverá grandes mudanças nos principais pontos do comunicado do grupo, que está previsto para ser divulgado por volta das 13h (de Brasília), em Washington. Alguns países têm se queixado sobre o enorme programa de relaxamento quantitativo do Japão, dizendo que ele desvaloriza o iene e dá ao país uma vantagem comercial injusta.

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Na reunião realizada em fevereiro, em Moscou, as autoridades do G-20 concordaram em "evitar a desvalorização competitiva" e não usar as taxas de câmbio como propósitos competitivos.

Autoridades do Japão tentaram convencer outros países no G-20 e na reunião desta semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) que a política de relaxamento monetário é destinada a ajudar a impulsionar a sua economia, e não alterar as taxas de câmbio.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, afirmou que o G-20 concordou que o relaxamento monetário do Japão é uma medida temporária. Ele também afirmou que o G-20 não fecharia nenhum acordo nesta semana sobre as metas de corte de déficit, uma questão que tem irritado os governoS que buscam gastar mais para impulsionar suas economias. As informações são da Dow Jones.

O ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou que seu país permanece comprometido com os princípios do grupo dos 20 países industriais e em desenvolvimento (G-20) relacionados as moedas.

O comunicado divulgado após o encontro de ministros das finanças do G-20 afirma o compromisso do grupo com taxas de câmbio determinadas pelo mercado, flexibilidade de câmbio para refletir fundamentos subjacentes e para evitar a desvalorização das moedas com intuito competitivo.

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"O Japão segue comprometido a tais princípios", disse Aso em entrevista para a imprensa após o encontro. Ele disse também que seus companheiros no G-20 compreenderam as novas e mais agressivas abordagens do governo em relação as políticas fiscais e monetárias.

A aceleração no ritmo da flexibilização monetária adotada pelo Banco do Japão, junto as indicações dadas por autoridades sêniores do governo de que o iene mais fraco é desejável, provocaram depreciação forte da moeda japonesa e a suspeita internacionalmente de que o governo poderia estar manipulando a taxa de câmbio para beneficiar seus exportadores.

Ontem, entretanto, Aso afirmou que o Japão não tem uma meta para a taxa de câmbio e que o enfraquecimento do iene era um efeito paralelo - e não o objetivo - das políticas de estímulo.

O presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, que também estava na entrevista concedida hoje, enfatizou que a adoção de uma política monetária ultraflexível busca dar impulso à economia do Japão. Ele reiterou que os esforços dos países individualmente para dar suporte as suas respectivas economias ajudará a economia mundial como um todo. As informações são da Dow Jones.

A guerra cambial é reflexo da atrofia do comércio mundial e o antídoto para combatê-la é o desenvolvimento dos mercados consumidores domésticos, disse nesta sexta-feira em Moscou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que em 2010 iniciou a discussão do problema no âmbito do G-20. Ele participa nesta sexta e sábado (16) de reunião de ministros de Finanças do G-20, o grupo que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo.

"No ano passado, o crescimento do comércio mundial foi pífio e os países se acotovelaram para exportar, mas não conseguiram. Aí todo mundo quer desvalorizar suas moedas para aumentar a competitividade, o que dá origem à guerra cambial", disse o ministro. "Enquanto o comércio estiver atrofiado, a guerra cambial vai continuar."

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Segundo ele, os países que não conseguem estimular a economia doméstica acham que a saída para retomar o crescimento é aumentar as exportações. "Imagina se todo mundo chegar a essa conclusão?", perguntou.

Em sua opinião, a solução para evitar o agravamento da guerra cambial é fazer mudanças nas políticas fiscais dos países ricos que amenizem as metas de redução do déficit e da dívida e que deem espaço para ampliação do investimentos e do consumo."É necessária uma mudança de estratégia dos países que vivem da exportação para estimular seus mercados domésticos, com o objetivo de elevar a exportação e a importação", ressaltou. Essa inflexão seria mais possível hoje, depois de a zona do euro ter afastado o risco de crise financeiro, disse Mantega. "Isso tirou um incômodo da economia mundial, que era uma aversão ao risco e o nervosismo do mercado que atrapalha a atividade econômica."

O tema da guerra cambial continuará na agenda da reunião do G-20, mas o ministro avaliou que a situação do Brasil hoje é "mais tranquila" que a de 2010. "Nós conseguimos caminhar para um câmbio mais equilibrado. Estamos com câmbio que dá uma certa competitividade para as exportações brasileiras e que não permite tanta invasão de produtos importados a preços artificialmente baixos", ponderou. "Nós não dependemos tanto das exportações e somos um dos poucos países cujo mercado doméstico continua a crescer."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que vários países exportadores estão encontrando cada vez mais dificuldades para competir com outros que estão adotando medidas para enfraquecer suas moedas. "A guerra cambial ser tornou mais explícita agora porque os conflitos comerciais se tornaram mais pronunciados", afirmou Mantega em entrevista à Dow Jones. "Os países estão tentando desvalorizar suas moedas devido à queda do comercial global. Assim, muitos deles estão em uma situação difícil."

Credita-se amplamente à Mantega a autoria da frase "guerras cambiais", quando ele falou em 2010 sobre os problemas enfrentados por países em desenvolvimento porque as moedas de alguns países desenvolvidos foram enfraquecendo como resultado dos níveis sem precedentes de estímulos de política monetária.

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Mantega está participando da reunião dos ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G-20, em Moscou, na Rússia. Ele disse que, apesar da importância do debate sobre as chamadas guerras cambiais entre os membros do G-20, o comunicado final da reunião não deverá incluir comentários sobre o assunto. "Há países que não reconhecem a existência de uma guerra cambial", afirmou. "Eles querem continuar a evitar qualquer referência a isso. O comunicado precisa refletir o consenso de todos os membros do G-20, mas meus funcionários estão trabalhando para incluir os termos mais adequados possíveis.

A rodada de medidas de estímulo mais recente provocou novas acusações de que alguns países podem estar buscando enfraquecer deliberadamente suas moedas e ganhar vantagem ao impulsionar suas exportações às custas das exportações de outros países.

Em um esforço para dar aos países em desenvolvimento uma participação maior nos assuntos econômicos globais, Mantega disse que os Brics, grupo que incluiu Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, estão fazendo progresso para estabelecer um banco de desenvolvimento, que poderá entrar em operação em um período de um ano.

Segundo ele, outras instituições financeiras, como o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento da Ásia, baseado em Manila, nas Filipinas, não têm dinheiro suficiente para realizar todos os investimentos necessários para as economias emergentes. "(O banco de desenvolvimento" deverá entrar em operação em um ano a partir de agora", afirmou Mantega. "Inicialmente, ele envolverá somente membros dos Brics, mas mais tarde ele poderá expandir dinheiro para outros países em envolvimento. Nós estamos discutindo onde a sede do banco será localizada e a configuração de seu capital." Os membros dos Brics se reunirão em março, na África do Sul, e discutirão o estabelecimento do banco de desenvolvimento.

Brasil

Em relação ao Brasil, Mantega disse que a taxa de inflação neste ano deverá ficar abaixo do nível de 5,85% visto em 2012 e que permitir uma apreciação do real para conter os preços não é uma solução. "A taxa de câmbio não pode ser usada para combater a inflação e o Banco Central não faz isso", acrescentou. Ele disse também que espera que a economia do país crescerá entre 3% e 4% em 2013, ante a expansão de 1% no ano passado. As informações são da Dow Jones.

O G-20, grupo das 20 principais economias mundiais, assumirá o compromisso de assegurar que suas ações de política monetária estarão focadas na estabilidade de preços e no crescimento, em vez de enfraquecer suas moedas. A intenção consta do esboço de uma declaração que o G-20 pretende apresentar neste sábado.

Na tentativa de impulsionar seu anêmico crescimento, muitos membros do G-20 têm recorrido a níveis sem precedentes de estímulos monetários. Em muitos casos, têm desvalorizado suas moedas e criado problemas para os demais países em desenvolvimento, que acabam por receber grandes influxos de capital que fazem suas moedas ficarem mais fortes.

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A última rodada de medidas de estímulos monetários levou a novas acusações de que alguns países podem estar procurando deliberadamente enfraquecer suas moedas. Com isso, levariam vantagem por impulsionar suas exportações em detrimento das vendas externas de outros países.

Os ministros das Finanças e os dirigentes de bancos centrais realizam hoje e amanhã, em Moscou, sua primeira reunião do ano. E como de costume preparam uma declaração sobre o estado da economia mundial, entre outras questões.

Segundo um alto funcionário de um governo do G-20, envolvido na elaboração do comunicado, os ministros das Finanças e os chefes dos bancos centrais irão declarar que "a política monetária deve ser orientada para a estabilidade dos preços domésticos, enquanto continua a apoiar a recuperação econômica". As informações são da Dow Jones.

O mercado de câmbio doméstico abriu nesta quarta-feira com o dólar em baixa, enquanto no exterior a moeda dos Estados Unidos exibe sinais mistos. O dólar nas operações interbancárias de balcão começou o dia vendido a R$ 1,9670, com recuo de 0,25%. Às 13h30, atingiu uma máxima a R$ 1,9690 (-0,15%).

No mercado futuro, às 13h39, o contrato de dólar para março de 2013 caía 0,33%, a R$ 1,9720. Este vencimento futuro oscilou entre R$ 1,9695 (-0,45%) e R$ 1,9735 (-0,25%), após abrir a R$ 1,9715 (-0,35%). A queda do dólar ocorre na esteira da divulgação da Pesquisa Focus, do Banco Central, que apresentou ajustes para o alto nas projeções do mercado para a inflação este ano. A expectativa é de que o volume de negócios com moedas seja mais fraco nesta meia sessão de quarta-feira de cinzas.

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O câmbio também chama atenção em âmbito global. Um comunicado de terça-feira (12) do G-7 - grupo dos sete países mais industrializados do mundo - conduz a discussão sobre a chamada "Guerra Cambial" para a reunião nesta sexta-feira (15) e no sábado (16) entre os representantes do G-20, na Rússia. Em uma tentativa de evitar uma potencial rodada desestabilizadora de desvalorizações cambiais, o G-7 reiterou o compromisso com um câmbio movido pelas forças do mercado. Embora o G-7 não tenha feito menção explícita ao iene, autoridades do Japão afirmaram rapidamente que outros países do grupo entendem que as políticas do país não agem sobre o câmbio, mas sim no combate à deflação.

No Brasil, a Pesquisa Focus, do BC, mostrou que o mercado voltou a elevar sua projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 pela sexta semana consecutiva, de 5,68% para 5,71%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,53%. Para 2014, a projeção segue em 5,50% há 13 semanas. A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,47% para 5,49%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,53%. Nas estimativas do grupo de analistas que mais acertam as projeções, o chamado Top 5, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo subiu de 5,52% para 5,70%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas passou de 5,80% para 6,50%, teto da meta de inflação. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,73% e de 5,85% para cada ano,

respectivamente.

Sem perspectivas de uma desaceleração de preços no curto prazo, o governo tende a operar as expectativas do mercado no sentido de evitar grande volatilidade do

câmbio. Na sexta-feira, após a queda do dólar até R$ 1,9530 (-0,96%) -

menor cotação intradia desde 11/5/2012 - em meio à confusão gerada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao dizer que o governo não deixará o dólar voltar para o

patamar de R$ 1,85, o próprio ministro reafirmou que a política cambial não mudou. O Banco Central também interveio, recolocando a moeda em estabilidade, de volta ao

patamar de R$ 1,97.

O que se abstrai desse movimento é que o Ministério da Fazenda e o Banco Central, após declarações desencontradas das autoridades, acabaram alinhando suas

sinalizações a fim de assegurar a manutenção do regime de câmbio flutuante. Além disso, de olho na inflação e na meta de crescimento do País, e ainda após o mercado

testar um novo piso informal para o dólar na sexta-feira, as autoridades indicaram que o governo deseja que a taxa de câmbio oscile perto de R$ 2,00, nem muito acima

nem muito abaixo desse nível, segundo avaliações de analistas de bancos e corretoras de câmbio ouvidos pelo Broadcast.

O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse que a reunião do G-20 que começa nesta quinta-feira discutirá as taxas de câmbio e pediu novamente por uma política "coerente" sobre as moedas. "Quando se trata de câmbio, a discussão geral ocorrerá no G-20", afirmou, fazendo referência à reunião que será realizada em Moscou, na Rússia.

"Não é uma questão de pressionar o (Banco Central Europeu)...você tem de respeitar a independência da política monetária, mas as taxas de câmbio precisam refletir os fundamentos econômicos", disse o ministro ao chegar para uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, em Bruxelas, grupo conhecido como Ecofin.

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O ministro afirmou que "movimentos erráticos" no câmbio estava tendo um efeito negativo sobre as economias. A França soou o alarme sobre as taxas de câmbio durante a semana passado, em meio a preocupações de que a alta do euro poderá limitar a recuperação econômica nascente na Europa. Vários países rejeitaram, no entanto, pedidos de intervenção no câmbio. As informações são da Dow Jones.

Diante do cenário de lenta recuperação global e o risco de piora do quadro de recessão na Europa, o G-20 (grupo das 20 nações mais ricas do mundo) se comprometeu nesta segunda-feira a fazer o que for preciso para estimular o crescimento da economia mundial. No comunicado, divulgado ao final do encontro, os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do grupo acenaram com a possibilidade de adoção de medidas de estímulo à atividade.

Segundo o G-20, os países com espaço fiscal estão prontos para dar suporte ao aumento de demanda agregada para ajudar no crescimento da economia mundial. A ajuda no curto prazo ocorrerá se as condições econômicas piorarem. Os representantes do G-20 reconheceram que os esforços para reduzir os desequilíbrios globais não têm sido suficientes e que é preciso fazer mais para garantir a estabilidade econômica do mundo.

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Para não agravar a situação, o G-20 deu sinais na direção de uma maior flexibilidade para o atingimento das metas fiscais definidas em 2010. "À luz do baixo crescimento, vamos garantir que o ritmo de consolidação fiscal seja apropriado para garantir a recuperação", diz o texto. Durante a reunião do G-20, os autoridades econômicas traçaram um cenário de riscos elevados e de baixo crescimento para a economia global.

A possibilidade nos Estados Unidos da entrada em vigor do chamado "abismo fiscal" (medidas de corte de gastos e aumento de impostos que entram em vigor em janeiro de 2013) e o aperto fiscal no Japão são uma ameaça. O G-20 também vê risco em eventuais atrasos na implementação das medidas já anunciadas na Europa de enfrentamento da crise. Outro fator de preocupação é a possibilidade de choques de ofertas adicionais nos mercados de commodities.

Calibragem

Apesar do impasse em torno do "abismo fiscal", o G-20 diz que os EUA vão calibrar cuidadosamente o ritmo do aperto fiscal, para garantir que as finanças públicas sejam colocadas em um caminho de sustentabilidade de longo prazo, evitando uma forte contração fiscal em 2013. A desaceleração do crescimento nos países emergentes também preocupa.

" Há um equilíbrio muito delicado da situação da economia mundial, com baixo crescimento e altos riscos", advertiu o ministro das Finanças do Chile, Felipe Larraín. Segundo ele, a Europa estará em recessão não só este ano mas também em 2013. Larraín disse que também ficou claro na reunião de ontem que a recessão na Europa poderá continuar em 2014, conforme projeções da OCDE.

O Brasil saiu frustrado da reunião por não ter tido avanços na definição da reforma de cotas (que dão direito a voto) do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. Ele destacou que existe um compromisso dos líderes dos países do grupo para completar a definição sobre a nova fórmula de cálculo das cotas com direito a voto até janeiro de 2013. "É frustrante que o G-20 não tenha sido capaz de chegar a um resultado a esse respeito", disse.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, disse que o governo brasileiro sai frustrado da reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), na Cidade do México, nesta segunda-feira, por não ter tido avanços na definição da reforma de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele destacou que existe um compromisso dos líderes dos países do grupo para completar a definição sobre a nova fórmula de cálculo das cotas com direito a voto até janeiro de 2013.

Cozendey afirmou que é "frustrante que o G-20 não tenha sido capaz de chegar a um resultado a esse respeito". Ele avaliou, porém, que o governo brasileiro tem esperanças de que um acordo seja concluído no board do FMI até janeiro. "Temos expectativas de que os países do G-20 honrem o compromisso para completar a revisão da fórmula de cálculo".

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Outro assunto no qual o Brasil também esperava avanços no G-20 ao longo de 2012 é em relação à questão dos subsídios para as exportações dos produtos agrícolas. O governo brasileiro, segundo Cozendey, achava que o G-20 deveria tratar essa questão de maneira mais aprofundada, mas que os países que concedem tais subsídios bloquearam este debate.

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