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A explosão de um carro-bomba nesta segunda-feira em um ataque suicida deixou pelo menos 50 mortos na província de Hama, na região central da Síria, informaram ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres. O atentado, ocorrido no vilarejo de Ziyara, tinha como alvo um posto de segurança do Exército sírio, de acordo com a TV estatal local. Um outro carro-bomba que tinha como alvo forças do governo explodiu em Damasco, matando mais 11 pessoas, confirmou a televisão estatal Sana. Também ocorreram confrontos nesta segunda-feira entre rebeldes sírios de facções diferentes pelo controle de um posto na fronteira com a Turquia, o que evidenciou mais uma vez a falta de união dos insurgentes que tentam derrubar o governo do presidente Bashar Assad.

Também nesta segunda-feira, prosseguiram as reuniões do Conselho Nacional da Síria (CNS) no Catar. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos declarou que o CNS é "ineficaz" e precisa ser ampliado para ter uma participação efetiva nos eventos que ocorrem atualmente na Síria. Formado em grande parte por professores universitários e políticos exilados, o CNS funciona em grande parte na Turquia e no Catar. "O CNS está vivendo uma luta existencial no momento" disse o analista político Salman Shaihkh, no Catar. O CNS se reunirá novamente na terça-feira, quando deve votar a proposta de Riad Seif, um dissidente sírio que apoia o plano dos Estados Unidos para o CNS. Segundo esse plano, o CNS manterá apenas 15 das 50 cadeiras que detém atualmente e o restante será distribuído a dissidentes sírios que lutam contra Assad dentro da Síria.

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Ativistas também relataram nesta segunda-feira a ocorrência de pesadas batalhas entre rebeldes oposicionistas e forças do governo apoiadas por combatentes palestinos na capital síria, Damasco. Segundo Rami Abdul Rahman, presidente do Observatório Sírio, as lutas estão concentradas no bairro de Tadamon, na região sul da cidade, e nas cercanias do campo de refugiados palestinos de Yarmouk.

O ativista damasceno Abu al-Shami afirmou que os palestinos estão divididos na guerra civil síria. Enquanto uma parte, chefiada por Ahmed Jibril, da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) apoia Bashar Assad, outra parte aderiu aos insurgentes. Combates pesados entre grupos palestinos contra e a favor de Assad ocorreram nesta segunda-feira perto de Yarmouk, reportaram ativistas. O Observatório não tem informações sobre quantas pessoas foram vitimadas nesses combates, mas na noite de domingo morteiros foram disparados contra Yarmouk, matando oito pessoas.

A FPLP, que controla parcialmente Yarmouk, disse que o campo de refugiados foi atacado no domingo por "gangues de terroristas".

Segundo a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, pela sigla em inglês) cerca de 486 mil refugiados palestinos e descendentes vivem na Síria em doze campos de refugiados. Na Síria, ao contrário de certos países árabes, os palestinos tinham acesso aos serviços sociais, escolas e geralmente recebiam um tratamento digno antes do começo da guerra civil. Os dados da UNRWA são de janeiro de 2012.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) ficaram sob fogo nesta quinta-feira quando tentavam chegar ao local do mais recente massacre que aconteceu na Síria - cerca de 80 pessoas, incluídas mulheres e crianças que foram mortas a tiros e a facadas. As mortes, que ocorreram em Mazraat al-Qubair, na província de Hama, podem ter sido a quarta matança de civis na Síria nas últimas duas semanas. A oposição acusa o governo sírio de ser o responsável pelas mortes. O governo negou responsabilidade e acusou "terroristas".

A informação sobre o ataque aos observadores partiu do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Segundo ele, os observadores tentavam chegar às fazendas, na província de Hama, quando o carro em que estavam sofreu o disparo de armas leves. Nenhum observador ficou ferido, disse Ban. Os observadores tiveram que voltar pela estrada e não puderam entrar no vilarejo de Mazraat al-Qubair.

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O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, advertiu hoje contra a permissão de que "assassinatos em massa virem parte da realidade diária na Síria". Annan negociou um plano de cessar-fogo entre governo e opositores sírios que deveria ter vigorado a partir de 12 de abril, mas a trégua foi repetidamente desrespeitada. "Se as coisas não mudarem, o futuro tende a ser de repressão brutal, massacres, violência sectária e mesmo uma guerra civil", disse Annan.

O vilarejo de Mazraat al-Qubair, uma comunidade agrícola de 160 pessoas, a maioria beduínos, fica na província de Hama, na Síria central. Ativistas dizem que os moradores são muçulmanos sunitas, mas estão cercados por vilarejos de muçulmanos alaiutas. Os alauitas são um ramo dissidente do Islã xiita e são uma minoria na Síria, cerca de 10% da população. A maioria dos sírios, 76%, é de sunitas. O presidente sírio Bashar Assad é alauita.

Um morador disse que tropas bombardearam o vilarejo por cinco horas na quarta-feira, antes que milícias do governo, conhecidas como shabiha (fantasmas, em árabe) invadissem Mazraat al-Qubair em busca de soldados desertores. A maioria dos shabiha são alauitas e temem a oposição síria, cuja maioria é formada por sunitas. O morador disse que os shabiha "mataram todos que puderam alcançar".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A oposição síria acusou forças do governo do presidente Bashar Assad de desfecharem mais um massacre de civis nesta quarta-feira, desta vez na província de Hama. O número de civis mortos ainda não está claro. Segundo o jornal libanês An Nahar, pelo menos 47 civis, a maioria mulheres e crianças, foram chacinadas no vilarejo de Mazraat al-Qubair, na província de Hama. A versão on line do jornal libanês cita os Comitês de Coordenação Local, um dos grupos opositores sírios. Já a Sky News, ao citar o Conselho Nacional da Síria, afirmou que foram mortas 78 pessoas em uma matança que aconteceu em Hama.

Se confirmada, a matança se somará a outros episódios violentos que aconteceram nesta quarta-feira na Síria - mais cedo, insurgentes e desertores sírios atacaram tropas do governo ao redor de Damasco. Pelo menos 18 pessoas teriam sido mortas em episódios violentos no país nesta quarta-feira, sem contar os civis que teriam sido chacinados em Mazraat al-Qubair. "Confrontos violentos ocorreram no subúrbio de Harasta entre tropas do governo e insurgentes", disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, organização opositora com sede em Londres.

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Mais cedo, os insurgentes partiram para a ofensiva não apenas nos subúrbios de Damasco, como também na cidade costeira de Latakia. Um estudante foi morto por forças do regime em Hreitan, na província de Alepo, disse o Observatório. Outros dois civis foram mortos em um tiroteio no vilarejo de Sheikh Issa.

Na província sulista de Deraa, confrontos entre soldados regulares e desertores no vilarejo de Lajat deixaram três soldados do governo mortos e oito feridos, disse o Observatório. Três outros soldados também foram mortos por insurgentes no vilarejo de Srakeb, na província de Idlib, perto da Turquia.

AS informações são da Associated Press, Dow Jones e do diário An Nahar.

Pelo menos 25 civis foram mortos nesta segunda-feira por forças do governo na cidade de Hama, região central do país, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres. De acordo com o grupo, as vítimas foram alvejadas por forças do regime do presidente Bashar Assad no interior e nas proximidades do bairro de Arbaeen.

A União Europeia vai proibir a venda de artigos luxuosos e produtos que possam ter uso civil e militar para a Síria. Também nesta segunda-feira, monitores da Organização das Nações Unidas (ONU) começaram a visitar cidades sírias próximas à capital Damasco.

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Dois diplomatas disseram que ministros de Relações Exteriores dos 27 países da UE aprovarão formalmente a nova rodada de sanções quando se reunirem em Luxemburgo. Eles falaram em condição de anonimato, porque a decisão ainda não foi formalmente tomada.

Rodadas anteriores de sanções impostas pelos Estados Unidos e pela UE não surtiram muito efeito no encerramento do cessar-fogo, embora haja sinais de sofrimento para a economia síria.

As medidas internacionais contra o regime de Assad reduziram à metade as reservas em moeda estrangeira do país, informou o ministro de Relações Exteriores de França, Alain Juppé na semana passada.

A proibição de bens de luxo parece ter como alvo alguns dos mais leais partidários do presidente Bashar Assad: a comunidade empresarial e próspera que tem grande importância em sustentar o regime. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Enquanto as tropas regulares sírias mantinham seu assalto nesta quarta-feira contra as cidades rebeladas, o presidente Bashar Assad ordenou a realização de um referendo sobre uma nova Constituição que criará um sistema multipartidário no país, governado pela dinastia autocrática dos Assad pelos últimos 40 anos. Segundo a agência estatal de notícias Sana, o referendo ocorrerá em 26 de fevereiro. O governo dos Estados Unidos disse que o referendo convocado por Assad é "risível" e "zomba da revolução síria". Nesta quarta-feira, a revolução parecia ter chegado ao norte do país. Confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram 14 mortos em Alepo, maior cidade da Síria. A oposição rechaçou o referendo.

"O povo hoje nas ruas tem várias demandas e uma delas é a renúncia de Assad e a partida do regime", disse Khalaf Dahowd, que integra o Conselho de Coordenação Nacional para uma Mudança Democrática na Síria, que reúne grupos locais e de sírios no exílio. Assad convocou o referendo mas não explicou como o governo fará uma votação desse alcance em um país onde ocorrem verdadeiras batalhas diárias entre tropas regulares, desertores e oposicionistas, mesmo nos subúrbios de Damasco.

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A proposta de mudança constitucional do governo passa a permitir o multipartidarismo e diz que o presidente pode ter apenas dois mandatos, cada um de sete anos. Assad, que herdou o poder do seu pai Hafez, governa há 12 anos. Hafez governou durante 30 anos. O governo russo, aliado da família Assad, disse que as propostas apresentadas hoje fazem parte da alternativa que o mandatário sírio apresentaria para resolver o impasse político e a carnificina que já deixaram mais de 5.400 mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta semana, a alta comissária dos direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que existem indícios de que crimes contra a humanidade foram cometidos pelo governo sírio contra sua população civil. Centenas de crianças foram torturadas e algumas mortas pelo governo, que em Homs e em Hama não hesitou em usar artilharia pesada contra bairros civis controlados por desertores, matando mulheres e crianças nesses bombardeios.

Enquanto os Comitês de Coordenação Local, um grupo sírio, afirma que o governo matou hoje 13 pessoas ao redor do país, o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, outro grupo da oposição, mas sediado em Londres, afirma que foram mortas oito. Ocorreram manifestações contra o governo em Alepo, maior cidade do país e que até agora estava em grande parte apoiando Assad. Vídeos amadores publicados na internet mostravam colunas de fumaça subindo de algumas ruas - provavelmente pneus queimados por manifestantes. Segundo a Sky News, confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram hoje 14 mortos em Alepo. Na província central de Homs, a violência continuou, com tropas do governo atacando bairros residenciais e a explosão de um oleoduto mais cedo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Em dois dias de confrontos sangrentos na Síria, pelo menos 74 pessoas foram mortas após as forças leais ao presidente Bashar Assad bombardearem edifícios residenciais, abrirem fogo contra multidões e deixarem corpos sangrando nas ruas em meio a uma dramática escalada da violência, disseram ativistas nesta sexta-feira. Os maiores conflitos ocorreram em Homs. Na quinta-feira, a cidade testemunhou um surto de sequestros e assassinatos sectários entre as comunidades sunita e alauita. Forças a favor do regime atacaram prédios residenciais com morteiros e metralhadoras, segundo ativistas que alegaram que uma família inteira foi morta.

Um vídeo postado na internet pelos ativistas mostrou os corpos de cinco crianças pequenas, cinco mulheres de diferentes idades e um homem, todos ensaguentados e amontoados em camas, no que parecia ser um apartamento após um edifício ser atingido no bairro Karm el-Zaytoun da cidade. Um narrador afirmou que uma família inteira foi "assassinada". O vídeo não pôde ser verificado de forma independente. Os ativistas disseram que pelo menos 35 pessoas foram mortas em Homs na quinta-feira e mais 39 acabaram assassinadas por todo o país nesta sexta-feira.

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Em uma tentativa de acabar com o derramamento de sangue na Síria, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve discutir a crise no país nesta sexta-feira, em uma reunião a portas fechadas, um passo em direção a uma possível resolução contra o regime de Damasco, afirmaram diplomatas.

Ao menos 384 crianças morreram na repressão contra as manifestações na Síria desde que ela teve início, há quase 11 meses, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de acordo com uma contagem baseada em relatórios de grupos de direitos humanos. Deste total, a maioria era de crianças do sexo masculino e a maioria das mortes ocorreu em Homs, afirmou a entidade. As Nações Unidas estimam que mais de 5.400 pessoas já morreram durante o levante.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O governo da Síria confirmou na noite desta quinta-feira, através da agência estatal de notícias Sana, que o general de brigada Abdel Mustafá foi morto em Hama, mas atribuiu a morte do militar não a desertores, como informaram os grupos da oposição, e sim a um atentado terrorista que destruiu a tiros o automóvel do general.

"Um general de brigada e dois membros das forças de segurança foram martirizados nesta quinta-feira pelo fogo de grupos terroristas no bairro de Jarajmeh em Hama", diz o texto da Sana. A agência exibiu imagens dos corpos destroçados das vítimas.

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Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas da província síria de Idlib, noroeste do país, e em outros 74 locais após as orações desta sexta-feira (30), informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.

São os maiores protestos dos últimos meses no país. Há informações de que as forças de segurança mataram pelo menos 22 pessoas em confrontos ocorridos em todo o país, apesar da presença de um grupo de monitoramento da Liga Árabe. Segundo o Observatório e outro grupo de defesa dos direitos humanos, os Comitês de Coordenação Local, as pessoas foram mortas em manifestações nas províncias de Idlib, Deraa e Hama, bem como em Douma, subúrbio de Damasco.

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Rami Abdul-Raham, que preside o Observatório, disse que as maiores concentrações ocorreram nas províncias de Idlib e Hama, locais onde mais de 250 mil pessoas foram para as ruas. Grandes grupos também se reuniram na província de Deraa e no subúrbio de Douma, nas proximidades de Damasco.

Tanto os números de mortos quanto de manifestantes foram fornecidos pelos grupos locais de defesa dos direitos humanos. Não foi possível confirmá-los de maneira independente.

A presença do comitê de monitoramento da Liga Árabe parece ter dado energia aos manifestantes, que protestaram também em áreas anteriormente calmas. Os ativistas dizem que a grande participação popular prova a decisão do povo em desafiar o governo do presidente Bashar Assad.

Para os ativistas, o povo quer mostrar a contínua e abrangente divergência contra o presidente aos 100 membros do grupo que viajam pela Síria para averiguar se Assad está implementando o prometido cessar-fogo.

A missão da Liga Árabe na Síria tem sido bastante criticada. Ainda assim, a presença dos cerca de 100 observadores é importante, disse o ativista Haytham Manna, que vive em Paris. "Quer gostemos ou não, a presença dos observadores tem um efeito psicológico importante porque encoraja as pessoas a promoverem protestos pacíficos contra o regime", ele disse. A permissão para que ocorram protestos pacíficos é um dos pontos do acordo firmado entre o governo de Assad e a Liga Árabe.

Os observadores começaram a missão na terça-feira na província de Homs, onde tiraram fotos de casas e locais destruídos, visitaram famílias de vítimas da violência e fizeram anotações. Depois, eles se espalharam em pequenos grupos para outras províncias.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Pelo menos 24 pessoas, entre elas quatro crianças, foram mortas após as forças de segurança da Síria abrirem fogo em diversas cidades nesta sexta-feira. A região de Homs registrou o maior número de vítimas, disseram ativistas. "A terra tremeu" disse um morador de Homs. "Tanques de guerra circularam nas ruas e avenidas, abrindo fogo com os canhões", afirmou, sob anonimato.

A maioria dos civis foi morta na região de Homs e dois em Deraa, berço dos protestos contra o regime, um em Hama e outro em Douma, próximo a Damasco, informou em comunicado o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.

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O grupo de oposição Conselho National da Síria alertou mais cedo para os perigos de um "massacre" no protesto em Homs, uma cidade na região central da Síria que estava cercada por forças do governo.

Dois meninos, de 10 e 12 anos, foram mortos a tiros nesta sexta-feira e perto de postos de controle do governo, de acordo com os ativistas. Rami Abdul-Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, na Inglaterra, disse que o menino de 10 anos foi morto quando cruzava uma rua no bairro de Bab Sbaa em Homs. O menino de 12 anos foi morto quando saia junto com uma multidão de uma mesquita também em Homs, disse Abdul-Rahman.

Forças de segurança também dispararam contra civis nos subúrbios de Damasco, na cidade de Deir El-Zour, no Eufrates, e na província de Idlib, perto da Turquia. Os relatos não puderam ser confirmados de maneira independente porque o governo sírio impediu a entrada de jornalistas estrangeiros no país. O número de mortos foi compilado por relatos do Observatório Sírio e de uma coalizão de ativistas, chamada Comitês de Coordenação Local.

As informações são da Associated press e da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o presidente da Síria Bashar Assad precisa renunciar por causa da violenta repressão aos manifestantes. Nesta terça-feira, mais cinco pessoas, incluídas quatro crianças, foram mortas pela repressão na Síria. "Para o bem-estar do seu povo e da região, apenas deixe o poder", disse Erdogan. O presidente turco Abdullah Gul, que está em Londres, fez comentário semelhantes, pedindo o fim do regime da família Assad na Síria.

Os Comitês de Coordenação Local, uma rede de ativistas da Síria, e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que funciona em Londres, disseram que quatro crianças, com idades entre 10 e 15 anos, foram mortas a tiros em um posto de controle militar perto de Houla, na província de Homs, Síria central. Uma quinta pessoa, um adulto, foi morto a tiros no distrito de Khaldieh, disseram os dois grupos.

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Os Comitês disseram que soldados sírios, apoiados por tanques, atacaram a região de Houla e também cercaram o bairro de Bayada na cidade de Homs. O governo sírio impôs uma série de restrições ao trabalho dos jornalistas estrangeiros no país e por isso não é possível confirmar os relatos e números de maneira independente.

O pedido de Erdogan para que Assad renuncie ocorre dois dias após forças sírias terem atacado a tiros pelo menos três ônibus com peregrinos turcos que voltavam de Meca. Duas pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital estatal de Antioquia, já em território turco. "Proteger viajantes, especialmente os que voltam do hajj, é uma honra para um país", disse Erdogan, referindo-se à peregrinação anual islâmica para Meca, na Arábia, o hajj.

Os pedidos de Erdogan para que Assad renuncie significam um fim definitivo aos outrora amigáveis laços entre os governos de Ancara e Damasco. A Turquia é um parceiro comercial importante para a Síria e Erdogan cultivou uma amizade próxima com Assad no passado. Mas a Turquia está crescentemente frustrada com o regime de Damasco por causa da violenta repressão que esse conduz contra os opositores.

Nesta terça-feira, o governo da Arábia Saudita disse que um dos seus cidadãos, Hussein bin Bandar al-Anzi, foi morto em Homs quando visitava parentes na segunda-feira. O governo da Arábia pediu ao governo sírio uma explicação oficial sobre a morte de al-Anzi. A agência estatal de notícias da Síria, Sana, disse hoje que na segunda-feira as forças de segurança fizeram um reide no bairro de Bayada, confiscando armas e matando quatro terroristas. Segundo a Sana, um "terrorista perigoso" apelidado de Bandar, estava entre os mortos.

As informações são da Associated Press.

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