Tópicos | Geddel Vieira Lima

Cerca de 200 pessoas se reuniram em frente às obras de construção do edifício La Vue, em Salvador, para protestar contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pediu demissão nesta sexta-feira, 25, após ser alvo de denúncias de tráfico de influência. Ele é acusado de pressionar pela aprovação do empreendimento com gabarito acima do permitido pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).

Organizado pelo coletivo Subverso, o ato também teve como alvo o governo de Michel Temer e a PEC 55, que tramita no Senado e propõe limite aos gastos públicos.

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O grupo, que contou com a participação de militantes da APLB (Sindicato dos Trabalhadores de Educação do Estado da Bahia), vereadores de oposição e instrumentos de percussão, iniciou o protesto com um bem-humorado churrasco na rua. "Queima, Geddel", gritavam os manifestantes.

O tapume que protege a obra foi pichado com as frases "Fora Temer", "Tombou Geddel" e pedidos para a instalação da CPI da Sucom (Secretaria Municipal de Urbanismo).

Com faixas e cartazes, os manifestantes iniciaram uma marcha em direção ao bairro do Chame-Chame, e encerraram o ato em frente ao prédio onde Geddel mora.

Em meio à crise do caso Geddel no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou longa nota em defesa do presidente Michel Temer. Apesar de assumir que o ambiente é de crise, Renan afirma que o Senado se comportará com equilíbrio e garante a manutenção do calendário de votações da Casa, inclusive da PEC do Teto.

"As alegações do ex-ministro da Cultura não afetam o Presidente Michel Temer, que reúne todas as condições para levar adiante o processo de transição. As mexidas ministeriais tampouco afetarão o calendário de votações do Senado, que inclui a PEC do limite de gastos e o projeto de abuso de autoridade", escreveu.

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O peemedebista citou outros projetos que estão na pauta de votação do Senado até o fim do ano, como a lei de licitações, a legalização dos jogos de azar e o fim da reeleição para cargos do Executivo. De acordo com Renan, se necessário, o recesso parlamentar de fim de ano será cancelado.

O presidente do Senado aproveitou para orientar que a Câmara faça o mesmo, e sugeriu a Rodrigo Maia (DEM-RJ) que adote um calendário de votações expressas.

Renan afirma ainda que o momento é de superar "falsas polêmicas". Na nota, ele cita outros momentos de crise, como o afastamento da presidente Dilma Rousseff e alega que o Senado agirá com a crise de Temer da mesma maneira: "equilíbrio, responsabilidade e atento à soberania e independência entre os Poderes".

O subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo, Leonardo Américo Silveira de Oliveira, assessor do ex-secretário de Governo Geddel Vieira de Lima, foi alvo da Operação Vigilante, da Polícia Federal, nesta sexta-feira, 25. Leonardo Américo Silveira de Oliveira foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor e liberado.

O assessor de Geddel não foi localizado pela PF. Ele deve se apresentar na segunda-feira, 28, na Superintendência da PF em Salvador. A Operação Vigilante investiga um esquema de desvios de recursos destinados ao transporte escolar na (BA). O prejuízo estimado ao Erário é de, pelo menos, R$ 3 milhões.

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Geddel Vieira Lima deixou o governo nesta sexta-feira, em meio à polêmica das obras do empreendimento de alto padrão La Vue Ladeira da Barra, em Salvador, onde Geddel possui apartamento. A unidade foi pivô também da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura.

Calero deixou o cargo na sexta passada acusando Geddel de pressioná-lo para que o Iphan - submetido à Cultura - liberasse a construção do edifício. De acordo com o parecer do Ministério Público Federal, a excessiva altura do prédio de luxo apontada pelo projeto comprometeria a visibilidade de pelo menos três bens históricos tombados na capital baiana - a Igreja de Santo Antônio, o Outeiro de Santo Antônio e o Forte de Santa Maria.

Leonardo Américo Silveira de Oliveira é ligado à empresa Serbem Serviços e Locações, que presta serviço de transporte escolar em Malhada de Pedras, município a cerca de 560 quilômetros de Salvador.

Segundo nota do Ministério da Transparência, durante as investigações, foram identificadas fraudes em licitação, com direcionamento, para contratação de empresa vinculada a gestores municipais; superfaturamento mediante adulteração de quilometragem de linhas percorridas; e cobrança pela prestação de serviço de transporte, em dias sem atividade escolar. Em alguns casos, a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida.

Participam da ação cerca de 90 pessoas, entre policiais e auditores da CGU. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios baianos de Malhada de Pedras, Salvador, Alagoinhas, Itagibá e São José do Jacuípe.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de responsabilidade, fraudes em licitação, organização criminosa, além de atos de improbidade. O nome da Operação faz referência a dois aspectos: primeiro, deriva do nome da empresa utilizada pela organização criminosa, que em tupi, significa vigilante; segundo, uma alusão a órgãos de controle, que estão vigilantes quanto aos desvios de recursos públicos.

O líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), rechaçou a demissão do ministro Geddel Vieira Lima após agravamento da crise com o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que também denunciou sofrer pressão do presidente Michel Temer. De acordo com Lindbergh, a demissão de Geddel é uma tentativa de proteger o presidente.

"A demissão de Geddel não é solução para essa crise. Geddel tem, sim, que ser demitido pelas acusações que sofreu, mas sua demissão não pode servir para abafar o envolvimento de Michel Temer, que também tem que responder pelos seus erros", afirmou. De acordo com o líder da oposição, Temer defendeu interesses privados e também tem parte na crise denunciada por Calero.

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Lindbergh se reuniu nesta sexta-feira (25) no plenário do Senado com outros apoiadores da ex-presidente Dilma Rousseff, como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Roberto Requião (PMDB-PR). Os senadores discutiram as notícias relacionadas ao caso Geddel e as eventuais punições para o ministro e o presidente.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse, nesta sexta-feira (25), que a demissão do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), é um “reconhecimento de culpa” e de que a crise atingiu um patamar “extremamente grave”. Geddel é acusado de cometer tráfico de influência no Governo Federal para destravar a obra de um imóvel na Bahia. A denúncia também atinge o presidente Michel Temer (PMDB). 

Sob a ótica do petista, com a demissão do ex-ministro “há uma tentativa de estancar a sangria e a crise que já invadiu o gabinete do presidente da República pela sua participação direta numa ação de tráfico e influência e de advocacia administrativa”. 

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“Creio que Temer perde todas as condições de continuar governando”, disparou Humberto. “Por serem verdades, há uma articulação de uma organização criminosa que pode se colocar a serviço de interesses privados em muitos momentos. Isso significa claramente para nós que o presidente da República cometeu um crime de responsabilidade”, acrescentou.

Segundo ele, a ex-presidente Dilma sofreu o impeachment sob o argumento de ter cometido crime de responsabilidade “que jamais foi provado”, “mas fica absolutamente claro que há um cometimento de crime de responsabilidade por parte de Michel Temer”.

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O pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi a saída encontrada pelo Palácio do Planalto para tentar salvar o governo da crise política, que se avoluma a cada dia. A operação para entregar a cabeça de Geddel foi articulada ainda na quinta-feira (24) após a divulgação do depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal, no qual ele dizia ter sido "enquadrado" pelo presidente Michel Temer para atender aos interesses do chefe da Secretaria de Governo. A pressão seria para liberar a construção de um prédio nos arredores de uma área tombada, em Salvador.

Articulador político do Planalto com o Congresso, Geddel sai do governo às vésperas da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, marcada para a próxima terça-feira, dia 29, no plenário do Senado. Temer ainda não escolheu o substituto de Geddel, seu amigo há quase 30 anos, e disse a aliados que ele próprio fará a coordenação política para a votação da PEC do Teto, considerada fundamental pelo governo para o ajuste fiscal e a recuperação da economia.

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Em reunião de emergência convocada por Temer com auxiliares, na noite de quinta-feira, a situação de Geddel -- que já havia viajado para a Bahia -- foi considerada insustentável. Houve, a partir daí, intensa troca de telefonemas com o ministro. "É tudo pior do que parece", disse um dos auxiliares do presidente.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que Calero gravou conversas com Temer, com Geddel e com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. No depoimento à Polícia Federal, Calero disse que o presidente tentou fazer com que ele "interferisse indevidamente" para que a decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), barrando a construção do prédio em Salvador, fosse substituída por um parecer da Advocacia Geral da União (AGU). Geddel comprou na planta um apartamento no edifício "La Vue", que teve a obra embargada pelo Iphan.

As afirmações de Calero jogaram mais combustível na crise por atingirem diretamente o presidente. Antes desse depoimento -- prestado no último dia 19, mas que só veio a público nesta quinta-feira -, o ex-ministro da Cultura havia citado apenas a pressão exercida por Geddel para a liberação do empreendimento.

À Polícia Federal, porém, Calero mencionou uma suposta interferência de Temer -- que estaria demonstrando "insistência" --, de Padilha e de outros auxiliares do núcleo do governo para que o caso fosse resolvido. Calero disse ter se sentido "decepcionado" por não ter mais a quem recorrer e pediu demissão, desobedecendo à ordem de enviar o polêmico processo para a AGU.

A queda de Geddel ocorre uma semana após a saída de Calero. O titular da Secretaria de Governo é o sexto ministro a deixar a equipe de Temer.

Na avaliação de interlocutores do presidente, porém, esta foi a demissão que ele mais sentiu, na esteira de uma crise que atinge o seu próprio gabinete e o "núcleo duro" do Planalto. Temer resistiu o quanto pôde a "rifar" Geddel, mas a "solução" encontrada foi uma espécie de boia jogada para conter a turbulência.

O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, divulgou uma nota nesta sexta-feira (25) negando que tenha solicitado audiência com o presidente Michel Temer (PMDB) com a intenção de gravar uma conversa no gabinete presidencial. O texto foi publicado no perfil de Calero no Facebook.

Calero, que pediu demissão e depois falou que foi pressionado pelo então ministro Geddel Vieira Lima para a liberação de um empreendimento do interesse de Geddel na Bahia, falou que, durante sua trajetória, nunca agiu "de má fé ou de maneira ardilosa".

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Comentando o episódio envolvendo Geddel, que nesta manhã pediu demissão do cargo, Calero afirmou que cumpriu sua obrigação "como cidadão brasileiro que não compactua com o ilícito e que age respeitando e valorizando as instituições."

"A respeito de informações disseminadas, a partir do Palácio do Planalto, de que eu teria solicitado audiência com o presidente Michel Temer no intuito de gravar conversa no Gabinete Presidencial, esclareço que isso não ocorreu", destacou Calero, em nota.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira (25), que espera que a crise ocasionada por denúncias de tráfico de influência envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima sirva “de lição” para o presidente Michel Temer (PMDB). Sob a ótica do parlamentar pernambucano, o governo “vacilou ao não afastar de imediato” Geddel após as acusações do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. 

"Não é que o governo tenha que afastar seus membros ao sinal de qualquer denúncia, mas o que pesou contra Geddel, que já não tem um histórico bom, foi um fato gravíssimo. Uma denúncia robusta com começo, meio e fim. Sua saída deveria ter acontecido semana passada quando as informações sobre o episódio do edifício em Salvador foram reveladas. De forma que o Governo deve tomar como lição o que ocorreu", observou Vasconcelos.

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A turbulência política no governo iniciou após a demissão de Calero. Ao deixar o cargo, o ex-ministro acusou Geddel de pressioná-lo a modificar uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a construção de um empreendimento imobiliário na Bahia. Geddel é dono de um dos apartamentos do imóvel que teve a obra embargada pelo órgão técnico. A crise, entretanto, foi agravada após Calero trazer à tona outras denúncias nessa quinta-feira (24), uma delas contra o próprio Temer. O ex-auxiliar revelou, em depoimento à Polícia Federal, que também sofreu pressões do presidente para destravar o andamento do imóvel. 

Para Jarbas Vasconcelos, o desgaste sofrido pelo presidente Temer em função do caso é “fruto da falta de ações corretas e transparentes que o caso merecia”. "O governo pecou e agora paga um tributo muito caro e muito contundente com esse desgaste todo", ponderou.

O presidente da Comissão de Ética da Presidência, Mauro Menezes, informou nesta sexta-feira (25) que o processo aberto contra o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, continua mesmo após o seu pedido de demissão.

Segundo Menezes, uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma "mancha ética" no currículo político de Geddel. "Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito", afirmou.

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Segundo Menezes, Geddel ainda não entregou a sua defesa à comissão e o prazo se encerra no dia 1º de dezembro. A Comissão decidiu nesta semana, por unanimidade, avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de que o ministro baiano o teria pressionado para liberar a obra de um empreendimento em Salvador onde Geddel possui um apartamento. A infração ética no caso seria de conflito de interesses, ao misturar ações públicas com interesses privados.

Menezes disse ainda que é prerrogativa de qualquer autoridade pedir demissão e que isso não constitui ter havido por parte do ministro um desvio ético. "Mas o processo tem continuidade e permanece sob exame, estando a autoridade no cargo ou não."

Questionado sobre o suposto envolvimento do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente Michel Temer no episódio, e se as eventuais gravações das conversas de Calero com os ministros e com o presidente não poderiam culminar na abertura de outros processos, Menezes explicou que a Comissão não tem competência para intimar presidentes e vice-presidentes da República. No caso de Padilha, ainda não há uma definição.

"Não existe sinalização de que venhamos a abrir processo contra outra autoridade citada", disse Menezes. Ele informou ainda que a Comissão remarcou sua próxima reunião do dia 14 para o dia 15 que, diante dos desdobramentos dos fatos, nos próximos dias podem ser discutidos eventuais novos procedimentos. "A Comissão é muito criteriosa. Não basta uma citação em qualquer depoimento ou denúncia para que a Comissão abra de pronto o processo, mas a comissão fica sempre atenta", disse.

Dispensa

Menezes disse ainda que a Comissão dispensou novos esclarecimentos de Calero, já que o ex-ministro depôs a autoridades competentes, como a Polícia Federal. "Depoimento integral veio a público pela imprensa e não foi contestado" disse o presidente. "A comissão entendeu que não fazia sentido prorrogar o processo intimando Calero", completou.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou nesta sexta-feira (25) que o agora ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima "contribuiu muito para o governo" enquanto esteve no cargo. O senador disse ainda que a saída de Geddel não atrapalha o andamento das pautas econômicas do governo.

"De modo algum pauta econômica corre risco (com saída de Geddel)", afirmou Nunes. "Com saída de Geddel, vamos focar no essencial", citou o senador tucano. Uma das principais propostas econômicas do governo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos deve ser votada no Senado em primeiro turno no próximo dia 29.

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O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que mais cedo defendeu a investigação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero por supostamente gravar uma conversa com o presidente Michel Temer, disse que "respeita" a decisão de Geddel.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também presente ao Congresso de prefeitos eleitos do PSDB realizado em Brasília, não quis fazer comentários sobre a polêmica envolvendo Geddel e Temer.

Logo após a confirmação do pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a atenção está voltada para a definição de um substituto para o cargo, responsável pela articulação do governo com o Congresso. Os nomes ainda estão sendo colocados na mesa, mas segundo fontes do Planalto, o objetivo é chegar a um consenso o mais rapidamente possível para tentar estancar a crise causada pelo episódio.

Seis dias depois de o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero denunciar que havia sido pressionado por Geddel para liberar uma obra onde o ministro baiano comprou um apartamento na planta em Salvador, Geddel Vieira Lima decidiu deixar o cargo nesta sexta-feira (25).

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A situação de Geddel ficou "insustentável", nas palavras de um assessor presidencial, por conta do depoimento de Calero à Polícia Federal, acusando Temer de também tê-lo pressionado para liberar o empreendimento. Geddel está na Bahia desde a noite de quarta-feira (23) e mandou sua carta de demissão a Temer por e-mail, depois de ambos conversarem por telefone.

A situação da articulação política se complica, em um momento importante para o governo em que estão em votações medidas fundamentais da área econômica, como a PEC do teto dos gastos no Senado.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), amenizou a crise no Governo Federal após a demissão dos ministros da Secretaria de Governo, Geddel Viera Lima (PMDB), e da Cultura, Marcelo Calero. O tucano afirmou, nesta sexta-feira (25), que o presidente Michel Temer (PMDB) saberá conduzir o momento com “serenidade”.  

“O presidente Temer, com certeza, terá serenidade para conduzir esse momento. É uma prerrogativa do presidente de escolher seus auxiliares”, salientou, ao chegar ao Encontro Nacional de Prefeitos eleitos pelo PSDB que acontece em Brasília. 

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A turbulência política no governo iniciou após a demissão de Calero, na última semana. Ao deixar o cargo, o ex-ministro acusou Geddel de pressioná-lo a modificar uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a construção de um empreendimento imobiliário na Bahia. Geddel é dono de um dos apartamentos do imóvel que teve a obra embargada pelo órgão técnico. 

O que agravou ainda mais o caso, entretanto, foi o fato de Calero trazer à tona outras denúncias nessa quinta-feira (24), uma delas contra o próprio Temer. O ex-auxiliar revelou, em depoimento à Polícia Federal, que também sofreu pressões do presidente para destravar o andamento do imóvel. A citação do envolvimento de Temer causou reação da oposição que pretende pedir o impeachment do peemedebista por advocacia administrativa e crime de responsabilidade.

Sobre a possibilidade de um pedido de afastamento do aliado, Bruno Araújo também não deu ênfase a ação da bancada opositora. “No Congresso se pediu o impeachment de todos os presidentes. O momento é de ter unidade para enfrentar a crise”, ponderou. Geddel pediu demissão nesta sexta-feira (25) ele é o sexto ministro a deixar a gestão de Temer em seis meses. 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu nesta sexta-feira (25) que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero seja investigado por supostamente gravar uma conversa com o presidente Michel Temer. Para o tucano, Calero pode ter "induzido" palavras de Temer no diálogo, no qual o ex-titular da Cultura diz ter sido "enquadrado" pelo presidente e pressionado a agir em favor do agora ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.

"Há algo aí extremamente grave e que também tem que ser investigado: o fato de um servidor público, um homem até aquele instante da confiança do presidente da República, com cargo de ministro de Estado, entrar com gravador para gravar o presidente da República. Isso é inaceitável, isso é inédito na história republicana do Brasil", disse Aécio, ao chegar para o Congresso de prefeitos eleitos do PSDB.

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"Isso permite a todos nós que possa (sic) achar que (Calero) possa ter induzido palavras do presidente da República, e isso tem que ser investigado, porque me parece também um ato passível de punição", acrescentou o senador.

No último sábado, Calero disse à Polícia Federal que Temer teria feito pressão para que o ex-ministro da Cultura resolvesse o "impasse" relacionado à construção de empreendimento em Salvador, no qual Geddel tinha uma unidade.

O Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) embargou a obra, mas Temer teria dito para Calero enviar o processo à Advocacia-Geral da União (AGU), que teria uma solução para o caso - o diálogo teria sido gravado pelo ex-ministro. O depoimento foi revelado ontem, ampliando a crise no Palácio do Planalto.

O tucano disse que alguém só pode gravar uma conversa "quando está sendo acusado (e agir) em sua própria defesa", o que não era o caso, em sua avaliação. "Não havia acusação nenhuma em relação ao ministro e não me parece ter havido qualquer crime por parte do presidente da República", disse.

Aécio, no entanto, evitou fazer avaliações sobre se o presidente deveria ou não demitir Geddel - a notícia da carta de demissão ainda não havia sido divulgada. "Essa é decisão exclusiva do presidente da República. O que posso dizer é que, do ponto de vista de suas atribuições junto ao Congresso Nacional, nas articulações políticas do governo, o ministro Geddel vem fazendo com enorme eficiência. Caberá ao presidente da República tomar a decisão que for melhor para o governo", disse.

"Quanto aos desdobramentos desse caso, caberá ao presidente da República tomar decisões que achar mais adequadas. Mas nem de longe, na minha avaliação e do PSDB, esse episódio atinge o presidente Michel Temer", acrescentou o senador.

Aécio ainda criticou as manifestações da oposição pedindo o impeachment de Temer. "Os membros do PT são alguns fantasmas que caminham em busca de uma causa", disse. "A causa do PT é inviabilizar as medidas que vão nos tirar da crise na qual eles nos mergulharam."

O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), saiu em defesa do presidente Michel Temer. Em nota, Bauer questiona o depoimento de Calero à Polícia Federal, que acusou Temer de "enquadrá-lo" para favorecer interesses pessoais do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Para o líder tucano, "não parece adequado" para o PSDB que, depois de pedir demissão, Calero dê declarações que "comprometam" o presidente e seus ministros.

"Por que o ministro que pediu demissão não falou desses problemas enquanto estava no cargo? Eu considero que as denúncias e as informações que estão sendo prestadas pelo ex-ministro cabem naturalmente aos setores responsáveis avaliar, mas a nossa manifestação do PSDB é de absoluta confiança no presidente Temer que está fazendo um bom trabalho", declarou Bauer.

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Segundo a versão de Calero, ele foi pressionado por Geddel diversas vezes para liberar o empreendimento de luxo La Vue, em Salvador, onde comprou um apartamento. Familiares de Geddel também atuam na defesa do empreendimento junto ao Iphan. Há cerca de dez dias, Temer teria chamado Calero para "resolver" a questão de Geddel, e só então ele decidiu pedir demissão do cargo.

No texto, Bauer reafirma que Temer age com "responsabilidade e probidade", além de conhecer a política "como poucos". Ele também reforçou o apoio e a confiança do PSDB ao governo.

Impeachment

Apesar de o PSDB ter apoiado o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Bauer afirma que PT, Rede e PCdoB agem como uma "oposição radical" por pedirem a saída de Temer. "Esta oposição radical não leva a nada", disse.

O líder tucano criticou a gestão petista e afirmou que a oposição quer desviar a atenção de problemas do governo anterior. "Eles procedem assim para evitar o debate sobre os atos do governo da presidente Dilma, sobre as dificuldades que o País vive hoje graças a um governo irresponsável."

Em meio a crise por conta do caso envolvendo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer não tem  compromissos oficiais na agenda até às 9h30 desta sexta-feira (25). Constam apenas despachos internos. Geddel já está na Bahia desde a noite de quarta-feira (23) e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) também já foi para Porto Alegre.

A crise ganhou mais força nessa quinta-feira (24), e Temer fez uma reunião de emergência para tentar encontrar formas de reagir às acusações de Calero à Polícia Federal - de que o presidente também teria lhe pressionado para liberar o prédio em construção em Salvador, onde Geddel comprou um apartamento.

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As acusações trouxeram uma nova preocupação ao Planalto principalmente porque teriam chegado informações ao governo de que Calero teria gravado uma segunda audiência com Temer. O temor é agravado pela mobilização da oposição que já começa a pedir o impeachment do peemedebista. A avaliação no governo é que "a crise é grave e subiu para o andar de cima".

Antes de estourar o novo episódio, Temer estudava ir a São Paulo no fim da tarde desta sexta e passar o fim de semana na cidade, onde pretendia participar de alguns eventos. Diante da crise, no entanto, ainda não está confirmada a ida do presidente à capital paulista.

Dias antes de deixar o governo, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero gravou conversas com o presidente Michel Temer, com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e com o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Para que as gravações sejam periciadas e analisadas pela Polícia Federal (PF) é preciso que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a abertura de investigação.

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No depoimento à PF, Calero narrou ter recebido pressão de vários ministros para que convencesse o Iphan a voltar atrás na decisão de barrar o empreendimento La Vue, onde Geddel diz ter adquirido um apartamento, nos arredores de uma área tombada de Salvador.

Em 6 de novembro, Calero afirmou ter recebido "a mais contundente das ligações" de Geddel. No telefonema, o ministro da Secretaria de Governo deixou claro "que não gostaria de ser surpreendido com qualquer decisão que pudesse contrariar seus interesses".

Na versão do ex-ministro da Cultura, Geddel disse, "de maneira muito arrogante", que, se fosse preciso, "pediria a cabeça" da presidente do Iphan, Katia Bogéa, e falaria até mesmo com Temer.

Calero contou à PF que tanto Padilha quanto Temer insistiram para que ele levasse o processo sobre o prédio à Advocacia-Geral da União. Relatou ainda sua contrariedade com as pressões e desabafou com Nara de Deus, chefe de gabinete de Temer, que teria ficado "estupefata".

Segundo Calero, a decisão de deixar o governo veio depois da conversa com Temer e quando o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, telefonou para ele demonstrando a "insistência do presidente" em fazer com que ele interferisse "indevidamente" no processo, enviando os autos para a AGU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, publicou nota nessa quinta-feira (24) na qual afirma ter procurado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para tratar do imbróglio envolvendo o empreendimento em Salvador, onde o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, teria um apartamento e pelo qual foi acusado por Calero de ter feito pressão pelo licenciamento da obra.

"Fui informado do Licenciamento de um edifício pelo Iphan, em discussão no âmbito do Poder Judiciário, então com várias decisões denegando o embargo de tal obra, e de que também existiam discordâncias entre dois órgãos da Administração Pública sobre o mesmo tema, razões pelas quais resolvi falar com o ex-ministro", esclareceu Padilha.

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Segundo o ministro da Casa Civil, na conversa ele sugeriu a Calero que diante da "controvérsia entre os órgãos públicos federais" que buscasse uma solução ao impasse junto a Advocacia Geral da União (AGU), já que o órgão é competente para "identificar e propor soluções para as questões jurídicas relevantes nos diversos órgãos da Administração Pública Federal." Padilha destacou ainda que Calero "ignorou a sugestão".

No despacho em que encaminhou o depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal indicou a necessidade de abertura de inquérito para apurar o caso envolvendo o ministro Geddel Vieira Lima e suposta pressão para liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador (BA).

O jornal O Estado de S. Paulo confirmou a informação revelada pela Folha de S.Paulo de que Calero afirmou que, além de Geddel, o presidente Michel Temer teria pressionado pela resolução do problema no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de modo a satisfazer os interesses do ministro que disse possuir apartamento no prédio.

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Segundo a reportagem, Calero teria dito que foi convocado por Temer para uma reunião na qual o presidente disse que o caso Iphan estava criando "dificuldades operacionais" no seu gabinete. Caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se contempla a representação da Polícia Federal e solicita a abertura de inquérito ao STF ou se arquiva o caso.

A PF informou na tarde desta quinta-feira, 24, que o ex-ministro da Cultura prestou termo de declarações sobre fatos relacionados à concessão de parecer técnico do Iphan. Após pedir demissão, Calero alegou ter sido "pressionado" por Geddel, da Secretaria de Governo, para liberar as obras do empreendimento de alto padrão La Vue Ladeira da Barra, em Salvador, onde Geddel diz possuir apartamento.

Segundo a PF, a documentação foi encaminhada ao Supremo, responsável por investigar o eventual cometimento de crimes por pessoas com prerrogativa de foro. Na quarta-feira, 23, a Justiça Federal na Bahia determinou a suspensão imediatas obras e da comercialização das unidades do empreendimento.

A decisão acolhe manifestação da Procuradoria da República e impõe pena de multa diária de R$ 10 mil aos responsáveis pelo negócio em caso de descumprimento. De acordo com o parecer do Ministério Público Federal, a excessiva altura do prédio de luxo apontada pelo projeto comprometeria a visibilidade de pelo menos três bens históricos tombados na capital baiana - a Igreja de Santo Antônio, o Outeiro de Santo Antônio e o Forte de Santa Maria. O Palácio do Planalto ainda não se manifestou.

O presidente Michel Temer escalou o porta-voz Alexandre Parola para dar explicações sobre uma suposta "enquadrada" que ele teria dado no ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, e rechaçou qualquer irregularidade no caso.

"O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas", disse o porta-voz, ressaltando que "é a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta".

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"O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica", completou.

Segundo o porta-voz, Temer conversou duas vezes com o então titular da Cultura para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros. Parola disse ainda que Temer "sempre endossou caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo" e que reiterou essa mesma postura ao novo ministro da Cultura, Roberto Freire, "que recebeu instruções explícitas para manter os pareceres técnicos, que, reitere-se, foram mantidos".

A mensagem - escrita agora à noite, depois de uma reunião de emergência com sua equipe de comunicação - diz ainda que o presidente buscou resolver o conflito entre Calero e Geddel "sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública".

Gravação

Mesmo sem ter sido citado nas matérias supostas gravações de Calero, o porta-voz disse ainda que "surpreendem o presidente da República boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência, na quinta-feira (17), somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação", disse Parola. No mesmo dia 17, Calero já havia se encontrado com Temer para relatar a suposta pressão de Geddel.

Confira a íntegra da nota da presidência:

Sobre informações hoje publicadas pela imprensa em relação ao ex-ministro Marcelo Calero, a Presidência da República esclarece que:

1 - O presidente Michel Temer conversou duas vezes com o então titular da Cultura para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros de Estado;

2 - sempre endossou caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo. Reiterou isso ao ex-ministro em seus encontros e refirmou essa postura ao atual ministro Roberto Freire, que recebeu instruções explícitas para manter os pareceres técnicos, que, reitere-se, foram mantidos;

3 - o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, como estabelece o decreto 7392/2010, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal. Em seu artigo 14, inciso III, o decreto diz que cabe à AGU "identificar e propor soluções para as questões jurídicas relevantes existentes nos diversos órgãos da administração pública federal".

4 - O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas. É a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta;

5 - O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica. Especialmente, surpreendem o presidente da República, boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência, na quinta-feira (17), somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação.

O líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a assessoria jurídica da bancada vai verificar que medida poderá tomar contra a declaração do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de que teria sofrido pressão do presidente Michel Temer para agir no caso Geddel.

"É o presidente da República usando o seu cargo para pressionar um ministro por interesses particulares. Ele agiu como um sócio de Geddel. Foi um depoimento na Polícia Federal, não tem conversa de ouvi dizer", afirmou.

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Para Lindbergh, as declarações são graves e configuram "tráfico de influência" por parte de Temer. Segundo ele, as medidas a serem tomadas serão anunciadas nesta sexta-feira, mas adianta que um pedido de impeachment é possível.

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