Tópicos | Casa da Moeda

O concurso público da Casa da Moeda teve edital divulgado nesta segunda-feira (18). Ao todo, o certame reúne 68 vagas para nível médio e superior, sendo 54 imediatas e 14 para formação de cadastro de reserva, e salários de até R$9.126,73. As principais etapas do processo seletivo serão realizadas no Rio de Janeiro, assim como as provas objetivas, avaliação psicológica, prova de capacidade física, além do procedimento de heteroidentificação para os candidatos que se autodeclararem negros.

O concurso da Casa da Moeda conta com quatro cargos, sendo três com exigência de nível médio com curso técnico e um para nível superior. As oportunidades são para os cargos de: técnico de segurança - segurança corporativa e patrimonial (homens), técnico de segurança - segurança corporativa e patrimonial (mulheres), Técnico de segurança - prevenção e combate a incêndio e Analista de produção - designer de valores/gravador. De acordo com o edital, as inscrições vão de 8 a 31 de janeiro de 2024, através do site da Fundação Cesgranrio. A taxa varia de R$ 90 a R$ 120. 

##RECOMENDA##

Os candidatos selecionados para a função de técnico em segurança terão vencimentos de R$ 3.749,70, já os aprovados na área de analista de produção receberão R$ 9.126,73. Além disso, segundo o edital, os novos contratados terão direito a alimentação gratuita; transporte subsidiado nos limites do Grande Rio; auxílio‐creche; mediante a participação opcional do empregado, na proporção de 50% do seu custo: assistência médica, extensiva aos dependentes legais; seguro de vida em grupo; mediante negociação no Acordo Coletivo de Trabalho: auxílio medicamentos; vale alimentação. 

 O novo modelo de passaporte brasileiro começa a ser entregue nesta semana pela Polícia Federal (PF). O documento de identificação do viajante brasileiro é fabricado em parceria com a Casa da Moeda e ganhou mais itens de segurança, que dão maior garantia de autenticidade e dificultam a falsificação.

Segundo a PF, os novos itens de segurança incluem tecnologias de impressão e marca d'água aprimoradas, elementos de segurança holográficos, fio de segurança, chip eletrônico, foto com inserção de elemento codificado (alphanumeric coded image) e outros recursos de proteção contra falsificações.

##RECOMENDA##

Os solicitantes que compareceram ao posto da Polícia Federal desde a última sexta-feira (29) já receberão o novo modelo. Não haverá alteração do valor da taxa de emissão de passaporte, atualmente em R$ 257,25.

"O novo passaporte de viagem chega com a proposta de se tornar um cartão de visitas do cidadão brasileiro para o mundo. O documento é temático e homenageia todas as regiões do Brasil por meio de ícones representativos dos biomas e da cultura de cada local", destacou a PF, em nota.

O serviço de emissão e renovação de passaportes está funcionando normalmente em todo o país. O prazo para entrega do documento, após o atendimento, é de 6 a 10 dias úteis. As informações sobre a etapas e documentos necessários para a solicitação do passaporte podem ser consultadas na página da PF na internet.  Prêmio 03/10/2023, Polícia Federal e Casa da Moeda dão início à emissão do novo passaporte brasileiro. 

A nova versão do passaporte brasileiro foi premiada pela High Security Printing como "o melhor novo passaporte em 2023 para a América Latina”. Entres os destaques, está a “notável e sofisticada técnica do documento de viagem promovendo o que há de melhor em infraestrutura de sistema e implementação de passaporte governamental”. 

Os consulados e representações brasileiras no exterior começarão a emitir os novos passaportes a partir do primeiro trimestre de 2024.

Um coronel da reserva do Exército indicado assessor da Casa da Moeda do Brasil pelos generais do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) cultiva uma relação de confiança mútua há duas décadas com Fabrício Queiroz, de acordo com o The Intercept Brasil. Fabrício Queiroz é acusado de operar o esquema milionário das rachadinhas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho 01 do presidente. 

O coronel Washington Luiz Lima Teixeira é a primeira relação entre um militar do alto escalão do governo Bolsonaro com Queiroz. As relações entre eles vão de venda de imóvel e uma procuração em que o coronel Teixeira deu a Queiroz para operar as suas contas bancárias pessoais na Caixa Econômica. 

##RECOMENDA##

O coronel é assessor da presidência na Casa da Moeda desde novembro de 2020, com salário bruto de R$ 22 mil mensais. De acordo com o militar, ele foi escolhido diretamente pelo presidente da empresa, o vice-almirante da reserva da Marinha, Hugo Cavalcante Nogueira. 

A ligação entre Teixeira e Queiroz está documentada em cartórios do Rio de Janeiro. De acordo com o Intercept, eles analisaram 15 documentos e o mais intrigante é uma procuração assinada em novembro de 2009 pelo coronel a Queiroz de “amplos poderes” para operar suas contas bancárias pessoais. A procuração ainda é válida a julgar pela ausência de registros de seu cancelamento. 

Registrado no 8º Ofício de Notas, no Centro do Rio de Janeiro, o documento formaliza que o coronel Teixeira e a sua mulher, Ana Maria Medeiros Teixeira, nomearam Fabrício Queiroz como procurador de ambos “junto e perante a Caixa, em quaisquer de suas agências e departamentos”.

O acordo permite que Queiroz acompanhe e dê andamento “a processo habitacional, podendo abrir, movimentar e liquidar contas, tomar ciência dos despachos, cumprir exigências, juntar e retirar documentos, requerer, recorrer, concordar e ajustar condições do mútuo, pagar taxas de serviços, assinar os contratos necessários, ajustar preços, prometer comprar, comprar”. 

Além disso, a documentação permite saques bancários e assinaturas de cheques das contas do coronel Teixeira. Queiroz também ganhou o direito de usar como garantia para empréstimos “o imível situado na rua Baronesa”. 

O imível se trata de um apartamento em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma região controlada pela milícia e que pertencia ao coronel, segundo a mídia de jornalismo independente. O imível foi vendido ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro em uma transação que se prolongou por 19 anos e só teve desfecho quando surgiram as primeiras reportagens sobre o escândalo das rachadinhas, em dezembro de 2018. 

Atualmente, quem vive no apartamento é Débora Melo Fernandes, ex-esposa de Queiroz, segundo ele informou ao Intercept. No entanto, o registro geral do imóvel ainda consta no nome de Teixeira como proprietário do apartamento, como informa o registro geral do imóvel, consultado no dia 28 de março no ofício do 9º Ofício de Registro de Imóveis do Rio.

Quando a procuração foi assinada, em dezembro de 2009, Teixeira era militar da ativa no Exército e Queiroz operava o esquema das rachadinhas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, segundo denúncia apresentada em outubro de 2020 pelo Ministério Público estadual. Os promotores acusam a organização criminosa comandada por Flávio a desviar e lavar dinheiro público em compra de imóveis em nome do político. No entanto, ele e Queiroz negam.

Funcionários da Caixa, que não quiseram revelar a identidade ao Intercept, falaram que o único procedimento necessário em caso de transferência do financiamento seria a aprovação do cadastro de Queiroz no banco. Eles também dizem que a procuração com amplo poderes é desnecessária e raramente vista em situações como essa. O caminho mais fácil seria estabelecer uma procuração com fim específico, como a transferência do imóvel. 

O presidente Jair Bolsonaro editou nesta segunda-feira (6) o decreto que exclui a Casa da Moeda do Programa Nacional de desestatização (PND) e revoga a qualificação da estatal no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), informou nesta segunda-feira (6), em nota, a Secretaria-geral da Presidência.

Criada em 1694, a Casa da Moeda do Brasil, responsável pela fabricação das cédulas e moedas, além de passaportes e selos, havia sido incluída no programa de concessões, por meio de decreto presidencial, em outubro de 2019.

##RECOMENDA##

A iniciativa do governo não foi a primeira tentativa de privatizar a estatal. Em 2017, o então presidente Michel Temer anunciou que pretendia privatizar a empresa, mas não conseguiu.

Em novembro de 2019, Bolsonaro chegou a editar uma medida provisória que colocava fim ao monopólio da Casa da Moeda na confecção de dinheiro e passaporte. No entanto, a MP caducou, pois não foi aprovada pelo Congresso após o fim do período de duração de 180 dias.

"Entendeu-se que há restrição em se efetivar eventual parceria com a iniciativa privada para essas atividades, enquanto se mantiver tal exclusividade", diz o governo, em nota, nesta segunda-feira.

A edição do decreto atendeu a recomendação do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos feita em agosto. Segundo o conselho, a permanência da empresa no rol de companhias a serem privatizadas não se justifica porque a Casa da Moeda continua sendo portadora da exclusividade da fabricação de notas e moedas de real, passaportes e selos.

Considerado um dos maiores boxeadores brasileiros da história, Eder Jofre recebeu nesta segunda-feira uma homenagem para ficar eternizado na história. O Galo de Ouro, que completou 85 anos em março, ganhou uma série inédita e exclusiva de medalhas produzidas pela Casa da Moeda para celebrar a conquista do tricampeonato mundial, vencido pelo brasileiro em 1960, 1963 e 1970.

Cunhadas com acabamento especial, as medalhas trazem imagens e a assinatura de Eder Jofre, bem como a descrição da modalidade e o ano do Mundial. As peças estão disponíveis em ouro, prata e bronze e possuem fundo espelhado, com tiragens limitadas e numeradas, e certificados de autenticidade, além do estojo de luxo. Elas estão à venda nos sites do Clube da Medalha e da Memorabília do Esporte.

##RECOMENDA##

"Essas medalhas resgatam momentos muito especiais para mim e para a minha família. Tenho orgulho por ter representado meu país e conquistado três títulos mundiais para o Brasil. Fico muito feliz com essa homenagem e agradeço esse carinho da Memorabília do Esporte e da Casa da Moeda por mim", diz Eder Jofre.

No último dia 17, Eder Jofre viajou à Califórnia para ser aclamado no Hall da Fama do Boxe da Costa Oeste, nos Estados Unidos. Ele foi um dos homenageados em um hotel, em Los Angeles, se juntando a nomes como Muhammad Ali, Joe Louis, Rocky Marciano, George Foreman e Sugar Ray Leonard.

Com um cartel de 81 lutas, com 75 vitórias (51 por nocaute), quatro empates e apenas duas derrotas, o paulista Eder Jofre é herdeiro dos Jofre-Zumbano, mais tradicional clã da nobre arte. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre, o "Kid Jofre" fez história no esporte e foi responsável por inspirar o filho, que se apaixonou pelo boxe.

No último dia 8 de outubro, o Galo de Ouro completou 45 anos da despedida dos ringues. O boxeador saiu de cena com uma vitória sobre o mexicano Octavio Gomez por pontos no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

A Casa da Moeda em parceria com a empresa Memorabília do Esporte (MDE) vai iniciar em maio o lançamento de uma coleção especial sobre o esporte brasileiro. Uma linha de medalhas vai homenagear diferentes atletas que tiveram sucesso em edições anteriores das Olimpíadas ou conquistaram resultados expressivos em suas respectivas modalidades. O primeiro nome será o velejador Robert Scheidt, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta, em 1996, e Atenas, em 2004.

Os desenhos presentes nas moedas ainda estão na fase final de estudo e aprovação. O intuito é gerar imagens que simbolizem as conquistas dos esportistas e capazes de transformar o material em item de colecionador. Após Scheidt, a série de medalhas vai homenagear ainda neste ano outros grandes nomes do esporte brasileiro: Maria Esther Bueno, Rodrigo Pessoa, Jackie Silva, Sandra Pires, Daniel Dias, Hortência, Cesar Cielo e Daiane dos Santos.

##RECOMENDA##

"A história do nosso esporte é repleta de grandes feitos, de momentos inesquecíveis e, principalmente, de ídolos, heróis que merecem todas as homenagens. Desde a primeira conversa com a Casa da Moeda, vimos que havia uma vontade em comum de exaltar esses atletas que nos enchem de orgulho", disse o co-fundador da MDE, Samy Vaisman. Para 2022 estão previstas uma nova série de homenagens a outros nomes.

Assim como na Olimpíada, as medalhas serão produzidas em diferentes categorias. A linha mais cara, a de prata, custará cerca de R$ 500. Haverá ainda produtos feitos em bronze dourado, bronze e cuproníquel, o mais barato. Os preços ainda não foram definidos. Todas as séries serão numeradas, com tiragem limitada e certificados de autenticidade. Os produtos serão vendidos pela internet.

Desde 1977 a Casa da Moeda mantém o Clube da Medalha, sociedade cultural com o objetivo de reunir colecionadores. Uma das propostas desse grupo é também conseguir confeccionar produtos de valor comercial e produzir moedas comemorativas. Um dos lançamentos recentes na área do esporte foi no início deste mês, com uma linha de moedas alusivas ao ex-meia Zico, ídolo do Flamengo. A coleção fez sucesso entre o público. O estoque se esgotou em menos de 24 horas.

JOGOS DO RIO - A iniciativa não é nova. Também nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o Brasil confeccionou moedas de R$ 1 real com as modalidades esportivas presentes na competição. Em outros países, isso também já foi feito para homenagear atletas. Na Suíça, o rosto do tenista Roger Federer já estampou moedas de 20 e 50 francos. Neste caso, cerca de 95 mil moedas de uma edição limitada foram feitas, na época vendida a 30 francos suíços. Nos Jogos do Rio, as moedas de R$ 1 eram vendidas a R$ 1.

As linhas de produção da Casa da Moeda do Brasil funcionaram normalmente na manhã desta terça-feira, 14, mas, à tarde, "alguns grupos" de funcionários ficaram fora das fábricas localizadas em Santa Cruz, zona oeste do Rio, informou a assessoria de imprensa da estatal. Segundo Aluizio Jr., presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os funcionários, a produção começou a voltar ao normal nesta terça-feira, 14. Uma assembleia de trabalhadores está marcada para a quinta-feira, 16, às 8 horas.

Os empregados da empresa federal cruzaram os braços na sexta-feira, 10, e na segunda-feira, 13, em meio às negociações de um novo acordo trabalhista, que ocorrem enquanto a estatal foi incluída no programa de privatizações e perdeu o monopólio de produção em território nacional.

##RECOMENDA##

A Casa da Moeda é responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais. Na segunda-feira, 13, o Banco Central (BC), principal "cliente" da estatal, informou que "está ciente" do movimento e que "mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de real.

O presidente do sindicato afirmou que não há movimento de greve, mas que os empregados reagiram espontaneamente, na sexta-feira, 10, a uma entrevista do diretor de gestão da Casa da Moeda, Fábio Rito Barbosa, veiculada no canal por assinatura GloboNews, na manhã daquele dia.

Barbosa disse à GloboNews que o elevado gasto com pessoal é um dos problemas que levaram a estatal a registrar prejuízos nos últimos anos.

A Casa da Moeda já tinha sido incluída no programa de privatizações do governo Michel Temer, mas o projeto não foi adiante. No governo Jair Bolsonaro, o secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, vem tentando retomar a venda desde 2019.

Em novembro, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023.

A retomada do processo de privatização ocorreu em meio às negociações em torno do acordo coletivo, que expirou em dezembro. Segundo Aluizio Jr., a manutenção de "cláusulas sociais" previstas no acordo é o principal motivo de descontentamento entre os empregados da estatal.

O movimento da sexta-feira, quando parte dos funcionários ocupou a sede administrativa da Casa da Moeda, que fica no mesmo complexo do parque fabril, teria ocorrido de qualquer forma no dia do pagamento de janeiro. A entrevista do diretor apenas antecipou os protestos, disse Aluizio Jr.

Entre as "cláusulas sociais" estão benefícios como plano de saúde, adicional de insalubridade e serviço de transportes. A Casa da Moeda oferece ônibus particulares para levar os empregados até o complexo fabril, que fica numa área afastada do Rio, e desconta 1% do salário, abaixo do previsto na legislação do vale-transporte. Segundo o líder sindical, esse benefício está associado a condições de segurança - por causa da violência urbana, em geral, os operários da Casa da Moeda evitam comentar publicamente que trabalham no local.

Em meio ao impasse nas negociações sindicais, que chegou a passar pela mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o sindicato propôs em reunião na segunda-feira, 13, a assinatura de um acordo coletivo temporário, para durar enquanto seguem as conversas com a diretoria. A assessoria de imprensa da Casa da Moeda informou que a proposta de um acordo provisório "terá de ser analisada pela empresa". A ideia do sindicato é levar uma resposta da diretoria à assembleia de quinta-feira.

Na avaliação de Aluizio Jr., as questões trabalhistas pesam mais do que o processo de privatização nas motivações para os protestos dos empregados. Isso porque o sindicato articula a oposição à venda da estatal no Congresso Nacional - a MP que retira o monopólio ainda terá que ser convertida em lei. Mesmo assim, o presidente do sindicato criticou a "narrativa" da diretoria atual da Casa da Moeda, que teria o objetivo de "justificar" a privatização.

"O que cobramos da direção da Casa da Moeda é que seja fiel às condições da empresa. Quando o diretor (Barbosa) diz (na entrevista à GloboNews) que a folha de pagamentos dos funcionários gasta 46% do faturamento, é uma meia verdade. Foi assim porque houve uma queda de R$ 1,5 bilhão no faturamento", afirmou Aluizio Jr.

Desde 2010, a estatal vem registrando receita bruta anual acima de R$ 2 bilhões, mas, em 2016, a estatal lucrou R$ 60,2 milhões, 80,7% abaixo de 2015. Desde então, vem dando prejuízos. Reduções de contratos com a Receita Federal para a produção de selos fiscais e a própria redução da demanda por cédulas e moedas pelo BC vem enfraquecendo a Casa da Moeda financeiramente - e, portanto, aumentando o peso relativo dos gastos com os cerca de 2 mil funcionários como proporção das receitas.

Os funcionários da Casa da Moeda do Brasil, estatal responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais, estão parados desde a última sexta-feira (10). A estatal foi incluída no programa de privatizações do governo federal, perdeu o monopólio de produção em território nacional e o sindicato dos empregados está no meio das negociações do novo acordo trabalhista com a diretoria. O Banco Central (BC), principal "cliente" da Casa da Moeda, informou que "está ciente da paralisação e mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de metal.

Na sexta-feira (10), um grupo de empregados ocupou a sede administrativa da estatal, que fica no mesmo complexo do parque fabril, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Na segunda-feira (13), os funcionários se recusaram a trabalhar após registrar entrada na fábrica. O jornal O Estado de São Paulo tentou contato com a diretoria do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os empregados da Casa da Moeda, mas não obteve retorno.

##RECOMENDA##

Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023. Tudo isso, em meio às negociações em torno do acordo coletivo. O acordo vigente expirou em dezembro.

Em nota sobre a ocupação da sede administrativa na sexta-feira, a diretoria da estatal diz que "entende que a empresa e os funcionários passam por um momento de incertezas e preocupações", por causa da inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND), da quebra do monopólio e da dificuldade em fechar o acordo coletivo, mas ressalta que "qualquer manifestação tem seu local e representantes legalmente definidos" e que "todo excesso ou ilegalidade serão apurados".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Decreto presidencial publicado na edição desta terça-feira, 15, do Diário Oficial da União (DOU), qualifica a Casa da Moeda do Brasil no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a inclui no Programa Nacional de Desestatização (PND).

O decreto designa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como responsável pela execução e acompanhamento dos atos necessários à desestatização da Casa da Moeda, que já havia sido anunciada pelo governo. Em agosto passado, ao anunciar as estatais que seriam incluídas no PPI, o governo confirmou a Casa da Moeda na lista das estatais alvo de desestatização.

##RECOMENDA##

A direção da Casa da Moeda enviou comunicado a seus empregados para incentivá-los a aderir a um plano de demissões voluntárias (PDV), "uma vez que o ajuste será inevitável". Desde 2017, a empresa está qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), área do governo que conduz privatizações e liquidações de estatais.

A carta destaca a necessidade de "medidas necessárias, mesmo que duras", em face do "sério risco de seguir para um processo de liquidação (fechamento) caso o ajuste não seja feito".

##RECOMENDA##

A direção da empresa relata o "risco iminente da perda de exclusividade dos principais negócios da Casa". Uma lei sancionada em 2017 deixou claro que o Banco Central pode contratar fornecedores estrangeiros para confecção de moeda e papel-moeda, retirando a exclusividade do serviço da estatal.

A direção da Casa da Moeda afirma estar "envidando esforços para fechar contratos de longo prazo com seus principais clientes". "No entanto, mesmo obtendo sucesso em garantir contratos plurianuais, para garantir a sua sustentabilidade e sobrevivência, ainda será necessário um grande ajuste nos quadros funcionais, e diversas outras medidas de contenção de despesas e redução de custos", diz o texto.

"Considerando o atual momento da economia, entendemos ser melhor uma saída de forma programada, em uma situação vantajosa para ambas as partes, do que num futuro próximo estar a mercê de uma situação na qual pode-se não ter o controle do desfecho, como, por exemplo, um PDE (programa de desligamento de empregado) ou, pior, um desfecho mais grave com a piora da situação financeira da Casa da Moeda, caso não se tenha sucesso nas medidas necessárias para sua reestruturação."

Capacidade ociosa. A Casa da Moeda tem hoje 2.132 empregados, que entraram por meio de concurso público no regime da CLT (ou seja, eles não têm estabilidade). A empresa tem três unidades industriais no Rio de Janeiro e paga salário médio de R$ 9.278,31. Vinculada ao Ministério da Economia, a estatal produz papel-moeda, moeda metálica, selos postais e fiscais e passaportes, entre outros produtos, mas tem capacidade ociosa.

O Ministério da Economia e a Casa da Moeda foram procurados pela reportagem para esclarecer o teor do comunicado e os benefícios propostos pela empresa aos empregados, mas não se pronunciaram.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Indústria Moedeira, Aluizio Junior, disse que os empregados ficaram receosos com o tom do comunicado da direção. "A carta é quase um aviso. Quem não queria sair se sentiu coagido a aderir", disse.

De acordo com ele, 330 pessoas deixaram a Casa da Moeda em 2017 em um plano de demissão voluntária. No ano seguinte, outras 212 foram demitidas sem incentivos, a maioria de aposentados ou pessoas próximas da aposentadoria - justamente o público-alvo do PDV do ano anterior. O temor, agora, é que essa situação se repita.

Segundo o sindicato, 119 pessoas se inscreveram no PDV, cujo prazo de adesão se encerrou na segunda-feira, 26.

O BNDES deverá conduzir estudos para decidir sobre o futuro da Casa da Moeda nos próximos meses. A empresa poderá ser vendida para o setor privado ou até mesmo ser fechada, caso não haja interessados.

Algumas das principais concorrentes da Casa da Moeda são as empresas privadas De La Rue, no Reino Unido, e Giesecke & Devrient, na Alemanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Policiais federais e a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda fazem nesta sexta-feira (23) uma operação para investigar fraude em licitação na Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro.

Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio, São Paulo, São José dos Campos (SP), Itajubá (MG) e Brazópolis (MG).

##RECOMENDA##

Segundo a Polícia Federal, há suspeita de que uma empresa privada tenha sido beneficiada por uma licitação destinada à aquisição de equipamentos utilizados na fabricação de dinheiro. Os equipamentos custaram à Casa da Moeda R$ 300 milhões.

A PF acredita que tenha havido pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos para que a empresa tivesse sucesso na licitação, ocorrida em 2009.

Essa é a segunda fase da Operação Vícios, cuja primeira fase ocorreu em julho de 2015. Na ocasião, 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio, São Paulo e Brasília, inclusive em dependências da Receita Federal e da Casa da Moeda.

O presidente Michel Temer exonerou Lara Caracciolo Amorelli do cargo de diretora da Casa da Moeda do Brasil (CMB) e nomeou para o mesmo cargo Abelardo Duarte de Melo Sobrinho.

A Casa da Moeda é vinculada ao Ministério da Fazenda e tem quatro diretorias, além da presidência.

##RECOMENDA##

A mudança de titulares está publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Em meio ao debate sobre o pacote de privatizações e concessões anunciado pelo Governo Federal, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) saiu em defesa da Casa da Moeda nesta sexta-feira (1º). De acordo com o parlamentar, foi a partir de 1964, quando o país era governado por militares, que o dinheiro brasileiro começou a ser produzido pela empresa e, sob a ótica dele, sem o período da ditadura o Brasil “não existiria”. 

“Durante o governo militar o Brasil passou a produzir seu dinheiro na Casa da Moeda. Sem as obras desse período o Brasil não existiria”, frisou o presidenciável em publicação no Twitter. Bolsonaro é tradicionalmente um dos maiores defensores da ditadura militar no país. Ele, inclusive, fez menção a um dos comandantes acusado de tortura na época, Coronel Brilhante Ustra, durante seu voto pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), causando grande polêmica.

##RECOMENDA##

Criada em 1694, a Casa da Moeda é responsável por confeccionar as notas de real, além de passaportes brasileiros, selos postais e diplomas. De 1964 a 1969 ela passou por um período de modernização, com o propósito de assegurar ao país a autossuficiência na produção de dinheiro nacional, que antes dependia de intervenções estrangeiras.

De acordo com dados da União, em 2015 a empresa teve um lucro de R$ 311 milhões. Além da Casa da Moeda, o governo Temer disponibilizou outros 56 ativos para concessão ou desestatização. Entre eles estão aeroportos, como o de Congonhas, em São Paulo, e a Eletrobras. 

A Casa da Moeda é uma fábrica de dinheiro e não decide política monetária. Essa é a conclusão de economistas consultados pela Agência Brasil, que identificam como um erro o temor de que a privatização da empresa fabricante de notas do Real e de passaportes traga risco de fraudes.

Uma das opiniões é da professora de Economia do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Margarida Gutierrez, para quem existe uma interpretação equivocada entre produzir dinheiro e determinar a quantidade a ser emitida.

##RECOMENDA##

"As pessoas confundem o que é Banco Central e o que é Casa da Moeda. Casa da Moeda é uma fábrica que emite o que o Banco Central manda. Isso vale para qualquer Banco Central do mundo", disse. "O controle disso não passa pelo capital da empresa, se é um capital estatal ou privado. O fato de ser pública significa que os governos podem mandar emitir moeda? Não".

Para o professor do programa de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, o risco de ocorrer fraude seria o mesmo se a empresa fosse estatal, mas ele ponderou que caberá ao governo manter a vigilância.

“Sendo o setor privado o produtor, obviamente que o cliente, no caso o estado brasileiro, terá que exigir uma série de garantias de que a operação vai ser absolutamente segura”, disse, completando que é o Banco Central quem decide a quantidade de dinheiro a ser fabricada. “Quem faz política monetária é o Banco Central”.

Contas públicas

Na visão da professora Margarida Gutierrez, a privatização da Casa da Moeda não deve ser vista como forma de equilibrar as contas públicas e para suprir uma necessidade de caixa do governo, mas sim pelo lado da eficiência.

"A separação entre o estado e as suas empresas públicas no Brasil não existe. Os estados e os governos usam as suas empresas para fazer o que querem. Então, acabam sendo empresas, mal gerenciadas, que não perseguem metas, que não buscam eficiência e isso se traduz para a sociedade em serviços de pior qualidade e preços mais altos", disse.

Segundo ela, na hora de definir o contrato o governo terá que incluir o tipo de controle que fará na sua relação com o fornecedor, que poderia ser uma gráfica estrangeira, como americanas e britânicas, que já atendem a outros países nas demandas por moedas. “A gente está falando de uma mercadoria apenas e o fornecedor tem que garantir ao governo as condições que ele exigir”, afirmou.

Mauro Rochlin contou que os países que não têm Casa da Moeda contratam o fornecedor após uma licitação internacional. Várias gráficas que produzem papel moeda, selos, passaportes e documentos se candidatam para oferecer o serviço. "O edital estabelece certas exigências de controle, de monitoramento, de qualidade, de reserva e os países definem os seus fornecedores”, afirmou, avaliando, que, mesmo na emissão dos passaportes brasileiros, que, atualmente, são produzidos pela Casa da Moeda, não haveria riscos de fraudes.

Apontando uma situação extrema, o professor lembrou que, mesmo não sendo sede de uma empresa privada que fornecia moeda para o governo britânico, a Alemanha nazista procurou falsificar a moeda inglesa durante a Segunda Guerra Mundial. “Ainda assim, por uma questão bélica, a Alemanha buscou imprimir e despejar moeda inglesa no mercado e, dessa maneira, sabotar a economia inglesa”, informou.

O professor de Economia e Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), no Rio de Janeiro, Ricardo Macedo, afirmou que, em alguns países da América Latina, o dinheiro também é produzido por uma empresa privada. Nos Estados Unidos, a fabricação de dinheiro em papel e das moedas é em empresas diferentes, embora a de moedas metálicas seja pública. " Hoje, com tecnologias que se tem podemos criar mecanismos que evitam a falsificação com códigos garantidos pelo Banco Central", opinou.

Macedo disse que, nas grandes economias em que o sistema é privado, não se tem notícia de problemas. "Nos Estados Unidos, o sistema é misto. A emissão do papel moeda é terceirizada, agora, da moeda metálica, não. Quem faz é o Banco Central", contou. "Isso é para ter um certo controle de custos. O Banco Central americano tem muita reserva em ouro e prata e pode utilizar aquilo ali para cunhar moeda metálica. O papel moeda gera um custo adicional que não é interessante manter".

Dinheiro de plástico

O professor de Economia e Finanças disse que, no caso da Casa da Moeda, ainda tem outro fator a se considerar: a mudança de hábitos do brasileiro, que, atualmente, usa muito os cartões de crédito e de débito, o chamado dinheiro de plástico, para fazer pagamentos.

“Praticamente hoje ninguém demanda papel moeda. As transações são quase todas feias por meio eletrônico no cartão de débito que faz as transferências automáticas. O movimento de utilização de notas vem caindo ao longo do tempo. Dado este cenário, o governo acredita que seria interessante terceirizar a emissão de moedas", destacou. "Manter uma estrutura cada vez mais caindo em desuso é jogar dinheiro fora", assegurou.

Pacote

Na visão do professor Mauro Rochlin, os 57 projetos de concessões e privatizações anunciados pelo governo, na quarta-feira (23), ainda significam um conjunto de intenções diante da falta de detalhamento mais profundo de como vai ocorrer o processo. Como tudo isso leva tempo para ser feito, os retornos econômicos não serão imediatos.

“Esse pacote não vai ter o menor impacto no resultado primário do governo, nem para este ano nem para o ano que vem”, afirmou, ressalvando que os leilões de petróleo previstos para este ano podem dar retorno ao governo ainda em 2017.

Já o professor Ricardo Macedo acrescentou que  também terá que ser considerado o peso de cada uma das desestatizações, o que será determinante, segundo ele, além do peso político para impor uma rapidez ao pacote do governo. "Dependendo do peso que cada um tem e do peso político, a privatização pode correr mais ou menos demorada".

Modelagens

Os especialistas chamaram atenção também para as modelagens das privatizações do pacote anunciado pelo governo. Mauro Rochlin destacou que o governo Dilma Rousseff foi mal-sucedido nas ofertas de trechos de rodovias, por meio de licitações que não tiveram interessados. “As condições do edital, na visão do mercado, foram tão draconianas que não despertaram interesse do setor privado. A modelagem é fundamental”.

Antes de tudo, o governo precisa avaliar se é interessante, economicamente para o país manter uma empresa produtora de papel moeda ou adquirir de terceiros por um custo menor. Também é necessário definir a modelagem da privatização e decidir se a Casa da Moeda ainda permaneceria com alguma função ligada ao governo federal. Isso deve ser explicitado nas exigências do edital da licitação.

"Vai ser totalmente terceirizado, vai ser um modelo misto ou não vai conseguir privatizar porque o interessado acha que não vai valer a pena e continuará na mão do governo. É uma coisa para esperar para ver como vai ser este modelo", destacou Macedo.

A professora Margarida Gutierrez considera que a privatização da Casa da Moeda vai atrair investidores, mas a quantidade de interessados vai depender da modelagem para a venda. "Sempre o capital privado tem interesse em negócios desde que sinta que para ele é favorável. Ninguém vai querer entrar em uma furada, então, depende de como vai fazer o contrato, quais são as regras que tem que ser cumpridas e o aporte de capital", finalizou.

A confirmação por parte da gestão do presidente Michel Temer (PMDB) do início do processo de privatização de alguns equipamentos estatais, como a Eletrobras e a Casa da Moeda, gerou uma reação negativa entre alguns parlamentares. Em entrevista o LeiaJá, nesta quinta-feira (24), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disparou contra as medidas adotadas pelo peemedebista e disse que era “lamentável” ver o que classificou como “desmonte do país”. 

“Péssimo, péssimo, péssimo [o início das privatizações]. Deram um golpe para vender o Brasil”, declarou, enquanto acompanhava a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Museu Cais do Sertão, no Recife. “Vender a Eletrobras, uma empresa estratégia de desenvolvimento nacional, e vender a casa da Moeda, sendo que o Brasil é um dos poucos que tem tecnologia para produzir moeda, nós poderíamos estar vendendo este serviço e não vender a Casa da Moeda. É lamentável. A prova viva do golpe”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

Nessa quarta (23), o  ministro da secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, anunciou que 57 novos ativos do Governo Federal foram disponibilizados para concessão ou desestatização. Entre eles estão aeroportos, como o de Congonhas, em São Paulo; a Casa da Moeda, que confecciona as notas de real, além de passaportes brasileiros, selos postais e diplomas; e a Eletrobras, que é responsável pela distribuição de energia para vários pontos do país.

A Casa da Moeda, criada em 1694 por Dom Pedro II e responsável pela fabricação das cédulas e moedas do Brasil, poderá ser vendida à iniciativa privada até o final do ano que vem.

O Conselho do Programa de Parceria de Investimento aprovou ontem (23) o início dos estudos para privatizar a empresa. É provável, segundo o Ministério da Fazenda, que no final de 2018 aconteça o leilão.

##RECOMENDA##

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, o avanço tecnológico e a queda na demanda do país por cédulas e moedas têm causado prejuízos à Casa da Moeda. “A primeira função dela é produzir moedas, papel-moeda e moeda. Acontece que o consumo de moedas no Brasil, segundo dados levantados pelo Ministério da Fazenda, caiu. Cada vez mais nós todos usamos menos papel-moeda e menos moeda, o que significa que a saúde financeira está extremamente debilitada, com projeção, devido ao avanço da tecnologia, se debilitar ainda mais.”

O ministro ainda disse que haverá uma análise sobre o que fazer a respeito da Casa da Moeda. “Em função dessa realidade, em função do tipo de produto que ela coloca no mercado, entendeu, corretamente, o Ministério da Fazenda, em fazer um estudo mais aprofundado, extenso, para definir o futuro dela.”

Os cidadãos que precisam emitir passaportes já podem ficar aliviados. A emissão das cadernetas volta a ser realizada nesta segunda-feira (24), de acordo com a Polícia Federal. Após quase um mês de suspensão por falta de verba para esta produção, a Casa da Moeda informou a retomada das atividades.

Diante disso, a PF aponta que a confecção deve voltar à normalidade em aproximadamente cinco semanas e, após esse período, o prazo de entrega voltará ao normal. No entanto, isto vai depender do volume de novas solicitações de passaportes, o que pode impactar na estimativa de prazo. 

##RECOMENDA##

Decisão

Depois da suspensão do serviço por falta de verba, após estudar a transferência de R$ 102 milhões – valor estimado para a continuidade das emissões – do Ministério da Educação, foi recebido pela Polícia Federal, esta quantia vinda do Ministério da Justiça. 

Diante da retomada das emissões, a PF informou que a Casa da Moeda trabalhará 24h para restabelecer os prazos de entrega, afinal, durante a paralisação deste serviço os pedidos de passaporte continuaram ativos e os agendamentos foram cumpridos. O órgão emissor das cadernetas adiantou que arcará com custos extras para que seja regularizado o prazo de entrega.

A Casa da Moeda vai restabelecer a entrega de passaportes a partir de segunda-feira (19). A decisão foi tomada nessa sexta-feira (16) pelo Conselho de Administração do órgão após evolução da negociação do contrato com a Polícia Federal.

A entrega do documento foi interrompida no início dessa semana em função da falta de renovação do contrato com a PF. Segundo o órgão, o contrato anterior foi encerrado em agosto e, desde então, a instituição mantinha o serviço funcionando informalmente. A Casa da Moeda produz atualmente 9 mil passaportes por dia, abaixo da sua capacidade de 15 mil documentos confeccionados diariamente.

##RECOMENDA##

De acordo com a Casa da Moeda, 40 mil passaportes aguardam a resolução do impasse nos cofres da instituição, no Rio de Janeiro.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça reconheceu que a dívida com a Casa Moeda e que "diante da atual crise que atinge o país, vem se esforçando para saná-la”. A pasta informou que na segunda-feira (12) foram repassados cerca de R$ 8 milhões à instituição e que, dessa forma, esperava que o serviço fosse retomado.

A emissão do passaporte brasileiro é responsabilidade da Polícia Federal. Atualmente, a taxa para confecção do documento é de R$ 257,25. A validade é de até 10 anos, definida de acordo com a idade do requerente.

A Casa da Moeda informou nesta quarta-feira (14) que seu Conselho de Administração decidiu suspender temporariamente a entrega de passaportes à Polícia Federal por causa da falta de "contrato formal" com a instituição. A suspensão deverá afetar o prazo de entrega do documento a pessoas que o solicitarem às vésperas das férias de verão.

Em nota, a Casa da Moeda acrescentou que a produção dos passaportes "está mantida em 100%" e "assim que o contrato seja firmado, a entrega será regularizada". A Superintendência da Polícia Federal não detalhou de que forma o problema vai ocasionar consequências no prazo de entrega nem se há data para retomada do contrato citado.

##RECOMENDA##

A Secretaria do Tesouro Nacional informou ao Estado que os recursos previstos no Decreto de Programação Financeira (R$ 3 bilhões) foram integralmente repassados, dentro do cronograma previsto, para o Ministério da Justiça, "a quem compete fazer a alocação do montante".

Dívida

O Ministério da Justiça reconheceu, em nota, que há uma dívida. "Mas, diante da atual crise que atinge o País, vem se esforçando para saná-la. No dia 12 de dezembro, por exemplo, foram repassados cerca de R$ 8 milhões à Casa da Moeda. Diante disso, o ministério espera que a confecção de passaportes seja retomada."

A falta de contrato é mais uma das dificuldades na emissão de passaportes neste ano. Em duas outras oportunidades, a confecção e entrega de documento sofreu atrasos que chegaram a mais de 60 dias. Em São Paulo, o prazo atual para entrega é de 30 dias, quando a previsão normal é de seis dias úteis.

Segundo Magda Nassar, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), o efeito da suspensão ainda não foi sentida pelos consumidores. "Depois de passarmos um ano difícil, é inadmissível que este serviço seja suspenso justamente no período mais favorável para o setor tentar se recuperar."

Ela explicou que os meses de dezembro e janeiro têm movimento maior, porque coincidem com as festas de fim de ano e as férias escolares. "Esperamos que essa questão seja resolvida com urgência", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Casa da Moeda do Brasil (CMB) negam que haja problemas na emissão de papel-seguro para que cartórios façam o apostilamento. Segundo as instituições, o papel só é enviado depois de o cartório validar o cadastro e efetuar o pagamento pelo material.

"Não há qualquer problema na emissão do papel-moeda", diz o CNJ, por meio de nota. De acordo com o conselho, a relação entre cartórios e a Casa da Moeda é comercial, o que faz com que a produção seja feita por demanda específica.

##RECOMENDA##

"Apenas na primeira quinzena de agosto, foram produzidas 140 mil apostilas e tornadas disponíveis mais de 73 mil a 65 cartórios distribuídos por diversos Estados", diz o CNJ. "A previsão é de que mais 480 mil sejam produzidas no próximo mês."

Segundo o CNJ, as tratativas com a Casa da Moeda começaram em junho, dois meses antes de a Convenção de Haia entrar em vigor. "Mais de cem cartórios poderão oferecer o serviço nos próximos dias, número que deve chegar a 400 nas próximas semanas", afirma o comunicado, que faz referência ao País inteiro.

A Casa da Moeda também diz que não há problema na emissão do material. "A quantidade fornecida na fase inicial do projeto foi estipulada de modo a atender o máximo de cartórios das capitais dos Estados, em comum acordo com o CNJ."

Itamaraty afirma que não é mais responsável por validar documentos. "Eventual legalização, pelo Itamaraty, de documentos destinados a países que fazem parte do acordo seria contrária aos dispositivos da Convenção, o que impediria a aceitação da documentação pelas autoridades competentes do país onde o interessado tenciona apresentá-la."

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando