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Os investigadores indonésios esperam encontrar, nesta quarta-feira (13), a segunda caixa-preta do Boeing que caiu no mar na costa de Jacarta com 62 pessoas a bordo no último sábado.

Os mergulhadores recuperaram a primeira caixa-preta, que registra os parâmetros de voo (FDR), na terça (12) e agora se concentram na busca pelas gravações das conversas da cabine.

Essas gravações podem fornecer informações cruciais para entender por que o Boeing 737-500 da Sriwijaya Air despencou em menos de um minuto para desaparecer no mar de Java no sábado.

"As investigações continuam e esperamos um bom resultado", disse Rasman MS, chefe dos serviços de socorro.

As caixas-pretas, que registram velocidade, altitude e direção da aeronave, ajudam a determinar as causas dos acidentes em 90% dos casos, segundo especialistas em aviação.

As autoridades indonésias ainda não forneceram hipóteses sobre as causas da queda da aeronave de 26 anos.

A agência norte-americana responsável pela segurança nos transportes (NTSB) anunciou no Twitter o envio de investigadores a Jacarta, juntamente com representantes da Boeing, da GE Aviation - fabricante dos motores do avião-, e da Autoridade americana da Aviação (FAA).

Mais de 3.000 pessoas participam das buscas no mar, auxiliadas por barcos, helicópteros e um robô subaquático.

"Esta operação não acabou", disse o comandante-chefe das forças indonésias, Hadi Tjahjanto, na noite de terça-feira. "Continuaremos procurando as vítimas e todas as partes restantes da fuselagem".

- Desinformação -

Até o momento, quatro vítimas foram identificadas graças às impressões digitais, incluindo um piloto de 38 anos que não estava de serviço.

Cinquenta passageiros, incluindo 10 menores, e 12 tripulantes, viajavam no avião com destino a Pontianak, cidade na parte indonésia da ilha de Bornéu.

As autoridades pediram aos parentes das vítimas que fornecessem amostras de DNA para ajudar na identificação dos restos mortais.

A tripulação não emitiu sinais de socorro antes do acidente e o avião provavelmente estava inteiro quando atingiu a água, disseram as autoridades após estudar os primeiros elementos disponíveis.

A investigação das causas do acidente pode levar meses, mas um relatório preliminar é esperado dentro de um mês.

O desastre aéreo provocou informações falsas na internet, principalmente com a publicação de um bebê supostamente resgatado, mas que se trata na realidade de uma criança salva em 2018 de um acidente de barco.

É o primeiro acidente fatal desde o início das atividades, em 2013, da Sriwijaya Air, uma empresa que voa entre o arquipélago da Indonésia e o Sudeste Asiático.

Mas o setor de transporte aéreo da Indonésia viu várias tragédias nos últimos anos e muitas companhias aéreas do país estavam proibidas de voar na Europa até 2018.

Em outubro de 2018, 189 pessoas morreram na queda de um Boeing 737 MAX operado pela Lion Air que caiu no mar de Java, 12 minutos após decolar de Jacarta. O avião de Sriwijaya não pertence à polêmica nova geração do Boeing 737 MAX, sendo um "clássico" Boeing 737.

Parte dos investigadores que atua no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para obter informações sigilosas avalia que, até o momento, não foram encontradas provas que o incriminem e aponta que a tendência é que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça o arquivamento do caso. O entendimento desse grupo é o de que, neste momento, as acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro provocam mais estrago político do que jurídico para Bolsonaro.

O Estadão ouviu reservadamente quatro fontes que acompanham os desdobramentos do inquérito, que está sob a relatoria do decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello. Segundo essas fontes, não ressoa na cúpula da PGR a avaliação de que é "devastador" o vídeo da reunião de Bolsonaro com o primeiro escalão. No encontro, Bolsonaro disse: "Não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança (...) Vai trocar (...) e ponto final. Não estamos aqui para brincadeira."

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Indicado ao cargo por Bolsonaro, o procurador-geral da República, a quem cabe apresentar ou não denúncia contra o presidente, vê com cautela o material apresentado até agora ao Supremo, segundo interlocutores. O procurador recebe briefings diários sobre o andamento do inquérito e tem evitado dar declarações públicas acerca da apuração antes da conclusão das diligências. Até agora, foram ouvidos Moro, delegados, três ministros generais, uma deputada federal. Além dos depoimentos, o inquérito reúne mensagens de WhatsApp e o vídeo da reunião ministerial.

Aras não quer ser visto como "afobado" como o ex-procurador Rodrigo Janot, que apresentou duas denúncias contra o então presidente Michel Temer. Um interlocutor do atual chefe do Ministério Público Federal traça um paralelo das acusações de Moro contra Bolsonaro com a delação premiada do empresário Joesley Batista, que gravou uma conversa reservada com Temer à noite no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. "Tem que manter isso, viu?", disse Temer a Joesley, o que foi interpretado por Janot como a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

Depois que Temer deixou o Executivo, a Justiça Federal do Distrito Federal arquivou a denúncia, por concluir que a fala do emedebista se tratava de "bravata". Para esse interlocutor de Aras, se o diálogo - que provocou um terremoto político no País - não levou à condenação de Temer, não será uma reunião ministerial em pleno Palácio do Planalto com cerca de 40 auxiliares que vai incriminar Bolsonaro. "Moro é um poço de mágoas", disse reservadamente um integrante da cúpula da PGR, ao avaliar que o caso tem muita "pirotecnia" para pouca substância.

Outro ponto destacado é que Moro, em depoimento, disse várias vezes não ter acusado Bolsonaro de cometer crimes. Segundo o ex-ministro, quem falou em crime foi Aras. Logo após Moro sair do governo e lançar uma série de acusações contra o presidente, Aras pediu ao Supremo a apuração dos crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra. Tanto Bolsonaro quanto o próprio Moro são alvos da investigação.

Quem conhece o ex-ministro afirma que ele tem ciência de que suas acusações não tinham aspecto criminal, mas um poder de fazer estragos políticos. Crime seria, observam os investigadores que têm essa visão do caso, se Moro tivesse afirmado que Bolsonaro exigiu acesso a um determinado inquérito sigiloso sob pena de demiti-lo, o que ele disse, em juízo, "nunca" ter ocorrido. No depoimento, o ex-juiz afirmou que caberia a Bolsonaro esclarecer a razão das pressões pelas trocas na PF.

Aras vem sofrendo pressão interna no MPF para ter uma atuação mais firme no sentido de frear os excessos cometidos pelo chefe do Executivo. Seus pares o acusam de fazer vista grossa para o comportamento de Bolsonaro e tentar se cacifar para uma vaga no STF.

Em parecer encaminhado ao Supremo na noite de quinta-feira, Aras se posicionou contra a divulgação total do vídeo da reunião. Segundo o procurador-geral da República, tornar público todo o material "o converteria em arsenal de uso político, pré-eleitoral, de instabilidade pública e de proliferação de querelas e de pretexto para investigações genéricas sobre pessoas, falas, opiniões e modos de expressão totalmente diversas do objeto das investigações".

"O procurador-geral da República não compactua com a utilização de investigações para servir, de forma oportunista, como palanque eleitoral precoce das eleições de 2022", escreveu. A posição de Aras foi interpretada por pessoas próximas à investigação como um recado a Moro. Ao pedir o levantamento do sigilo, a defesa do ex-juiz alegou que a íntegra do encontro permitiria verificar que Moro não apoiou as declarações públicas de Bolsonaro de "minimizar a gravidade da pandemia", tema alheio ao objeto da investigação. Fontes que acompanham o caso avaliam que o ex-ministro tenta usar o inquérito como palanque político e para limpar a própria imagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rogério Galloro, confirmou, hoje (21), que uma equipe do órgão apura a suspeita de que uma organização criminosa estaria atuando para impedir que a Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareça o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes. Os agentes já receberam parte do material que os investigadores fluminenses reuniram ao tentar identificar os mandantes e os executores do crime.

Segundo Galloro, a Polícia Civil entregou, há cerca de uma semana, o material que a Polícia Federal solicitou no fim de novembro. “Isso demorou um pouco. Tive que montar uma equipe às pressas, pegando policiais federais de alguns estados. Uma equipe fica aqui em Brasília, ajudando na análise de dados, e outra no Rio de Janeiro”, disse o diretor-geral ao explicar a divisão da equipe.

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Galloro disse que, mesmo se dedicando exclusivamente ao caso, os agentes federais levarão algum tempo para analisar as informações reunidas pela Polícia Civil ao longo dos últimos nove meses. “São provas, indícios e depoimentos que a Polícia Civil coletou. É um volume [de informação] muito grande que temos que analisar para ver se se encaixa no objeto da nossa investigação, que não é o homicídio”, acrescentou Galloro, reforçando que a PF só apura a possível obstrução às investigações.

A PF instaurou o inquérito para apurar supostos entraves à elucidação do crime no começo de novembro, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge – que, na mesma ocasião, pediu também que a PF dê proteção às famílias de testemunhas.

Aliança satânica

Galloro falou sobre o andamento das investigações esta manhã, em Brasília, durante a apresentação do balanço de ações do Ministério da Segurança Pública desde a criação, no fim de fevereiro. Presente ao evento, o ministro Raul Jungmann também comentou as investigações sobre o assassinato de Marielle e de Gomes, em 14 de março deste ano.

“Há um processo de investigação do que eu já chamei de um complô, uma aliança satânica entre corrupção e crime organizado. A PF está trabalhando [para apurar a suspeita de obstrução às investigações da Polícia Civil] e, a nosso ver, trabalhando muito bem, mas há apenas um mês. Confio na PF e estou certo de que ela vai fazer o trabalho que é preciso fazer no Rio de Janeiro”, disse o ministro, lembrando que, nos meses subsequentes ao crime, por duas vezes o governo federal se ofereceu para assumir as investigações.

Jungmann disse que, nas duas vezes, a oferta de federalização foi recusada. “Por isso, a Polícia Federal não tem nenhuma participação na tentativa de elucidação do caso. Porque não nos deixaram entrar neste processo”.

Perguntado se confia na investigação da Polícia Civil, o ministro disse que espera que ela alcance os resultados esperados pela sociedade. “Em 2017, eu dizia que o estado não sairá da situação em que se encontra, com comunidades controladas pelo crime organizado e com parte do Estado e de agentes públicos capturados pelo crime e pela corrupção, sem ajuda do governo federal. Já na época eu reivindiquei o apoio de uma força-tarefa. Hoje, conseguimos constituir isto. Por isto eu tenho tanta esperança que consigamos romper esta aliança entre crime organizado e corrupção”, respondeu o ministro.

A França comunicou que vai enviar três investigadores do escritório responsável pela segurança aérea do país, o BEA, ao Cairo para ajudar a determinar o que causou a queda da aeronave da EgyptAir. Além dos investigadores, um consultor técnico da Airbus, fabricante do avião, também irá ao Egito.

Existe a hipótese de que o acidente tenha sido causado por um ataque terrorista, o que gera preocupação no governo francês: o transporte aéreo é um alvo terrorista muito protegido e pode estar vulnerável ao Estado Islâmico e outras facções.

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Autoridades dizem que ainda é cedo para determinar a causa do acidente. Segundo o Egito, é mais provável que tenha sido um ataque terrorista do que uma falha técnica. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os destroços do voo 17 da Malaysia Airlines começaram a ser coletados neste domingo (16), quatro meses após o avião ter sido derrubado no leste da Ucrânia. A operação é realizada sob supervisão de investigadores holandeses e representantes da Organização para Segurança e Cooperação na Europa.

Os fragmentos serão colocados em trens e levados até a cidade de Kharkiv, na parte do país que é controlado pelo governo de Kiev. As investigações sobre a queda do avião prosseguirão lá e na Holanda simultaneamente.

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Alexander Kostrubitsky, chefe dos serviços de emergência na região de Donetsk, controlada pelos rebeldes, disse que a coleta dos destroços pode levar cerca de 10 dias. Os fragmentos estão sendo cortados em pedaços menores para facilitar o transporte.

A primeira leva de partes do avião foi entregue em um armazém de uma serraria na cidade de Torez e deve ser transportada por trem ainda hoje.

Os esforços para investigar a queda e recuperar os destroços têm sido atrasados pelos conflitos contínuos entre rebeldes e soldados do governo. Um acordo de cessar-fogo foi assinado em setembro, mas a hostilidade na região tem continuado.

A Ucrânia e países ocidentais culpam os separatistas apoiados pela Rússia por derrubarem o avião com um míssil. Fonte: Associated Press.

A equipe de especialistas em armas químicas da Organização das Nações Unidas na Síria deixou Damasco nesta segunda-feira (30), ao final da missão, disse um correspondente da AFP. Os agentes da ONU estavam em território sírio para investigar o uso de armas químicas no país.

A equipe, que chegou na quarta-feira, deve enviar um relatório no próximo mês sobre sete supostos ataques químicos feitos durante o conflito na Síria.

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Fonte: Dow Jones Newswires.

O grupo de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi atacado no caminho para um local que teria sido alvo de um ataque com armas químicas na quarta-feira, chegou ao subúrbio de Moadamiyeh nesta segunda-feira. Os integrantes do grupo se reuniram com médicos e vítimas num hospital de campo.

Franco atiradores dispararam contra a equipe de investigadores da ONU na Síria nesta segunda-feira, segundo Martin Nesirky, porta-voz do órgão internacional. Não houve feridos. "O primeiro veículo da equipe de investigação de armas químicas foi deliberadamente alvejado várias vezes por franco atiradores não-identificados", disse Nesirky.

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O governo sírio acusa os rebeldes pelo ataque, mas um representante dos rebeldes afirma que uma milícia pró-governo está por trás do incidente.

Cerca de uma hora antes de o grupo sair do hotel onde está hospedado, vários morteiros caíram a cerca de 700 metros do local, ferindo três pessoas. Uma das bombas atingiu uma mesquita e danificou seu minarete, segundo o repórter da Associated Press que estava no local.

Nesirky disse que os carro usado pelo grupo de inspetores "já não é mais aproveitável" após os disparos, o que forçou a equipe a voltar para um posto de verificação do governo para trocar de carro.

O governo sírio disse que o grupo da ONU foi alvo de disparos feitos por "gangues terroristas" quando entrava em Moadamiyeh, além de afirmar que as forças sírias se responsabilizaram pela segurança da equipe até chegarem a uma posição controlada pelos rebeldes, onde, segundo o governo, o ataque ocorreu.

"O governo sírio responsabiliza as gangues terroristas pela segurança do grupo da ONU", diz comunicado do governo transmitido pela televisão síria. O regime sírio se refere aos rebeldes que lutam para derrubar Bashar Assad como terroristas.

No domingo, o governo sírio disse que o grupo teria permissão para investigar o local, mas um graduado funcionário da Casa Branca disse que o acordo é "muito tardio para ser digno de confiança".

Falando a jornalistas da capital sul-coreana Seul, o secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon afirmou que "cada hora conta. Não podemos nos dar ao luxo de sofrer mais atrasos."

"Se for comprovado, o uso de armas químicas por qualquer um em qualquer circunstância é uma séria violação da lei internacional e um crime escandaloso. Não podemos permitir a impunidade no que parece ser um grave crime contra a humanidade", disse Ban. Fonte: Associated Press.

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