No incêndio ocorrido na tarde deste domingo (6), no prédio Pinhal, localizado no nº 26 da Rua Dom Estevão Brioso, em Boa Viagem, o administrador do local, Alexsandro Gomes saiu como herói pela iniciativa de conter as chamas, antes mesmo dos bombeiros chegarem.
“Era perto das 16h quando um morador do sétimo andar comunicou à portaria o que estava acontecendo. Imediatamente iniciamos o procedimento para desativar o elevador. Em seguida desligamos os disjuntores do prédio e corri de escada para chegar até o quinto andar. Lá, arrombamos a porta e utilizamos o equipamento de incêndio do prédio”. Afirma Alexsandro, que ainda esclareceu que depois que entrou no apartamento teve ajuda de outro proprietário.
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Logo após, já dentro do apartamento 501, Alexsandro relata como procedeu para iniciar os trabalhos. “Estava um calor insuportável no local e muita fumaça também. Comecei resfriando o espaço, mas não tínhamos como chegar no foco. Então, fomos para o vizinho. Juntamos duas mangueiras e da varanda do 502 conseguimos alcançar o fogo”, explicou.
Simples, o cidadão de 37 anos, apontado por alguns moradores como “herói” do incidente, relata que não estava sozinho e faz questão de dividir a responsabilidade. “Trabalhamos em conjunto. Iniciamos os trabalhos, e depois vieram moradores das unidades do 201 e também do sétimo andar, além do Síndico Aluízio Ferreira. Tivemos uma grande ajuda de um morador vizinho ao prédio, que pertence à brigada de incêndio e foi de fundamental importância na ação”, afirmou.
O corpo de bombeiros foi avisado, mas - quando chegaram no local – o grande perigo já havia sido contido. Mesmo assim, os profissionais foram até a unidade e finalizaram as atividades de resfriamento do apartamento e analisaram o espaço, contribuindo para a maior segurança dos moradores.
Depois do incidente, a equipe do Portal LeiaJá conversou com Wellington Oliveira, noivo de uma moradora do apartamento incendiado. Ele relata que não havia nenhum indício para o fogo começar. “Nada foi deixado ligado. Saímos por voltas das 13h30 e fomos para um restaurante próximo. Um pouco mais tarde, quando saí para fumar, vi as pessoas olhando para o prédio e percebi o que estava acontecendo. Viemos para cá em seguida”, explicou. Ele ainda relata os danos sofridos. “Foi perda total. Tudo no quarto pegou fogo: cama, computador, televisão e outras coisas”, lamentou.
O Síndico do prédio Pinhal também detalha quais serão os próximos passos a serem dados. “Já conversamos com o corpo de bombeiros e solicitamos um laudo da Codecir e também do Instituto de Criminalística para saber a causa do incêndio. Amanhã, as análises já devem ser iniciadas. A Celpe já esteve aqui e observou o sistema de iluminação, liberando o edifício para os moradores das demais unidades voltarem. Apenas o 501 e 502 ficaram sem energia”.
Aluízio Ferreira também explicou que os elevadores seguem parados até segunda ordem. “Vamos esperar a Otilar, empresa que cuida da manutenção do aparelho, faça a sua avaliação e liberar o equipamento, que foi atingido por um grande volume da água”, esclareceu, informando ainda que os moradores dos demais apartamentos estão liberados para continuarem em casa sem problemas.
Além dos danos materiais, o cão que se encontravam no apartamento também morreu, ao que tudo indica, por conta da fumaça no espaço. O carro de um morador do segundo andar, que inclusive auxiliou na contenção das chamas, teve o pára-brisa quebrado por estilhaços.